Hermione Granger: A verdade por trás do encanto escrita por Deh


Capítulo 6
Em chamas




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Havia se passado três dias desde minha visita a Andrômeda e desde que cheguei em casa havia empenhando em descobrir mais sobre minha adoção. Em uma conversa sobre meu nascimento com meus pais, então eu percebi, eles acreditavam veemente que eram meus pais biológicos, alguém havia alterado suas memórias ou era isso, ou eu era realmente filha deles, mas então não explicaria minha aparência e o nome no livro.

A verdade era que eu começava a sentir perdida, nada o que eu acreditava era real. Mas mantendo um sorriso no rosto, me mostrava feliz ao saber como havia sido o dia dos meus pais. Isso até o momento em que a bagunça começou.

Em um momento eu estava rindo de uma piada do meu pai e no outro eu ouvia uma voz fina gritando “Traidora de sangue”, foi tudo tão rápido. Eu peguei minha varinha e a ataquei, mas ela não estava sozinha e de repente a casa começou a pegar fogo. Eu gritei em desespero, eu tentei fazer o fogo parar ao mesmo tempo em que lançava maldições em Bellatrix e seus companheiros, mas não consegui proteger meus pais. Quando tudo parecia perdido ouvi um “Avada Kedavra” sendo lançado em direção a Bellatrix e então um homem de cabelos escuros apareceu me agarrando e aparatando.

Quando chegamos eu ainda me debatia em seus braços e embora estivesse enjoada e confusa, estava muito bem ciente das lágrimas que escorriam pelo meu rosto. “Nós temos que voltar!” Eu disse desesperada, o meu suposto salvador meu olhou tristemente “Hermione, eles estão mortos” eu desmoronei no chão e chorei, ele agachou e me puxou para um abraço “Vai ficar tudo bem Hermione” Após chorar minha perda nos braços daquele homem, me levantei e então declarei o óbvio “Por que você me salvou? Eu nem conheço você” Ele sorriu levemente “Você não se lembra, mas nos conhecemos há muitos anos” Eu olhei para ele intrigada, mas ele apenas sorriu levemente “Venha, vamos para dentro. Daqui a pouco começa a chover” Embora aparentemente estivéssemos no campo, onde faltava iluminação, eu o acompanhei a uma bela casa no estilo vitoriano que estava a um pouco mais de cinquenta metros de onde estávamos “Qual seu nome?” Perguntei enquanto caminhávamos, achei justo, pois ele já sabia o meu “Percy” foi o que ele me disse.

Quando entramos ele disse “Mey” e instantaneamente um elfo domestico apareceu “Sim senhor...” Ele a interrompeu “Leve Hermione para um dos quartos de hospedes e dê a ela algo de comer” Tentei protestar, mas antes que eu fosse capaz de abrir a boca eu já estava dentro de um quarto. Não mais que três minutos Mey apareceu com uma bandeja de biscoitos e leite quente, junto com uma muda de roupas. “O banheiro é no fim do corredor” ela disse apenas e desapareceu em um pop.

Acabei sentando na cama, era bem macia alias e acabei cochilando. Não sei ao certo quanto tempo desde que fechei os olhos, mas acordei bem assustada. A visão dos meus pais sendo mortos, minha casa pegando fogo, me fez despertar assustada. Demorei alguns segundos para me situar e lembrar que aquele pesadelo realmente aconteceu. Levantei e peguei um biscoito, minha barriga roncava de fome, o leite já havia esfriado, o que significava que eu havia dormindo por um tempo.

Debatendo comigo mesma, decidi sair e ver onde estava. O corredor tinha muitas portas, se me lembro bem o banheiro era no fim do corredor, mas eu não estava com vontade de usá-lo. Abri a porta em frente ao quarto em que fiquei e encontrei um quarto semelhante, ao lado dele abri um outro e nossa! Eu apostava que um grifinório dormia ali. As paredes eram riscadas de amarelo e vermelho, havia posters de quadribol pregado nas paredes, sentindo atraída por esse quarto, acabei entrando, em cima da cama era pintada o brasão da grifinória na parede, notei que na estante de livros havia alguns volumes bem interessantes em sua maioria sobre transfiguração, em cima da escrivaninha havia duas fotografias: uma de três crianças (dois meninos e uma menina) e a outra do menino da foto mais velho com uma garota diferente, a garota me lembra vagamente alguém. Saindo do quarto sem tocar em nada, abro a porta do quarto em frente e o que vejo é encantador, o quarto era em um tom de azul claro, mas havia escritas douradas em todas as paredes, chegando perto eu vi que as palavras eram na verdade feitiços: Accio, Expecto Patronum, Wingardium Leviosa, eram alguns deles. Havia uma grande estante de livros, cheios de volumes variados. A escrivaninha não tinha nada de mais, sai dali e estava prestes a entrar no outro quarto quando ouvi uma agitação no andar de baixo.

No meio da escada eu ouvi vozes “Eu quero vê-la, eu tenho o direito” Era uma voz feminina que eu não reconheci, “Ella escute o pai” parecia levemente com a voz do homem que me trouxe mais cedo “Arabella deixe Hermione conosco, iremos cuidar dela” Arabella? Essa mulher seria minha mãe? “Deixe-me vê-la” Ouvi a mulher suplicar “Arabella você deixará Hermione como está. Agora vá embora” Era uma voz conhecida, com um sotaque escocês carregado. “Arabella você perdeu o direito de frequentar essa casa há muito tempo, é melhor você ir” Uma voz mais calma falou. Ouvi algumas palavras incompreensíveis, então eu fui capaz de ver a mulher marchar em direção a porta e bater com força, não pude ver seu rosto, apenas seus longos cabelos negros.

Acabei de descer as escadas e encarei as pessoas ali presentes, eu sabia que conhecia aquelas vozes. “Professora McGonagall, diretor o que vocês estão fazendo aqui?” Perguntei com o cenho franzido, o diretor me olhou sorrindo “Estamos em nossa casa minha querida, a pergunta é o que você está fazendo aqui?” Eu estava um tanto quanto assustada com essa revelação “Eu não sei” três palavras que eu raramente dizia. “Venha Hermione sente-se” Professora McGonagall indicou um local no sofá, eu fiz o que me foi pedido, enquanto ela pedia chá ao elfo doméstico.

“Presumo que você queira respostas” O diretor declarou enquanto pegava o seu chá, eu apenas assenti “Por que eu estou aqui?” Perguntei encarando o homem que havia me trazido até aqui “Era o local seguro que eu pude pensar no momento” Mordi o lábio, apesar de inúmeras perguntas uma estava em minha mente “Aquela mulher que saiu agora a pouco, é ela? Ela é minha mãe?” Foi a professora McGonagall que respondeu “Ela é” Meus olhos cresceram em realização, “Por que vocês a mandaram embora?” Dumbledore então disse “Sua mãe é uma mulher complicada Hermione” Atrás dele pude ver Percy assentir em confirmação. “Meus pais estão mesmos mortos?” “Temo que sim Hermione” “Por que?” Dumbledore suspirou “Quando você completou dezessete anos o encanto de ocultação foi quebrado, você apareceu na árvore dos Blacks e tanto no livro de Hogwarts quanto da sua família, era só uma questão de tempo até te acharem” Eu estava confusa “Por que Bellatrix não me matou quando teve a chance? Eu sou a sangue ruim amiga de Harry Potter” “Sua tia é louca, talvez ela só quisesse adota-la e fazer de você uma comensal da morte. Quem sabe ao certo?” O homem mais jovem disse irritado “Temo que sua existência minha cara, tenha despertado o interesse de pessoas perigosas” Me mantive quieta “Como eles descobriram que eu era a garota desaparecida?” O mais jovem continuou “Além do nome exótico? Alguém contou é claro, agora nos diga, para quem você contou” Eu o encarei “Não contei para ninguém, Áries já sabia pois descobriu comigo e eu fiz uma visita a Andrômeda” A professora McGonagall levantou e começou a caminhar pela sala, murmurando palavras incompreensíveis “Áries! E se eles tiverem feito algo com ele? Precisamos saber se ele está bem” Levantei aflita, Dumbledore e Percy lançaram-me sorrisos tranquilizadores “Eles não irão prejudica-lo por sua causa” Mas eu não confiei na declaração de ambos.         

“Percy venha comigo a biblioteca terminar aquela conversa” O diretor de Hogwarts disse se levantando “Tenha uma boa noite Hermione” Eu assenti e murmurei algo em resposta, “Minerva?” Ele disse e acenou para mim, a professora McGonagall olhou para mim e um pequeno sorriso apareceu, era um pouco estranho. “Vamos Hermione, você precisa descansar” Ela disse e subimos as escadas, eu tomei um banho e vesti as roupas que havia ganhado mais cedo. Eu estava olhando pela janela quando a professora entrou no quarto em que eu havia me instalado “Essa é uma longa noite” eu disse ainda olhando a escuridão “Tem sido, mas em minha experiência de vida até as noites mais longas são substituídas por manhãs ensolaradas” Eu a encarei com o rosto sem expressão “Talvez”.


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