Conectados por laços escrita por Renge


Capítulo 34
HBSabcjDBJ, pensamentos disparam como uma flecha


Notas iniciais do capítulo

E MAIS UM CAPÍTULO *--*
Pelo visto as coisas ainda podem ficar MAIS AGITADAS DO QUE ANTES. Notamos no capítulo anterior como Mari ficou suspeita sobre Amanda, mas o que ainda está por vir? Nesse capítulo vamos acompanhar Rafael e a continuação de sua saga de desventuras *--*
Boa leitura!!!



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Rafael P.O.V

Agora que o Pedro está suspeitando bonito de mim, estou cada vez mais ferrado. Talvez eu deveria falar para o Luan que ele não precisa mais me ajudar em matéria nenhuma e que eu estava conseguindo entender.

— Sim. É perfeito. – Pensei comigo mesmo, enquanto arrumava o material em minha mochila.

— MARIANA? – Gritei, olhando para o teto.

Não houve resposta. Ela já deve ter ido na frente. Saí de casa e comecei a caminhar, eu não queria chegar nunca, mas olhei para o relógio e percebi que deveria caminhar mais rápido ou iria me atrasar.

Assim que cheguei na sala, evitei fazer contato visual com as pessoas. Talvez assim o Luan não perceberia que eu cheguei, nem ele nem ninguém.

— Mas que triste desilusão. – Dei de cara com o Pedro em poucos passos.

— Fala aí Rafa. – Ele disse, nos cumprimentamos com um tapa e um soquinho. Eu estava de fato desconfortável em conversar com ele depois daquela noite.

— E aí Pedro. Tudo em cima? – Perguntei

— Ahãn. Aí cara, foi mal por ontem á noite. Falei bosta e... foi mal mesmo.

— Ah...é, foi um pouco chato, mas de boa. Vamos deixar para lá. – Falei

— Vamo claro. Cê fez o trabalho de física?

— Que trabalho? – Perguntei confuso.

— Caraca, você anda nas nuvens mesmo hein Rafa.

— Ahahaha, é o sono... – Falei tentando disfarçar.

Continuamos conversando até o professor chegar.  Assim que todo mundo se ajeitou nos seus lugares, fui dar uma espiada discreta em Luan. Por azar ele acabou me notando, acenou sorrindo.

Comecei a rir igual um idiota e acenei de volta. Olhei para o lado e Pedro pareceu ter notado.

— HBSabcjDBJ. – Um monte de pensamentos dispararam como uma flecha em minha mente.

Fiquei o resto da aula até o recreio tentando pensar na minha cabeça como seria a melhor frase para dizer ao Luan que eu não poderia ir. Estava tentando criar a mais convincente e a menos estranha de todas.

— Caralho... eu sou realmente péssimo em mentir. – Pensei alto, ou melhor, falei.

— Hm? – Ouvi Pedro dizer logo ao lado.

— Merda. – Pensei – Nada não, Pedro, anda não. – Falei gesticulando com as mãos indo para cima e baixo.

Além de ser péssimo em mentir, ainda sou péssimo em fingir que está tudo okay quando não está nada okay.

Assim que bateu o sinal para o recreio, eu me levantei confiante de que iria conseguir falar com o Luan de uma vez e acabar com isso. O Pedro não iria mais encher o saco, o Luan não iria receber mais problemas e... tudo acabaria bem.

No recreio esperei a melhor oportunidade para conseguir falar com ele.

— Fala Luan. – Eu disse, quando finalmente consegui falar com ele.

— Ah, e aí Rafic. Eu não esqueci não de que você pediu ajuda para estudar. Hoje mesmo estou disponível, podemos ir depois da escola. – Luan disse sorrindo

— Hoje? – Perguntei

— Sim, hoje minha mãe vai trabalhar a tarde toda, acho que vai encobrir alguém lá no trabalho dela ou alguma coisa assim. Assim vamos sem sermos incomodados.

Por algum motivo.

— Certo então. Hoje tá beleza. – Respondi forçando uma risada.

Eu não consegui dizer “não”.

                                                                            ***

— Obrigado por me receber. – Falei, entrando

— Nada, você já veio tantas vezes aqui que quase mora aqui também. – Luan respondeu

— Nossa, já vim tanto assim aqui? Haha, devo ser mesmo irritante. – Falei dando risada.

Parando para pensar eu mal levei ele na minha casa, enquanto ele já me recebeu aqui umas mil vezes.

— Que nada. Bem, vamos começar a estudar porque eu estou sentindo um leve pressentimento de que a minha mãe logo vai chegar. E quando ela está aqui... você já sacou né?

— Já. – Falei morrendo de ir ao lembrar dela naquele dia. – Mas a sua mãe é muito maneira.

— Ela é bem louquinha. Mas já estou completamente acostumado com ela. Enfim, você quer alguma para beber? – Disse ele indo para a cozinha

— Sei lá, pode trazer qualquer coisa. Falei me ajeitando naquele tapete fofinho. Coloquei os livros de exatas ali, estou boiando na matéria delas e não posso tirar zero nas provas.

— Tem suco aqui, pode ser? – Ouvi ele perguntar

— Pode. – Respondi, enquanto procurava a página certa do livro.

— Pronto. – Ele disse, trazendo dois copos de suco.

— Valeu! – Falei, logo em seguida virei uma página com um pouco mais de força e acabei arrancando ela do livro.

— BOSTA. – Acabei soltando

— Essas páginas são mesmo muito finas, é muito fácil fazer essa cagada. – Disse ele rindo

— Haha, que azar. – Falei bebendo um gole. – Vamos começar então.

Eu não sabia nem por onde começar, se deveria começar por física, por química ou matemática. Por fim acabei optando por matemática.

Ele explicava detalhadamente e tão bem. Mas em alguns momentos eu acabava boiando admirado pelos detalhes do seu rosto ou por simplesmente a matéria ser chata demais.

— Você entendeu? – Ele perguntou

— Hã? Ann... eu entendi, claro, entendi. Nossa, é tão fácil assim? – Falei tentando disfarçar.

— Você não entendeu esse treco né não? – Luan falou morrendo de rir.

— Não. Foi mal. – Respondi

Até que ouvimos a campainha tocando.

— Deve ser sua mãe. – Falei

— Estranho ela apertar a campainha. Vou lá ver. – Disse ele

— Beleza. – Falei, enquanto ele ia atender eu tomava devagar o resto do suco. Acabei ouvindo uma voz alta lá de fora.

— Não Luan, eu vou vir quando eu quiser. Ainda não aceito que você esteja me tratando desse jeito. – Ouvi.

Essa voz...

— Puta que... – Pensei

— Pois eu vou entrar, você está escondendo alguém aqui, não está? Hunf, sai da minha frente. – Ouvi Andressa dizer

Logo em seguida ela entrou e olhou para a minha cara. Ambos de nós fizemos a maior cara de bosta, mas ao contrário de mim ela pareceu ter ficado estressada ao me ver.

— Garoto, o que foi que eu te falei naquela noite? – Andressa disse alto caminhando na minha direção.

— O quê? Quando você me ameaçou? – Perguntei

— Ameaçou? Como assim, Andressa explica essa porra agora. – Disse Luan entrando.

— Mentira, foi ele quem me ameaçou Luan. Esse cara é um bosta, não sei o que ele está fazendo aqui. – Ela disse se fazendo de vitima.

— Eu te ameacei? Não foi você quem me disse naquela noite que eu não deveria aparecer no seu caminho? – Falei, me levantando.

— Pois escuta aqui seu lixo, não vou repetir, se eu pegar você de novo com o Luan as coisas vão ficar sérias. – Disse Andressa

— ANDRESSA PARA COM ISSO. – Luan se descontrolou

— Nunca fiz nada para você Andressa, não sei o porquê me odeia tanto. – Eu disse

— E ainda por cima se faz de vitima, garoto eu estou perdendo a minha paciência com você. LUAN TIRA ELE DESSA CASA. – Andressa gritou

Eu estava confuso e assustado por ela gritar tanto apenas com a minha presença ali.

— Andressa para que isso mano? Ele é meu amigo e estamos estudando. Sacou? Então quem deveria se retirar daqui é você, não ele. – Luan disse firmemente.

— Você vai ficar do lado desse lixo? VOCÊ QUER QUE EU VÁ EMBORA DAQUI? – Andressa disse

— Andressa se acalma aí. – Disse Luan

— Eu posso ir embora. Já estudamos bastante, você me ajudou bastante; Obrigado Luan. – Disse eu

— JÁ ERA PARA TER SAÍDO DAQUI QUANDO EU ENTREI. OU MELHOR, NÃO ERA NEM PARA ESTAR AQUI. CACHORRO SÓ APRENDEM QUANDO APANHAM. – Disse Andressa

Logo em seguida ela disparou um tapão na minha cara.


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Notas finais do capítulo

MAS É MUITO ATREVIMENTO DESSA ANDRESSA, NÉ?
ALGUÉM TEM QUE ENSINAR UMA LIÇÃO PARA ESSA VAGARANHA.
O que será que vai acontecer?
ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO *--*



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