Marmalade escrita por Limia Santos


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Estreando o desafio de 100 temas com um fandom que eu tava querendo escrever a um tempãããão e sempre acontecia alguma coisa e eu não postava nada q

Espero que gostem ♥

Ah, sim, eu não usei as informações do filme 3, Rebellion, aqui. Mas têm spoilers do final do anime (ou filme 1 e 2) :3



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Madoka mal podia esperar em ter sua vida envolvida naquele rumo inesperado que acontecia a cada menina quando o ensino fundamental está perto de seu término, pelo menos, era algo que acontecia nos mangás que tinha contato. Afinal, pouco a pouco se tornava mais velha, mais próxima da maioridade, e nada mudava a concepção abatida que tinha de si mesma.

Queria que aquilo mudasse, tanto, mas e a coragem para essa realização? Estaria disposta a pagar o preço? E o que seria esse preço, depois de tudo? Julgava-se detentora apenas de uma boa família que, apesar de amá-la e ser algo recíproco, não se imaginava tão merecedora, uma vez que não tinha feito nada para tê-la, apenas existiu, e, na verdade, isso deveria ser o suficiente.

Mas não lhe bastava, apenas lhe enchia de uma culpa cotidiana. Existir lhe parecia uma ofensa, um privilégio que tinha quando escutava qualquer história triste. E o que fazer quando eles ficavam zangados quando, se pudesse, ela trocaria de lugar sem pensar muito, por não suportar aqueles olhares de desespero?

As fitas foram a resposta a que chegou, depois de hesitações em contínuo. As fitas eram daquela cor vermelha, que encarnavam uma força que ela não julgava possuir. O primeiro empurrão que precisava havia sido dado pela sua mãe, com uma atitude que parecia duplicar a dela, e o segundo e decisivo teria sido aquela menina que era em carne e osso os ideais que buscava.

Imaginava que essa seria a sua definitiva solução. Mami era forte e bonita, e, apesar do pouco tempo que tinham passado perto uma da outra, tinha se tornado muito especial para Madoka, mais do que poderia supor em uma pequena reflexão. As fitas, que eram a magia dessa garota mágica de cor dourada, a haviam prendido de uma forma inesperada e discreta. A ponto de que, provavelmente mais do que nunca, ao ouvir sobre as inseguranças de sua veterana, queria ser aquela a fazer Mami feliz, para que ela brilhasse ainda mais do que já tinha.

Madoka, que sempre tinha admirado aquelas guerreiras que traziam os finais felizes para as suas histórias com a força do amor e da amizade, tinha enfim a sua princesa a auxiliar. Só que não lhe foram permitidos aos seus planos um cumprimento. Talvez se ela tivesse desejado ficar ao lado de Mami para sempre... antes daquela xícara se quebrar, aquelas fitas se partirem.

Era difícil se recompor, sabendo que tinha apenas garantido a outra o que ela mais detestaria: aquele sabor amargo de sangue, e a solidão que uma realidade maquiada e descortinada podia carregar.

Sua vida tinha definitivamente mudado naquele dia, não seria a mesma, quem imaginaria aquele rumo inesperado? Seguramente tinha sido envolvida, como teria ansiado para si mesma no início de seu segundo ano na escola de Mitakihara e mesmo antes, mas daquela forma indesejável que lhe dava ânsias de vômito. Junto com Mami, algo dela havia morrido também, talvez boa parte de sua já frágil concepção de “crescimento”, uma vez que nem Mami havia sido capaz de ir contra um destino terrível.

Deveria continuar acreditando em esperança e finais felizes, de alguma forma? Apenas a patética ela, e todas se ferindo, e todas elas “tudo bem ser a medíocre você”.

Seria ela a errada em querer pensar diferente?

Depois de tanta tragédia ela entendeu. Ela só tinha que ter sido egoísta desde o começo. Aceitaria aquele destino que a chamava e completava, apesar de também saber ser fatal para si. Ela não deixaria passar aquele desejo... sem mais tardar.

As últimas flechas carregando o seu desejo foram disparadas, e Madoka iria salvá-la. Nem Mami, nem ninguém mais precisaria morrer daquela forma detestável. Mesmo que ninguém além de Homura se lembrasse dela, por conta dos poderes de tempo que a outra possuía, não a perturbaria aquele fato desde que visse todas elas sorrirem.

Esperança não podia escolher prediletos, mas ela também havia sido um dia humana, o que lhe fazia continuar em certo egoísmo, naquelas pequenas olhadas de canto em seus queridos de sua antiga existência. Naquela que havia sido o início de sua decisão, queda, e seu primeiro amor também. Naquelas pequenas ilusões de que iriam se encontrar outra vez.


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Notas finais do capítulo

Até ~