Sentimentos - 2 Temporada escrita por JanainaReiff


Capítulo 1
"ONESHOT"


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoinhas lindas do meu coração ✌
Saudades?
Bom... Eu não pretendia começar a postar agora. Queria terminar a historia toda antes de postar...
Mas estou muito ansiosa para esperar...
Então por isso eu demorei um pouco para postar, já peço desculpas....
Decidi, como redenção, postar tudo em uma mega oneshot.
Bom eh isso...
Espero que gostem...
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/751108/chapter/1

Capítulo 1 - Reiatsu

 

 

 

Algumas semanas se passaram desde que Inoue e Ulquiorra chegaram ao mundo humano. A relação entre eles não havia mudado muito, exceto pelo fato de que estavam bastante próximos, por assim dizer. O Arrankar ainda tentava compreender os sentimentos humanos.
Os primeiros raios solares começaram a invadir a janela. No quarto principal uma jovem dormia tranquilamente sobre o peito nu do espada, o mesmo fitava-a enquanto afagava seus longos cabelos.

 - Bom dia Ulquiorra-Kun. - Cumprimentou a garota abraçando-o, ainda com os olhos fechados.
 - Mulher. - Ele limitou-se a dizer apenas uma palavra.
 - Dormiu bem? - Todas as manhãs ela lhe perguntava a mesma coisa.
 - Mulher, sabes que não durmo. Quantas vezes preciso lhe dizer isso? - E ele lhe dava sempre a mesma fria resposta.
 - Vou preparar o café. - Ela se pôs de pé com um pulo, e antes que percebesse, estava de volta à cama. Seu frágil corpo não pôde sustentar-se.
 - O que houve? - Perguntou o espada percebendo a dificuldade dela em se manter de pé. - Está doente?
 - Não! - Ela respondeu prontamente. - Estou bem. Apenas levantei-me muito rápido, e desajeitada como sou... Perdi o equilíbrio e caí.
 - Entendo. - Disse ele com um olhar desconfiado.

A manhã passara e já estava na hora do almoço. O prato de hoje? Arroz com curry, peixe recheado com nozes,e anéis de cebola fritos com cobertura de chocolate. Enquanto comiam, ambos sentiram uma pressão espiritual mas, tão rápido quanto apareceu, sumiu no ar sem deixar rastros.

 - O que foi isso? - Perguntou Orihime.
 - Não sei, mas desde que não apareça novamente, não me interessa o que seja. - Respondeu ele dando mais uma garfada a cebola. - Isso é bom. O que é?
 - A cebola?
 - Não. Essa coisa marrom. - Ele lambeu a cobertura. Arrancando uma risada gostosa da garota que, se divertiu vendo aquela cena.
 - Ah sim... - Disse ela tentando parar de rir. - Isso é chocolate. É um tipo de doce muito famoso entre os humanos.
 - Chocolate... - Ele repetiu para si mesmo, como se tentasse gravar o nome.
 - É bom finalmente saber uma coisa que você gosta. Acho que vou comprar mais hoje. - Ela se levantou da mesa pegando seu prato e caminhou até cozinha. - Eu vou ao mercado hoje tudo bem, Ulquiorra-Kun?

Desde que começaram a se "relacionar" Ulquiorra tem permitido que a jovem saísse sem estar em sua companhia. Estranhamente ele não a imaginava fugindo de volta para seus antigos amigos.

 - Tudo bem. Mas não demore. E se eu sentir em sua reatsu que você pretende fugir. Sabes o que irá te acontecer não é?

Ela não respondeu, apenas acenou positivamente com a cabeça saindo em direção ao mercado com sua carteira e uma pequena lista de compras. O estabelecimento não era muito longe, ficava à algumas quadras de distância de sua casa. Porém, antes que chegasse ao seu destino, a jovem começou a suar frio, sua visão ficando cada vez mais turva, e uma forte sensação de que o chão havia desaparecido sob seus pés. "Está muito quente hoje, o sol está realmente forte. Acho melhor eu me sentar um pouco e tomar uma água." E como se não bastasse, ela sentiu uma reatsu extremamente forte, mas não era uma reatsu qualquer, era a mesma que ela havia sentido mais cedo. A expressão em deu rosto era clara: Medo. Mas antes que pudesse se dar ao luxo de "curtir" esse sentimento, seu "protetor" aparece, literalmente do nada, ao seu lado.

 - Não consigo localizá-lo.

No mesmo instante que estava de pé, já havia se sentado novamente. Seu corpo estava fraco, era como se não comesse há dias, como se estivesse exausta após horas de exercícios, como se a gravidade da Terra tivesse aumentado puxando-a mais para baixo. Sentia como se sua reatsu estivesse sendo sugada. A jovem levou a mão a testa fechando os olhos tentando regular sua respiração, para que com sorte, seu mal-estar desaparecesse. Porém, tal ato não passou despercebido aos olhos atentos de um certo espada.

 - O que houve? Está doente? - Perguntou. De início a garota pensou que ele estivesse curioso e talvez quisesse entender o que estava acontecendo. Mas, quando levantou seus olhos, encontrou as duas jades de Ulquiorra fitando-a, estava estampado ali, preocupação. - Venha! Irei leva-la para casa. - Pegando-a no colo, usou seu sonido, e em questão de segundos, já estavam "em casa".
 - Eu não estou me sentindo muito bem, e estou um pouco cansada acho que vou subir e dormir um pouco, tudo bem, Ulquiorra-Kun?

Ele apenas assentiu com a cabeça. "Aquela reatsu... Tão poderosa... Preciso descobrir sua origem e destruir antes que aquele shinigamizinho de araque decida vir investigar." Ulquiorra subiu para seu quarto. E ali ficou, perdido em pensamentos. Por que ele não queria que Ichigo os achasse? Seria para que não pudesse atrapalhar os planos de seu mestre? Não! Era mais do que isso e ele sabia disso. Ele estava começando a se importar com a humana. Talvez apenas algumas noites de prazeres carnais, não tivessem sido apenas isso. Ele realmente estava "interessado" naquela mulher.
De repente, um grito alto o despertou de seus pensamentos inquietantes.
No quarto ao lado, a jovem estava gritando tão alto que provavelmente o quarteirão inteiro já havia acordado.
Chegando no quarto, ele viu que Inoue se revirava inquieta na cama e gritava coisas sem sentido. Lembrou-se da primeira noite que "dormira" com ela em Las Noches, pois ela havia tido um pesadelo. "É isso! Um pesadelo!" Concluiu mentalmente antes de sentar na cama da jovem.

 - Mulher! Acorde! - Ele chamou-a mas não obteve resposta. - ORIHIME! - Gritou.
 - Ulqui... orra... - Ela abriu os olhos lentamente. - O que houve?
 - Eu é que lhe pergunto. O que houve? Eu a ouvi gritando e quando cheguei aqui, não parava de se remexer na cama.
 - Ah! Devo ter tido um pesadelo. Mas, não me lembro... Estranho! - Ela disse pensativa.
 - Pois bem! Então estou indo para o meu quarto. - Antes que ele pudesse virar e sair, ela pegou seu pulso  forçando-o a olhar em seus olhos. - O que foi?
 - Fique! - Sem dizer uma palavra sequer, ele deitou na cama e ela em seguida, apoiou-se sobre o peito do espada.

Ela levantou a cabeça para olha-lo, ambos perdidos nos olhos um do outro. Até que Orihime tomou coragem e roubou-lhe um beijo. Um beijo que foi correspondido de imediato por Ulquiorra. As mãos apressadas da jovem foram de encontro ao rosto do espada. Por sua vez, Ulquiorra mantinha as mãos repousadas na fina cintura da ruiva.
A reastu que aparecera mas cedo voltou a ser perceptível para ambos, fazendo com que eles se separassem alertas.

 - De novo essa pressão espiritual. Mas o que será que esta acont... - A menina não conseguiu terminar sua frase. Um mal-estar lhe subiu à boca. O espada olhava desentendido enquanto Inoue corria para o banheiro tapando a boca com as mãos.
 - O que houve? Sente-se mal? - Perguntou ele em pé na soleira da porta.
 - Acho que eu comi algo que não me fez bem. É apenas... - Ela interrompeu sua explicação ao olhar uma pequena caixinha em cima do armário do banheiro. - Ulquiorra-Kun, me responda uma coisa. Há quanto tempo estamos no mundo humano? - Ele não entendeu o significado da pergunta naquela hora. Mesmo assim respondeu com naturalidade.
 - Quase dois meses. - A expressão do rosto da ruiva se tornou tensa. "Não é possível!" Pensava ela.
 - Não pode ser... - Ela disse num sussurro, e se não fosse pela audição aguçada do espada, passaria imperceptível.
 - O que está acontecendo? Pode me explicar?
 - Acho que amanhã irei ao médico preciso confirmar uma coisa. Tudo bem Ulquiorra-Kun? - Perguntou sorrindo, porém com a expressão, ainda, visivelmente tensa.
 - Tudo bem. Quer que eu lhe acompanhe?
 - Não é preciso. Obrigado. Venha, vamos voltar para a cama. - Eles se deitaram voltando a posição de antes.
 - Você vai ficar bem mulher? - Ele perguntou afagando seus cabelos. A jovem assustou-se com a pergunta. Era isso mesmo que ela tinha ouvido? Ele estava preocupado com ela?
 - Nós ficaremos bem. - Ela respondeu sorrindo.

 

Capítulo 2 - Notícias

 

 

 

A jovem caminhava segurando em mãos o papel cujo, o resultado, mudaria sua vida para sempre. Se suas suspeitas se confirmassem, não haveria mais volta, para Ichigo, Rukia, Ichida, Sado ou para nenhum de seus amigos, não que ela quisesse voltar...
Ela sentou em um banco do parque abrindo cautelosamente o envelope. Não sabia se queria que estivesse escrito "NEGATIVO". Talvez, apenas talvez, ela cogitasse e desejasse um "POSITIVO". Tirando o papel de dentro do pequeno embrulho, ela suspirou fundo antes de desdobrá-lo e criar coragem para lê-lo.
Checou seu nome na parte superior da folha, olhou alguns números, e o mais importante... O que realmente lhe interessava... A palavra que mudaria seu destino para sempre. E lá estava ela, lá embaixo, no canto inferior direito...

POSITIVO.

Seu coração saltou de alegria. Ela tinha certeza agora. Carregava em seu ventre o fruto de seu amor com Ulquiorra. "Ah... Ulquiorra-Kun..." Ela suspirou. Mas então, uma incerteza bateu em seu peito. O que o espada acharia disso? Como ele reagiria? E se não gostasse? E se mandasse tirá-lo? Dúvidas que eram comuns considerando o forte temperamento do Hollow.
Uma forte dor na barriga começou a incomodar a moça. Ela deduzira que o bebê ficara inquieto perante a turbulência de sentimentos que Orihime estava sentindo no momento. A forte e conhecida reatsu se fez presente surpreendendo-a.

 - Calma meu anjo! Não deixarei ninguém lhe fazer mal. - Ela sussurrou acariciando a barriga. Então, a reatsu foi diminuindo, até desaparecer por completo. - Espera! Isso foi você meu anjinho? - Só agora percebera que a pressão espiritual que vinha sentindo, emanava dela própria. Era natural o filho do mais poderoso e fiel espada de Aizen, possuir uma reatsu tão intensa e amedrontadora. Ela se levantou e caminhou até a casa onde estava vivendo com o arrankar. - Ulquiorra-Kun! - Chamou-o assim que passou pela porta.
 - Estou aqui mulher. - Ele se pôs em sua frente.
 - Quantas vezes preciso lhe pedir que me chame de Orihime. - Suspirou. - Preciso falar com você. Sente-se aqui. - Eles sentaram no sofá um de frente para o outro. A ruiva o encarou mais uma vez, os olhos vazios e inexpressivos de Ulquiorra agora continham um leve toque de preocupação.
 - Você está doente? É alguma coisa grave? - Ele perguntou com sua voz aparentemente calma.
 - Ulquiorra-Kun. Você sabe o que acontece com os humanos quando "passam a noite" juntos?
 - Quando fazem sexo? - Ele corrigiu.
 - Quando fazem amor! - Ele acenou negativamente com a cabeça. - Nós humanos usamos isso, como posso explicar... Como uma forma de procriação da nossa espécie. E bom... Eu não sabia que isso era possível entre uma humana e um arrankar, afinal, teoricamente vocês são almas sem um corpo. Mas para minha surpresa, bom...
 - Você está querendo dizer que está carregando no ventre, minha cria? - Ele perguntou.
 - Nosso filho. Isso. Eu estou grávida Ulquiorra. Nós seremos pais. - Ela abaixou a cabeça temendo a reação do quarto espada. Porém foi surpreendida com um abraço acolhedor.
 - Obrigado. - Ela arregalou os olhos com espanto. Jamais imaginou tais palavras saindo da boca de Ulquiorra. - Obrigado por me salvar da minha solidão.

Ele segurou o rosto da jovem com a duas mãos puxando-lhe para um beijo. Orihime saiu de seu transe, entendendo aquele beijo como uma aceitação por parte do espada. Os olhos da moça foram se fechando lentamente enquanto começava a se entregar àquela sensação deliciosa de sentir a boca de Ulquiorra. Seu gosto era, estranhamente, doce. Sua língua, suave. No rosto de Ulquiorra podia-se notar um leve toque de satisfação.

 - Realmente... Uma mulher interessante, Inoue Orihime. - Ele sussurrou em um tom inaudível para a moça.
 - Quer dizer que não está com raiva de mim?
 - Eu não sentiria raiva de você mesmo que quisesse.
 - Eu achei que não iria querer, iria pedir para eu tirar ele.
 - Nunca! Irei protegê-los. Mesmo que para isso eu tenha que passar por cima dos meus próprios conceitos.
 - Tem mais uma coisa que precisa saber. Sabe aquela reatsu que sentimos ultimamente?
 - Sim.
 - Acho que ela pertence ao nosso bebê. - Ela disse e ele se manteve estático.  Por um minuto em seu rosto, era visível a preocupação.
 - Aquela reatsu tão poderosa... Como pode pertencer a alguém que ainda nem nasceu?
 - Parece que ele puxou o pai. - A garota sorriu.
 - Não quero que ele seja um monstro como eu.
 - Você não é um monstro. - Disse ela com ternura.
 - Sabe quanto mal eu já fiz? Quantas pessoas eu já matei? E não consigo me arrepender disso. E o pior de tudo foi o mal que lhe causei. Tirei você da vida que tanto amava ao lado de seus amigos.
 - Mas se não fosse por isso, eu não teria me apaixonando por você e não estaria carregando nosso filho. - Rebateu.
 - Exato. Mas poderia estar levando uma vida normal. Eu sou um arrankar, ainda por cima um espada de Aizen, nem se quer estou vivo. Como posso lhe dar uma vida normal? E agora por minha culpa essa criança, metade hollow, metade humana, vai sofrer.
 - Desde o momento em que conheci Kurosaki Ichigo, minha vida nunca mais foi normal, considerando que eu o conheço desde criança, posso afirmar que minha vida nunca foi normal. Eu te amo e amo nosso filho, isso não vai mudar independente de ser ele humano, hollow, ou metade dos dois.
 - Mas ainda temos um problema.
 - Qual?
 - Se ele for realmente metade hollow... Sabes que hollows se alimentam de almas humanas, certo? Ele poderá matá-la.
 - Então precisamos conversar com alguém a respeito.
 - Devemos voltar para o Hueco Mundo.
 - Mas antes, preciso falar com uma pessoa. - Disse Orihime pensativa.

 

Capítulo 3 - Conversas

 

 

 

Três pessoas estavam sentadas à mesa. A casa que nunca teve outro habitante que não fosse Orihime e Ulquiorra, agora possuía um visitante.
Os três se entreolhavam.

 - Então, Hime-chan... Em que posso ajudá-la? - Perguntou o homem.
 - Primeiramente, obrigado por vir e obrigado por não contar nada a ninguém, Urahara-san. - Disse a jovem gentilmente.
 - Não precisa agradecer Hime-chan. Mas eu realmente não entendo porque não foi embora, ou comunicou com seus amigos... Eles com certeza viriam resgatá-la. - Disse o loiro com um olhar intimidante para Ulquiorra. Que respondeu o ato como igual.
 - Urahara-san aconteceram muitas coisas nesses últimos três meses. - Disse a ruiva. - E eu precisava falar com você antes de voltarmos.
 - Voltar?
 - Voltaremos para Las Noches esta noite. - Disse o quarto espada inexpressivo.
 - Não deixarei que leve a Hime-chan para aquele inferno de novo, Ulquiorra. - Disse dramático, porém, sério.
 - Isso não é uma decisão sua. - Respondeu o Arrankar.
 - Hime-chan, se quiser voltar comigo agora, eu levo você.
 - Urahara-san, eu agradeço mas, não quero voltar.
 - Como assim? - Ele perguntou confuso.
 - Eu... - De repente a forte reatsu, já conhecida pelo casal, deixou Urahara em alerta. Enquanto a menina, levou a mão à barriga com uma expressão de dor em seu rosto. O espada rapidamente passou o braço pela cintura da jovem enquanto a outra mão pousou suavemente sobre a mão da moça. Quem não o conhecesse bem, diria que ele estava extremamente preocupado. O loiro apenas observava a cena curioso. Quando por fim, a reatsu desapareceu e Inoue sorriu.
 - O que foi isso?
 - Era sobre isso que queríamos conversar com você. Essa reatsu de agora pouco, veio de dentro de mim.
 - Como? Essa reatsu se parecia com a de um hollow, e um muito poderoso, diga-se de passagem. Como ela poderia vir de você?
 - Como eu disse Urahara-san, aconteceram muitas coisas. - Ela corou. - Essa reatsu não veio exatamente de mim... Mas... Do meu filho... - O shinigami estava visivelmente abalado.
 - Ora seu... - Ele levantou-se num pulo batendo as duas mãos na mesa.
 - Espere. Urahara-san, não é o que está pensando, o Ulquiorra-kun não me forçou a nada, eu quis.
 - Vamos logo ao que interessa. O que acontecerá com a Orihime? - Perguntou o espada. O loiro respirou fundo e se sentou novamente.
 - Sinceramente? Não sei. Nunca vi relatos de uma criança que nascera de uma humana e um hollow, principalmente um arrankar. Terei que pesquisar a respeito. Mas digo uma coisa, devem escondê-lo. Se Ichigo souber... Bom, você sabe com o Ichigo é explosivo, certo Hime-chan? - Ela assentiu.
 - Não o deixarei chegar perto desta mulher ou da minha cria. - Urahara sorriu intrigado com a resposta do arrankar.
 - Mas principalmente, devem escondê-lo da Soul Society. Eles não permitiriam a existência de um ser tão poderoso e desconhecido. No passado eles condenaram uma criança a morte apenas por ser filha de quem era.
 - Entendo. - Disse Orihime cabisbaixa.
 - Se voltarem para Las Noches, a presença do hougyoku ajudará a ocultar a forte reatsu da criança. Apenas quem estiver muito próximo a ela, poderá sentir. E também há pequenas partículas de almas no Hueco Mundo, o suficiente para alimentar o lado hollow dele. Orihime. - Ele a olhou seriamente. - Acho melhor forjarmos sua morte. Se seus amigos acharem que ainda está sob domínio dos espadas de Aizen, tentarão a todo custo resgatá-la. E mais cedo ou mais tarde descobrirão sobre vocês dois. Porém se inventarmos uma desculpa como essa, pararão as buscas de resgate. Isso nos dará mais tempo para pensar em uma saída caso venham a descobrir futuramente.
 - Eu entendo. Bom... Fale a "ele" o que achar necessário para proteger meu filho. - Urahara sabia que com "ele", ela se referia a Kurosaki Ichigo.
 - Tudo bem... - Assentiu o loiro.
 - Obrigado Urahara-san. - Agradeceu ela sorrindo. - E por favor não conte a ninguém sobre mim.
 - Apesar de não concordar com sua escolha, - Ele olhou intimidante para Ulquiorra. - não quero que sofra, e muito menos essa criança que está esperando. Mas, já aviso uma coisa, se a Soul Society descobrir, uma guerra muito maior do que a que estamos vivendo agora será travada. - Ele disse já se levantando para ir. - Como eu disse, irei pesquisar mais a respeito e lhe aviso se descobrir alguma coisa.
 - Obrigado. - Então ele se foi. - Está quase na hora de irmos.
 - Sim.
 - Sentirei saudades do mundo humano. Das cores. - Ela o abraçou.
 - Mulher, por minha causa você nunca terá uma vida normal. Esse filho a prenderá para sempre ao meu mundo de guerra e sangue. Você tentou salvar um monstro e acabou ficando presa à ele. Sinto muito.

"Sinto muito?" Ele realmente havia dito isso? Tais palavras que a jovem nunca imaginara saindo da boca do espada, acabaram de ser proferidas por ele? Realmente ela o havia mudado.

 - Não sinta. - Ela sorriu. - Quantas vezes preciso lhe dizer que não é um monstro? - Ela lhe deu um selinho demorado. - Eu amo você.
 - Como pode amar alguém que lhe sequestrou, a tirou de seus entes queridos, enganou, seduziu, e fez-lhe um filho? Eu realmente não esperava que as coisas tomassem o rumo que tomaram. Mas você despertou algo em mim. Nunca senti isso antes, porque eu nunca SENTI nada. - Ele fez uma pausa abraçando-a. - Eu preciso lhe contar uma coisa. - Ela assentiu sentando-se no sofá ao lado de Ulquiorra. - Em Las Noches, minha primeira aproximação junto a você foi por ordem de Aizen. - A menina ouvia atentamente, e notou a falta do costumeiro Sama que Ulquiorra sempre dizia ao se referir a Aizen. Isso era um bom sinal, certo? - Confesso que no início achava que você não passava de mais um lixo, uma humana fraca que eu poderia matar sem esforço algum. Mas... - Ele pausou brevemente passando a mão delicadamente, no rosto de Orihime. - Com o passar dos dias vi o quão forte é, e algo começou a despertar dentro de mim. Primeiro, curiosidade. Por que estava sempre sorrindo se estava presa com o inimigo? Depois começou a surgir algo em mim que nem eu mesmo, com toda minha existência, sabia o que era.
 - Ulquiorra... - Ela disse ternamente. Ele colocou o dedo indicador nos lábios da ruiva, afim de silenciá-la.
 - Comecei a pensar de mais em você. Me preocupava sempre que demorava quando saía. Eu queria cuidar de você quando se machucava. Me questionava se pensava em mim. Por mais que eu tentasse afastar esses pensamentos, eles sempre voltavam. Então, no dia que se entregou para mim... - Mais uma pausa. - Tive certeza. Não estava mais fazendo isso por Aizen, e sim porque EU queria. Você me ensinou a sentir. E eu me apaixonei por você, Inoue Orihime.

A garota chorava em prantos. Mas não eram lágrimas de tristeza, eram da mais pura felicidade. Ela agora se sentia completa. Não disse mais nada, apenas agarrou o pescoço de Ulquiorra puxando-o para si e lhe beijou como nunca havia beijado antes. Tantos sentimentos escondidos em um simples beijo.

 - Você é minha. Não deixarei que ninguém a leve para longe dos meus olhos, nunca.
 - Hai. - Respondeu com seu mais largo sorriso.
 - Agora precisamos ir. Temos que voltar para Las Noches. E teremos que falar com Aizen.
 - Sim.

Eles se levantaram. Ulquiorra então deu um último beijo na garota. Abriu a garganta e estendeu a mão à Orihime. A jovem olhou a casa uma última vez, como se quisesse gravar na memória, o lugar em que viveu parte do seu sonho com Ulquiorra. Ela virou-se sorrindo e pegou de bom grado a mão estendida.

 - Vamos! - Ela disse e em seguida entraram na garganta.

 

Capítulo 4 - Las Noches - O Segredo da Rainha das Almas

 

 

 

Orihime já havia se esquecido o quão frio e triste era o Hueco Mundo. Tudo preto e branco.

 - Tadaima. - Sussurrou ela. A partir de agora essa seria sua casa.
 - Vamos. Temos que encontrar Aizen. - Sussurrou Ulquiorra. Eles andaram pelos corredores do castelo rumo a sala do ex-shinigami.
 - Ora... Já voltou Ulquiorra? - Perguntou  uma voz distante se aproximando dos dois.
 - Grimmjow. Saia da frente. Preciso falar com Aizen-Sama imediatamente.
 - E levará a prisioneira? - Debochou.
 - Sim. - Ele se colocou na frente de Inoue de forma defensiva. O que despertou a curiosidade do sexto espada. - Algum problema com isso, Grimmjow?
 - Nenhum. Apenas... - Novamente a reatsu do bebê se fez presente, estava mais forte que a última vez que fora sentida. O expressão de dor era visível no rosto da humana. Ulquiorra apenas olhou-a sem poder fazer nada. Não queria criar boatos que havia "amolecido" e sabia que o azulado adoraria destruir sua "reputação".  
 - O que é isso? Essa reatsu esmagadora, se eu não fosse um espada, provavelmente estaria no chão neste exato momento. - Ele indagou alerta. Então olhou para o "casal" e percebeu que a garota não estava bem. - Isso... Você está causando isso? - Ele apontou para Orihime. - O que estão escondendo? - Perguntou intimidante.
 - Não é algo que lhe diz respeito. Ponha-se em seu lugar e suma da minha frente, idiota! - Disse Ulquiorra como sua voz mais imponente.
 - Há! Até parece! Você não manda em mim. - Ele sacou sua Zanpakutou, tendo o gesto refletido por Ulquiorra.
 - O que está acontecendo aqui? - Perguntou o shinigami de cabelos prateados.
 - Ichimaru Gin. - Bufou o Grimmjow. - Tsc! Estraga prazeres! - Ele virou-se embainhando a espada assim como Ulquiorra. - Fui! - E assim, ele saiu deixando apenas os três ali.
 - Vejam só! Voltou cedo Ulquiorra-Kun. - Disse rindo. - Posso perguntar o motivo de seu retorno repentino?
 - Na verdade esse é um assunto que devo tratar apenas com Aizen-Sama. Por isso, se me der licença. - Antes que Gin rebatesse, o quarto espada saiu do recinto levando consigo Orihime.
 - Você está bem? - Perguntou ele ao ter certeza de que estavam a uma distância considerável. Mas ainda sem interromper sua caminhada, nem mesmo encará-la. Porém ele compreendia que não poderiam dar na vista.
 - Sim. Obrigado. - Ela se limitou a responder apenas isso, com seu costumeiro sorriso. Chegaram aos aposentos de Aizen e logo o espada bateu à porta. - Está com medo? - Perguntou ao ver a jovem cabisbaixa.
 - Não.
 - Confia em mim? - Sussurrou.
 - Com a minha vida. - Respondeu em sussurro.
 - Entre. - Respondeu a voz que vinha de dentro do cômodo. Ulquiorra abriu a porta e entrou sendo seguido pela ruiva. - Que surpresa interessante. O que fazem aqui? - Perguntou sorrindo sínico. Antes de responder, Ulquiorra olhou para a garota. Um olhar que escondia um "Confie em mim".
 - É a respeito da ordem que me foi dada pelo senhor.
 - Continue. - Pediu Aizen intrigado.
 - Aconteceu a consumação dessa "aproximação". - Dizia Ulquiorra sem alterar seu tom de voz. - E o que acabou acontecendo foi que a humana agora carrega um filho meu em seu ventre.
 - Hum... Entendo. - Respondeu com naturalidade. - Confesso que isso não estava em meus planos. Ao menos não agora. Mas não importa. - Ele olhou para a garota, que estremeceu no mesmo instante. - Minha jovem, aproxime-se. - Pediu Aizen e Inoue aproximou-se tímida. - Saiba que sua união com Ulquiorra me agrada bastante. - A garota estranhou. - Ulquiorra, chegue mais perto.
 
Ele deu alguns passos à frente parando ao lado da ruiva, que por reflexo, agarrou o braço do espada. Ele a olhou e percebendo o quão assustada estava, tirou a mão do bolso e  entrelaçou-a com a dela.
 
 - Há algo que preciso contar à vocês, e isso pode até mudar a ideia errônea que tens sobre mim, Inoue Orihime. - Disse Aizen.
 - Duvido muito... - Sussurrou Orihime.
 - Me digam, o que vocês sabem a respeito do Rei das almas?
 - Apenas que é o Rei da Soul Society... O "Shinigami" mais poderoso que já existiu. - Respondeu o espada.
 - Na verdade o atual Rei das almas é uma mulher, isto é, uma Rainha das almas. O "Rei" sempre é escolhido dentre os shinigamis mais poderosos da Soul Society. O último foi "eleito" há  cerca de 19 anos.
 - Eu não entendo, onde quer chegar? - Perguntou Inoue.
 - Paciência minha cara. Em breve saberá. - Respondeu Aizen e logo em seguida, prosseguiu com a história. - Quando o novo rei foi escolhido, todos estranharam o fato de ser uma mulher. Os reis anteriores eram obrigatoriamente homens. Ela então foi levada para a divisão Zero para iniciar seu treinamento, logo depois eles descobriram sua gravidez e sentenciaram o bebê a morte após seu nascimento. Porém, Hyosube Ichibei, o capitão que fora designado ao trabalho pelos demais, não teve coragem de matar um bebê inocente. Sendo assim, o escondeu no mundo humano sob cuidado de uma família adotiva. Logo após o nascimento da criança, a rainha teve as memorias seladas para que não se lembrasse de sua vida como shinigami e também se esquecesse da criança.
 - Mas e o pai? - Perguntou ela.
 - Ele não sabia da existência da criança até recentemente, quando uma jovem com reatsu elevada capaz de ver shinigamis e com poderes estranhos, apareceu. Ele investigou, e após cinco anos de pesquisa descobriu a verdade. - Ela o olhava confusa. - O pai dessa criança sou eu minha cara. Eu era marido da atual Rainha das almas.
 - Você?
 - Exatamente. Agora me responda você sabe quem era o bebê?
 - Não! Não pode ser... Eu... Eu me lembro Sora me deu o Shun Shun Rikka, a fonte do meu poder.
 - Na verdade seus poderes também foram selados no seu nascimento. Ichibei deixou as presilhas e pediu que lhe fosse entregue no seu décimo oitavo aniversário. Porém, com a morte de seus pais adotivos, Sora decidiu que você deveria ser capaz de se proteger sozinha. Ao usar o Shun Shun Rikka, com o passar do tempo o selo foi enfraquecendo e liberou alguns de seus poderes. Apenas 15% deles para ser mais exato.
 - Há mais? - Perguntou curiosa.
 - Muitos... Com o treinamento certo você poderá usar todos. Um deles, você possuirá uma arma semelhante à uma Zanpakutou.
 - Eu preciso de um tempo para assimilar todas as informações. - Disse a jovem levando a mão à testa.
 - Ulquiorra leve Orihime para o seu quarto. Ela ficará com você a partir de hoje. Não queremos nenhum engraçadinho atormentando-a em se atual estado, certo? - Disse Aizen sorrindo.
 - Certamente.
 - Não deixe que outro espada se aproxime dela Ulquiorra. - Disse sério.
 - Sim. - Ele respondeu na mesma seriedade.
 - Podem ir. - O casal virou-se para a saída mas foram interrompidos por Aizen. - Esperem. Ulquiorra quando saírem, peça à Gin ou Kaname para avisarem a todos que hoje a noite haverá uma reunião. Todos os espadas devem estar presentes, irei atualizá-los dos fatos.
 - Sim.

Como ordenado, Ulquiorra avisou Gin sobre a reunião e depois seguiu para o seu quarto. Assim que Orihime passou pela porta, ele rapidamente trancou-a e envolveu a jovem em um abraço tão forte, tão necessitado que era como se a vida deles dependesse daquele abraço. Depois de longos segundos, que mais pareceram horas, se separaram. Orihime caminhou até a cama e sentou-se fitando o vazio.

 - Mulher...? - Ele se sentou ao seu lado. Nunca tivera curiosidade de saber o que os outros pensavam, mas por um momento desejou ter o dom da telepatia.
 - Acho que a ficha ainda não caiu... - Ela continuava fitando o nada. - Primeiro descobri que estou grávida, não que eu não esteja feliz, longe disso... Mas querendo ou não é uma situação complicada. Tenho medo que nosso pequeno sofra por ser quem é.
 - Não diga tolices. Eu estarei com vocês e qualquer um que pensar e fazer-lhes mal, conhecerá a ira do quarto espada. - Disse convicto.
 - Obrigado. - Ela sorriu. - Mas, agora não sei o que pensar sobre mim. Tudo que eu vivi até hoje foi uma mentira. Sabe... Não culpo Aizen pelo que aconteceu, afinal ele não sabia da minha existência. Mas isso não justifica ele ter feito tudo o que fez. Não sei se fico feliz por tê-lo encontrado ou com raiva por todo mal que causou aos meus amigos. A única coisa que sinto em relação a ele agora, é pena. - Seu olhos já marejados e seu corpo tremendo, mostravam o quão perturbador era tudo isso. Ulquiorra olhava-a sem saber o que fazer, ainda não compreendia os sentimentos humanos, mas naquele momento ele teve certeza de uma coisa: Ela estava sofrendo. E parte disso era sua culpa.
 - Descanse. - Foi tudo o que ele conseguiu falar. Em seguida deitou-se e estendeu a mão à ela como um convite.
 - Hai. - Concordou sem ânimo repousando a cabeça no peito de Ulquiorra enquanto sentia um par de braços frios e firmes lhe abraçar.

Ele queria poder livrá-la de toda aquela dor. Ele queria protegê-la a todo custo. E era isso que faria. "Não deixarei que derrame mais uma lágrima se quer." Jurou para si mesmo enquanto observava a garota pegar no sono.

 

Capítulo 5 - Morte?

 

 

 

No grande salão estavam reunidos os dez espadas de Aizen, entre ele também se encontravam Ichimaru Gin e Tousen Kaname. Todos, com exceção de Ulquiorra.
 - Chamei todos aqui porque tenho um comunicado a fazer. - Todos se mantinham atentos ao pronunciamento de Aizen. - A partir de hoje a humana conhecida com Inoue Orihime, não será mais considerada uma prisioneira. - E de trás da cadeira sai a garota de longos cabelos ruivos. Com um olhar amedrontado ela olha Aizen que lhe sorri. Estendendo a mão a jovem e guiando-a para seu lado. Agora ela estava de pé ao lado esquerdo de seu pai.
 
A "informação" deixou todos surpresos. Cochichos foram ouvidos. Alguns riam com deboche, alguns demonstravam indignação, outros, como Stark, simplesmente não se importavam.

 - Perdestes a cabeça Aizen? - Perguntou o sexto espada ainda gargalhando.
 - Vejas como falas... - Tousen sacou sua Zanpakutou posicionando a ponta contra o peço de Grimmjow.
 - Tsc. - Ele virou a cabeça. "Idiota."
 - Meu caro Grimmjow, apesar de não lhe dever satisfações sobre minhas ações, gostaria de deixar algo bem claro. - Ele olhos para todos. - Quem se atrever chegar perto dela sem meu consentimento, terá "assuntos" a tratar comigo. - E depois voltou seu olhar para o quinto espada. - Fui claro, Nnoitra?
 - Cristalino Aizen-sama. - Respondeu. Porém um sorriso psicopata estava estampado em sua face.
 - Muito bem. - Continuou. - Ulquiorra. - Chamou, nesse momento o quarto espada surge de trás da cadeira de Aizen, ficando ao seu lado direito. Com ambas as mãos nos bolsos e sua costumeira expressão melancólica, o arrankar encara a todos intimidante.
 - Sim.
 - Ulquiorra continuará responsável pela garota. - Aizen dissera para os demais.
 - Há! Realmente ficastes louco. Para que designar um espada para vigiá-la se ela não será considerada mais uma prisioneira? - Grimmjow realmente não sabia o lugar de sua língua, dentro da boca!
 - Não será para vigiá-la, mas, para impedir que algum idiota se aproxime dela.
 - Aizen, posso lhe perguntar o por quê disso tudo? E se a humana fugir? - Perguntou Stark ainda desinteressado, mas curioso com o por quê tomara tal decisão.
 - Ela não irá. - Ele virou-se para a garota ao seu lado sorrindo. - Não é mesmo, Orihime?
 - Sim. - Respondeu ela cabisbaixa.
 - E o que o faz ter certeza de que ela não está mentindo? - Perguntou Szayel Aporro ajeitando os óculos.
 - Primeiro por que ela não quer, já que agora está apaixonada por um dos nossos: - Todos arregalaram os olhos. - Ulquiorra. - Finalizou o ex shinigami.
 - Haha! Coitada! Nunca o alcançará. - Disse Nnoitra Sarcástico.
 - Se quiser matar seus "desejos" humana, ou quiser um ombro para chorar, me procure no quarto seis. - Completou Grimmjow sorrindo maliciosamente. Por um momento poderia jurar que viu Ulquiorra lhe lançar um olhar assassino.
 - Então... Prosseguindo. Esse é o primeiro motivo. O segundo é, porquê há outras duas razões que a prendem aqui.
 - E quais são? - Perguntou Gin.
 - Quer ter a honra, Ulquiorra?
 - Sim! - Ele deu um passo à frente. - Esta humana ao meu lado... - Ele estendeu a mão em convite à garota que aceitou prontamente repousando sua mão sobre a do espada.
 - Essa é nova. Ulquiorra de mãos dadas... Hahaha. - Nnoitra gargalhou.
 - Essa humana, está carregando uma cria minha em seu ventre.

Parecia que Chronos havia parado o tempo naquele recinto. Todos, sem exceção, estavam paralisados, em choque com tal notícia. De fato era algo inusitado sequer imaginar Ulquiorra de mãos dadas, abraçando, beijando, quem diria ter um filho. Orihime trocou um olhar repleto de dúvidas com seu parceiro. Foram longos minutos até que alguém se pronunciasse.

 - Hum. Isso é estranhamente inusitado. - Se pronunciou Ichimaru. - E qual seria o outro motivo, Aizen?
 - Se é que precisaria de mais algum... - Resmungou Stark indiferente jogando a cabeça para trás e apoiando-a em seus braços cruzados.
 - Orihime na verdade não é humana. - Disse Aizen.
 - COMO?!? - Gritou Llargo Yammy surpreso.
 - Ela é fruto de uma relação entre dois shinigamis. A mãe dela é na verdade a atual Rainha das Almas. - Declarou Aizen. E o silêncio reinou novamente.
 - Nossa! ...Então por quê não enviam uma mensagem para a Soul Society informando que estamos com ela e exigimos a chave do Palácio Real? - Perguntou Harribel com naturalidade.
 - Porque não funcionaria. Eles não nos entregariam a chave mesmo se pegássemos o próprio Comandante, Genryūsai Yamamoto. E também eles não sabem da existência da garota, já que a mesma foi sentenciada a morte após seu nascimento. Eles não se importariam mesmo que a ameaçássemos de morte, estaríamos lhes fazendo um favor.
 - Então apenas diga a eles, o máximo que pode acontecer seria quererem uma troca para matá-la pessoalmente! - Propôs Nnoitra.
 - A Soul Society não age desta maneira. - Rebateu Tousen.
 - E além do mais... Não iremos entregá-la, já que eles poderiam usá-la para me atrair. - Disse Aizen.
 - Atraí-lo? - Questionou a terceira espada.
 - Eles a usariam para me atrair, pois saberiam que eu tentaria salvá-la. Visto que sou seu pai biológico.
 
Chronos estava gostando de brincar com o tempo hoje. Novamente a sala estava congelada, mais até do que a próprio Polo Norte, dava para sentir a leve brisa circulando em cada um dos ali presentes.

Enquanto isso, em Karakura:

 Todos estavam reunidos na loja de Urahara. Ichigo, Rukia, Chad, Ichida, Renji, Yoruich e até mesmo Kon. Sentados em uma roda aguardavam o shinigami. Ao ouvir o som do geta, (tamancos orientais de madeira) Ichigo logo se pôs de pé, em seguida a porta foi aberta.

 - Urahara, por que nos trouxe de volta? Estávamos quase dentro do palácio de Las Noches. - Ichigo estava visivelmente irritado. Afinal, ele e seus amigos estavam quase invadindo o castelo, quando foram transportados de volta ao mundo real.
 - Minna, sumimasen... Mas eu tenho uma notícia não muito boa para vocês. - Sua personalidade era sempre tão brincalhona, mesmo em assuntos sérios ele sempre fazia alguma piada. Mas dessa vez era diferente, ele estava sério, e muito preocupado.
 - O que aconteceu de tão grave Urahara-san? - Perguntou Ichida ajeitando os óculos.
 - É sobre a Inoue-san. - Disse sério.

 

Capítulo 6 - Shun Shun Rikka

 

 

 

Algumas semanas se passaram após a chegada, ou melhor dizendo, o retorno de Orihime à Las Noches, sua barriguinha já aparentava seus quatro meses de gestação.

 - Bom dia. - Cumprimentou ao acordar.
 - Bom dia. - Ele respondeu um pouco seco mas, ao menos respondeu.

Desde quando voltou, a jovem tem dormido junto com o quarto espada. Não havia necessidade de dormirem em quartos separados, e também, Aizen considerou que era mais seguro, já que alguns arancar não simpatizavam com a moça, isso para não dizer os que queriam matá-la.

 - Hoje iremos sair.
 - Onde vamos? - Perguntou curiosa.
 - Precisamos retirar o selo que está em você. Para que possa usar com total liberdade todos seus poderes.

Eles andaram até estarem a uma distância considerável do castelo. Uma distância ao qual Ulquiorra julgara que não haveria risco de muita destruição.
A lua brilhando prateada no céu, a areia mais branca que a própria neve, brisa leve que beijava o rosto da jovem e algumas poucas árvores secas, mesmo sem saber diferenciar se era dia ou noite, Orihime sentia-se inquieta com aquela paisagem. Era sempre tudo tão triste e sem vida no Hueco Mundo. Isso a fazia querer voltar para o mundo humano.

 - Aqui está bom. - Disse o espada virando-se frente à garota logo em seguida. - Agora preste atenção. Quero que se concentre. Tente imaginar o poder que está adormecido dento de você.

A ruiva assentiu, fechou os olhos e juntou as mãos. "Imaginar o poder que há dentro de mim?" Se perguntava mentalmente. Ela tentou se concentrar mais porém, aos poucos foi perdendo seus sentidos. E assim ficou por um bom tempo. A brisa fria do vento fazia com que a garota se arrepiasse até o último fio de cabelo.

 - Hime... - Chamou uma voz ao longe.
 - Onde estou? - Perguntou.
 - Hime... - Repetiu, agora mais perto.
 - Quem está ai? Ulquiorra, é você? - Perguntou.
 - Hime... - Sussurrou a voz ao seu ouvido.

Orihime virou-se assustada tentando localizar o dono da voz. E foi então que ela o viu. Era um homem jovem. Vestia uma roupa preta e usava um lenço cinza no pescoço.

 - Hime... - Disse novamente, de frente à jovem. - Que bom que finalmente chegou até mim.
 - Tsubaki? - De fato eram muito parecidos, porém, este à sua frente parecia mais sociável.
 - Não, eu sou o Shun Shun Rikka. Tsubaki é apenas mais uma de minha personificações, assim como as outras harpias de sua presilha.
 - Shun Shun Rikka?
 - Isso! Eu sou o poder que está adormecido em você.
 - E como eu faço para liberá-lo? - Perguntou ansiosa.
 - Calma. Eu vou lhe ajudar a partir de hoje. Mas primeiro você precisa aprender a controlar sua reiatsu. Não queremos que ninguém próximo a você se machuque, não é mesmo?
 - Hai.
 - Então concentre-se. Quero que libere o máximo de reiatsu que conseguir.


Ulquiorra apenas observava a jovem, que se mantinha ainda de olhos fechados, concentrada. Ele sabia que eu sua mente estava travando sua própria batalha. De repente uma forte luz começa a emanar da jovem. Um tom violeta. Sua pressão espiritual cresce ainda mais.
Quando uma expressão de dor surge em seu rosto, antes sempre alegre, Ulquiorra decide que estava na hora de intervir.

 - Mulher. - Chamou ainda mantendo sua distância atual. - Hey! - Começou a se aproximar. - Mulher. - Insistiu.

A medida que a reiatsu de Inoue aumentava, Ulquiorra ia se aproximando cada vez mais.

 - Mulher! - Chamou tocando seu ombro. Mas a mesma continuava em transi.

 - Sua reiatsu está instável. Diminua. - Ordenou. E assim ela o fez. - Ótimo! Está controlando bem. Por enquanto é só.
 - Espere! Quando o verei de novo?
 - Sempre estarei com você lhe protegendo. Sempre que quiser é só se concentrar que virei para você.
 - Obrigado.
 - Quando precisar é só chamar meu nome. Tente usar isso em uma batalha contra uma Zanpakutou.
 - Hai.
 - Ah! Antes de ir... Saiba que você e o arancar ainda passarão por muitas provações, mas tenha calma e acima de tudo, amor. Apesar que não demonstrar muito com atitudes ou palavras, Ulquiorra ama você e essa criança.
 - Eu sei. - Disse sorrindo. - E obrigado mais uma vez Shun Shun Rikka.
 - Pode me chamar só de Shun. Hime-chan.
 - Orihime! - Ouviu a voz de Ulquiorra.
 - Vá!

 - Adeus.
 - Não é uma adeus, é um até mais.


 - Orihime, volte para mim. - Chamou calmamente.
 - Ulquiorra-kun... - Disse abrindo os olho devagar.
 - Como está?
 - Bem...
 - Vamos voltar.
 - Não, espere! Eu quero testar algo que aprendi.
 - E o que seria?
 - Quero que lute comigo.
 - Como?
 - Quero que use sua Zanpakutou.
 - Perdestes o juízo? Quer morrer?
 - Lógico que você não irá usar toda sua força contra mim. Reconheço que ainda não estou ao ponto de lutar com você de igual para igual. Quero apenas que saque sua espada. - Explicou. Mesmo um pouco relutante, o arancar atendeu ao pedido da ruiva.
 - Shun Shun Rikka.
 
Ao chamar seu nome, as duas presilhas se desprenderam do cabelo de Inoue parando em sua frente. Ambas as metades se juntaram se tornando apenas uma. Seu tamanho foi aumentando chegando a ficar com quase dois metros de comprimento. Uma luz dourada começou a emanar assim que Orihime pôs suas mãos na "arma". Seu poder era realmente imenso e ambos os presentes, sentiram isso.
Sim, de fato, lembrava uma Zanpakutou. Mas na verdade, se tratava de um báculo.

 - Interessante. - Disse o espada.
 - Eu consegui. - Disse satisfeita, antes de perder a consciência. Ulquiorra usou seu sonido pegando Orihime nos braços antes que seu corpo atingisse o chão.

O tempo passava rápido e Inoue já estava no fim de sua gestação. Orihime já havia liberado quase todos seus poderes.
Naquele dia Aizen havia chamado o casal para uma "reunião".

 - Aizen-Sama. - Anunciou-se Ulquiorra ao entrar na sala, seguido por Inoue.
 - Sempre pontual. - Elogiou. - Minha Hime, como está?
 - Bem obrigada. - Mesmo com toda história contada pelo ex-Shinigami, a jovem ainda não conseguia se quer sorrir diante dele.
 - Bem, chamei-vos aqui hoje pois tenho um assunto a lhes falar. Como sabes minha cara, logo dará a luz ao seu filho, mas temo que aqui não seja um lugar seguro para o parto. Sei que Ulquiorra poderia protegê-la facilmente, mas preciso que ele se concentre para esconder a reiatsu de vocês. Você não conseguirá se concentrar nisso na hora. Por isso quero que vão para o mundo humano e tenham o bebê lá.
 - Mas e o substituto de Shinigami? - Perguntou Ulquiorra.
 - Eu sei que darão um jeito. Peça ajuda ao Urahara.
 - Hai. - Respondeu virando-se para sair.
 - Ulquiorra, mais uma coisa. Proteja-a.
 - Com a vinha vida. - Respondeu saindo.

 

Capítulo 7 - Hayato

 

 

 


O grito ensurdecedor de Orihime, quebrou o silêncio que havia na sala, sendo seguido, logo após, por um choro fraco.
Os dois homens trocaram olhares. Ulquiorra sabia que seu filho nascera. Urahara pôs-se de pé sorrindo, mantendo-se ainda concentrado na barreira que fizera para esconder a reiatsu dos três. A porta do quarto foi aberta, saindo dela o homem de cabelos prateados que ajudara sua companheira a trazer sua cria ao mundo. O arancar, não diria um obrigado convencional. Não! Era orgulhoso de mais para isso. Apenas um leve aceno positivo com a cabeça. Aquilo era o máximo que qualquer um, que não fosse Orihime e seu filho, receberiam do mesmo.

 - Pode entrar se quiser. - Pronunciou-se.

Sem dizer uma palavra, Ulquiorra passou ao lado do médico parando frente à porta. Rodou a maçaneta e entrou.

 - Obrigado. Sei que Ulquiorra é orgulhoso de mais, por isso agradeço por ele. - Disse Urahara.
 - Por quê? - Ele não se referia ao obrigado.
 - O que que dizer?
 - Por quê os ajudar? - Perguntou. - Não que eu esteja do seu lado mas, o tal Aizen não os traiu e se aliou com os arancars?
 - Sim.
 - Então por que ajudar alguém que está do lado do seu inimigo?
 - Pelo mesmo motivo que você nos ajudou.
 - Eu só considerei seu pedido porque conheço a jovem Inoue desde pequena. Seus pais foram conhecidos meus.
 - Exato. Também faço isso por ela. Ela é uma garota boa, doce e gentil. E merece ser feliz. Se é Ulquiorra que a proporciona essa felicidade, que assim seja. - Fez uma breve pausa. - Além do mais. Eu prometi a alguém, há muito tempo atrás, que eu cuidaria dela.
 - Entendo... Bom, assim que ela estiver se sentindo melhor podem ir para casa. Ela deverá passar essa noite aqui em observação.
 - Tudo bem. Novamente, obrigado por tudo... Ryuken Ishida...

No quarto, assim que Ulquiorra entrou, encontrou sua companheira sentada, encostada na cabeceira da cama com um pequeno "embrulho" nos braços.

 - Mulher... - Sua voz saiu quase como um sussurro.
 - Venha, Ulquiorra-kun. - Sorriu. - Venha conhecer nosso pequeno.
 
O espada começou a se aproximar em passos lentos, receoso. Após parar ao lado da mulher, beijou-lhe o alto da cabeça.
 - Obrigado. Por me ensinar a sentir.

Ele abaixou-se e tomou os lábios da jovem para si. Um beijo tão puro e inocente que, ao olhos de Inoue, parecia lhe ter sido dado por um anjo. SEU ANJO.
O choro fraco fora ouvido novamente.

 - Calminha pequeno. - Disse com uma voz angelical. Descobrindo o rosto do bebê que estava enrolado na manta verde. - Tem alguém aqui querendo te conhecer.

E então se viram pela primeira vez. De fato era idêntico ao pai. Sua pele era quase tão branca como a de Ulquiorra. Seus finos e ralos cabelos, negros como a noite. E seus olhos mais pareciam duas esmeraldas recém polidas, brilhando mais do que qualquer estrela no céu.

 - Hayato. - Pronunciou-se a ruiva.

O bebê que até então não tirava os olhos da mãe, agora direcionava seu olhar para a figura à sua frente... Seu pai.
Não havia dúvidas de que o menino não puxara em nada a aparência física de Orihime, ele era como um "mini-Ulquiorra" porém, podia-se afirmar desde já que teria a personalidade da mãe. No mesmo instante que o pequeno Hayato viu o pai pela primeira vez, logo abriu um largo sorriso lhe estendendo os bracinhos, num pedido silencioso para ir para o seu colo. O arancar manteve-se parado em sua posição atual, receoso.

 - Pode pegá-lo.
 - Eu não acho que seja uma boa ideia.

Ulquiorra nunca havia pegado um bebê antes. Como poderia? Era um arancar sem coração, que até então vivera apenas para matar. Não admitiria em voz alta mas, tinha medo, medo de acabar machucando o próprio filho. FILHO. Essa palavra não saia da cabeça do moreno. Como um monstro sem alma como ele havia se tornado pai?

 - Eu não quero feri-lo. - Concluiu.
 - Você não irá machucá-lo. - Disse Urahara entrando no quarto. - Parabéns Hime-chan. E à você também Ulquiorra.
 - Obrigado Urahara-san.
 - Como eu disse, Ulquiorra... Vá em frente pegue-o.
 - Mas...
 - Sua reiatsu está controlada e limitada graças ao gigai e à barreira de energia. Você só tem que se acalmar.

Ainda temeroso, Ulquiorra inspirou fundo soltando o ar pesado. Olhou para Hayato que ainda o encarava com seu sorriso inocente. Orihime estendeu os braços para o companheiro, entregando-lhe o garoto. Um pouco desajeitado, Ulquiorra segurava o filho sem conseguir desviar seus olhos do pequeno. Sua expressão costumeira monótona, ainda estampada em seu rosto mas, por um breve momento, Orihime podia jurar que viu os lábios do quarto espada se curvarem leve e disfarçadamente, no que seria o mais próximo que ele chegaria de um sorriso.

 - Ryuken Ishida disse que você deve passar a noite em observação. Amanhã podem voltar para... - O loiro parou. Sabia que voltariam para Las Noches. Não sabia ao certo se era o lugar que chamava-se de casa, então deixou a frase, simplesmente, no ar.
 - Obrigado Urahara-san. - Agradeceu Inoue.
 - Voltaremos amanhã mesmo para o Hueco Mundo.
 - Me desculpe a intromissão mas, não acho que seja prudente voltarem agora.
 - Mas... - Orihime tentou contestar.
 - Mesmo sendo filho de quem é, a pressão espiritual do Hueco Mundo é forte de mais para um recém nascido. Sugiro que esperem pelo menos um mês.
 - Tudo bem. - Respondeu Ulquiorra.
 - Podemos ficar naquela casa onde tudo começou? - Perguntou Orihime.
 - Hai. -Respondeu simplesmente.

E assim, um mês se passara. Orihime e Ulquiorra já estavam vestidos com sua típica roupa preta e branca. Hayato estava enrolado em sua manta verde e dormia serenamente.

 - Pronta? - Perguntou Ulquiorra.
 - Hai. - Respondeu sorrindo.

Ulquiorra então abriu a garganta que ligava os dois mundos e com apenas um passo já se encontravam frente ao portão principal de Las Noches. Passaram pelo longo corredor que levava ao salão principal.

 - Aizen-sama? - Chamou Ulquiorra entrando no recinto.
 - Ele está em seu quarto, Ulquiorra. - Respondeu Grimmjow, então olhou para Orihime que segurava o bebê. - Esse é o pestinha?
 - O nome dele é Hayato. - Disse Orihime.
 - Meça suas palavras idiota. - Alertou Ulquiorra.
 - Haha! Até parece.

Grimmjow se aproximou com um sonido e tentou ver a criança, mas no mesmo instante o menino acordou e começou a chorar e a reiatsu que sentiam quando Orihime estava grávida, se tornara presente, só que muito mais forte do que antes. Na mesma hora, o sexto espada se afastou receoso.

 - Mas que porra é essa? - Disse sentindo-se desconfortável diante da forte reiatsu.
 - Acho que ele não gostou de você. - Disse Aizen sarcástico saindo das sombras e se aproximando do casal. - Bem vindos de volta. Grimmjow retire-se. - Ordenou.
 - Tsc! - Resmungou antes de sumir da vista de todos.
 - Então... - Começou. - Será que posso conhecer meu netinho? - Perguntou com ironia.
 - Hayato-kun, conheça seu vovô... - Orihime disse enfatizando a última palavra com um certo tom de desgosto.
 - Hayato. É um bom nome. - Disse erguendo a mão para acariciar o pequeno. Quando Aizen deu por si, Hayato já segurava seu dedo indicador com sua mãozinha minúscula, porém, relativamente forte.
 - Vamos! Eu preciso dormir um pouco. - Orihime chamou Ulquiorra. - Com licença. - Despediu-se do PAI e foram para o quarto.
 - Estás bem? - Perguntou Ulquiorra sem interromper sua caminhada.
 - Ótima! - Havia sarcasmo em sua doce voz. - Estou ótima. - Sussurrou para si mesma antes de receber um beijo terno em sua testa. Olhando para cima se deparou com os lindos olhos esmeraldinos que lhe encaravam com certa ternura.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi pessoinhas✌
Então, passei para avisar que essa fic chegou ao final.
Mas calma. Ja comecei a 3 temporada. O link está aqui:
https://fanfiction.com.br/historia/751110/Sentimentos_-_3_Temporada

Obrigado aos que acompanharam até aqui e não deixem de acompanhar a 3 temporada.
Vejo vcs lah.
Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sentimentos - 2 Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.