Conectados por laços escrita por Renge
Notas iniciais do capítulo
Esse capítulo está bem fofo e engraçado =D
No que será que deu o encontro da Mari? Nádia tem uma ideia bem doida e isso pode acabar fazendo uma confusão.
Boa leitura *--*
Enquanto eu olhava o movimento da rua, vi um garoto passando. Ele estava com fones de ouvido e sozinho. Olhei melhor e percebi que esse garoto era quem eu menos imaginava ver.
— Thomas? – Pensei, o reconhecendo.
Ele me viu e parou. Trocávamos olhares por alguns segundos, senti meu coração acelerar. Era como se houvéssemos apenas nós dois no mundo com apenas esse vidro nos separando.
— Pronto fiz os pedidos. – Disse Samuel voltando.
—...
Continuei olhando para Thomas. Assim que ele viu Samuel aparecendo, voltou a olhar para mim e foi embora.
— Mari? – Disse Samuel
Voltei a realidade.
— Ah! O que? O que? Desculpe tava viajando aqui. – Falei rindo, mas na verdade eu me sentia um pouco incomodada pelo que tinha acabado de acontecer.
— Não tem problema. Eles já vão trazer os pedidos. – Disse ele brincando com o cupom fiscal.
— Certo. – Falei, em seguida voltei a ficar pensativa.
Ficamos alguns segundos sem dizer nada.
— Mari? – Ele me chamou.
— Haha, acabei viajando de novo. – Falei, tentando disfarçar. – Uh, parece que os pedidos chegaram.
Uma garçonete muito simpática trouxe quatro macarons e um grande chocolate quente com chantilly e uma cereja em cima.
— Caramba. – Falei surpresa. – Eu acho que vou adorar isso.
Samuel riu.
Conversamos de várias coisas como o que gostávamos de fazer, o que gostávamos de assistir, de ouvir, de comer. Até das coisas que não gostávamos. O tempo passou realmente rápido, eu até havia me esquecido do que havia acontecido com o Thomas.
— Muito obrigada por hoje! – Falei já na porta de casa. Olhei para o relógio, já passava das onze. – Eu me diverti muito.
— Eu também me diverti. Espero que possamos sair mais vezes... – Disse Samuel
Eu sorri.
– Então até amanhã. – Falei enquanto entrava.
Ele acenava e sorria, fechei a porta.
***
Acordei animada. Fazia muito tempo desde que eu não me divertia tanto, Samuel alegrou a noite em que provavelmente eu passaria jogando vídeo - games com meu irmão.
Mas algo está me incomodando. O Thomas havia aparecido com seu olhar profundo novamente...
— Ele novamente me veio a cabeça. – Pensei enquanto ainda estava deitada.
Me levantei e fiz todas as coisas que sempre faço antes de ir para a escola. Ainda feliz pela noite anterior e ao mesmo tempo incomodada.
Assim que cheguei na sala, Nádia brotou na minha frente.
— Oii Mari – Disse Nádia
— Nádia! – Falei
— O que foi que rolou ontem entre você e o Samuel hein? Huum. – Perguntou Nádia
— Bem... – Falei enquanto caminhávamos em direção a minha mesa– Ele me chamou para sair por aí á noite e eu aceitei. Foi isso.
— Ai meu Deus. – Disse Nádia rindo se sentando em sua mesa, na minha frente– É como eu imaginei, ele está afim de você.
— N-Nádia não viaja... ele mesmo disse que iria pra gente se aproximar mais como amigos. – Falei enquanto ajeitava meu material.
— Você é muito boba. Comece a prestar atenção em sinais que ele mandar para você. – Disse Nádia
— Sinais? Como assim? – Falei
Samuel entrou na sala, olhou para mim e sorriu. Sorri de volta.
— Miga do céu, o negocio tá bom mesmo. – Disse Nádia percebendo tudo.
Samuel passou direto indo conversar com outros colegas.
— Ai para Nádia. – Falei envergonhada. – Fala que sinais são.
— Depois eu conto. É que eu preciso da sua ajuda para uma retardadice que eu pretendo fazer. – Disse Nádia
Débora e Luana chegaram juntas. Elas começaram a conversar comigo e com Nádia. Porém me distrai e olhei ao redor. Percebi que Thomas ainda não havia chegado. Ele costuma chegar cedo, será que não vai vir?
— MARI VAMOS. – Nádia disse bem alto, me puxando para fora da sala.
— O que está fazendo, para onde vamos? – Perguntei
— Hahaha, você vai entender. Vamos dar um sustinho em alguém. – Disse Nádia
— Um susto em alguém? Tá maluca? – Perguntei
— Vem vamos para o banheiro, preciso botar meu plano em ação. – Disse Nádia
Alguns minutos depois, Nádia me fez colocar os cabelos todos para frente e maquiou uma das partes do meu rosto de vermelho para que estivesse ensanguentado.
— Haha, tenho certeza de que você vai adorar. – Disse Nádia
— Como sabe disso? – Perguntei
—Eu sei de tudo minha fia, hehe – Disse ela dando risadinhas.
Eu estava dentro de uma cabine aguardando alguém para assustar e Nádia estava na cabine ao lado.
Alguns segundos depois um grupo de três meninas apareceram no banheiro como se estivessem cabulando aula também.
— Olha só, eu já estou cansada de estudar aqui. Só tem gente idiota e que se acha. Deveria ter alguém que tivesse a inteligência fazendo grandes “bondades”. – Disse uma delas, Vick da nossa sala.
— Tenho que concordar. Olha a pessoa mais idiota que eu já vi, tenho que admitir que é a Nádia da sala ao lado. Argh, garota ridícula, sem sal. Nem sei como ela conseguiu namorar o lindo do Daniel. – Disse a líder delas, Lanna.
— Aquela doida lá? Olha já eu acho a mais ridícula daquela sala é a tal de Mariana, já ouvi falar que ela fica dando em cima de todos os garotos. Já viram ela com Thomas e viram ela ontem com o Samuel em uma pista de boliche. – Disse a outra, Aryane.
— Como é que é? – Pensei
— Quem ela pensa que é? Uma princesa? Temos que alertar a escola e todos os casais de namorados sobre essa Mariana urgentemente. – Disse Lanna
As duas outras concordaram em meio a vários deboches.
— Ah, mas é hoje que eu mato um. Vão ver só. – Pensei dando um sorriso.
— V O C Ê S M A T A R A M M E U F I L H O – Falei ainda dentro de uma cabine escondida.
O silêncio dominou no banheiro.
— V-vocês escutaram isso? – Disse Vick
— Sim... – Disse Aryane
Comecei a bater na cabine com os punhos e depois a dar chutes. Nádia também fez igual na cabine ao lado. Elas começaram a gritar e eu estava me segurando para não dar risadas.
Alguém de fora fechou a porta, pois elas não estavam conseguindo sair do banheiro.
— Mas o que é isso? O QUE TA ACONTECENDO? ABRE ESSA PORTA. – Gritou Lanna
— Não sei, ASSOMBRAÇÃO... – Disse Vick
Dei um grito bem alto, e elas tamparam os ouvidos.
Abri a cabine e elas pareciam bem assustadas, mostrei a parte maquiada de vermelho e elas pareciam que estavam morrendo.
— Meu Deus do céu, ajude-nos, por favor. – Disse Lanna
— Queremos sair DAQUII. – Disse Vick – Vamos morrer.
— Eu quero minha mãe – Gritou Aryane
Elas continuavam a gritar e eu me segurava para não rir.
— V O C Ê S M A T A R A M M E U F I L H O , C A C H O R R A S. – Falei bem alto e com tom sinistro.
Elas continuaram a gritar e se juntaram para que a porta abrisse. Débora e Luana que eram as responsáveis pela porta fechada , acabaram não aguentando a força e a porta se abriu, caindo as cinco para fora do banheiro.
Eu não aguentei a cena e acabei caindo na gargalhada e acabei rolando no chão de tanto rir
— MARIANA? – Disse Vick
— Uuuhh, descobriu a América – Disse Nádia chorando de rir
Eu, Nádia, Débora e Luana morríamos de rir e as três não pareciam gostar de nada disso.
— Vão vocês todas tomar tudo no cu. Brincadeira de bosta. Irei comunicar a diretora. Vão me pagar, principalmente você Nádia. – Disse Lanna morrendo de ódio.
— Ai que medo. – Riu Nádia.
As três saíram bufando.
— Ótimo trabalho. – Disse Nádia, dando high five em Débora e Luana.
— Não queríamos contar essa surpresinha que planejamos ontem. – Disse Débora
— Foi muito divertido. – Falou Luana ainda limpando as lágrimas de tanto que riu. – Elas mereceram.
— Mas por quê? – Perguntei
— Aquela menina que me ameaçou, a Lanna. – Disse Nádia. – Ela me odeia. Ela vive fazendo de tudo para me atingir, mas eu sou eu né.
— Ela gosta do Daniel. Mas ele nunca ligou para ela. – Explicou Luana
— Ooh, entendi. Por isso elas falavam mal da Nádia e de mim também. – Falei entendendo.
— Aquelas vadias odeiam todas nós. – Disse Débora. – Elas já espalharam boatos de que eu era uma prostituta.
— Ai que horror. Então isso foi é pouco. – Falei
Nós rimos.
— Ainda vamos contra atacar. – Disse Nádia, sorrindo.
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Espero que tenham gostado do capítulo *uu*
O que acharam da Lanna? Acham que ela ainda pode aprontar mais?
Até o próximo capítuloo o/ *--*