Hermione, A Diva escrita por Kyriê Snow


Capítulo 9
Capítulo 9 – Rog Warts e Huflle Puff


Notas iniciais do capítulo

Este é um capítulo curto, como nunca tive a intenção de escrever um romance, mas o amor não é um sentimento para ser ignorado, teremos uma tarde-noite de love entre os dois, porém não deixa de ter assunto. Hermione explica a origem do nome da escola e o da fundadora. A foto-capa é do Alex Uchoa, fundamental para o entendimento do texto.



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 Capítulo 9 – RogWarts e HufllePuff

O sol se punha para o lado do continente, pincelando o céu com raios multicoloridos em tons que iam do amarelo ao vermelho. Harry chutava a areia branca da praia e de mãos dadas com Hermione, voltou a perguntar.

— Qual é mesmo o nome, Hermione?

— Baía do Sancho, é linda não acha?

Harry esqueceu a areia que chutava e voltou os olhos para o horizonte. A ilha cedera espaço ao mar que formara por ali um semicírculo perfeito. Os poucos banhistas chegaram de barco e já estavam se retirando pela água, pois no sentido contrário teriam que encarar as encostas íngremes do monte por uma trilha pouco convidativa, mas que proporcionava uma vista maravilhosa.

— Sim, Hermione, é linda! – disse deitando-se na areia e encarando o céu, pouco iluminado pelo sol que se ia, porém ainda não escuro o suficiente para mostrar as estrelas.

— Venha vou te mostrar outra que acho ainda mais linda.

Levou-o até o topo do morro e de lá podiam ver um outro cenário da natureza, tão belo quanto o anterior.

— É lindo, Hermione, mas a praia não deve ter mais que cem metros!

— Não, não tem! Está vendo as ilhotas, o que lhe parecem?

— Daqui de cima parecem pequenas verrugas no mar.

— Okay, você não é o primeiro que as vê assim. Agora junte a isto o fato de que o nome de toda esta belezura é Baia dos Porcos.

— Não entendi, Hermione, isto é o que você disse que era importante!?

— Há mais de mil anos eu trouxe uma família para cá, estavam condenados à fogueira, achei que a beleza do lugar os convenceriam a ficarem longe do perigo. Prometi que traria os meios para que sobrevivessem aqui até passar o perigo mas fracassei. As crianças se encantaram com as praias e as verrugas, mas o pai olhou à volta, não viu a beleza do lugar, apenas o deserto, e se sentindo exilado me encarou furibundo:

— Minha senhora, está achando que somos porcos para ficarmos aqui esperando que traga nossa comida? Leve-nos de volta! Prefiro morrer lutando! Jamais me esconderei de qualquer trouxa!

— Levei-os de volta à Inglaterra, e à beira de um lago, começamos a construir o primeiro abrigo para bruxos fugitivos e desamparados. As crianças não perderam o humor. Levaram os porcos e as verrugas juntos – concluiu, meio triste e meio alegre.

— Quer dizer, Hog Warts!? Sério!? – espantou-se Harry.

— Foi a primeira vez que me enganei com um Slytherin, mas assim foi batizada a nossa escola, e fiz questão de fazer com que o nome perdurasse por aqui também.

— E o Hufflepuff, onde você arrumou um nome tão estranho?

Ela pôs-se a rir, antes de explicar.

— É óbvio que não fiquei muito satisfeita com a reação dele. Um esconderijo tão lindo, e ele... O palhaço cortou a alegria das crianças. Eu ainda estava injuriada quando chegamos ao lago, aqui tínhamos sol e calor, lá estava muito frio, urgia que se providenciasse proteção. Então meio que bufei os feitiços para fazer os abrigos, umas tendas arredondadas como as ilhas-verruga. O que tinha de tinhoso o pai, os pestinhas tinham de bom humor.  Como eram duas, diziam que eu havia bufado a primeira, e mais calma, assoprado a segunda. Então, verrugas para abrigar porcos, bufadas e assopradas por mim, a que bufa e assopra. Tinham dificuldade em pronunciar meu nome, ganhei o Helga Hufllepuff – concluiu sorrindo – eu amava aquelas crianças, eu e o salgueiro lutador. Abusaram tanto dele que anos mais tarde tive que replantá-lo. Mas ai eu já contava com a ajuda da Rowena e do Gryffindor. O acampamento já não dependia só de mim para se defender.

Cada um que procurava refúgio por lá, trazia em seu encalço um perseguidor que acabava barrado pelas nossas proteções. Conseguíamos manter os trouxas longe, e do acampamento deles surgiu Rogsmead. Com o passar do tempo foram sendo substituídos pelos bruxos que se destinavam a Hogwarts.

— E como você fez o salão comunal?

— Pura necessidade, Harry! Muitos foram os pais que deixaram os filhos e voltaram para suas contendas. Passamos por invernos rigorosos e afora a saudade que tinham dos pais o clima não ajudava muito. Fiz o salão como área de recreação e o teto dava mais luz e alegria aos dias mais carregados, e aos poucos fomos construindo a escola em volta dele. As desavenças filosóficas geraram as casas. Fui contra a segregação e mantive minha área aberta a todos. O heroísmo que gosto por lá é o de amar ao próximo.

— Vamos deixar isto de lado e vamos ver a praia de perto? – convidou sorridente, mudando de assunto.

Foram até à pequena praia, caminharam por ela e o Harry voltou a deitar na areia branca encarando o céu. Hermione jogou-se sobre ele e brincalhona disse:

— Não procure no céu o que está aqui, diante dos seus olhos.

— Você é mais que uma estrela para mim, Hermione, – disse ele sério – nenhuma dessas clareiam minhas ideias como você. Nenhuma delas me traz a esperança que você me dá. Nenhuma... 

Sua voz foi calada por um ardente beijo e mãos que percorriam todo o seu corpo. Ao mesmo instante, uma euforia tomou conta de seus sentidos. Ali entre a luz tênue do pôr do sol e a timidez das estrelas, entregaram-se aos apelos da carne. Falando e beijando, ela descia os lábios pelo pescoço do namorado, chegou aos mamilos e refez a trilha de volta até os lábios, curtindo os arrepios e os gemidos que provocava nele.

Harry perdeu-se nos carinhos até se dar conta de que sobre sua cabeça brilhavam constelações que nunca havia visto antes, pequenas nuvens brancas, tipo cabelo de anjos e que em suas costas as areias tinham se transformado em água. Flutuava por sobre as suaves ondas do Atlântico, iluminado pela luz das estrelas e ainda coberto pelo corpo dela.  Gemeu um “Hermione, eu te amo” e deixou-se levar pela luxúria que o corpo dela propunha. Sentiu-se flutuando até as nuvens, e, o úmido e suave calor das entranhas dela o envolvendo. Não mais se segurou. Explodiu em emoções e prazeres como se fora um vulcão adormecido por muito tempo e que voltara à ativa querendo recuperar o tempo perdido. Respirou fundo e percebeu que ela ainda gemia com as unhas cravadas à suas costas.

Beijou-a novamente e voltou a procurar o horizonte. Viu o mundo girar e as estrelas foram substituídas pelas amareladas luzes da ilhota que estava muito abaixo deles.

— Amor, estamos nas nuvens!? – sussurrou ao ouvido dela.

— Literalmente – confirmou – vamos ao mar? – devolveu o ronronar ao ouvido dele.

Mergulharam nas profundezas do oceano e em seguida retornaram à casa da vinícola, onde os pais dela ainda dormiam.

— Você está bem Harry!? – perguntou ela, sorrindo.

— Sonhando, em transe, no mundo da lua, aéreo, aluado e ainda pelado!

O sorriso dela se transformou em gargalhada. Empurrou-o para uma grande e poderosa ducha que havia no jardim e depois conjurou roupas para ambos. Sentaram-se em um banco colado à parede da casa Aconcágua e ficaram admirando o céu estrelado do hemisfério sul onde ela identificava, para ele, as constelações, como o Cruzeiro do Sul, que não se vê do hemisfério norte.

— Nunca vou me esquecer desta noite e destas estrelas, Hermione! – disse ele carinhoso.

Voltaram a se beijar e ela complementou.

— Posso te garantir que meu Expecto Patronum jamais será o mesmo.

 


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Notas finais do capítulo

Só me resta torcer para que vocês tenham gostado desta breve lua de mel.

No próximo capítulo ela explica para a mãe suas peripécias no passado.
Desculpem mas não consegui inserir a foto-capa da ilha.



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