Sentimentos - 3 Temporada escrita por JanainaReiff


Capítulo 1
Felizes para sempre?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas ✌
Sentiram minha falta?
Aqui estou com nossa terceira e, provavelmente, última temporada de Sentimentos.
Explicando:
Arco 1: Como eles ficaram juntos.
Arco 2: Hime gravida e descobertas sobre seus pais biológicos.
Arco 3: Luta com Ichigo e Soul Society. (Pelo menos eh o que eu planejo. Rsrsrsr)
Vou deixar o link da primeira e segunda temporada nas notas finais.
Então é isso espero que gostem.



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Karakura. A cidade onde tudo começou. Depois de tanto tempo ela estava de volta ao "início". Tudo parecia igual ao olhos da moça, nada havia mudado. "Que bom!" Ela suspirou aliviada. Cinco anos haviam se passado desde sua última "visita" ao mundo humano. Desde o nascimento de Hayato.
Estava em pleno inverno. A época que Orihime mais gostava. Por quê? Natal, ano novo, festas... Sempre estava com seus amigos nessas datas tão importantes. "Será que estão bem?" Ela ainda se lembrava deles, nunca os esquecera. Arisawa Tatsuki, sua melhor amiga, podia-se dizer, sua irmã. Olhou ao redor, percebendo que estavam próximos do Natal, todas as lojas estavam enfeitadas. Haviam sinos e guizos, e as cores vermelha e verde em predominância... Ela então foi tirada de seus devaneios pelo pequeno menino ao seu lado.
— Nossa, isso que é Natal mamãe? - Perguntou Hayato. Orihime fazia questão de contar tudo a respeito do mundo humano ao pequeno.
— Sim meu amor. - Respondeu sorrindo.
— Vamos! - Disse Ulquiorra. - Não temos muito tempo. Se aquele shinigami nos ver, será complicado.
— Certo. - Respondeu convicta.
Não demorou muito para que chegassem à loja.
— Ohayo, Orihime-chan. Ulquiorra-kun. Eu aguardava ansiosamente a chegada de vocês. - Os quarto foram para a sala onde Urahara lançou uma barreira para que ninguém entrasse e nem ouvisse a conversa. - Pronto! Agora podemos conversar tranquilamente. - Ele olhou para o casal que assentiu com a cabeça, depois voltou seu olhar ao garotinho que estava agarrado à mãe. - Ele é a sua cara. - Disse para o espada. - Qual seu nome criança? - O menino olhou para a mãe antes de responder, a mesma acenou positivamente sorrindo.
— Hayato. - Respondeu tímido.
— Hum... Belo nome, representa força e agilidade. - Comentou o loiro.
— Por que nos chamou aqui? - Perguntou Ulquiorra friamente. Ele ainda ficava incomodado com a presença do shinigami.
— Eu descobri uma coisa que pode interessar à vocês. - Ele estendeu o envelope ao casal. O arrankar abriu e leu seu conteúdo, em seguida passou o documento para sua parceira.
— Isso é possível? - Perguntou assustada.
— Infelizmente sim minha cara.
— Não deixaremos que isso aconteça. Nem que tenhamos que invadir a Soul Society hoje mesmo. - Ulquiorra parecia irritado.
— Acalmem-se, os dois. - Pediu. - Infelizmente não há nada a ser feito no momento. A não ser que tivéssemos a ajuda de Aizen e todos os espadas, essa seria uma missão suicida.
— Mas nós temos. - Respondeu Orihime.
— Como assim Hime-chan?
— Tenho certeza que Aizen nos ajudará juntamente com seus espadas. Ainda mais tratando-se de mim e do Hayato.
— Ainda não entendi.
— Tem uma coisa que eu ainda não te contei Urahara-san, uma coisa sobre meu passado. Sobre quem realmente eu sou. - Respondeu calma.
— Ah! Então você descobriu? Digo... Sobre sua mãe?
— O senhor sabia?
— Eu ajudei Hyosube Ichibei a lhe trazer e lhe esconder no mundo humano.
— Entendo... - Ela abaixou a cabeça ao se recordar da história. - Então o senhor também saber sobre meu pai?
— Sinto muito... Não sei! A Rainha não quis revelar quem era o pai da criança, já que o mesmo poderia acabar sendo sentenciado à morte... Mas minha teoria é que seja um dos capitães da época.
— Sim. De fato ele era um capitão.
— Você sabe quem é, Orihime-chan? - Perguntou Urahara curioso. Porém a jovem manteve-se calada.
— Aizen. - Respondeu Ulquiorra. Enquanto Urahara mantinha-se no mais completo silêncio. Não acreditara no que estava a ouvir.
— Mas é claro... - Ele disse pensativo. - Ele era o que tinha mais contato com a Yui-chan. Estavam sempre juntos. - Concluiu.
— Yui-chan? - Perguntou a garota curiosa.
— Kusanagi Yui. Esse é seu nome. O nome da Rainha das Almas... - Ele fez uma breve pausa. - O nome da sua mãe Inoue-san. - Finalizou olhando-a seriamente.
— Kusanagi Yui... - Repetiu num sussurro. Esse era o nome da pessoa que lhe deu a vida.
— Temos que ir. - Interrompeu-os.
— Obrigado por tudo Urahara. Veremos o que faremos a respeito disso.
— Tudo bem. Vocês têm um mês até a data da Invasão.
— Tá. - Disse Orihime séria. Eles viraram-se para a saída, mas pararam ao ouvir o loiro.
— Ah! Mais uma coisa. Antes que eu me esqueça... - Ele revirou um baú jogando algumas coisas pelos ares, até que em fim achou o que procurava. - Isto é para você. - Disse entregando uma pequena caixinha aveludada ao menino.
— Arigato. - Respondeu ainda tímido.
Ele abriu a caixinha e dentro encontrou uma linda pulseira. Era tão prateada que até a própria lua ficaria com inveja, com um pequeno fecho de ouro e um lindo pingente. Uma pedra tão verde quanto a imensidão dos olhos de Ulquiorra, tão brilhante como diamante, e mais poderosa do que qualquer talismã que já haviam visto.
— Não se deixe enganar somente por sua beleza. Essa pulseira é muito poderosa. Eu a ganhei a muito tempo atrás mas nunca consegui usar todo seu poder. Porém, tenho um pressentimento de que fará um bom uso dela. - Disse Urahara. - O que eu sei é que estando com ela, você ocultará sua reiatsu e ninguém, a menos que você queira, poderá sentir sua presença espiritual. - O garotinho olhava radiante para a joia. - Tenho certeza que há outras habilidades e poderes escondidos, porém não consegui descobrir até hoje.
— Obrigado tio. - Pela primeira vez desde que chegara à loja, Hayato sorriu.
Após se despedirem de Urahara, Orihime e Ulquiorra decidiram, agora que a reiatsu de Hayato estava imperceptível, passar na antiga casa da garota. Ela queria pegar algumas coisas.
A casa mantinha-se do mesmo jeito que havia deixado, com exceção do excesso de poeira, também como poderia estar diferente? Não havia ninguém para zelar pela limpeza do lugar.
Após uma boa faxina, o lugar estava impecável. O jantar estava no forno, e apesar do arancar não precisar comer, o mesmo fazia questão que saborear as comidas "exóticas" de Orihime, as quais ele julgava deliciosas, mesmo algumas pessoas achando estranhas. Hayato por outro lado precisava comer e já estava "morrendo de fome".
— O que faremos a respeito da invasão? - Perguntou Orihime após o jantar.
— Não sei ao certo. Mas não deixarei que aconteça. - Afirmou Ulquiorra.
— Se eles obtiverem sucesso, descobrirão tudo. Sobre Aizen, sobre mim, sobre nós, e principalmente... Hayato.
— Eu irei proteger-vos com a minha própria existência. - Afirmou sério.
— Mamãe estou com sono, onde vou dormir? - Perguntou interrompendo o casal.
— Nada disso moçinho! Antes você vai tomar um banho e escovar os dentes.
Orihime havia terminado de colocar o pequeno na cama, em seu antigo quarto, quando percebeu que começara a nevar. Particularmente, a ruiva não era como aquelas pessoas fascinadas por neve no dia de natal, mas depois de passar tanto tempo no Hueco Mundo, ver a pureza do gelo tocando o chão, lhe encheu de alegria.
— Por que choras? - Perguntou. - Está se sentindo mal?
— Não. Eu estou feliz. - Respondeu virando-se de frente ao arancar.
— Humanos são realmente estranhos. - Concluiu.
A jovem soltou uma risada baixa antes deitar, sendo acompanhada pelo espada logo em seguida.
— Ulquiorra-kun, será que amanhã podemos ir a um lugar? - Perguntou a ruiva deitando-se com a cabeça no peito do espada.
— E onde seria? - Perguntou enquanto passava os braços pela cintura da jovem apertando-a contra o seu corpo.
— Eu sei que não deveria mas, sinto tanta falta dela. Queria poder conversar com ela, explicar tudo o que está acontecendo.
— Quem?
— Arisawa Tatsuki. Minha melhor amiga. Minha irmã.
— Pensei que tivesse apenas um irmão. Adotivo.
— Tatsuki não é minha irmã de sangue. Nem adotiva. Ela que a irmã que eu escolhi ter. Me conhece mais do que eu mesma. Ela sempre esteve ao meu lado, nos bons e maus momentos. Ela foi a coisa mais próxima que pude chamar de família depois que Sora se foi.
— É muito arriscado sabe disso. - Disse simplista.
— Eu sei. - Suspirou. - Esqueça! Foi uma ideia idiota. Não sei onde estava com a cabeça. Eu...
— Shhhhh. - Ele a calou com um leve roçar de lábios. - É realmente muito arriscado. Mas se é tão importante para você, daremos um jeito.
— Obrigado. Ulquiorra-kun. - Ela se ajeitou entre os braços dele e inclinou levemente a cabeça em um convite sutil.
Seus lábios foram tomados cuidadosamente exercendo uma leve pressão sobre ambos. Entreabrindo a boca, Orihime o convidou para explorá-la. E assim o fez. O beijo antes cauteloso e carinhoso, agora ia aos poucos se tornado urgente e luxurioso. As mãos de Ulquiorra desceram até as coxas firmes de sua companheira apertando-as levemente, fazendo com que a jovem soltasse um gemido quase que instantâneo em resposta ao toque. Uma das mãos de Inoue começou a "passear" pelo abdômen do arancar. Traçando um caminho linear até que seus dedos fossem de encontro ao cós de sua calça. Mas quando Ulquiorra pensou que ela o libertaria da vestimenta, a ruiva simplesmente fechou a mão.
— O que pensas que estás à fazer? - Perguntou.
— Eu... - Ela corou. Em seguida virou-se para o lado, ficando de costas para o parceiro.
— Não irás escapar tão facilmente, mulher. - Declarou puxando-a para si cobrindo todo o corpo esguio de beijos.
Ulquiorra não esperou ela dizer nem mais uma palavra se quer puxando-a ainda para mais perto. Passou uma das mãos na cintura fina da jovem, a outra apoiava em seu queixo puxando-a para outro beijo libidinoso enquanto sentava-se na cama com a ruiva sobre o colo sem desatarem os lábios.
Em um ato rápido Orihime jogou seu peso contra o do espada que, desprevenido caiu, novamente deitado na cama com a companheira, agora, sobre si. Naquele momento ela estava no comando da situação, porém o arancar pareceu não gostar de "ser dominado" e não fazia o mínimo esforço para esconder isso, mas também não tomou nenhuma atitude, apenas para ver até onde ia aquela "brincadeira".
Com uma das mãos posicionadas sobre o tórax abaixo de si, Orihime levantou a blusa, sentir sua pele, mesmo que por um gigai, era uma sensação indescritível. Ulquiorra completou a ação tirando a camisa.
Ele começou a beijar o pescoço de Inoue, dando pequenas sugadas que com certeza deixariam marcas futuras. Sem perder tempo, ele simplesmente rasgou sua blusa levando junto a lingerie vermelha de rendas que ela usava.
Ajudou-a a tirar a calça e a jogou para longe, ouvindo com sua audição aguçada o barulho da fivela de metal do cinto quando atingiu o chão em algum lugar do quarto, em seguida ele tirou sua calça, dando-a o mesmo destino que deu à outra segundos antes...


Orihime abriu os olhos lentamente tentando se acostumar com a luz do sol que entrava pela janela. A ruiva ergueu o rosto para o espada. Seus olhares se encontraram, enquanto Ulquiorra via um sorriso nascer nos lábios da amada.
— Bom dia. - Ela disse.
— Bom dia. - Inoue abriu um largo sorriso encarando aquelas lindas orbes de esmeraldas lhe fitando. Foi surpreendida quando foi puxada em seguida para um beijo. Um beijo calmo, sem pressa. Não havia batalha a ser travada, ambas as línguas dançavam em harmonia. Ficaram algum tempo assim, apenas curtindo o momento.
— Eu vou tomar um banho. - Disse ela se levantando.
— Vá! Irei chamar Hayato. - Disse Ulquiorra saindo do quarto.
Após todos prontos, saíram rumo à casa da amiga de Orihime.
— Mulher, sua reiatsu. - Alertou Ulquiorra.
— Hã?
— Diminua.
— Ah sim... - Ela inspirou fundo, soltando o ar pesadamente. - Desculpe. Estou muito ansiosa. E agora que meus poderes estão quase em seu máximo, está ficando cada vez mais difícil controlar.
— Apenas concentre-se. Deveríamos usar o Hōgyoku.
— Talvez... Veremos isso quando voltarmos para Casa.
— Mamãe, estamos chegando? - Interrompeu o garotinho.
— Sim meu amor. Estamos quase lá. - Depois virou-se para Ulquiorra e disse. - É a quinta casa virando a próxima esquina. Ulquiorra-kun, quero que fique me esperando do lado de fora um momento com Hayato.
— Por que? - Perguntou indiferente.
— Não. Quero assustá-la. - "Muito..." Completou em pensamento. - Já será bastante chocante quando descobrir que estou viva, imagina saber que me apaixonei, pelo que deveria ser meu inimigo, e que temos um filho... Apenas deixe-me falar um momento com ela.
— Vá. - Sua voz soou como uma ordem. - Me chame quando estiver pronta.
— Obrigado meu amor. - Deu-lhe um selinho rápido. - A mamãe já volta meu anjo. Comporte-se.
— Hai!
Orihime virou-se e antes de seguir seu caminho, deu uma última espiada por cima no ombro, vendo o arancar e Hayato, agora no colo do pai, sumirem num sonido.
Novamente inspirou antes de soltar o ar pesado de seus pulmões. Com as mãos tremulas, levantou seu dedo indicador e tocou a campainha.
— Só um momento. - Gritou uma voz de dentro da casa. Uma voz que a jovem reconheceu de imediato como sendo a de sua grande amiga.
A porta foi aberta lentamente, o que só aumentava a ansiedade de Inoue. A cena seguinte fora espantosa.
Assim que os olhos da morena encontraram os seus, Orihime, sem se importar com mais nada, pulou sobre Tatsuki que havia congelado em sua posição inicial, fazendo com que ambas se despescassem ao chão.
— Tatsuki... - Sua voz quase falhou.
— É alguma pegadinha? - Perguntou incrédula. - Orihime, é você mesmo? Você está viva.
— Sim, sou eu Tatsuki. - Respondeu se levantando e estendendo a mão para a amiga logo em seguida.
— Eu fantasiei tanto esse momento. Todos os dias me forçando a acreditar que você estava Mor... - Não conseguia completar a frase. Não queria. Não mais! - Me diga que não é mais uma peça de minha mente está me pregando...
— Não é. Eu estou viva. Estou aqui.
— Mas como? O Ichigo me disse que você tinha sido sequestrada e morta por algum tipo de espírito maligno e... Ah meu Deus! O Ichigo. Você já falou com ele? Ele esteve tão mal. Com certeza ficará muito feliz quanto souber que...
— Não! - Interrompeu Orihime. - Ele não pode saber.
— Por que?
— Podemos entrar? Prometo que vou lhe explicar tudo. - "Pelo menos tudo o que for possível." Completou em pensamentos.
— Claro.
Orihime começou a contar sua história, desde quando começou a ver hollows, naquele fatídico dia em que a escola fora atacada. Contou como foi quando fora sequestrada e tudo que passou no Hueco mundo. Explicou-lhe as diferenças entre os espíritos, como Tatsuki os chamava, que além dos Shinigamis, haviam também os hollows, os Adjuchas, os Menos Grande e, por fim, os arancars.
Então veio a parte mais difícil. Contar sobre Ulquiorra.
Omitindo o fato de Aizen ser seu pai biológico e a Rainha das Almas sua mãe, a ruiva contou tudo o que vivera ao lado do quarto espada. E sobre Hayato.
— É muita informação. - Era fato de que Arisawa ainda estava tentando "digerir" tudo aquilo. - Eu não sei o que dizer...
— Você gostaria de conhecê-los?
— Eu não sei. Acho que pela primeira vez, estou com medo.
— Confia em mim? - Perguntou Inoue.
— Confio minha vida à você. - Era verdade.
— Posso chamá-los? - A morena assentiu com a cabeça. - Ulquiorra. - Orihime chamou-o com uma voz baixa e melodiosa. Com um sonido, o espada rapidamente "se materializou" na frente da companheira segurando o filho pela mão.


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Notas finais do capítulo

Primeira temporada:
https://fanfiction.com.br/historia/730936/Sentimentos/

Segunda temporada:
https://fanfiction.com.br/historia/751108/Sentimentos_-_2_Temporada/

E então, o que acharam?
Por favor nao deixem de comentar.



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