Konoha Hiden – Tsuki Uchiha escrita por King


Capítulo 32
32. Capítulo




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6 meses se passam.
Yahizui Uzumaki agora com um cabelo ruivo mais longo, vestindo um quimono roxo com um pano mais escuro enrolado na cintura com bordas rosas, botas da mesma cor que o quimono e usando proteção em seus pulsos também da mesma cor que as botas, empunhando na mão direita o que era uma Kunai, lutava habilmente sozinha com uma dupla que recentemente roubava vilas menores sem guarnição; vilarejos para simplificar; e por algumas vezes cometiam outros crimes.

—Vamos, eu sei que vocês fazem melhor que isso. – Yahizui comentou após chutar um deles. —Ou será que vocês só atacam os mais fracos? –

“Cadê Shiori-Sensei?” pensou e depressa olhou ao redor, não havia indícios da Hyuuga que saíra há pouco tempo para buscar informações no vilarejo mais próximo sobre a dupla, e não muito depois aqueles dois apareceram. O homem mais distante de cabelo escuro amarrado, tendo olhos cinza e vestindo uma camisa preta com calça da mesma cor, mantendo em sua mão esquerda uma Kunai bem desgastada, sorriu para a Uzumaki e lançou a arma de sua mão. A garota com facilidade mudou a trajetória da arma lançando nela uma Shuriken, ela acabou se prendendo no tronco de uma árvore a uns dez metros.

—Você se desarmou. – Yahizui fez a observação. —Ue...não eram dois? –

—Somos dois. – O outro respondeu.

Ao fim da resposta Yahizui ficou paralisada e não conseguiu entender o que acontecia. Só depois que o mesmo homem que lançou a Kunai se revelou atrás dela, com os braços cheios de músculos, abraçando-a com uma força exagerada impedindo que ela se mexesse corretamente. “Eu cai que nem um pato na ideia desse cara” a Uzumaki pensou e mordiscou os lábios e voltou sua atenção para o outro homem mais distante que tinha a respondido, ele exibia um sorriso nada gentil e se aproximava com um papel explosivo em suas mãos.

—Vamos acabar desse jeito? – Yahizui perguntou. —Eu gostaria de brincar mais um pouco com vocês. –

—Gostaria? Então, um momento. – O mesmo homem que se aproximava respondeu e aproximou-se da árvore e retirou dela a Kunai. —Brincar assim vai ser mais divertido. –

Ele colocou o papel explosivo junto da Kunai e tomou uma maior distância e mirou seu alvo. Yahizui discretamente olhou para o homem que a impedia de se mexer, a resistência dele com certeza era grande e ele talvez não sofresse com a explosão daquele papel, mas com ela já era outra história. Aquele que estava mais distante finalmente jogou a “Kunai Explosiva” e em nenhum momento a Uzumaki fechou os olhos, se aquele era seu fim então que fosse, mas não partiria de olhos fechados mostrando medo. Mas seu fim não chegou. Poucos metros antes da “Kunai Explosiva” a acertar, um certo rosado pousou e agarrou a arma e com uma agilidade incrível enviou a mesma de volta a seu portador e depois pulou indo para trás do desconhecido que prendia a Uzumaki, acima da cabeça do homem ele prendeu o papel explosivo que retirou da kunai e com um simples selo liberou a explosão contida e o desconhecido imediatamente soltou a ruiva e caiu para trás. Yahizui ficou em silêncio enquanto olhava para o Uchiha que no momento vestia uma camisa verde musgo com gola alta e sem mangas, uma calça escura com bandagens enroladas na perna coxa esquerda e sandálias também escuras, seu cabelo precisava ser cortado e também usava um par de proteções em seus pulsos na cor escura. O Uchiha também olhou para a colega de equipe, mas em momento algum mudou sua expressão séria. Haru voltou seus olhos esverdeados para o outro homem mais distante que tinha a Kunai presa em seu ombro esquerdo.

—Errei por pouco. – Ele comentou. —Não tive muito tempo de mirar, mas meu alvo era a sua cabeça. – Ele continuou. —Até que você teve uma boa reação. – Olhou para o homem caído. —Já o seu amigo acredito que demore a acordar. –

—E você é? – O homem perguntou retirando a Kunai do ombro. —Pensei que essa garota estivesse sozinha. –

—Não sou ninguém. – Haru respondeu e continuou. —Mas sou alguém quando tentam ferir um conhecido. – Ele olhou para a Uzumaki e um sorriso de canto se formou nos seus lábios. —Mas minha apresentação não é importante para você que vai beijar o chão em breve. – Haru comentou.

—Fazendo de forte perto da amiga? – O homem perguntou.

—Perto dela? – O Uchiha perguntou e fingiu rir. —Se ela quisesse ter acabado com vocês ela já teria feito no minuto seguinte que vocês dois apareceram. – Ele dizia retirando do bolso de sua calça algumas agulhas de metal. —Eu não estou certo, Yahizui? –

—Sim. – Yahizui o respondeu e mordiscou seu dedo e passou o sangue pela Kunai que empunhava. —Você está absolutamente certo sobre isso. – “Liberar” pensou e a Kunai tornou-se uma kusanagi. —Agora, vamos brincar. –

Em quase trinca segundos o homem ficou incapacitado no chão com as agulhas de metal perfurando seu corpo, Haru se espreguiçou e olhou para a Uzumaki que continha a kusanagi novamente em uma Kunai, as habilidades de selamento e transformação da ruiva eram incríveis.

—Faz três meses desde nosso ultimo encontro. – Yahizui fez a observação. —E eu não chamaria aquilo de um encontro já que foram apenas cinco minutos. –

—Estive ocupado treinando com o Sétimo e com minha mãe. – Haru comentou e aproximou-se do corpo incapacitado e retirou as agulhas. —Como deve lembrar fui proibido de usar Kage Bunshin. – Ele continuou. —E não me lembro de termos combinado um encontro. – Ele olhou para a Uzumaki. —Fomos apenas chamados para uma apresentação na academia ninja. –

—Mas aquela foi à única vez que estivemos lado a lado depois que começou seu treinamento. – Yahizui sussurrou cruzando os braços. —Você disse que ainda seria parte da equipe, e tudo mais, mas não fizemos nenhuma outra missão juntos. – A Uzumaki se recordava do dia. —E como me encontrou? –

—O Sétimo me mandou ir para uma vilarejo cuidar de algumas pessoas doentes e acabei me perdendo. – Ele sussurrou aquela última parte. —E uma coisa levou a outra. –

—É a sua cara se perder. – A Uzumaki comentou. —Me diga o vilarejo. –

—Monte Verde. – O Uchiha a respondeu.

—Eu sei a direção. – Yahizui comentou. —Shiori foi buscar informações sobre esses dois. – A Uzumaki olhou ao redor e apontou para o sul. —Siga nessa direção até encontrar uma ponte suspensa. –

—Vamos então. – O Uchiha comentou.

—Como assim? – Yahizui perguntou. —Eu tenho que cuidar deles. – Apontou para os dois homens.

—Não, não tem. – Haru comentou novamente. —Se eles acordarem e fugirem eu os caçarei, mas por agora você será minha guia. – Ele respondia com tranquilidade e continuou. —E prometo que isso vai durar mais do que cinco minutos. –

Yahizui corou com aquele comentário, mas não o respondeu. Durante aquela caminhada eles ficaram um do lado do outro e a Uzumaki percebeu algumas coisas, mesmo em pouco tempo o Uchiha crescerá pelo menos uns 5 centímetros e parecia mais confiante do que antes, mas também mostrava uma gentileza em seu olhar tranquilo.

—Vou depois de amanhã. – Haru sussurrou para a garota. —Meu treinamento com o Sétimo se encerra hoje. Amanhã irei descansar e então no dia seguinte irei atrás do meu pai. – Ele olhou para a Uzumaki. —E com ele ficarei por 1 ano e meio. – Ele olhou para o chão ao fim do comentário.

—Você não se perdeu, né? – Yahizui perguntou.

—Talvez. – Haru sussurrou.

Nenhum falou mais nada durante o restante daquela caminhada. Finalmente eles chegaram à ponte levadiça e Haru se apresentou ao guarda e a mesma foi abaixada e o mesmo a atravessou. O Uchiha apresentou-se para a chefe do vilarejo que o guiou para uma casa de madeira onde dezenas de camas ocupadas por crianças aguardavam pelo rosado.

—Obrigado. – O Uchiha comentou.

—Nós que agradecemos. – A chefe respondeu.

A mulher deixou a casa e Haru com Yahizui ficaram novamente sozinhos. Ele olhou para a Uzumaki com uma sobrancelha levemente erguida, não entendendo o do porque dela ainda o acompanhar. A ruiva finalmente cruzou os braços e se encostou à parede.

—Esse é um péssimo encontro. – A Uzumaki comentou.

—Desculpe. – “Encontro?” Haru pensou. —Procure por Shiori já que disse que ela veio aqui em busca de informações. –

—Não, ficarei com você. – Yahizui comentou.

Haru suspirou, mas não a respondeu. Ele aproximou-se da primeira cama e observou a criança, um garoto, que tentava dormir, mas reclamava de dores por seu pequeno corpo. O Uchiha gentilmente pôs suas mãos próximas da criança e não demorou muito para delas uma aura emanar e devagar os resultados foram sendo observados no garoto, suas reclamações cessavam e ele finalmente conseguia dormir.

—Kage Bunshin no Jutsu. – Haru comentou e criou dez cópias. —Desculpe ter que usa-los. –

—Vamos, vamos! – Uma das cópias falou erguendo os braços. —Aquele que curar mais, ganha. –

E no final dez Kage Bunshin brigavam como cães famintos. Yahizui tentou não rir diante da cena de alguns socando e mordendo outros. A definição de um vencedor era muito confusa quando se tinha mais do mesmo competidor, por isso uma briga era inevitável. Haru – o Original – suspirou e com um selo de mãos desfez o Jutsu e quase imediatamente se sentiu cansado, toda a experiência dos Kage Bunshin acabaram indo a ele, a exaustão era esperada.

—Acabei levando meia hora. – Ele comentou. Era evidente seu cansaço.

—Pelo menos essas crianças estão melhores. – Yahizui comentou próxima de uma menina que dormia. —Graças a você. –

—Me acompanhe um pouco. – Haru pediu chegando até a porta.

—Aonde vamos? – Yahizui perguntou.

Mas a Uzumaki não teve sua resposta. Ela apenas cruzou os braços e seguiu o Uchiha que colocava as mãos atrás de sua cabeça enquanto andava. Haru finalmente parou em uma árvore e se sentou recostando suas costas no tronco e suspirou com alivio. Ele olhou para a ruiva ainda em pé e bateu no chão ao seu lado.

—Senta logo. – Haru comentou. —Enquanto Shiori não a encontrar esse será o nosso encontro. Essa árvore é longe o suficiente da vista dela e a sombra é perfeita para esse dia tranquilo. – O Uchiha bocejou quando terminou seu comentário.

—Tá. – A ruiva sussurrou a resposta e acomodou-se ao lado do rosado.

Haru balançou sua cabeça em aprovação.

—Nós somos ninjas, ou seja, nossa vida normalmente é curta. – Haru colocou a mão esquerda no queixo. —Ou pelo menos era antes da paz. – Ele sussurrou sua correção. —Um dia como esse; tranquilo e com a pessoa que gosta; deveria ser raro em outros tempos. Temos privilégios que outras gerações não conseguiram ter. – Ele olhou para a Uzumaki. —Nossa geração deve se manter assim para a próxima geração. –

—Nosso privilégio é paz? – Yahizui perguntou e continuou. —Sim, um dia como esse, com quem se gosta, em um vilarejo como esse, é perfeito. –

—Em minha próxima vida gostaria de morar em um lugar assim. – Haru sussurrou e falou mais alto. —Se eu passar novamente pelo deserto eu vou procurar aquela coisa que te salvou, Yahizui. –

—Por quê? – A ruiva perguntou.

—O agradecer. – Ele sorriu. Um sorriso verdadeiro. —Se ele não tivesse a ajudado, você não estaria aqui hoje. Não estaríamos assim hoje. –

A ruiva corou com aquela resposta, mas um sorriso formou em seus lábios. Ela só balançou sua cabeça concordando com aquele comentário e depois olhou para a paisagem ao redor. Ela não soube quanto tempo passou, mas sentiu a mão direita do Uchiha segurar com gentileza a sua mão esquerda, e depois a cabeça do mesmo repousar em seu ombro. Ela esperou por alguma coisa que não chegou e quando olhou melhor viu que o rosado estava dormindo com a expressão mais calma do mundo e com um sorriso inocente em seus lábios.

—Até demorou a ele dormir. –

Yahizui olhou para trás. Quem se aproximava era a Hyuuga que estava acompanhada da chefa do vilarejo. A outra mulher por um longo período olhou para o Uchiha descansando e balançou sua cabeça concordando com aquela soneca que o mesmo tirava.

—Pelo tempo que ele levou acredito que utilizou alguma outra coisa. Não estou certa? – A mulher questionou a Uzumaki.

—Sim, ele usou do Kage Bunshin para que fosse mais rápido. – Yahizui respondeu e olhou a Hyuuga. —Já estamos indo? –

—Eu sim. – Shiori respondeu e continuou. —Aproveite com ele. Ficarão por um bom tempo sem ver o outro. Alcance-me depois. – A Hyuuga olhou para a chefa do vilarejo. —Qualquer coisa peça a eles. –

—Certo. – Uma resposta em conjunto da Uzumaki e da outra mulher.

Shiori Hyuuga se afastou com uma simples caminhada e depois apressou seus passos em uma verdadeira corrida, sua velocidade e agilidade eram incríveis, a ruiva dirigiu seus olhos esverdeados para a chefa do vilarejo que já se virava para deixa-los.

—Naquela ala médica só havia crianças. – Yahizui começou. —A senhora saberia a razão disso? –

—Crianças são sempre um mistério. – A chefe iniciou. —Podem ser inúmeros fatores que as deixaram doentes. – Ela olhou para a Uzumaki. —Eu não me preocuparia muito com isso. –

A mulher se afastou, mas Yahizui continuou a encarando até onde lhe era permitido. A ruiva finalmente voltou sua atenção para o rosado adormecido e se juntou ao mesmo, recostando confortavelmente sua cabeça na dele e cochilando naquele mais pacifico dia.

Haru abria seus olhos e via-se um pouco mais jovem e estava encarando os profundos olhos cansados de Toshi Yanozuka, lágrimas escorriam pelos olhos esverdeados do Uchiha.

—Pai? – Haru falou.

—Cuide da sua mãe. – Toshi sussurrou.

Ele olhou para o lado e lá estava a mulher bem mais velha que ele também de cabelos rosados, mas estes eram desbotados, e por sua boca uma quantidade enorme de sangue escorria até que ela caiu no corpo do Yanozuka. Haru não sabia o que estava acontecendo. Mas reconhecia aquele lugar, era o quarto em que aquele homem tinha dado suas últimas palavras. Ele escutou a porta se abrindo e dirigiu seus olhos para trás e não soube o que dizer, Mizuchi Kazame aproximava-se e depressa perdia sua cor e seu equilíbrio até finalmente ir ao chão.

O Uchiha abriu seus olhos tomados pelo susto e medo. “Um pesadelo” pensou e devagar foi se acalmando até reparar as coisas ao seu redor e olhou para a Uzumaki de olhos fechados, possivelmente dormindo.

—Você fala dormindo. – Yahizui sussurrou.

—Desculpe. – Haru respondeu.

—Você disse “pai” e “mãe”. – “E Mizuchi” Yahizui pensou. —Ainda sente a falta deles? –

—Não. – Haru respondeu. —Já me despedi deles algumas vezes. E não sinto falta já que iremos nos encontrar outra vez. – “Daqui a poucos anos” o Uchiha pensou.

—Se você está falando. – A Uzumaki falou.

Mais uma vez silêncio. Ninguém ousou soltar a mão do outro. Yahizui olhou para o Uchiha e não compreendeu o motivo da ruborização em seu rosto. Haru suspirou pensando no que deveria falar, nas próximas palavras que deveria dizer para a Uzumaki. “Como eu falo isso?” ele pensou.

—Meus pais. – “Sim, por ai mesmo” ele pensou e continuou. —Moravam longe de Konoha, em uma fazenda. – Ele corou e continuou. —Era um lugar pacifico para se criar uma família, raízes. Este vilarejo me lembra um pouco a fazenda. –

—Sim. Um lugar como este é ideal para uma família. – Yahizui falou e continuou seu comentário. —E como só tem um meio de entrar eu posso quase afirmar que é seguro. –

—É. – Haru sussurrou. “Que idiota. Ainda bem que ela não entendeu” Haru pensou e continuou. —Acho que devemos ir. –

O Uchiha soltou a mão da Uzumaki e sem muito esforço se pôs de pé e estendeu a mesma mão para a ruiva. Yahizui suspirou e negou a ajuda para se levantar. Haru deu de ombros e colocou as mãos nos bolsos de sua calça e seguiu caminho até cair para frente quando a Uzumaki lhe jogou uma pedra em seu couro cabeludo. Ele olhou na direção da ruiva, com uma das mãos onde foi atingido.

—Que droga foi isso? – Ele perguntou.

—Você é idiota. – Yahizui respondeu e aproximou-se do Uchiha caído. —Desiste muito fácil das coisas, seu idiota. – A Uzumaki manteve um olhar nada amigável para o Uchiha. —Porque não pergunta de uma vez o que estava na sua cabeça oca? –

—O que? – Haru voltou a perguntar, mas desta vez envergonhado.

—Não se faça de desentendido. – A Uzumaki sussurrou. —Porque alguém começa uma conversa de família e raízes sem nenhum objetivo? –

—E precisava jogar uma pedra em mim? – Haru perguntou e ainda envergonhado continuou enquanto colocava-se de pé. —Droga, minha cabeça vai doer por horas por sua culpa. – Ele esfregou o couro cabeludo e olhou para a Uzumaki e sussurrou. —Quer criar raízes comigo? –

—Não escutei. – Yahizui cruzou os braços. —O que você disse? –

—Raízes. Comigo. – Haru voltou a repetir.

—Estou surda. – Yahizui falou.

“Idiota” Haru pensou e colocou suas mãos nos ombros da Uzumaki.

—Quer criar raízes comigo? – Ele gritou visivelmente envergonhado.

Yahizui não o respondeu. Haru também ficou em silêncio. Só então havia percebido que não estavam tão sozinhos quanto ele imaginava, moradores do vilarejo; a maioria adultos, mas algumas crianças entre eles; paravam o que faziam assim que ouviram o berro do Uchiha agora envergonhado. Haru cobriu seu rosto quente com sua mão direita e sentiu uma mão repousar em seu ombro esquerdo.

—Finalmente perguntou. – A ruiva sussurrou. —Mas eu acho que não precisava gritar. –

“Essa garota” Haru pensou e não completou, não encontrava palavrões o suficiente para ela, mas uma parte de si lhe dizia que não era necessário. “Meu curto período será usado de uma boa forma” mudou seus pensamentos agora para mais sérios, ele sabia que pouco a pouco sua saúde piorava. Talvez quando se encontrar com Kazan e Keidan sua vitalidade vá estar em seu limite, mas era por aquela razão que por todo aquele tempo treinou Ninjutsu Médico, usaria de quaisquer artifícios para manter-se vivo. Ele afastou-se da Uzumaki e ficou de braços cruzados enquanto olhava ao redor a paisagem.

—Raízes aqui. – Ele sussurrou e aumentou sua voz. —Volte para Konoha e diga ao Nii-san que descansarei aqui até na madrugada do próximo dia. Diga que ainda tem crianças precisando de mim. – E continuou. —Vou fazer algumas coisas e prometo retornar. –

—Nenhuma bobagem, certo? – A ruiva perguntou.

—Você me conhece. – O rosado respondeu.

—Tsuki Uchiha. Haru Yanozuka. Nenhuma bobagem. – Yahizui parecia ordenar aquilo ao Uchiha.

—Certo, apenas ande logo. – Haru falou emburrado.

Yahizui deu uma última olhada no Uchiha, um olhar de “estou avisando” que rendeu dele um suspiro exaustivo, mas mesmo assim a Uzumaki obedeceu e afastou-se do mesmo e dirigiu-se para a ponte abaixada. Haru mantendo seus braços cruzados ficou a olhando até o momento que ela desapareceu por fim em seu campo de visão.

Madrugada do dia seguinte.
Era o dia que o Uchiha partiria atrás de seu pai, Uchiha Sasuke, para que o mesmo o ensinasse mais coisas ainda. Haru que retornou para Konoha há apenas cinco horas a deixaria mais uma vez. Ele carregava em suas costas uma mochila com algumas coisas necessárias para a viagem e um mapa com a localização exata da onde seu pai estaria o aguardaria até no máximo dois dias antes de mudar de lugar. Ele agora usava uma camisa de manga longa na cor escura com uma calça também da mesma cor e sandálias, e cobria seu corpo e vestes com um manto escuro e seu rosto por um capuz. Ele parou de andar e discretamente olhou para trás, para a Uzumaki cansada a cerca de cinco metros que vestia uma camisa verde musgo e uma calça marrom.

—Nem para se despedir? – Yahizui buscou folego.

—Tchau? – Haru falou depois de pensar um pouco.

—Não assim, idiota! – A ruiva gritou, mas abaixou sua voz. —Como um casal. – Ela falou envergonhada. —Tá entendendo? –

—Vem. – Haru se virou para a garota.

Yahizui corou mais ainda, mas não desistiu e aproximou-se do Uchiha que manteve a todo o momento seus braços abertos como se fosse a abraçar. Mas ela parou de aproximar-se quando recebeu do mesmo um toque suave em sua testa. Ela colocou sua mão esquerda numa pequena marca agora presente na onde recebeu aquela cutucada e voltou seus olhos para o Uchiha.

—Da próxima vez. – Haru respondeu. —Vá daqui a dez dias para aquele vilarejo. –

O Uchiha se virou após o comentário e andou rumo aos portões de Konoha, a ruiva manteve-se no mesmo lugar até o mesmo desaparecer. Assim que o rosado passou pela enorme entrada e saída da Vila da Folha ele apressou seus passos e disparou o mais rápido que conseguia para onde seu pai o aguardava, para o inicio de seu treinamento como um Uchiha.

 


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