Versos Frios escrita por Carvalho Luccio
Ódio
Não queima o tempo todo
Não toma o controle do corpo
Nem deixa a alma no lodo
Mais que selvagem, felino
Senta no escuro de olho aberto
Caçando o que nem imagino
Guardando um coração deserto
Toda dor o alimenta
Sua sede só aumenta
Melhor que viver por instinto
É conhecer o ódio que alenta
Ódio que arde faminto
Que corre no sangue
Que eu já nem sinto
Ódio
Queima no coração devagar
Toma o controle da alma
Faz o corpo continuar
Ódio que não perde a calma
Também a alma pode elevar
Sorte daquele a quem o amor promove
Corre longe e feliz como o cão
Não abre os olhos na escuridão
Se satisfaz com qualquer ilusão
E quando cansa se dissolve
Enquanto o ódio nunca morre
Se transforma e desenvolve
Acende o vazio que me envolve
Pois é ele o combustível
É o ódio que me move.
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