Voltei para meu apartamento já que estava com o resto do dia de “folga”, eu havia sido uma idiota completa agindo por impulsos sem pensa nas conseqüências e o que ganhei com isso?  Nada, apenas o perdi para sempre...

 E eu pensando que as coisas não podiam piora. Só pioraram e vão continuar assim por muito tempo. Grissom agora sabe o que sinto por ele e eu agora sei o que ele senti por mim, e mais uma vez eu sai perdendo nisso tudo. Às vezes não me pergunto se não seria mais fácil fazer as malas e ir embora, mas imagina fica longe dele me enche de dor novamente. Literalmente Sara você é um caso perdido.

 Me sentei na cama tentando me acalma, mas já estava chorando novamente. Nunca fui uma pessoa forte, dês de pequena deixava as coisas me abalarem só que nunca demonstrei isso a ninguém. Não mudei muito agora, ainda deixo alguns casos me tirarem do profissional e entra no pessoal, ainda sou a mesma criança que chora todas as noites por qualquer besteira. Confesso que queria mudar, queria enfrentar as coisas como os outros, mas não consigo e isso me destrói aos poucos.

 A única pessoa que demonstrei este meu lado foi Grissom, achei que podia me sentir melhor, que ele sempre estaria do meu lado para quando caísse. Talvez neste ponto não tenha me enganado, afinal ele sempre me ajudou. Se me enganei com alguma coisa foi de como eu queria a ajuda dele.

De repente ouvi uma batida na porta, não queria atender, mas as batidas foram ficando mais fortes e já estavam me irritando. Levantei enxugando as lagrimas tentando disfarça meus olhos encharcados, mas não obtive muito sucesso.

-Oi Sara. –Hank me disse assim que abri a porta.

-O que esta fazendo aqui? –Perguntei o encarando, sua camisa estava desbotada e totalmente suja, e pode sentir o cheiro de álcool vindo ate mim. Com certeza esta bêbado.

-Vim te ver, posso entra? –As palavras saíram emboladas de sua boca se eu entendi alguma coisa se deve a experiência em interrogatórios.

-Não, não pode. Como passou pela portaria neste estado? Pouco me importa, thau. –Tentei fecha a porta mais ele segurou com a mão, nesta hora sua camisa levantou um pouco e pode ver a faca que carregava.

 A tristeza e a dor já não eram tão importantes agora comparado com o medo que aparecia.  Eu tenho que fazer alguma coisa e rápido.

-Por favor, Sara... –Preferi não discuti com um bêbado que tinha uma faca e deu passagem para ele entrar.

-Não quebre nada. –Disse enquanto ele tropeçava nas próprias pernas se segurando na parede.

-Sara volta para mim. –Ele me disse vindo em minha direção, eu recuei tentando chegar perto de uma mesinha onde tinha deixado minha arma, mas ele percebeu o que pretendia fazer. –Não faça isso.

-Não vou fazer nada. –Disse tentando ser convincente, ele ate poderia esta bêbado mais não estava burro, e me conhece o suficiente para saber que eu sempre reajo.

-Tem certeza? –Ele parou tirando a faca a fazendo fica bem visível em sua mão. –Só estou pedindo que volte para mim.

-E eu que vá embora. Acabou Hank vá viver sua vida. –Eu também já tinha parado de recua, a arma não estava tão longe mais se desse mais um passo ele me atacava... Se pelo menos ele olhar para outro lado...

-Minha vida é com você.  –Eu sei que ele não tem noção do que diz, que esta “louco”, mas as palavras fizeram as lagrimas voltarem, assim como a vontade de que fossem ditas por outra pessoa.

-Se quer ser meu largue a faca. –Falei ignorando a vontade de chora.

-Estava chorando amor? –Ele perguntou ignorando o que disse.

-Largue a faca Hank! –Ele não largou, pelo contrario veio para cima de mim.

-Não grite comigo! –Consegui me desvia de sua mão aramada e peguei minha arma apontando para sua direção. –Sara não faça isso...

-Vá embora! Não duvide que eu posso atira. –Não sei se minha ameaça ajudou em alguma coisa mais logo ele já tinha guardado a faca e sua mão já estava na maçaneta da porta.

-Ainda virei te busca meu amor, apenas eu sei te ama, apenas eu te amo.- Assim que ele saiu abaixei a arama e tranquei a porta. Peguei o celular e disquei o numero do Brass.

-Alo?

-Brass sou eu Sara, preciso de sua ajuda.

-O que houve?

-Hank esteve aqui, ele esta com uma faca.

-Já estou indo.

Mas uma vez estava sozinha em meu apartamento. A visita de Hank não tinha mexido muito comigo não mais do que suas palavras. Apenas eu sei te ama, apenas eu te amo. Ele tinha razão, apenas ele me amava, se o que ele senti por mim chega a ser amor.

Eu já devia esta acostumada em chorar por ele, mas não estava acostumada em chorar pela rejeição dele. O pior de tudo que apesar de meu erro nu fundo, naquele momento eu tinha gostado, tinha gostado de sentir seus lábios nos meus, tinha gostado de sentir sua boca na minha, tinha gostado de ter demonstrado o que sentia, porque de alguma forma pela primeira vez sentir que ele era meu. Apenas aquele momento...

Mas esta é sua vida Sara Sidle, sonhar, sofrer, desejar, amar... apenas eles, Gil Grissom. Pois não importa o que aconteça amor não se perde se fortalece.