Pov Dulce
 
 Acordei com uma pessoinha chorando demais. Heitor com menos de dois meses já chora muito quando quer alguma coisa, no caso mama.
 Hoje era sábado e se tudo desse certo, vamos levar ele para ver o treino do papai, Christopher.
 -Pronto meu amor!
  Falei assim que cheguei no quarto azul, ao lado do nosso ,ele dormia nos primeiros dias com a gente, mas depois para ele se acostumar dorme em seu quartinho.
 -Tudo pronto para hoje?
   Falou meu amor com a voz rouca (típico quando ele acorda), com uma calca de moletom e com os cabelos todos enrolados.
 -Claro que sim.
 -Coisa mais linda do pai, garotão.
  Falou com o nosso filho que já estava quase dormindo novamente.
 -Claro que é né meu amor?! Vamos tomar banho, Heitor?
 -Vou tomar também!
  E assim ele assim, deixando apenas nós dois.
 Estamos indo para o treino, Heitor está lindo com uma roupa do Batman e com um bico.
 -Amor?
 -Hum?
 -A gente podia sair amanhã né?
 -Ir onde?
 -Em um jantar ou slá, qualquer coisa a dois, desde que Heitor nasceu não temos nada apenas nós dois.
 -E Heitor?
 -Ele pode ficar a minha mãe.
 -Vamos conversar depois sobre isso?
 -Tudo bem.
  Disse voltando sua atenção para o transito.
 -Vem meu amor da mãe!
 Pegando meu pequenino que dormia.
—Pega o carrinho, por favor?
—Já peguei, você pode indo na frente? Eu marquei de encontrar o pessoal.
—Posso sim ,tchau meu amor.
 Nos beijamos e sai com o dorminhoco no carrinho, quando fui subir para a arquibancada o carrinho não subia, que merda.
—Você quer ajuda?
 Olhei para o menino que estava ao meu lado também subindo, ele era igual Christopher apenas no porte tinha olhos verdes e cabelo preto, bem bonito por sinal.
— Sim claro.
 Ele tentou e não conseguiu.
—Eu posso colocar no vestiário, você se importa?
—Pode sim, obrigada!
—De nada.
E assim peguei a bolsa do meu xodozinho e ele, que recém estava acordando.
—Vem meu amor.
 Depois de algum tempo, eles jogavam e quase toda a arquibancada estava paparicando Heitor, que adorava isso. Quase no final ,ele começou de manhã tudo sono. Peguei ele no colo e sai a caminhar com ele.
—Vamos?
Christopher chegou algum tempo depois com a mesma roupa que foi, tirou o uniforme e tomou um banho, estava com uma cara estranha e carregava o carrinho.
—Tem que buscar a bolsa dele.
—Já está tudo aqui.
—Então vamos.
Fomos para o carro, onde ele fechou totalmente a cara ao ver ao lado ,onde estava aquele menino que me ajudou.
—O que aconteceu contigo?
Eu falei para ele quando o carro estava em silencio.
—Amor? Christopher? Da para ti me responder.
—Nada só fiquei sabendo que a minha mulher estava dando mole para outro macho.
—Do que você está falando?
—Tu sabe muito bem.
 Me toquei do que ele estava falando.
—Então quer dizer que eu não conseguir levar até o carrinho do nosso filho até meu lugar e um rapaz me ajudar e levar o carrinho até a uma merda de vestiário é estar dando mole?
—Entenda como quiser.
 Falou irônico.
—Entenda como quiser o que? Tu sai todo o dia pra a faculdade e trabalho, eu não sei sinceramente com quem você anda e ainda por cima o que FAZ! AGORA PORQUE EU VIM ASSISTIR UMA PORRA DE UM TREINO E UM HOMEM ME AJUDAR É MOTIVO PARA CIUMINHO? EU NÃO SAIO DE CASA QUASE NUNCA CONTIGO E QUANDO SAIO É PARA ME ESTRESSAR.
 Não aguentei e desabafei , logo depois comecei a chorar quieta.
—Para de gritar guria.
—Agora tu pede para eu parar de falar a verdade, é assim Christopher?
—Sim é assim Dulce Maria.
Ficamos quietos até chegar em casa, com certeza teremos uma DR.

—Vou dar banho em Heitor.
 Falei assim que chegamos em casa, Christopher subiu para o nosso quarto sem falar nada, dei banho nele e coloquei um pijaminha de bichinho, quando estava dando o peito para ele, que bebia fortemente. Christopher chegou todo arrumado perfeitamente com uma camisa preta (manga comprida),calça vinho e de QIX.
—Me chamaram para ir para uma balada, estou indo.
 Ele não deixou eu terminar e saiu, deixando seu cheiro para todo o lado.
 ...
 Tomei um banho colocando uma roupa da turma, eu poderia estar quase iniciando a faculdade, por conta de Heitor parei de estudar. Comecei a chorar por tudo que vivi até agora, meu companheiro não da a mínima para mim e  ainda quando eu falo ele sai  para curtir uma baladinha com os amiguinhos, não tinha vontade de comer nada, apenas deitei com Heitor de Christopher, adormeci de tanto chorar.
 Acordei com o choro de fome e querendo trocar a fralda, passada das três horas e o chuveiro estava ligado. 
—Vem meu anjinho.
 Arrumei ele todo, deixando o mesmo dormindo na caminha dele, quando cheguei no quarto estava Christopher sentado na cama digitando alguma coisa no telefone, que parou na mesma hora quando me viu.
—Quem era?
 Falei com raiva.
— O que?
—Quem era que você estava no telefone.
—Um amigo.
—Deixa eu ver.
—Por quê?
—EU QUERO VER.
Me entrou o telefone sem me questionar.
“Chris, vamos pegar uma balada?’’ _ 18:00
“Vamos sim, deixa só me arrumar’’ _ 20:46
“Vem logo cara’’_ 20:49
“Para putão, a Maria não para de me encher.’’ _20:50
“Sempre né? Larga ela’’ _20:53
“H E I T O R’’_ 20:54
“Já chegou’’_ 02:07
“Agora sim, peguei aquela gatinha.’’ _ 03:10
“Cara tu é casado tem filho, DML se a Dulce descobrir’’ _03:31
“Pode deixar ela não descobre está dormindo’’ _ 03:33
“ Toma cuidado’’_ 03:36
“Tá meu cidadão.’’ NÃO ENVIADO
—Dul, Dulce olha para mim.
Eu estava em choque, só me dei por conta que chorava demais e estava ajoelhada no chão com as mãos tremendo no telefone, Christopher estava ajoelhado também,porém estava me agarrando com lagrimas nos olhos.
— PODE ME EXPLICAR QUE MERDA É ESSA?
—Calma, por favor!
—CALMAA? TU QUER CALMA? CALA A BOCA E ME OUVE AGORA. COMO TU TEM CORAGEM DE ME TRAIR? HEIN? PEGAR UMA BALADA? QUEM TU PENSA QUE É?
—EU JÁ DISSE CALMA, POR FAVOR E DEPOIS EU POSSO EXPLICAR.
—CALA A BOCA. SÓ ME DIZ QUANTAS?
Nós dois estávamos muitos exaltados.
—Três, me desculpa.
Foi ai que eu desabei.
—Idiota, filho da mãe.
Comecei a bater nele, mesmo sem forças eu gritava palavras que eu nunca ousei a dizer, ele tentava pegar as minhas mãos, mas estava também muito nervoso.
—SAI DESSE QUARTO!
 Ele não disse nada e apenas saiu, eu atirei tudo que eu podia, quebrei meu espelho e me cortei meus pulsos, sentei chorando muito perto da cama. Fiquei mais ou menos 30 minutos, quando ouvi a porta sendo aberta.
— Ele está com fome.
 Christopher estava com a voz rouca e com o rosto todo vermelho, igual ao meu bebê que era idêntico ao pai, porem os choros eram por motivos diferentes.
—Vem meu amor.
  Ainda bem que minha roupa era de manga comprida e não dava para notar que meus pulsos estavam a pouco sangrando, assim que ele me deu saiu.
—Não quer dormir meu anjo?
 Ele deu soprinhos no ar.
—Vamos dormir sim.
 Coloquei ele para arrotar e depois comecei a balançar o mesmo até ele
 dormir .Sai do quarto e coloquei novamente ele no seu quarto. E fui para o quarto de hospedes dormir.
 ...
 Acordei com uma dor de cabeça, mas Heitor não sei importava com isso, apenas em chorar.
—Porra Heitor.
 Levantei e fui cuidar dele. Descemos e encontrei Christopher dormindo no sofá com o rosto mais vermelho ainda. Tomei o meu café, quando estava arrumando a cozinha, a campainha tocou. Fui com Heitor ,era um homem.
—Oi !
Falei balançando Heitor.
—Olá, Christopher está?
—Sim está dormindo ,entra.
—Prazer, Roberto.
  Era ele que estava falando com Christopher ontem?
—Dulce Maria e Heitor.
—Muito lindo o filho de vocês.
—Obrigada!