Para todo Sempre escrita por Lorena SR


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!
Boa noite!
Aqui está mais um capítulo para vcs, espero que gostem.
Desculpem pelos erros ortográficos.
Boa leitura!



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De repente a escuridão vai abandonando os meus olhos e a claridade aos poucos vem em seu lugar. Ao conseguir enxergar claramente, reparo que já não estou mais naquele espaço vazio.

Tem um monte de pessoas andando de um lado para o outro, algumas carregando bolsas, mochilas, outras tem travesseiros também. No entanto sinto um peso em minhas costas e ao virar minha cabeça por sobre o meu ombro vejo uma mochila e ao meu lado contém duas bolsas de viagens. E antes mesmo que eu pudesse assimilar o que aconteceu, escuto alguém gritar:

— Ayato!

Quando me viro fico surpreso por ter alguém acenando para mim, e é quando me lembro do que eu estou fazendo aqui e que o meu nome é Ayato agora. Sendo assim levanto um pouco a minha mão esquerda fazendo sinal para a pessoa.

— Olá Ayato! Eu sou Sakura, esposa do Sasuke! – ela se apresenta esbanjando um enorme sorriso.

Neste momento eu entro em choque ao observar a mulher a minha frente, ela é de estatura média, provavelmente um metro e sessenta e cinco centímetros, seus incomuns cabelos rosados pendem lisos até a altura dos ombros e seus expressivos olhos verdes brilham de alegria. Ao olhar para aquela figura a única coisa que vinha a minha mente era “ como eu poderia ter me casado com a Sakura? Eu só poderia estar louco, com certeza “, quer dizer, eu não, mas sim o Sasuke do futuro,

O que será que aconteceu nesses dez anos?

— Sou Ayato – finalmente eu consegui dizer alguma coisa e sair do meu estado de choque.

— Eu sei, foi como eu o chamei – ela disse abrindo mais um de seus largos sorrisos – “irritante,eu pensei” — E como eu havia dito sou a Sakura – ela me estende a mão.

— Prazer em conhecê-la – aperto sua mão.

— Igualmente – ela disse enquanto retribuía o aperto e balançava o meu braço como se fosse arrancá-lo. E em seguida o solta – e esta é a Sarada, minha filha – ela fica de costas para mim e eu vejo presa em suas costas pelo Canguru, um pequenino bebê de cabelos e olhos pretos e bochechas rosadas e com uma chupeta vermelha na boca.

FILHA ...

FILHA DA SAKURA

FILHA ...

FILHA DO SASUKE

FILHA ...

MINHA FILHA

E novamente eu me vi paralisado e sem reação diante daquela cena.

— Ayato – ela diz me despertando do choque – você está bem? Parece um pouco verde. Está enjoado por causa da viagem ?

— Não, está tudo bem. Já passou – eu disse desviando os olhos e tentando me compor – lindo bebê.

— Obrigada! – ela exclama sorridente – agora vamos levar suas coisas para o carro e ir para casa – diz pegando uma das bolsas ao meu lado, não podia carregar as duas já que estava com a filha – você deve estar cansado e com fome.

Peguei a outra bolsa e fui a seguindo com um pouco de dificuldade por causa da quantidade de pessoas que haviam no terminal rodoviário, mas felizmente conseguimos chegar ao estacionamento, onde estava o pequeno carro vermelho, sem outras maiores dificuldades.

Sakura abriu o porta malas e colocou a bolsa que carregava e em seguida eu coloquei a minha, assim fechamos a porta. Ela retirou o bebê cuidadosamente de suas costas e do assessório, ajeitando-a em seguida na cadeirinha no banco traseiro. Depois de ver que Sarada estava segura entregou a ela um cachorrinho de pelúcia que ficou muito contente.

— É o favorito dela – se justificou – coloque a sua mochila aqui no banco de trás e sente-se aqui – apontou para o banco do passageiro.

Assim eu fiz e me sentei colocando o sinto de segurança. Sakura já estava pronta ao meu lado então partimos. O percurso era feito tranquilamente, em dado momento ela ligou o som e colocou uma música infantil e começou a cantar junto, que fez a pequena gargalhar em seu lugar.

Enquanto mãe e filha se distraiam, eu analisava o interior incomum daquele veículo. O volante era recoberto por uma capa onde coninha todas as cores do arco-íris, o estofado dos assentos era de estampa de tigre branco e preto, no retrovisor haviam penduradas algumas fitas coloridas e do lado direito do vidro da frente, bem no cantinho, havia um sapinho pendurado e este segurava um coração vermelho.

— Gostou? – ouvi ela me perguntar , e foi só então que eu notei que ela havia parado de cantar e abaixado o volume do som.

— É diferente – eu digo e ela gargalhou.

— Já disseram coisa pior – “imagino- pensei” — aperte – eu a olho confuso – o coração – ela indicou.

 Eu levei minha mão até o sapo e apertei, em seguida pode-se ouvir  EU TE AMO. Eu somente ergui uma sobrancelha achando aquilo ridículo.

— Fofo né? – ela me olhou com expectativa. Aquele olhar que eu detestava.

— Huhum! – eu murmurei.

— Espero que seu pai melhore logo – ela diz mudando de assunto e assumindo uma expressão séria, o que chamou minha atenção “ do que ela estava falando?”

— Eu também – eu disse apenas.

Vendo que eu não diria mais nada ela continuou:

— Pelo menos sua mãe está com ele, me contaram como foi o acidente – eu fiquei surpreso – pelo menos ele não corre mais risco de vida.

— Verdade – eu disse apenas porque algo tinha que ser dito.

— É uma pena que ele teve que ser levado para outra cidade e terá que ficar três semanas lá – ela me olhou triste – mas não se preocupe nós iremos nos divertir muito.

— Sim – murmurei.

— Você não é de falar muito, não é mesmo? – questionou.

— Apenas o necessário – afirmei.

Ela soltou um pequeno riso.

— O Sasuke também é assim – ela disse de olho na estrada mas esboçando um sorriso contido – Vocês vão se dar bem! Até se parecem.

— O seu marido? – ela confirmou com a cabeça? – ele está na sua casa agora? – perguntei interessado.

— Não, ele está no trabalho agora e só vai chegar na hora do jantar, se não houver nenhum imprevisto – ela explicou – mas eu pedi e ele disse que faria o possível para chegar a tempo hoje.

— A quanto tempo estão casados? – eu questionei.

— A quase dois anos – ela disse.

— Hum! – murmurei.

— Ah! – ela diz um pouco alto – já chegamos.

Olho para frente e vejo uma bela casa de dois andares, e um bonito jardim a frente. Por um momento eu até estranho o fato da casa parecer ser normal, mas logo me lembro que há um Sasuke morando aqui.

Ela apertou um botão um controle remoto que estava dentro do carro e o portão da garagem se abriu, ela entrou e depois repetiu o ato para fechar o portão. Ela pegou a bebê que havia dormido durante o percurso e abriu a porta que ficava na garagem, ela me disse para ir tirando as malas do carro que ela iria colocar a pequena no chiqueirinho e voltaria para me ajudar. Eu concordei com a cabeça e fiz o que ela disse, logo ela retornou e levamos as malas para o local onde seria o meu quarto.

— Fique a vontade, eu vou ligar para a sua mãe e dizer que você chegou bem – ela disse.

Eu apenas concordei com a cabeça e ela se foi. Observei o quarto e aprovei, não era muito grande mas havia uma cama de solteiro, um guarda roupa embutido, uma escrivaninha e uma cadeira estofada.

Depois me lembrei que eu tinha algumas dúvidas sobre a minha situação e o meu personagem, por isso decidi chamar o gato para que eu  não cometa nenhum erro.

— Ren ... preciso falar com você – chamei Ren! – chamei um pouco mais alto.

— Precisa de alguma coisa? – assustei-me ao ver Sakura na porta.

— Ah! N-não está tudo muito bem – afirmei.

— Tudo bem! Se quiser tomar um banho, tem toalhas na segunda porta do guarda-roupas, na parte superior  - ela explicou – eu vou descer e preparar algo para você comer, venha quando terminar – ela ia saindo mas voltou – o banheiro fica na terceira porta no final do corredor.

— Obrigado – eu disse.

Ela saiu e eu fiquei sozinho novamente dando um suspiro de alívio. Caminhei até a porta e a fechei.

— Ren seu gato estúpido onde você está?

— Bem aqui.

Levei um susto ao escutar a voz atrás de mim que se não estivesse perto da porta eu teria caído ao chão.

— Você não cansa de fazer ISS? Faça barulho da próxima vez – disse irritado.

— Desculpe-me – ele – disse sem ter a intenção de se desculpar – para que me chamou?

— Quero que me diga qual a história deste personagem, não posso não estragar o meu disfarce se não sei nada sobre ele – eu argumentei.

— Você é Ayato Uchiha, um garoto de treze anos, filho de Ayaka e Takeru Uchiha, que é primo de segundo grau do Sasuke por parte de pai. Mas estes  não existem realmente, apenas são ferramentas do nosso plano – eu acenei com a cabeça – a história sob a qual você está aqui é que o seu pai sofreu um acidente de trânsito e foi gravemente ferido, vocês moravam em uma cidade pequena, sem recursos para tratá-lo, então foi necessária a transferência dele a outra cidade, e você não poderia ir, fazendo assim ser solicitada a ajuda de algum parente – eu o interrompi.

— Então é ai que o Sasuke entra – eu disse.

— Certamente, na sua cidade não havia nenhum parente então foram procurar ajuda com os parentes que moravam na cidade mais próxima, Sasuke e Sakura – ele disse por fim.

— Foi um bom plano – eu falei impressionado – agora eu compreendo algumas coisas – eu disse pensativo – obri,,, - quando dei por mim o gato já não estava mais lá – idiota.

Peguei uma toalha no guarda-roupa e me dirigi ao banheiro indicado, de banho tomado e vestido fui até a cozinha onde a Sakura me esperava com a mesa farta. Havia um bolo que pela aparência eu acho que deve ser de laranja, alguns biscoitos com gotas de chocolate, uma jarra com um líquido vermelho que eu tinha certeza ser suco de morango, torci o nariz ao ver tanta coisa doce, mas uma pequena parte de mim se alegrou ao ver uma cesta com sandwiches, com presunto, queijo, alface e uma vermelha, brilhante e suculenta fatia de tomate.

Após o lanche agradeci e fui para o um quarto alegando estar cansado pela viagem. Chegando ao quarto desdiz as malas e me joguei sobre a cama colocando as mãos abaixo da cabeça. Olhei para o teto e sorri de canto ansioso pelo momento em que eu conheceria o Sasuke do futuro.

* * * * * *

Não sei por quanto tempo eu dormi, mas quando eu acordei ouvi um barulho do lado de fora da casa, levantei-me um pouco sonolento e fui até a janela, abri as cortinas minimamente e pude ver um carro preto entrando na garagem. Ao ouvir uma batida na porta eu me afastei da janela.

— Com licença – Sakura disse abrindo a porta – que bom que despertou, o jantar já está pronto.

— Acabei de despertar – eu digo.

— Quando estiver pronto desça para conhecer o Sasuke, ele acabou de chegar – eu aceno positivamente com a cabeça e ela sai do quarto fechando a porta.

Fui ao banheiro para lavar o rosto e espantar o que restava de sono, aproveitei para me deixar um pouco mais apresentável, depois de finalmente pronto desci e fui em direção a cozinha.

Ao chegar novamente, a mesa estava posta para três pessoas, e próximo a uma das cadeiras da extremidade havia uma cadeira de alimentação para bebês, onde Sarada já se encontrava sentada e brincando com os seus pequenos talheres infantis.

— Sente-se querido – ela diz ao virar-se e me ver parado na porta.

— Obrigado – eu agradeci e fui me sentar na lateral da mesa, que estava posta.

— Teve um bom descanso – ela perguntou concentrada em mexer algo no fogão.

— Sim – eu disse – não pensei que fosse dormir tanto.

— Conseguiu arrumar suas coisas? – perguntou me olhando por sobre o ombro.

— Consegui.

De re pente eu ouço um barulho de portas se fechando, seguido de passos na escada, as passadas eram pesadas e firmes. Assim eu olhei para a pequena Sarada que se encontrava do meu lado esquerdo, e disse de um modo que somente ela escutou.

— É hora do show – eu disse e sorri de canto e a garotinha dava risadinhas deixando a mostra os seus únicos quatro dentinhos.

Os passos foram se aproximando cada vez mais da cozinha, até que o umbral da porta foi tomado pela figura de um homem alto, pele pálida, os cabelos negros curtos com a franja caída sobre o olho direito e analisadores olhos pretos. Estava trajando uma calça de moletom cinza e uma camisa preta de manga, pela umidade do cabelo ele acabara de sair do banho.

— Bem vindo querido – Sakura diz abrindo um sorriso caloroso ao marido. Ela vai até ele e lhe dá um rápido selinho – Sarada o papai está aqui – ela sorri para a menina.

Sasuke caminha até onde a pequena está e lhe dá um beijo na testa, a menina gargalhou animadamente pelo carinho do pai.

— E este é o Ayato – Sakura disse apontando em minha direção

— É um prazer conhecê-lo – eu disse estendendo a minha mão.

— Igualmente – ele diz e acena com a cabeça. Em seguida senta-se a cabeceira da mesa.

Sakura assim que o marido se senta serve o jantar a todos e em seguida senta-se para dar de comer a pequena. Estávamos em silêncio até que escuto alguém falar.

— Qual é o nome do seu pai mesmo? – Sasuke me perguntou.

— Takeru Uchiha – eu digo.

— Hum – ele pensou – não me lembro dele.

— Vocês são primos distantes, só se viram uma ou duas vezes, eu acho – eu inventei rapidamente.

— Entendo – ele disse parecendo acreditar no que eu havia dito – de qualquer maneira, espero que ele se recupere logo.

— Obrigado, é o que todos esperamos – eu disse.

O jantar transcorreu tranquilamente, Sakura sempre alegre e tagarela tentava envolver a mim e o Sasuke na conversa. Mas ele e eu nos limitávamos a apenas acenar com a cabeça e murmurar algumas monossílabas deixando toda a parte de conversar para ela.

Após o termino do jantar Sasuke pegou a Sarada, que havia adormecido no colo da mãe, para o berço. Assim Sakura se pôs a retirar a mesa e eu me ofereci para ajudá-la. Quando terminamos já passava um pouco das dez da noite, nos despedimos e fomos para os nossos respectivos quartos.

No quarto eu me preparei para dormir, apaguei as luzes, e me deitei, mas eu não conseguia deixar de pensar no que eu estava fazendo aqui, pois parece que está tudo certo com a minha vida. Uma casa legal, carro, uma filha, uma esposa, por mais que seja a Sakura, ela parece me amar muito. Então o que haveria para ser concertado?

E com esses pensamentos eu adormeci.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por terem lido mais um capítulo.
Deixem comentários.
A nossa pequena Sarada está na história
Viva!!!
Até o próximo que será dia 11/02
Bjs!!!



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