HOLD THE LINE - Livro #01 escrita por Lyra


Capítulo 10
CAPÍTULO 10 - Dream a Little Dream of Me


Notas iniciais do capítulo

Capítulo novo depois de anos longe da plataforma, peço que releiam os capítulos anteriores pois foram todos reescritos, também peço que leiam o avisos iniciais. Quem tiver wattpad, por favor, me sigam lá o user é @bossyladies e a primeira temporada de HTL, née Stranger Me, já está postada, também tenho outras histórias na plataforma e consigo me comunicar melhor com vocês por lá. E quem gosta dessa fanfiction, torço para que não tenham desistido dela, tem MUITA novidade por lá, principalmente o yearbook contendo edições, oneshots, curiosidades, etc. Coisas que o Nyah imposibilita de fazer sem que eu tome um strike. Vale a pena dar uma oportunidade.



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Ao despertar pela manhã Louise demorou alguns segundos para compreender onde estava. Todos os eventos ocorridos na noite anterior pareciam ter passados dentro de um sonho esquisito do qual acorda no mesmo instante que se da conta de estar sonhando. Coçando os olhos, ela sentou sobre a cama e estreitou a vista, tentando compreender toda informação adquirida sobre a noite passada, desde a festa na casa do Steve até o beijo trocado com Jonathan antes de dormir.

Estava prestes a levantar silenciosamente da cama quando sentiu o braço do melhor amigo envolve-la em um abraço carinhoso pela cintura. Ela repreendeu o gritinho estridente que desejava escapar por seus lábios, enquanto sorria de forma involuntária. Aquele gesto de Jonathan significava que todos os eventos foram reais, não um sonho distante. Ela REALMENTE havia beijado sua paixão de longa data e dormido em sua cama. Apesar dos pormenores, não poderia desejar por noite melhor. Mordendo o lábio inferior, ela fechou os olhos apertados e encolheu o corpo, estreitando ainda mais a pouca distância entre eles enquanto tentava não sorrir feito idiota ou gritar como uma adolescente tola, apesar de ser.

Com os olhos fechados, ela permitiu se perder nas memórias sobre a noite passada, no toque macio dos lábios de Jonathan sobre os seus, no olhar prévio recebido antes de tomar coragem para a iniciativa de beijá-lo. Nos pequenos detalhes bons que compensavam todas as merdas ditas por Nancy sobre si. Não via a hora de chegar em casa e contar para Dustin tudo o que passou, principalmente sobre o beijo correspondido.

Ela virou para o lado, ficando de frente para Jonathan que dormia profundamente. Não pode deixar de sorrir sem mostrar os dentes com a imagem, achando o rapaz incrivelmente fofo, mais do que o habitual. Desejava beijá-lo novamente, dessa vez por mais tempo, dizer tudo o que sentia pelo melhor amigo desde muito tempo, abrir seu coração e, quem sabe, sair da famosa friendzone

Louise estava prestes a acariciar o rosto de Jonatha com ternura quando escutou a voz chorosa de Joyce invadir o ambiente, fazendo com que ela parasse o movimento e desse atenção aos lamentos da mulher. Os resmungos de Joyce tinham a ver com Will, dando a compreender de que o pré-adolescente estava presente na residência dos Byers.

― Jonathan! ― Sussurrou Lola balançando o rapaz para que ele acordasse ― Jo!

― O que foi, Lola? ― Resmungou o menino sem abrir os olhos e permanecendo abraçado com a melhor amiga.

― Sua mãe... ― Louise começou a dar inicio a explicação, mas acabou sendo interrompida pelo jovem.

― O que tem ela? ― Jonathan não chegou a dar tempo de ter a pergunta respondida. Com um sobressalto, ele levantou da cama ao notar que a mãe tentava se comunicar com o irmão mais novo desaparecido.

Regressando para a realidade, Lola ignorou os pensamentos da noite passada e, assim como Jonathan, levantou apreensiva da cama. Mais do que depressa, ela trocou de roupa, voltando a utilizar a camiseta do próprio pijama e esconder a arma no cós da calça, cobrindo a mesma com a camiseta para que ninguém notasse o porte de arma. Calçou os sapatos e rumou para o quarto de Will, onde Joyce e Jonathan conversavam.

Louise sentiu o coração pesar com a imagem que viu ao se esconder no corredor. Joyce estava com uma cara péssima, como se não descansasse há dias. Próximo a ela estavam dispostos vários abajures, todos ligados da melhor maneira que a mesma conseguiu, Louise tinha a impressão de que as tomadas poderiam explodir a qualquer momento, chegando a temer que a casa pegasse fogo por causa de mal contato.

― É Will, ele está tentando falar comigo ― Disse Joyce quase em desespero para Jonathan, o qual a olhava com uma mescla de pena e confusão.

― Ele está tentando falar com você? ― Perguntou Jonathan confuso.

― É, pelas luzes ― Explicou Joyce. Por saber o que sabia, Louise começou a prestar atenção nos detalhes daquela estranha conversa, talvez algo encaixasse nas poucas informações dadas por Eleven.

― Mãe... ― Jonathan começou a contradizer, mas foi interrompido pela mulher.

― Eu sei, eu sei. Olha! Só Olha! ― Pediu Joyce voltando a encarar o ambiente, como se estivesse se comunicando com alguém do além ― Wil, o seu irmão está aqui. Pode me mostrar a ele o que me mostrou, querido? Por favor... ― Quase que no mesmo instante do pedido, a luz de um dos abajures piscou, Louise deu um passo para trás com a informação, quase caindo. Enquanto Jonathan permanecia descrente de que aquilo era possível ser Will ― Você viu aquilo?

― É a eletricidade, mãe ― Explicou Jonathan buscando por uma explicação lógica para o evento ― Tá irregular. É a mesma coisa que torrou o telefone.

― Não! Não! ― Insistia Joyce. ― Não é a eletricidade, Jonathan. Alguma coisa tá acontecendo aqui. Ontem a parede...

― O que tem a parede? ― Perguntou Jonathan assustado.

― Eu não sei, eu não sei...

― Mãe, primeiro as luzes, depois a parede. ― Falou Jonathan tão nervoso quanto Joyce.

― Olha! Eu só sei que o Will está aqui. ― Joyce estava crente de que a sua teoria era real e, por algum motivo, Lola acreditava nela.

― Não, mãe! ― Falou Jonathan pesaroso, estando frustrado com a teoria sem sentido criada pela mãe.

― Talvez se eu comprar mais lâmpadas... ― Joyce levantou da cama e começou a virar para a saída do quarto, antes que desse tempo dela deparar com Lola, a menina se escondeu fora da vista. Colando as costas na parede e prendendo a respiração.

― Você não precisa de mais lâmpadas, precisa parar com isso ― Falou Jonathan segurando o rosto da mãe entre os dedos. ― Tá bem? Ele só está perdido. As pessoas estão procurando por ele e vão encontrar ele, mãe.

― Tá, tá bom ― Assentiu Joyce voltando a sentar na cama.

― Isso não está ajudando ― Falou Jonathan tristonho.

― Eu sinto muito, eu sinto muito ― Pediu a mulher acariciando a perna do filho.

― Você faz um favor? Tenta dormir um pouco? ― Pediu o menino acariciando as costas da mãe. ― Você faz isso por mim?

― Tá! ― Concordou Joyce chorosa e com a voz tremula ― Eu vou tentar. Prometo. Só preciso ficar aqui um minuto.

― Tá legal, eu vou fazer o café ― Assentiu Jonathan após conseguir acalmar a mãe ― A propósito, a Louise dormiu aqui hoje.

― Ela está aqui? ― Perguntou Joyce olhando do filho para o corredor e em seguia para o filho outra vez. ― Vocês...?

― Não houve nada! ― Mentiu Jonathan, preferindo esconder o beijo trocado da mãe ― Ela só não estava bem, não queria ficar sozinha.

― Louise é uma boa menina ― Falou Joyce enxugando as lágrimas enquanto sorria brevemente ― E ela gosta de você. Não abra mão dessa amizade, está bem? Gosto de saber que você tem com quem contar.

― Pode deixar, mamãe ― Assentiu Jonathan deixando Joyce sozinha no quarto.

Ao perceber que Jonathan estava aproximando, Louise correu discretamente para a cozinha e começou a separar alguns ingredientes para fazer o café da manhã. Não desejava que Jonathan percebesse que ouvia toda a conversa entre mãe e filho, principalmente sobre a breve parte que falaram sobre ela. Queria que Jonathan se abrisse sobre o assunto naturalmente, confiando nela da mesma maneira que ela confiava nele.

― O que está fazendo? ― Perguntou o menino ao vê-la próxima do fogão.

― Café da manhã, ou tentando ― Disse Louise num muxoxo dando inicio ao preparo de tudo. ― Você pode me ajudar, se quiser algo comestível.

― Vou mesmo ― Assentiu o menino risonho se juntando a ela no preparo da refeição. ― Lola...

― Sim.

― Sobre o que houve ontem, sabe, entre nós... ― Jonathan começou a falar, mas foi interrompido por Lola. A qual temia estar prestes a levar um fora antes que algo tivesse começado, ferrando assim a única amizade duradora que possuía com alguém de mesma idade.

― Podemos falar sobre isso depois, tudo bem? ― Ela mordeu o canto da boca e voltou sua atenção para os ovos que estava fritando.

― Tudo bem ― Concordou Jonathan balançando a cabeça em afirmação.

[...]

O assunto sobre o beijo não voltou a surgir durante o resto do tempo que estiveram juntos, ambos preferiam o silêncio ao invés de conversarem sobre o que haviam vivido. O que começou a deixar Louise um tanto preocupada, fazendo com que sentisse que fez o pior movimento do mundo, o qual se arrependeria amargamente num futuro não muito distante.

Ela aceitou a carona de Jonathan até sua casa. Por mais que ele tivesse insistido que a esperaria para que fossem juntos ao colégio, Lola preferiu ir de bicicleta e deixar a carona de Jonathan para outra ocasião. O clima entre eles no carro estava diferente, temendo que significasse algo ruim, escolheu chegar alguns minutos atrasadas do que perder eternamente a amizade do melhor amigo.

― Onde você esteve, sua maluca? ― Perguntou Dustin correndo em direção a irmã no estacionamento do colégio ao avistá-la esbaforida com a bicicleta. Ele estava com expressões verdadeiramente assustadiças na face ― Pensei que tivesse acontecido alguma coisa.

― O que faz fora da escola? ― Perguntou a menina descendo da bicicleta e com expressões de poucos amigos.

― O que fez fora da casa? ― Rebateu o menino irritadiço ― Você me assustou, Louise. Saiu sem avisar. Quase contei para a mamãe.

― Estive com o Jonathan, fomos procurar o Will ― Explicou Louise suspirando pesado, ela sabia que deveria ter avisado Dustin, principalmente depois de todos os perigos que estavam acontecendo em Hawkins ― Desculpa te assustar, maninho. Acabei dormindo por lá.

― Poderia ter dado um telefonema ― Repreendeu Dustin cruzando os braços sobre o peito.

― Prometo que não vai mais acontecer, tudo bem? Vou arrumar um rádio para nos comunicarmos, tudo bem? ― Disse a adolescente apoiando a mão sobre o ombro do irmão mais novo.

― Tá' ― Concordou o menino com desgosto. ― Ficamos de nos encontrar com El para procura o Will as três e quinze, atrás da casa do Mike.

― Me esperem sair do colégio, vou com vocês ― Disse Lola ajeitando os cabelos com as mãos.

― Certo ― Assentiu Dustin meneando com a cabeça.

― Dusty, antes de ir, preciso contar uma coisa.

― Seja rápida, estamos atrasados ― Falou o menino olhando em direção ao seu colégio, o qual não era muito longe do da Lola.

― Eu beijei o Jonathan ― Contou de uma única vez, soltando um gritinho estridente no final.

― Puta merda! Puta merda! ― Dustin colocou as mãos sobre a cabeça. Ele deu um meio sorriso, sem saber ao certo se deveria ou não ficar feliz pelo incidente. ― É sério, Lo?

― Sim ― Louise balançou a cabeça em afirmação animada. Precisava contar sobre aquilo para alguém e a única pessoa com quem podia desabafar era o irmão mais novo.

― Uau! Mas... Você... Hum... Só beijou ou...? ― As bochechas do menino ficaram rubras com a pergunta ousada do momento. Mas ele precisava saber, mesmo torcendo para que ela não prosseguisse com o assunto.

― O que? Não! Só nos beijamos ― Explicou Lola gesticulando para que ele esquecesse aquela pergunta e fazendo careta enjoada. ― Não! Credo! Dusty...

― Que bom, quer dizer, não estou pronto para ter aquela conversar com você ― Murmurou o mais novo sorrindo aliviado.

― Argh! Boboca ― Disse Lola rindo enquanto fazia careta ― Agora é melhor entrarmos, não quero pegar detenção.

― Sim ― Concordou Dustin abraçando a irmã mais velha com força. Um abraço que foi retribuído pela menina. ― Nos encontramos aqui depois da escola, não se atrase.

― Pode deixar ― Assentiu Louise desfazendo o abraço do irmão e seguindo o caminho para o colégio. Enquanto ele fez o mesmo para a Middle-School.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, por favor leiam os avisos e me caçem na plataforma vizinha como @bossyladies. Beijos, Lyra.



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