Conectados por laços escrita por Renge


Capítulo 21
Desventuras


Notas iniciais do capítulo

Nesse capítulo (Eu tinha escrito episódio) vamos ver o quanto Rafael é gente como a gente e como ele também é azarado. Me ideentifiquei totalmente, Rafael toca aqui amigo o/
Hoje vamos chorar todos juntos, MAS AMANHÃ VAMOS SAIR PARA CAÇAR TREVOS DA SORTE!! @_@
Boa leitura *--*/



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Rafael P.O.V

— Cara, tá rolando alguma coisa entre vocês? – Perguntou Pedro

Merda, agora eu me ferrei.

— Tá fumando banana? – Perguntei

— Eu que te pergunto. – Ele disse

— Ah Pedro, naquele dia eu fui na casa dele por causa de um negocio que tínhamos que fazer. Era escolar não era outra coisa não. – Eu tentei explicar.

Ele não respondeu.

— Ele é o representante, acha mesmo que ele teria tempo para ser amigo de alguém como eu? – Eu disse, logo em seguida peguei o livro da aula que teríamos em seguida.

 Por sorte a professora chegou bem na hora.

— Tendi. – Eu o ouvi dizer.

Já estava pronto para aquela aula insuportável que teríamos. Fiquei caçando Luan com os olhos e virava a cabeça discretamente para ter uma visão melhor dele.

— Ele prestando atenção na aula é a coisa mais adorável dessa terra. – Eu pensei

Meus olhos se viraram sobre Pedro que estava me encarando, logo em seguida ele seguiu para onde eu estava olhando antes e percebeu que eu estava encarando o Luan.

— Puta que...

Isso era para ser apenas um pensamento meu, mas eu acabei falando isso alto e todo mundo olhou para mim. 

— Algum problema Rafael? – Perguntou a professora

— Problema? Ué, problema... nenhum. – Eu respondi surpreso.

— Quer se retirar da minha aula então? – Ela perguntou

— Ora que ótimo. – Eu pensei.

Eu obedeci e sai da aula dela. Me sentei perto da porta e me encolhi baixando a cabeça.

— Queria saber como eu consigo fazer uma merda dessas.  Eu espero que o Luan não tenha uma ideia errada sobre mim depois desse vacilo.

Ouvi a porta se abrir depois de alguns minutos. Senti alguém tocando meu ombro e levantei a cabeça para saber quem era.

— Tá de brincadeira. – Pensei

 – Uai Rafael. Pensei que você fosse um bom aluno. – Disse Luan

— O que está fazendo aqui? – Perguntei

— Pedi para ir beber água. Vamos juntos? – Ele disse

Me levantei e começamos a andar em direção ao bebedouro.

— Acabei dando bobeira. Sabe aqueles pensamentos que a gente acaba falando em voz alta sem querer? Então... – Eu disse

— Ela é uma chata mesmo. Que motivo bosta para tirar alguém da sala. – Luan disse

Logo em seguida chegamos no bebedouro e ele começou a beber água.

— Realmente. – Eu disse

— Que sede eu estava. – Disse ele quando parou de beber.

Começamos a voltar.

 – E aqueles seus jogos, você já zerou todos?

Fiquei sem saber o que responder e dei um sorriso forçado.

— Haha, ainda nem comecei a jogar. – Falei sem graça.

— Já sei então. Por que não marcamos de eu ir na sua casa hoje e a gente começa? – Perguntou ele

Arregalei os olhos na hora. Senti tanta felicidade que deu uma vontade de dar um grito.

— Isso é uma ideia ótima. – Eu disse – Podemos ir depois que a aula acabar, que tal?

— Tá ótimo. – Disse Luan.

— Sim!

— Vou entrar, boa sorte aí fora. – Ele disse

— Valeu.

Ele entrou e fechou a porta da sala. Me encostei na parede e fui escorregando até cair sentado no chão.

— Não vejo a hora que acabar essa merda dessa aula. – Pensei

                                                                                ***

Assim que a estava próxima de acabar, não parava de contar os minutos para aquilo chegar no fim.

— Que apressadinho.  – Disse Pedro

— Só estou cansado. – Eu disse

— Somos dois. Fui dormir mó tardão.

— Por quê? – Perguntei

Ele pareceu estar sem reação quando eu perguntei.

— Nada não. Foi besteira. – Ele respondeu.

— Ah. – Falei

Finalmente o sinal bateu, eu “voei“ até a entrada para esperar o Luan, por azar ele demorou para aparecer.

— Caramba, que sol. – Eu pensei

Depois de uns 10 minutos o Luan resolveu aparecer.

— Vamos? – Disse Luan

— Uhum. – Eu fiz

— Sua casa é longe? – Perguntou Luan

— Não. É perto, acho que são uns 15 minutos andando daqui.

— Entendi. E você vem sempre andando?

— Meu tio traz eu e minha irmã e depois vai trabalhar. De vez em quando vamos andando quando não da para ele nos trazer.

— Você tem uma irmã? – Perguntou Luan

— Tenho. Se ela aparecer em casa essa tarde você vai poder conhecer, mas eu não faço ideia do que ela faz as vezes que ela não volta para casa cedo.

— Vai entender.

— É um pouco cansativo te chamar de “Rafael“ sempre, e como somos bem amigos agora eu poderia te chamar de outra coisa. – Disse Luan

— Algumas pessoas me chama de  “Rafa“, se quiser pode me chamar assim sem problemas.

— Clichê. Seria mais legal te chamar de alguma coisa diferente.

— Tipo? – Perguntei

— Eu sei lá. – Ele disse rindo. – Depois eu penso.

Ficamos conversando até chegar a minha casa.

— É aqui que eu moro. – Falei. – Vai parecer um circo comparado a sua casa, mas...

— Não deve ser tão ruim assim.

— Não tem ar condicionado, lembre-se disso.

Abri o portão e comecei a me arrepender de ter trazido ele ali. A casa dele é bem melhor, e se minha irmã ou minha tia chegar e der merda?

— Pode entrar. – Falei

— Uau, aqui é bem legal cara. – Ele disse

— Pode jogar suas coisas em qualquer lugar. – Eu disse jogando minha mochila em um canto.

Ele fez o mesmo.

— Bem vou ligar o treco para gente começar a jogar. – Eu falei – Vou te ensinar tudo que eu sei, impossível você não ficar bom neles.

— Eu aprendo rápido. Bora ver se você é tão bom como diz.

— Bora. – Eu disse

Começamos a jogar e eu ensinei passo a passos tudo que eu sabia. No inicio ele pareceu confuso, mas foi pegando o jeito pouco a pouco.

Ouvi alguém chegando.

—Mana? – Chamei

Como imaginei era ela mesma e ela pareceu surpresa quando viu o Luan ali.

— Oi, quem é esse aí? – Perguntou ela

— Sou Luan, sou da turma do seu irmão. – Disse Luan

— Ah, entendi. Meu nome é Mariana! Bem como vocês estão jogando... Rafael você comprou a continuação daquele jogo e nem para avisar? 

— Comprei esse fim de semana, depois a gente joga, valeu, tchau, pode subir. – Eu disse

Ela subiu as escadas e finalmente e nos deixou ali.

— A sua irmã parece ser legal. – Ele disse

— É por que você não vive com ela. Teve uma vez que ela fez o maior escândalo de madrugada por causa de um bicho. Acordou a casa inteira. – Falei

Começamos a rir.

— É uma coisa que minha mãe faria, com certeza. – Disse Luan

— Aja saco. – Falei

— Vamos continuar. – Luan disse, parecendo animado.

Eu estava realmente feliz por estar conseguindo me tornar um amigo próximo de Luan. Mas eu não imaginei que minha alegria fosse ser totalmente abalada por uma coisa que aconteceria logo em seguida.

O celular do Luan começou a tocar.

— Você não vai atender? – Perguntei

— Só um minuto. – Ele disse

Na ligação estava escrito “Andressa“.

— Quem é Andressa? – Perguntei

— Minha ex. – Ele disse

Logo em seguida ele atendeu a ligação. Naquele momento eu gelei.

— O que foi? – Ouvi ele dizer. – Você tá na minha casa? Estava me sentindo um lixo ouvindo essa conversa.

— Mas eu já falei para você parar de ir aí...

Luan parecia irritado.

— Estou indo agora. – Disse ele – Tchau!

Logo após ele desligou a ligação.

— Rafael vou ter que ir.

— ...

Minha voz não estava saindo, que merda.

— Aconteceu algo. – Ele continuou

— Claro... nos vemos amanhã. – Eu disse

— Sim, foi muito divertido aqui.

Ele se levantou e pegou a mochila no canto, o acompanhei até o portão e ele parecia apressado.

— A gente se fala Rafael. – Disse ele

— Falou. – Eu respondi

O observei ir, com a maior cara de desanimo. 


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Notas finais do capítulo

Pois é né, a gente não pode sequer ficar feliz que 5 segundos depois vem alguma bomba. Por isso alegria de pobre dura a pouco, uma das frases mais verdadeiras que já li na minha vida.
ATÉ O PRÓXIMO CAPÍTULO!! =D



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