Um novo amor escrita por Pamisa Chan


Capítulo 1
A Nova Vizinha


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
A história apresenta um pouco do POV da Dona Florinda e um pouco do POV do Seu Madruga.



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Eu não sei o que está acontecendo comigo. De uma hora para outra sinto que aconteceu uma grande confusão em minha cabeça. Não consigo mais entender meus próprios sentimentos. Só sei que tudo começou quando chegou a nova vizinha...

Estávamos conversando como de costume quando ela apareceu. A atenção dele se voltou exclusivamente para ela, com a desculpa de que era algo que ele faria por qualquer uma, "regras de educação elementares que a gente pratica naturalmente", ele disse. Por algum motivo instintivo, senti-me no direito de deixar claro meu descontentamento por tentar provocá-lo e deixá-lo enciumado. Convidei a primeira pessoa que apareceu para uma xícara de café. Como o destino gosta de pregar peças, o primeiro que apareceu foi ele... até então meu maior inimigo. Seu Madruga.

Desacreditado, ele aceitou. E eu segurei seu braço. Naquele momento havia sido algo praticamente inconsciente. Mas depois a lembrança daquele momento se reprisou varias vezes em minha cabeça. É difícil admitir. Mas acho que comecei a... sentir algo por ele.

—-x--

Não consigo negar. Sempre tive uma queda por mulheres fortes, mandonas. E apesar de apanhar dela quase todos os dias - injustamente - no meu intimo eu sentia algo que não sabia bem explicar. Era como se cada bofetada fizesse eu me render cada vez mais a esse sentimento. Ela não era como as outras. Não era bonita... formosa... bem feita... com mãozinhas delicadas. Mas ela não precisava de nada disso pra me chamar a atenção. Mas era apenas algo inalcançável. Ainda mais por sempre ter um obstáculo entre nós. O mestre ling... Professor Girafales.

Até que um dia entrei na vila lendo meu jornal. A mesma cena de sempre. O buquê de flores, os dois juntinhos. Mas teve uma diferença.

"Como vai, seu Madruga?", ela perguntou. Olhei para os lados, não acreditei que era comigo. Ela se aproximou e falou diretamente para mim. "O que o senhor conta de novo?". Novamente, não acreditei. Por fim, ela perguntou se eu não gostaria de entrar para tomar uma xícara de café. Depois do choque instantâneo com a pergunta, pensei bem e aceitei. Por que não?

O professor Girafales estava ali, parado, tão confuso como eu. Ela segurou meu braço e me levou para dentro. No final das contas, o Mestre Linguiça não entrou junto.

Passamos a tarde conversando. Ela confessou que havia ficado com ciúmes da nova vizinha e explicou o que aconteceu. Tentei ser compreensivo, apesar desse não ser meu ponto forte. Por fim ela me agradeceu e me abraçou.
Depois desse dia, as coisas nunca mais foram as mesmas. E isso foi bom. Pra mim!

No dia seguinte, como sempre, as crianças da vila estavam brigando. O Chaves deu uma vassourada no Quico e saiu correndo, e o Quico gritou pela mãe. Eu já estava me preparando para outro tapa como sempre, mas Dona Florinda chegou e me olhou meio tímida.

"Ele me bateu!", o bochechas de buldogue velho gritou.

"Sim, sim... Vá pra casa, tesouro.", ela respondeu sem tirar os olhos de mim.

"Você não vai bater nele?!", esbravejou indignado. Esse moleque...!

"Não, tesouro... O seu Madruga é um senhor muito gentil."

O moleque ficou confuso e por fim foi no canto da parede chorar.

"Não fui eu que bati nele! Foi o Chaves!" gaguejei e me encolhi.

"Tudo bem, Seu Madruga. Eu acredito." disse com uma voz doce como eu nunca tinha visto antes. "Não gostaria de entrar para tomar uma xícara de café?"

"Não seria muito incômodo?"

"Claro que não... Pode entrar!"

"Depois da senhora..."


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Vocês shipparam? uhauhehua
Eu sim, muito hueuheuhe



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