BLACK, Regulus. escrita por antônia


Capítulo 1
I - Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Olá o/
Se alguém olhar pra mim nesse exato momento, não vai ver nada além de desespero. Sério. Eu estou tão obcecada por Regulus Black no último mês que eu estou a ponto de enlouquecer. Cada frase que eu penso é algo relacionado a ele e como muito ignoram a existência dele.

Pelos céus, eu estou prestes a escrever um livro dos 1001 motivos pelo qual todos nós devemos amar Regulus e criar o feriado internacional dele.

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BLACK, Regulus.

I - Prólogo.

Havia chovido a semana inteira e parecia que ia continuar chovendo o resto do mês. Não era como se ele desse a mínima para isso, mas ele tinha uma certa falta do céu azul.

Assim que ele abriu a porta de madeira escura, dando de cara com o corredor igualmente escuro de sua casa, ele sentiu frio, como se algum ruim estivesse acontecendo. E estava.

Pendurou o casaco no gancho e caminho até a sala de jantar.

Então era disso que tudo se tratava.

 

Era como se toda a família estivesse reunida. Não era uma comemoração, e se fosse, não deveria ser algo que realmente deveria ser comemorado. Era algo ruim, algo fedido. Como todo aquele papel no qual ele atuava. Risadas escandalosas, barulhos de taças, o olhar em cada um deles como se eles fossem as melhores pessoas do mundo. Ele sentiu nojo.

 

O motivo não era nada mais além de a fuga de Sirius Black, seu irmão mais velho, para a residências dos Potter. E ele realmente não acreditava que tudo aquilo de fato aconteceu. Digo, ele sabia disso. Ele sabia que aquilo alguma hora aconteceria. Sirius iria arrumar as suas coisas, ia criar um plano com os seus bons amigos e o deixaria para trás. Aquilo era previsível. Mas, ele imaginava que a sua mãe não iria ficar tão feliz assim. Ela provavelmente mandaria uma carta mandando ele voltar, ele ignoraria, ela queimaria todas as coisas que sobraram dele e o nome “Sirius” nunca mais seria dito naquela casa ou em qualquer parte da família.

 

Aparentemente, ele tinha perdido tudo isso. E mais alguma coisa.

E tinha perdido porque ele não estava lá, nem onde havia dito que estava. Não que fosse algo secreto, e não era como se alguém realmente se importasse. Mas ele gostava de estações de trem, por isso havia passado o final de semana inteiro indo e voltando, e estudando as reações das pessoas a sua volta. Estudando humanos e a sua ridícula necessidade de se socializar.

 

— Cara, por onde você esteve? - Jamshad Thibodeaux disse, com um copo na mão. - Eu tive que ficar aturando aquela sua prima mais velha esse tempo inteiro.

— Foi mal. - Respondeu, sorrindo.

Não era como se eles fossem amigos. Ele não sabia o que eles eram. Talvez companheiros, talvez colegas de classe, talvez “pessoa que eu converso nessas reuniões estranhas porque todos ao meu redor são extremamente entediantes”. Mas, era legal. Apesar de tudo que Jamshad tinha para dizer fosse sobre festas, garotas, cigarros e bebidas, era legal.

Quer ir fumar um? Acho que ninguém vai se importar se a gente for para o jardim.

— É, ok.

Não era como se ele tivesse rancor, ou nada do tipo. Não era como se ele sentisse falta do seu irmão. Não é como se ele quisesse ser “normal” no fim das contas assim como todas as pessoas que ele via. Não é como se ele quisesse que a família desse fosse boa. Não é como se ele realmente se importasse.

Regulus Black só estava esperando por algo, alguém, algum lugar, algum evento. Ele só estava esperando por algo importante acontecer.

Não aconteceu.


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Notas finais do capítulo

Eu não acredito que as coisas recomeçam quando a gente muda de ano. Quando eu era pequena realmente queria acreditar nisso, mas agora que eu sou um pouco mais racional do que eu era, acredito que tudo isso é uma babaquice. Não é um ano que vai mudar porque alguma divindade quer isso, você que vai fazer ele ser bom ou não. Então, em 2018, dê o seu melhor pra se tornar quem você quer ser.



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