Jasmine - O labirinto dos Reis escrita por Breave Black


Capítulo 4
Capítulo 4




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O mato estava muito alto, era difícil seguir pistas. Passariam despercebidas para olhos destreinados. Os de Jasmine eram muito atentos devido às caçadas que fazia quando morava no campo.

A fazenda não era utilizada há muitos anos, todos os quatro moinhos de vento estavam queimados ou haviam tombado. Costumava passar muito tempo entre as flores que cresciam no jardim da senhora Aurora quando criança, ela era uma boa mulher e amiga da rainha.

Algumas cápsulas de bala estavam caídas em um campo mais fechado. Elas se espalhavam em duas direções. O mato quebrava igualmente por um espaço e mais a frente havia um grande buraco. Alguém havia sido atingido e caiu. Havia sangue, uma quantidade considerável para se preocupar. Um pouco mais frente o outro caminho se encontrava onde havia mais sangue, então o mato quebrava de forma violenta mais frente. Foi arrastado.

Jasmine seguiu a trilha de vegetação quebrada, ela terminava em uma parte descampada onde só havia algumas árvores e a entrada da floresta. Mais nenhuma trilha. Observou o local, nenhuma pegada, nem terra revirada, nem folhas ou galhos quebrados indicando um caminho, nem sangue. Nada. Era frustrante e preocupante.

Os matos a levavam naquela direção. Duas pessoas não podem sumir no ar sem deixar pistas. A menos se for isso que eles querem que os outros pensem. Ela voltou onde tinha sangue. Colocou as mãos na cintura e olhou aquela marca vermelha seca.  Puxou o mato para cima descobrindo a terra remexida. Uma pegada quase invisível apontando para o lado oposto onde parecia que eles tinham ido.  

Seguiu na direção que a pegada apontava. Seus olhos atentos vasculhavam a área na busca de qualquer sinal. No caminho, nenhuma vegetação foi quebrada, eles andaram com cuidado. Ela seguiu em frente na esperança de encontrar uma pista, eles vacilariam qualquer hora, não sabia nada sobre a tal garota, mas Jhoni não recebeu nenhum treinamento como esse.

A pista apareceu mais rápido do que esperava. Apenas uma misera folha de mato amassado indicava a mudança de direção. A forma com que foi atingido mostrava que viraram a direita, assim ela fez. Continuou com cuidado até sair na área descampada novamente, do lado oposto ao que foi levada a primeira vez.

Soltou um suspiro leve ao ver que as pistas aumentavam conforme entrava na floresta, havia galhos e folhas de sobra indicando a direção de dois indivíduos que se já não estivessem mortos, ela mesmo mataria.

Andou com cuidado não cobrindo a pista deles, queria ter certeza de que eram verdadeiras. A distância que percorreram era demasiado longa, se espremeram entre árvores, subiram barrancos e se enfiaram em uma floresta de roseiras selvagens espinhentas. A partir de um ponto não tiveram mais cautela alguma foi mais fácil do que esperava. Na verdade não sabia o que esperar de um jovem rebelde, certamente não uma estratégia de fuga elaborada dessa maneira, mesmo primitiva conseguiu pega-la desprevenida. A forma como os dois andavam indicavam que o sangue não era de nenhum dos dois, provavelmente de algum animal.

Várias pedras grandes formavam cavernas ao longe, bem próximo de um córrego. Ela conseguiu observar ao longe uma fumaça preta, era pouca, porém perceptível. Agradecia mentalmente por eles não estarem mais longe, sentia o corpo pesado pelas longas horas sem dormir.

Deixou o ar saltar de seus pulmões com o susto que levou. Uma faca apontada a centímetros do seu rosto, mais um movimento e poderia ter ficado sem um olho. Ele estava com a cabeça coberta do jeito que os moradores do deserto costumavam fazer por causa do sol escaldante. Jasmine o encarou, não precisava dizer nada para que soubessem que estava furiosa.

Jonathan abaixou a faca relutante. Mesmo com toda aquela confusão não conseguia não sentir alívio e uma outra sensação que não sabia explicar. Ele estava bem.

Tirou o turbante e a encarou, estava alguns centímetros maior do que ela, ele era menor da última vez que se viram. Já fazia algum tempo.

— O que faz aqui? – ele perguntou com a voz grossa, não precisava aumentar o volume para que fosse ouvido. Sua voz era muito potente e indicava que estava alarmado.

Jasmine tirou o lenço que prendia seu cabelo, revelando pequenos cachos em um cabelo negro. Jhoni era a figura de Willian, se não fosse os olhos âmbar poderia dizer que era ele quem a encarava. Já fazia tantos anos, entretanto não havia como esquecê-lo.

— Eu não preciso da sua ajuda.  – ele guardou a faca na cintura e retirou o turbante da cabeça.

— O que foi que você fez?– ela suspirou frustrada. - Duquesa Anabel, Jonathan? Sabe como aquela mulher pode ser pior do que uma naja se ela quiser. Afinal, por que estava roubando?

Jonathan ouvia o discurso com os braços cruzados em uma postura altiva. Ele levantou uma sobrancelha loira.

— Jasmine Endler vivendo de rumores? – ele disse ainda com aquela sobrancelha irritante levantada.

 Ah não, sarcasmo também não. Havia herdado tudo de William. Ela queria tanto repreende-lo e faze-lo escutar até seus ouvidos sangrarem, mas suas emoções se envolveram no momento e tudo em Jonathan lembrava a ele. Não havia se dado conta o quanto saudade sentia.

Ela o encarou com um olhar mortal, os dois podiam fazer uma disputa de quem conseguiria fuzilar mais com os olhos.   Seria um grande empate.

Ele suspirou derrotado, sabia que não conseguiria escapar dessa.

— Não roubei ninguém e sim, sei como ela pode ser uma víbora. Me colocar na cadeia foi golpe baixo. – ele estava sentindo-se injustiçado, era possível perceber.

— É isso que acontece quando alguém comete um crime. – ela levantou uma sobrancelha assim como ele.

Estava o tratando como criança, Jhoni não conseguiu manter a postura autoritária assim que ele percebeu o que ela estava tentando fazer.

De trás de uma árvore retorcida apareceu uma jovem de cabelos ruivos e olhos negros, interrompendo. Ela carregava na mão a adaga com um pequeno escorpião pendurado.

Jasmine apontou a adaga para a garota que parou de andar e encarou Jhoni.

— Quem é ela? – perguntou apertando os olhos. Ela não estava para brincadeiras.

A menina olhava de Jasmine para Jhoni e de Jhoni para Jasmine.

— Jasmine?! – A voz dela saiu como uma tentativa de sussurro que falhou. – A própria Jasmine?! Como chegou até aqui? - Ela sorriu muito animada.

— Sou eu quem faço as perguntas.– Deixou claro, visto que ninguém estava respondendo nada.

— Conhece ela? – perguntou a garota se pendurando no braço de Jhoni.

Ele balançou a cabeça positivamente.

— Mais do que eu gostaria. – disse com desdém

A menina o encarou muito seria diante dessa frase.

— Sabia que na posição de princesa ela podia te decapitar agora? – perguntou com um olhar zombeiro.

— Ela não é uma princesa e se fosse não me decapitaria. – disse com certeza em cada palavra.

— Eu poderia fazer isso agora. – Disse Jasmine um pouco irritada.

— Viu? Ela poderia fazer isso agora. – a menina continuou brincando.

— Ela não faria isso. – falou fuzilando a menina com os olhos. Mesmo assim ela não soltava o braço dele e pareceu não se importar.

— Como pode ter tanta certeza? – continuou.

— Ela é minha mãe. – ele disse a encarando.

Aquelas palavras tanto tempo guardadas pareceram flutuar no ar. Ele tinha dito sem hesitação um segredo trancado para a proteção não somente dele como o de seu povo também. Ele revelou a uma garota qualquer.

Jasmine sabia o que ele tinha feito, só não sabia o motivo. Viu o desafio estampado em sua postura e na maneira em que pousou sua mão no braço da garota. Agora a garota estava presa a eles, carregando um segredo que era pesado para todo mundo que sabia. Jasmine se estranhou, ela sentiu muita raiva da inconsequência de Jonathan. 

— Ah, ela é sua... – interrompe-se. Olhou novamente de um para o outro e soltou o braço dele. – Você é o filho da Jasmine? – arregalou tanto os olhos que pareciam que eles iriam saltar a qualquer momento. – Você é mesmo filho da Jasmine? Por que não me contou antes?

— Isso faria diferença? – perguntou ofendido.

— Claro! Não poderíamos ter feito o que fizemos, ter enfrentado minha avó...

Havia preocupação verdadeira em sua expressão.

— Quem é você? – perguntou diretamente para a menina, já que Jhoni não iria responder.

A menina a olhou sem graça, não levantou os olhos dessa vez.

— Sou o roubo.

Jasmine prendeu a respiração. Era um zilhão de vezes pior do que imaginava, algo irreparável.

— Não fui roubada de verdade. – ela falou quando percebeu o silencio de Jasmine. – Eu fugi de casa e minha avó achou que Jhoni tinha me sequestrado. Sabe, ela manda me vigiar sempre que vou a cidade, então mandou prende-lo. Mas eu sei o que ela ia fazer com ele.

Jasmine também sabia e essa possibilidade lhe causou náuseas.

— Não precisa dar explicações... – Jhoni tentou persuadir a garota.

— Precisamos sim, sendo Jasmine e mais ainda sendo a sua mãe. – ela falou o calando. Poucas pessoas conseguem calar um Endler.

Tinha um problemão nas suas costas. Ela precisava sentar-se alguns minutos, ou horas. Mas sabia que se fizesse poderia não conseguir levantar.  

 Suspirar era a única coisa que conseguia fazer.

— Você vai para casa comigo – apontou para Jhoni – e você, ainda estou decidindo o que fazer com você. – apontou para a menina que engolia a seco.

— Não vamos a lugar nenhum – Jonathan ainda mantinha os braços cruzados e os pés fincados no chão.

Jasmine mordeu o lábio com tanta força que tinha certeza que sentiu gosto de sangue. Fechou os olhos por alguns segundos apenas para não se exaltar. Muito.

— Não é hora para discussão. – falou baixo.

— Estamos nos virando muito bem sem ajuda. Podemos continuar assim.

Jasmine soltou uma gargalhada sarcástica do fundo de sua garganta, ela nem sabia que podia fazer algo assim.

— Acha mesmo que pode assumir as responsabilidades dos seus atos? Que nada do que você faz lhe causará consequências?  Enquanto você estava vivendo sua aventura a casa foi atacada pela duquesa Anabel, atearam fogo. E se eu não tivesse tirado Dinorá a tempo? Ainda acha que consegue lidar com seus atos sozinho? – ela parou e andou de um lado para o outro - Você realmente acha que vai conseguir viver aqui sem que ninguém descubra para sempre? Porque a cidade acabou para você.

 Jonathan apenas a encarava, era impossível saber o que ele pensava. Todos os Endler eram indecifráveis e imprevisíveis.

— Dinorá está bem?- perguntou com genuína preocupação.

Jasmine suspirou antes de concordar com a cabeça.

— Acho melhor a gente ir. – a menina quebrou o silêncio que pareceu se prolongar demais.

Jhoni estava pensativo, ele apenas concordou e voltou a caverna para pegar suas coisas.

A volta foi dolorosamente silenciosa. Andavam quase sem fazer barulho.

— Jasmine. – a voz da menina era baixa e vacilante.

Ela não olhou para trás, esperou para que ela falasse. 

 - Não pode me enviar de volta para minha avó, terei um destino terrível.

Não sabia o que podia fazer para ajudá-la, mas levá-la e correr o risco de uma invasão estava fora dos planos. Tinha que considerar que a garota ficou ao seu lado, porém ela é o inicio disso tudo.

Tiveram de subir a cidade por trás, estava fora de cogitação qualquer contato com qualquer pessoa.

A carruagem estava lá, escondida na penumbra de uma lamparina que não funcionava direito. Apesar da noite de lua cheia, estava bem escuro.

Jasmine abriu a porta barulhenta para que eles entrassem, eles não reclamaram, apenas seguiram o que ela mandava que eles fizessem.

Em pouco tempo estavam de volta a casa do barão. Não tinha muitas escolhas, não queria a aproximação do barão ou de ninguém perto de Jhoni, mas as opções eram estritamente limitadas. Ela precisava descansar, embora ache que a adrenalina por causa dos acontecimentos não a deixará fazer isso.

Ela entrou sem cerimônia novamente, mas dessa vez esperou pra que os dois entrassem logo atrás. O barão estava em uma enorme mesa, com vários tipos de comidas para todos os gostos. Nathan o acompanhava muito animado.

— Jasmine. – o Barão saudou assim que a viu, levantado uma coxa de galinha mordida. – esse garoto é excepcional. Você perdeu, foi um verdadeiro show...

A galinha ficou parada no ar enquanto o barão Edgar os fitava atônito. Ele lambeu alguns dedos antes de soltar a coxa de galinha.

— Não consigo acreditar nos meus próprios olhos. – murmurou levantando com dificuldade e se aproximando deles – O filho de Jasmine está pisando no chão da minha casa.

O barão o rodeou como se fosse um prêmio.

— Como sabe disso? – Jonathan perguntou apenas por estar intrigado com toda aquela nova situação.

O barão deu o seu melhor riso, quase gargalhou.

— Está brincando? – ele fitou o garoto e quase ficou perplexo mediante aos seus olhos confusos – É uma copia quase perfeita do seu pai. As mesmas sobrancelhas grossas, essa expressão irredutível, a altura e esse queixo levantado que parece que vê todo mundo de cima. A postura de um verdadeiro príncipe.

Jonathan pareceu estremecer com a pronuncia daquelas palavras.

— Menos os olhos âmbar. – o barão continuou – São iguais os da sua mãe. É uma herança da minha mãe, ela foi a primeira pessoa da família a ter os olhos dessa cor, – o barão sentou-se novamente e agarrou a galinha quase se esquecendo que estava falando – toda a geração depois nasceu com essa bela cor, menos eu. Que tenho o costumeiro castanho escuro.

O barão desviou a atenção de Jhoni para a garota.

— Senhorita Heidi? – apontou para a garota e depois para Jasmine. Ela apenas deu de ombros. – Sua avó está muito preocupada.

— Ela apena se preocupa consigo mesmo, Barão.

Jasmine teve que concordar com a garota. Ainda não sabia o que faria com ela, mas tinha certeza que se tratando da família que ela vinha, seria um grande problema.

— Deixe eles em paz. – falou Jasmine prevendo longas horas de um interrogatório chato.

Nathan acompanhava a conversa como se estivesse em uma emocionante partida de um jogo. Ele estava de boca aberta e a comida na sua colher havia caído. Muitas coisas haviam ganhado sentido, todo aquele mistério por causa do príncipe Jonathan, mas é claro. O filho perdido de Jasmine, conhecido assim muito antes de estar perdido de fato, não estava tão perdido assim, literalmente. 

— Sentem – anunciou o barão – Descansem, estão precisando, principalmente você Jasmine, está horrível.

Por hora, ele os deixaria em paz.  Ela teria se ofendido com a conversa se não estivesse tão ocupada atacando a carne vermelha.

Jonathan guardou a pergunta que estava na ponta de sua língua. Não passaria por cima de seu orgulho. Jasmine sabia que ele queria perguntar, ela queria que ele perguntasse apenas para quebrar aquele clima desagradável entre eles. Também guardaria para mais tarde, não confiava na tal garota.

— Estávamos preocupados. - falou barão, referindo-se a ele e Nathan. Sua voz soou por cima do titilar dos talheres nos partos. Conseguiu a atenção de todos. - Havia alguns rumores na cidade, os guardas estavam ainda mais alerta.

Precisou de muita concentração para largar a comida e prestar atenção nele.

— Imaginei que isso fosse acontecer. Precisei recorrer aos serviços de madame Violet.

— Não foi um recurso muito esperto. – falou o barão apenas para contrariá-la, ele gostava de ser o melhor em tudo.

— Não. Foi o mais rápido e nem um pouco prudente. – acrescentou a última parte para que ele a deixasse comer. – Conversamos sobre isso mais tarde.

Heidi pode perceber que era encarada e isso a deixou bastante desconfortável.

— Viram você e um garoto, isso que estão procurando na cidade. Podem descobrir a identidade de Jonathan. – anunciou o barão como quem não quer nada.

Jasmine negou com a cabeça.

—Descobrirão de qualquer jeito. Se não fosse por madame Violet, poderia ser um dos Victoria Caroline. – ela precisava resolver esse problema logo, ou então eles teriam um grande problema.

O barão parou de comer novamente. Se isso estava acontecendo os fatos eram realmente dignos de sua atenção.

— Agora que você falou, tenho observado muitos soldados de Victoria Caroline andando pelos bailes da alta sociedade. Achei estranho, os reis ainda se detestam. Não tinha ideia que era por causa de Jonathan.  – Ele fez uma longa pausa – Faz sentido, ele já vai atingir a maioridade...

Jhoni detestava quando falavam dele como se ele não estivesse ali, sentia-se como criança, quando Jasmine ia visita-lo e ela, Demétrius e Dinorá conversavam sobre ele. 

Jasmine tinha certeza que os rumores haviam chegado até Palácia do Sul. Se eles estavam envolvidos e estavam envolvendo também os Victorianos e os do Norte, estavam tramando algo muito sério. Não diplomaticamente, era algo pessoal que envolvia o ego de muitos reis.

— Tão pensativa. – provocou o barão.

— Estavam comentando sobre a reunião. – ela disse para o Barão.

Nathan confirmou colocando o último garfo de comida na boca. O barão voltou a sorrir.

— Você precisava estar lá, se não fossemos um grupo secreto certamente estaríamos todos na primeira página dos jornais. Foi uma confusão, nunca vi aqueles homens tão revoltados em todos esses anos. Isso tudo porque Alfred deu voz ao garoto. Ele queria saber o motivo do garoto de Jasmine estar com a cara tão fechada. – O barão gargalhou com a lembrança.

Sem dúvidas queria ter visto como Nathan lidou com aquilo.

  - Nathan olhou os livros de contabilidade antes. Aposto que você não desconfiava de Francis.

Jasmine levantou a sobrancelha.

— Francis também? – Não desconfiava mesmo. Alfred era bastante óbvio, mas Francis não. – Tem certeza?

O barão secava uma lágrima satisfeito.

— Caixa dois. Ele e Alfred trabalhavam juntos, fizeram um esquema no qual poderiam sair impunes. Muito engenhoso, eu confesso. Eu disse que seu garoto era excepcional. - deu uma golada na sua bebida alcoólica e suspirou visivelmente cheio.

— Qual foi a sentença? – perguntou Jasmine muito interessada.

— Não podemos expulsá-lo devido a natureza dos nossos negócios. Não seria bom se fossemos descobertos. Deixei o garoto aplicar a sentença.

— Você fez o que? – era algo muito sério para ele deixar um garoto sem experiência comandar por livre e espontânea vontade.

O barão voltou a rir, aquele ato estava irritando Jasmine de uma maneira extremante incômoda.

— Ele renegociou as taxas, – ele falou levantando os ombros e as mãos. Seu tom era de divertimento– e aumentou os lucros para o nosso lado. Não tinha como eles negarem.

Jasmine olhou para Nathan realmente impressionada, a sentença era renegociação de taxas de transporte e queda brusca no lucro deles, ou a forca. Não seria bom para eles nem para os negócios. Nada resolvia tanto quanto mexer no bolso desses senhores milionários.

— Eu sou bom com números. – falou Nathan bastante incomodado com toda a atenção, como se precisasse se defender.

Jasmine sorriu sem mostrar os dentes, ao menos uma coisa da sua longa lista de problemas havia sido riscada. Assim ela espera.

— Para a sorte do Barão. – ela o condenou com o olhar. Ele sentiu-se muito satisfeito.

— Vou mandar preparar os quartos.

— Quero Nathan no mesmo quarto que Jhoni. – disse Jasmine ao barão.

Natan e Jhoni a encararam em protesto.

O barão ficou sério.

— Não faria nada para machucar um sobrinho meu. – disse ofendido.

Podia até ser verdade, mas ele é um homem de negócios. Jasmine não sabia até onde o barão colocava a família a cima da ganância. Não era alguém que se podia confiar cegamente.

Jonathan arregalou os olhos claros em direção ao barão. Nenhum deles percebeu a surpresa dos três garotos.

— Não é com você que eu estou preocupada, barão. –Havia muita coisa com a qual se preocupar ainda. Os dois ainda a encaravam – Não há discussão. 


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Notas finais do capítulo

Pessoas, eu preciso saber se com esse formato de enredo está confuso. Vocês conseguem identificar os personagens? Qualquer feedback será bem vindo :)



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