Conectados por laços escrita por Renge


Capítulo 24
Eu compreendo


Notas iniciais do capítulo

TRAZENDO MAIS UM CAPÍTULO *--*
Nesse vamos nos surpreender com a atitude do Thomas, o que será que vai acontecer?
Mari é mesmo muito enrolada, mas nesse ela nem disfarçou o que queria =D
Boa leitura!!



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— Gente foi mal, mas... – Disse Samuel

Ele do nada pegou na minha mão.

— Mari tem um lugar que eu quero te levar, vamos? – Ele disse

Fiquei sem reação quando Samuel fez isso. Estava travada e não conseguia pensar em nada para responder. Na hora me veio em mente quando Thomas pegou na minha mão.

Obrigado...vou me lembrar disso.

— E-eu não posso... – Falei.

— Não? – Samuel disse

— Me lembrei de que tinha que fazer algo agora. Eu tenho que ir, desculpe. – Eu disse

Soltei a mão dele e saí correndo. Saí correndo do shopping, saí correndo daquilo tudo. Eu queria o ver, queria ouvir a voz dele, queria desabafar. Quando eu vou ter coragem de contar os meus sentimentos para o Thomas?

Enquanto esse momento não chegar eu vou me sentir sufocada. Eu só preciso me organizar melhor e dizer a verdade.

Liguei para o Thomas e esperei ele atender a ligação.

— Alô? – Eu disse, tentando recuperar o folego depois dessa correria toda.

— Mariana?

— Eu estou indo para aquela lojinha daquela noite. Pode dar uma passada lá, por favor? – Eu perguntei

— Tudo bem. – Ele disse

Logo em seguida desligou.

Cheguei na loja e me sentei no mesmo banco daquele dia. Quando senti que alguém se aproximou. Levantei a cabeça e o encarei.

— O que foi? – Ele perguntou

Eu abaixei a cabeça e sorri comigo mesma.

— Eu não sei. – Falei, dando uma pausa. – Eu disse para você aquelas coisas sobre conversar, se abrir... a verdade é que eu estou fazendo isso agora.

Ele continuou me olhando e logo em seguida se sentou.

Mesmo eu querendo o ver, mesmo eu querendo dizer tantas coisas. Não conseguia pensar em nada para dizer.

— A noite está linda, não? – Ele disse

O olhei e ele sorriu, olhamos para o céu estrelado.

— Então, você está se tornando um bobo também? – Perguntei

— Aprendi com você. – Ele disse

Ele se levantou.

— Espera um pouco. – Ele disse

Thomas entrou na lojinha e voltou depois de alguns minutos com duas latas de refri. Ele estendeu o braço e me entregou.

— Obrigada. – Eu disse

Nós abrimos e começamos a tomar, enquanto observávamos o movimento.

— Quando eu era menor. Meus pais viviam brigando. – Disse Thomas

— Ele está desabafando? – Pensei

— Minha mãe descobriu que estava levando chifre. Depois disso as brigas aumentaram ainda mais. – Ele continuou

— Deve ter sido difícil...

— Eles não queriam continuar juntos. Eles não me queriam também. Eu seria um tremendo fardo para os dois. E eu também não queria continuar com eles.

—...

— Se eu ficasse ali, sempre que eles olhassem para mim se lembrariam desses dias. Principalmente minha mãe. – Ele disse

— Eu não sei o que dizer sobre isso. – Pensei

— Meus tios ficaram comigo então. – Thomas fingiu um sorriso ao terminar de dizer aquilo

— Desculpe te fazer me contar essas coisas. – Eu disse

Não consegui mais me conter e lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto.

— São tantas desilusões que qualquer outra criança nunca imaginaria passar. – Eu continuei

— Por que está chorando? – Ele perguntou

Não consegui responder aquela pergunta. Apenas continuei chorando baixo.

— Sabe... quando você disse que queria ser minha amiga. Eu realmente fiquei muito feliz. – Disse Thomas

Thomas se aproximou de mim e limpou minhas lágrimas.

— Devo estar te irritando. Te chamei aqui do nada e comecei a chorar. – Eu disse

— Não está. Você foi a primeira pessoa que eu contei essas coisas

— Compreendo. – Eu disse

Acho que não é uma coisa que ele sairia contando por aí. Talvez nesse momento, eu possa mesmo ser alguém especial para ele.

—Eu compreendo... – Disse mais uma vez.

Ele se afastou e terminou de tomar seu refri.– Então eu estou indo. – Ele disse

Eu sacudi a cabeça.

— Até mais. – Eu disse

O observei indo embora. Na minha cabeça não se passava outra coisa além do desejo de dizer a ele o que eu sinto.

— Eu deveria fazer isso logo... – Pensei

                                                                                 ***

Rafael P.O.V

— Obrigado por me levar lá, eu me diverti bastante. – Eu disse

Eu e Luan já havíamos voltado e estávamos na frente da casa dele. Já era á noite.

— Não tem de que. Foi divertido, só foi mal o incidente lá com a Andressa. – Luan disse

— Não precisa se desculpar, nem lembrava mais disso. – Eu menti

— Então a gente se fala Rafic. – Disse Luan

Ele entrou, e eu fiquei chutando pedrinhas na rua. Um lado de mim estava feliz por ele ter me convidado para ir naquele lugar, mas outro lado ainda estava meio inquieto.

Comecei a voltar para a casa.

— Ei você. – Ouvi alguém gritar.

Me virei para trás.

— Essa garota de novo? O que ela está fazendo aqui? – Pensei

— Você é amigo próximo do Luan? – Ela disse se aproximando, com os braços cruzados.

— Somos amigos. – Eu respondi

— O jeito que você olha para o meu Luan me irrita. – Ela disse – Não quero que se aproxime mais dele, entendeu?

— Desculpe dizer isso.... mas você não é dona dele. Por que se acha no direito de querer se envolver na vida de alguém desse jeito?

— Não tenho que me explicar para um zé ninguém igual a você. Só quero que saiba que se eu pegar você com ele de novo, eu não vou ficar quieta. – Ela disse em tom alto.

Fiquei sem saber o que responder.

— Acredite, não vai querer se meter comigo. – Disse Andressa, logo em seguida ela virou para trás e seguiu andando.

— Mas o que foi isso? – Pensei

Naquele ponto minha cabeça já estava uma bagunça total. Quando voltei para casa resolvi jogar um pouco do game.

Ao ver o celular do meu lado, hesite se deveria contar o que aconteceu há pouco para o Luan ou não. Mas acabei decidindo não dizer nada.

Recebi uma ligação de Pedro naquela hora. Pausei o game e atendi.

— Fala Pedro. – Eu disse

— Ei Rafa!

— Fala.

— Hoje eu vi você saindo da escola com o Luan de novo. – Disse Pedro

Não consegui pensar em nenhum desculpa aceitável para dizer.

— Ah aquilo foi... – Falei tentando disfarçar

— Cara, tô sentindo que você não tá me falando a verdade. – Ele disse

— Não sei que verdade você tanto quer saber. – Falei

— Só fala de uma vez, vocês são amigos próximos ou não?

— Nós nos tornamos amigos, mas não acho que sejamos tão próximos assim. – Eu disse

— Só isso?

— Como assim só isso? Deveria ter mais?

— Não sei mano, você vive olhando para aquele cara.

— Está tão óbvio assim? – Pensei

Fiquei alguns segundos sem dizer nada.

— Rafa? Tá aí? – Ele perguntou

— Eu tô aqui. Só diz aonde você quer chegar de uma vez.

— Você olha como se quisesse dizer alguma coisa ou como se gostasse dele, tipo isso.

 – Pedro, de repente não estou me sentindo muito bem, então acho que vou desligar. – Falei

— Tendi. – Ele disse

— Nos falamos outra hora.

Desliguei. Minha cabeça está realmente cheia. De repente senti vontade não ir no dia seguinte.

— Vou fugir de novo? – Pensei


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Notas finais do capítulo

Nesse capítulo a Mari ahazou, não é mesmo?
Rafael pelo visto vai ter novas dores de cabeça...
OBRIGADA POR LER, ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO!!! *--*



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