Like a Vampire 2: Bloody Marriage escrita por NicNight


Capítulo 17
Capítulo 17- O pior lugar pra se estar


Notas iniciais do capítulo

Adivinha quem está quase de férias e vai tentar se dedicar mais á história e ao Tumblr! Siiim, eu!
Por falar em Tumblr, eu estava pensando em falar de vários assuntos lá! Informações sobre alguns temas, as histórias das famílias e dos personagens originais secundários...(Tipo a Lilith, o Igor e etc..) O que acham?
Enfim, vamos parar de enrolação e partir direto pro que importa: O capítulo!
Espero que tenham uma boa leitura ❤



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Narração Brunna

Me debrucei mais na janela, deixando a fumaça escapar dos meus lábios lentamente. Tomei meu tempo para analisar a visão em minha frente: O jardim Sakamaki durante o anoitecer fazia o mundo parecer completamente sereno. Por alguns segundos, era quase como se não existisse guerra, exército, magia ou mistérios. Só eu e uma visão maravilhosa.
Quando uma brisa suave e calma bateu em meu rosto, coloquei o cigarro na boca novamente.
Por incrível que pareça, fiz isso sem culpa nenhuma. Claro, ainda existia uma ponta minha que fazia eu me sentir um monstro por fumar escondido das garotas, mas eu andava tão estressada nos últimos dias que eu tinha duas soluções: Matar alguém ou fumar moderadamente. Preferi a segunda opção, nesse caso.
—Achei que você tivesse parado de fumar- Ouvi uma voz atrás de mim, e me virei para ver Sofie. Ver ela não era surpresa nenhuma pra mim, considerando que estávamos fingindo um relacionamento e dividindo um quarto.
Eu apenas fiquei em silêncio, sentindo a culpa finalmente atingir meu coração. Sofie suspirou pesadamente, e caminhou até ficar do meu lado e encarar o jardim junto comigo.
—Você não pode se prender ao vício pra sempre, Brunna.- Sofie me alertou, o que me fez virar em sua direção e dar de cara com seus olhos castanhos me mirando de forma preocupada.
—A gente também não pode fingir ter um relacionamento pra sempre- Respondi de forma mais seca do que o planejado, enquanto a fumaça escapava da minha boca- Nada contra você, Sofie. Mas eu estou ficando seriamente cansada de ter que ficar te abraçando, segurando sua mão e te dando selinhos toda vez que algum dos Sakamaki passa na nossa frente! Você é uma ótima amiga, mas meus sacrifícios de amizade tem limite!
Foi a vez da garota ficar em silêncio por alguns segundos, e eu acabei ficando preocupada que eu tivesse magoado os sentimentos de Sofie.
Respirei profundamente, e apaguei o cigarro antes de jogar ele fora. Assim que o fiz, olhei diretamente pra garota do meu lado:
—Agora é sério, Sofie. Por que você tá fazendo isso? Por que você aceitou levar isso tão longe?
—Por nada.- Sofie desviou o olhar do meu, mas eu podia sentir o nervosismo em sua voz.
—Ninguem finge que namora por quase quatro meses por nada, Sofie.- Eu respondi, e peguei seu rosto entre as mãos. Seu rosto então se levantou e ela finalmente olhou pra mim- Olha, se você não quiser me contar agora, eu aceito. Mas você sabe que você tem suas irmãs e também tem eu e minha família por você, né? A gente também se preocupa com você.
Sofie mordeu suavemente o lábio inferior, e eu senti alguma coisa em meu peito com aquele pequeno gesto.
—Vamos fazer um trato- A boca de Sofie se transformou num sorriso de canto- Você vai voltar a tentar parar de fumar, e eu vou tentar... Entender eu mesma. Apesar de isso parecer um discurso de princesa da Disney.
Não pude deixar de rir com o comentário.
—E a gente já deveria ir desgrudando, se quisermos terminar em alguma hora futura. Assim não vai ficar suspeito- Estendi a mão pra ela- Feito?
Ela apertou minha mão com força:
—Feito.
Como sempre, era ótimo fazer contratos com uma Herbert.
Nós ficamos por um tempo nos encarando em silêncio, até que ouvimos uma batida na porta. Quando ela se abriu, não fiquei surpresa ao ver que era Priya.
—Vocês duas estão juntas, graças a Deus.- Ela bufou- Assim não preciso caçar a outra pela mansão e ser assediada por um vampiro. Tá rolando uma reunião das garotas na biblioteca, e Marie tá falando que vai mandar matar todo mundo se não chegarmos lá rápido.
—Eu não duvido nada que ela faça isso- Sofie suspirou, e então pegou minha mão- Vamos?
Não pude deixar de sorrir com a ironia do ato. Sofie podia não ser a garota mais bem humorada do mundo, mas ela sabia bem demais como fazer um ato sarcástico.
Apenas retribui o aperto de mão dela e a segui até o caminho para a biblioteca. Priya ia atrás de nós, soltando comentários sobre como "nós parecíamos um casal de verdade até pra ela", para os quais Sofie sorria sem mostrar os dentes e eu ria.
Chegamos rapidamente a biblioteca, e já fomos recebidas por todas as outras garotas sentadas no meio em roda.
—Finalmente as donzelas chegaram!- Marie bufou, jogando os cabelos loiros pra trás- Já estava achando que eu teria que ir até o quarto de vocês e puxar as duas eu mesma!
—Como podem perceber, que será necessário- Sofie respondeu, enquanto se sentava entre a loira e Sarah.- Enfim, pra que essa reunião?
—Olha, inicialmente era pra gente continuar pesquisando aqui na biblioteca...- Lua começou, coçando a cabeça.
—Mas aí começamos a conversar e resolvemos jogar Verdade ou Desafio!- Daayene completou, enquanto balançava a saia do vestido brilhante.
—Na verdade a gente não decidiu.- Nikki respondeu bruscamente- A gente só estava conversando sobre nossas vidas antes daqui e Daayene cismou que queria jogar Verdade ou Desafio e mandou Priya ir buscar vocês duas.
Daayene olhou feio pra Nikki, de braços cruzados. A de cabelos azuis apenas revirou os olhos.
—E vamos combinar que temos um trauma desse jogo- Victoria disse, olhando pra Priya enquanto ela se sentava. Olhei pra ela de forma confusa- Foi durante um jogo de verdade ou desafio que os Mukami nos sequestraram, né?
—O que diabos vocês estavam fazendo no verdade ou desafio pra vocês serem sequestradas?- Priya perguntou, se escorando num sofá.
Lua ficou assustada e começou a gaguejar enquanto tentava falar alguma coisa. Vendo que isso não ia dar certo, Sarah a representou:
—Tínhamos todas desafiado Lua a dar um buquê de rosas brancas pro Subaru... Ela nunca teve a chance de dar aquele buquê pra ele...
Os olhos de Daayene brilharam num nível que eu conhecia bem até demais, e então ela começou a pular histericamente.
—MEU DEUS, MEU DEUS MEU DEEEEUS!- Ela guinchava, muito para o susto de todas nós- Já temos nosso primeiro desafio!
—Mas a gente.... A gente nem girou a garrafa!-Lua protestou, sendo obrigada a se levantar por Daayene.
—Mas importa, você vai fazer o que eu mando!- Minha irmã bateu o pé, enquanto olhava ao seu redor- Mas eu acho uma rosa muito...bléh.
—Eu gosto de rosas- Eu respondi, apoiando minha cabeça no ombro de Anna, que apenas concordou-Elas são simbólicas, simples e muito bonitas.
—Isso é porque vocês todas são muito simplizinhas- Daayene riu, e eu podia ver algumas das meninas abafando risadas ou revirando os olhos- Lua, você vai ter que dar alguma coisa sua pra ele!
—Que não seja seu corpo, de preferência- Priya brincou, recebendo fuziladas no olhar de Nikki e Marie- O que foi? Sempre é uma possibilidade!
—Mas eu não tenho nada de legal pra dar pra ele!- Lua reclamou, olhando para os pés.
—Você quer dar algo legal pra ele, isso já é um começo- Sofie respondeu, e depois olhou para todas nós até parar em Daayene- Daay, isso que você está usando é um colar com pingente de rosa branca e um de rosa vermelha?
Ah, eu me lembrava desses colares.
—Ah, sim!- Daayene pegou os colares na mão, olhando suavemente pra eles- Costumava ser um colar da amizade entre eu e um amigo muito próximo... Mas então ele me abandonou e deixou o colar comigo.
—E por que diabos você ainda usa os dois colares se eles te deixam triste?- Marie perguntou, mordendo suavemente o lábio.
—Porque colocar vários colares é a moda do verão!- Daayene respondeu entre risadas, e eu não pude deixar de dar uma risada- Mas eu não tenho coragem de usar tipo.... Dez colares. Então uso dois.
—Por que você não dá eles pra Lua, pra ela dar um pro Subaru e usar o outro?- Anna perguntou, sem gaguejar dessa vez. Acho que ela já estava começando a se acostumar com as Herbert.- Q-quer dizer... S-seria mais bonitinho ainda...
É, eu estava errada.
Daayene pareceu refletir por alguns segundos, antes de tirar os dois colares do pescoço e depositar ambos na mão de Lua. Depois ela segurou a mão fechada da mesma e disse com uma voz suave:
—Faça esse colar valer a pena, por favor.
Lua, apesar de levemente vermelha, concordou com a cabeça.
Foi então que Sarah e Nikki sussuraram algo uma pra outra e se levantaram.
—Onde vocês estão indo?- Perguntei, assim que elas atravessaram o circulo e chegaram até a porta.
—Chamar o Subaru, ué- Nikki respondeu, dando de ombros?
—NÃO PRECISA!- Lua choramingou- Eu tô com vergonha. Não quero mais.
—Deixa de ser fresca, Lua- Sofie disse grosseiramente, recebendo um olhar mortal de todas nós- Quer dizer... Fica tranquila que vai dar tudo certo!
—Por que as duas que tem que ir?- Lua perguntou de novo, fazendo beicinho.
—Porque eu sou a irmã com o poder de persuasão e a Nikki é a que pode socar a cara dele caso ele não queira vir!- Sarah respondeu de forma estranhamente animada, e então puxou Nikki pelo braço e as duas saíram da biblioteca.
Bastaram alguns minutos pra que elas viessem de volta, com Subaru logo atrás dela.
—Tch, o que vocês querem comigo?- Subaru reclamou, e eu percebi que Priya estava empurrando Lua na direção do garoto discretamente- Espero que não tenham me chamado até aqui pra me irritar.
—A gente? Te irritar?- Victoria parecia indignada com o comentário do albino- Nós nunca pensariamos em fazer isso, TPMista.
Olhei pra Sofie, confusa.
TPM...Ista?
—É o apelido que as garotas criaram pra Subaru ano passado- Sofie explicou, ajeitando uma das madeixas castanhas- Ou, melhor dizendo, um dos apelidos.
Bem, eu podia dizer que combinava.
—Na realidade, Subaru, a Lua quer te dar um presente- Nikki respondeu, dessa vez empurrando fortemente a irmã na direção do garoto.
Só então eu percebi que ela parecia bem nervosa:
—É que...bem....eh... Digo....Quer dizer.
—Lua, se você conseguir formular uma frase, a gente vai conseguir fazer isso mais rápido- Daayene riu, muito para a vergonha da de óculos.
—É só o Subaru, Lua, relaxa- Sarah deu um tapinha amigável nas costas de Lua, que pareceu recompor sua compostura relaxada.
—Bem...-Ela começou a falar, com um sorriso doce- Pra te agradecer pelo meu óculos novo, eu resolvi te dar um colar. Como seria uma espécie de colar da amizade, eu entendo se você não quiser usar...
Assim que ela estendeu a mão pra ele, mostrando os colares, ele hesitou por vários segundos. Ao mesmo tempo que Subaru parecia estar abafando um xingamento, ele pegou o colar de rosa vermelha e colocou no próprio pescoço.
Só então eu percebi que existia outro colar lá, um de corda preta com uma chave bronze como pingente.
—Esse outro colar seu significa alguma coisa ou é só... Sei lá, charme?- Me peguei perguntando, e todos olharam pra mim e depois pro pescoço de Subaru.
—Não é da sua conta, Brenda- Ele resmungou, olhando pra mim.
—Meu nome é Brunna- O corrigi de forma grosseira, sendo respondida apenas com um "tanto faz" raivoso de Subaru, que não tardou em sair da biblioteca.
—Que cara babaca- Priya reclamou, colocando um chiclete na boca- Nem agradeceu o colar.
—Só dele ter aceitado já é um milagre- Lua riu suavemente, deslizando o colar de rosa branca pelo pescoço.
—Ei, Anna, o que você está fazendo?- Marie perguntou de repente, fazendo todas nós olharmos pro lado.
Anna estava encolhida na parede, folheando alguns livros aparentemente antigos. Ela se envolveu de forma assustada quando nos viu olhando pra ela.
—Ah...Eu só... Estava olhando esses l-livros- Ela parecia nervosa, quem sabe até com medo- Desculpa...
—Não precisa se desculpar, maninha- Daayene se levantou e foi até ela, tirando o livro de suas mãos e lendo o título- "Enciclopédia de Drakons"? O que diabos é isso?
Percebi que as Herbert se entreolharam demoradamente.
—Eu não sei! Só peguei pra l-ler porque e-eles pareciam dragões- Anna respondeu, ficando vermelha.
Realmente, o nome parecia bastante.
—Nós sabemos o que são drakons- Sofie respondeu, muito para a surpresa de mim e e minhas irmãs- Igor, o noivo de Lilith, deu ovos de drakon petrificados para algumas de nós no natal.
—Nossa, que presente incrível é normal pra se dar num natal- Ironizei, revirando os olhos- E vocês tiveram algum sucesso com esses ovos?
Nikki balançou negativamente a cabeça:
—Dissseram para nós que deixar o ovo no fogo é a melhor forma de chocá-los. Mas, por enquanto, isso não deu certo pra gente.
Troquei um olhar com minhas irmãs, era bem claro que nenhuma de nós acreditava nessa história.
—Talvez esse livro explique onde vocês estão errando- Sarah sorriu docemente, pegando o livro das mãos de Daay e os depositando na mão de sua irmã gêmea.
—Obviamente, vai ser muito seguro se nós criarmos bombas atômicas voadoras- Marie ironizou, rindo quando Sarah a empurrou de leve.
—Isso seria útil pra uma guerra, não seria?- Victoria sussurrou, mordendo o lábio inferior enquanto brincava com a aliança em seu dedo.
Espera aí, aliança? Eu já tinha imaginado que ela estava tendo algum tipo de relacionamento com Reijii, mas da onde havia surgido aquela aliança?
—Se o seu conceito de bom é "vamos queimar pessoas, animais, plantações e sabe-se-lá-mais-o-que"... Sim, é ótimo.- Lua respondeu,e eu senti meu estômago se contorcer com o pensamento daquilo.
Que tipo de criatura era essa que elas estavam inventando?
Olhei de novo pras minhas irmãs, e eu sabia que nós todas estávamos pensando a mesma coisa naquele momento:
Será que tinha sido uma boa escolha confiar nas Herbert?
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Ainda preenchida pela náusea de mais cedo, eu caminhava pelo jardim sozinha. Uma parte bem estranha de mim pensava que talvez as Herbert não eram tão inocentes que nem a gente sempre pensou.
Claro, elas provavelmente eram as criaturas mais simpáticas que a gente tinha conhecido desde que entramos em contato com vampiros. Mas quem podia me provar que elas não estavam do lado deles? Que no final da história, elas queriam ferrar a gente?
Senti meus rins doerem de angústia ao pensar que talvez as que eu pensava serem minhas amigas podia ser minhas piores inimigas.
Eu não queria duvidar delas, mas algo em mim dizia que aqui ninguém era confiável nesse mundo mágico. E eu sentia algo estranho nelas, algo diferente, algo perigoso.

E eu não queria descobrir o que isso era.
—Ayato, você está me machucando- Eu parei de andar assim que ouvi um sussurro bem conhecido por mim- Por que você está com tanta raiva?
Não pude deixar de ativar meu lado bisbilhoteira e me esconder atrás de um arbusto alto para eu poder ver o que estava acontecendo: Sofie presa contra uma árvore, e Ayato a encurralando.
Parte minha sentiu certo nojo daquela situação.
—Tch, você ainda pergunta?- Mesmo de longe, eu conseguia ver que os olhos de Ayato brilhavam com um tipo de dor e angústia que eu nunca tinha visto antes- Você é a minha mulher, não saia por aí sem a minha permissão!
—Eu não saí pra nenhum lugar!- Sofie retrucou com raiva, fazendo os olhos de Ayato se arregalarem- Por favor, Ayato. Se isso é sobre Brunna, eu posso explicar...
—EU NÃO QUERO ESCUTAR!-Ayato gritou, e eu quase conseguia ver os olhos de Sofie se enchendo de lágrimas.
A sorte dela é que ela sabia disfarçar muito bem.
—Pois bem então- Ela respondeu, abaixando o tom da voz até ela estar tão fraca quanto um suspiro- Se você nunca me escuta, por que ainda vem atrás de mim?
—Porque eu...- Ayato parecia que queria falar algo, mas se parou antes que pudesse escalar da sua boca- Tch, porque você é o melhor alimento que eu tenho aqui, obviamente.
—Não é isso que parece- Sofie retrucou, olhando diretamente nos olhos do garoto- Ayato, eu sei que nós nunca tivemos um bom relacionamento... Mas eu sei que algo está te incomodando, e se voce quiser por algum milagre dividir isso comigo... Eu vou estar aqui, porque eu sei que você nunca teria coragem de falar sobre suas fraquezas com seus irmãos que nem a minha família.
Nossa, até arrepiei depois desse discurso.
Ayato, que ainda parecia chocado, fez um "Tch" com a boca, e de repente inclinou suavemente sua cabeça.
Eu não entendi de primeira o motivo dele estar fazendo isso, mas foi só eu ouvir alguns ganidos de dor baixos e um barulho de chupada que eu compreendi tudo.
Me arredei pro lado, e só então consegui ver toda a cena: Sofie estava com um pé apoiado na árvore e o outro no chão, os braços dela estavam entrelaçados com o de Ayato, quase como se ele estivesse prendendo ela.
Daquela visão, eu conseguia ver a marca da mordida com alguém gota vermelhas escapando assim que Ayato se afastou para limpar os lábios.
—Vá.-Ayato ordenou, seus olhos brilhando de forma confusa, e ele se afastou de Sofie- Você não está a mesma.
Arqueei uma sobrancelha com aquele comentário, mas Sofie apenas abaixou a cabeça e o obedeceu. Muito para minha surpresa.
Em questão de segundos, Ayato já havia desaparecido no jardim.
Me escorei no muro, finalmente soltando a respiração que eu nem sabia que tinha segurado.
Esperei quase dez minutos do jardim, esperando que a brisa calma e o tempo fizessem eu me acalmar. Após esse tempo, andei lentamente até meu quarto
Eu nem sabia como eu deveria agir diante de Sofie agora, e tive um sentimento nostálgico ao lembrar de como Sofie havia me ajudado quando eu havia sido mordida por Ruki pela primeira vez. Ela agiu como se já estivesse acostumada com isso.
Ao abrir a porta, me assustei ao ver Sofie escoras no armário, com um ovo grande e colorido entre os joelhos e o livro sobre drakons nas mãos.
—Quer uma foto?- Sofie finalmente falou algo, me surpreendendo-Você está me encarando a quase trinta segundos, alguma coisa aconteceu?
Olhei para o pescoço de Sofie, que havia sido coberto por uma echarpe. Decidi não perguntar sobre o acontecido do jardim.
—Esse é o ovo de drakon?- Perguntei, olhando para o que ela tinha entre os joelhos.
—Exato.- Ela olhou para o ovo por alguns poucos segundos antes de voltar sua atenção pro livro- Eu ia colocar os ovos no fogo... Mas os únicos lugares com lareira são o quarto da Sarah e a sala,. E eu teria que pegar os ovos da Nikki e da Vic pra isso.
—Eu achava que você tinha medo de fogo-Respondi de um jeito mais rude que eu planejava. boa
—Eu acho que tenho mais medo de... Incêndios, do que de fogo em geral- Sofie olhou pela primeira vez pra mim- Quando se estuda sobre drakons, é meio que um requisito você aguentar ver fogo. E eu estou amadurecendo essa ideia em mim ainda.
Olhei curiosamente pra Sofie, como se ela fosse algum tipo de criatura mágica. Quer dizer que, mesmo sem o mesmo medo de fogo, ela ainda tinha sua síndrome de pânico. Eu não sabia se isso seria bom ou ruim pra uma guerra.
Mas, conhecendo Sofie, ela daria conta do recado.
Foi então que eu me lembrei da reunião de KarlHeinz, pra amanhã.
—Eu estava pensando...-Comecei, me sentando em nossa cama- Nós deveríamos ir pra reunião amanhã, pra formamos nosso exército.
Senti o olhar de Sofie me analisar e quase queimar minha pele, até que sua voz me despertou:
—É uma ótima ideia. Agora me ajude com esse estudo.
Me levantei na hora, me sentei ao seu lado e deixei minha mente vagar nos conhecimentos de Drakons.
Mesmo não sabendo se deveria confiar nela, ela é sua família seriam o mais próximo que eu e minhas irmãs teríamos de uma aliança.
E os livros já haviam nos ensinado: Os inimigos dos meus inimigos são meus amigos.
Se as Herbert estiverem realmente contra a injustiça do mundo vampiro, ela com elas que eu me aliaria.


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Notas finais do capítulo

(Já vou logo me desculpando por qualquer bug no capítulo gente, tô postando no celular haueheh)
Eu acabei de perceber que as duas mordidas da Sofie que aparecem nas duas temporadas são narradas por terceiras pessoas assistindo, acho que ela só não tem muita sorte hauehuehe
E aí, gostaram do capítulo? O que será que vai acontecer no próximo? (Modo narradora ON)
(PS: Gente, amei ver os comentários de todo mundo na história! Mesmo que eu não responda, saiba que eu leio tudooo e fico muito feliz em saber que vocês estão gostando! Principalmente no capítulo 15, onde vi vários comentários sobre vocês-sabem-a-cena)
Dito isso, não se esqueçam de comentar na história, porque isso me deixa muito feliz e me motiva a continuar com a história ❤❤❤



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