O despertar escrita por Angélica


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Mais uma fic quentinha para vocês! Espero que curtam, de verdade, essa história que promete ser linda. Farei o possível para atualiza-la assim que der, mas prefiro ter qualidade antes de publicar... Então me perdoem pelo atraso.

Ps: comentários são sempre bem-vindos! Adoro saber o que vocês estão achando ❤



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"Nem todos têm uma segunda chance de consertar os seus erros..."

A vida é repleta de oportunidades, sejam elas boas ou não. É preciso estar pronto para o que der e vier, pois nem sempre as coisas se tornarão fáceis. Mas, nada aqui é em vão, independe do quanto você vai sofrer. Ás vezes, você irá acertar. Ás vezes, você irá errar. Se por um acaso você tiver o prazer de ganhar uma segunda chance para fazer de um jeito diferente, você tem que encarar de frente e enxergar como uma oportunidade de crescer. E, meu caro, só assim você irá entender que o que importa nessa vida é ser feliz e nada mais.

— Sara, eu preciso te contar uma coisa, mas você tem que prometer que não contará para ninguém, nem mesmo para a mamãe. - Uma Felicity de 17 anos confessou para a irmã mais nova, que divida o quarto com ela. - Promete?

— Você é minha irmã, Felicity, e minha melhor amiga também! Você sabe que guardo todos os seus segredos, mesmo eles sendo pesados.

Abrir os olhos de uma vez só não fora uma boa ideia, confesso. A claridade qbateu nas minhas pupilas sensíveis pelo tempo, me fazendo fecha-los rapidamente pela dor que senti. Céus, eu estava tão desnorteada! Afinal, quanto tempo se passara desde o acidente? Alguém sobreviviveu? Tudo que eu sabia até então era que eu estava em um sonho profundo. Muito, muito profundo. É como se eu estivesse simplesmente dormindo por um tempo inderterminável, sem conseguir mexer um músculo sequer, ouvir ou me comunicar com alguém. E nesse longo período em estado vegetativo, não pude deixar de sentir. Ah, e como eu adorava a sensação de ter outra pessoa perto de mim! Me fazia pensar que havia um mundo lá fora esperando por mim e, por isso, eu deveria acordar. Talvez isso, junto com outras pequenas coisas, tenha me ajudado a voltar.

A dor ainda era presente, me fazendo hesitar um pouco antes de querer espiar novamente. Olhei em minha volta, buscando entender a situação. Eu estava em um quarto branco, provavelmente de um hospital, e as minhas únicas companhias eram algumas margaridas amarelas que pareciam estar murchando. Quem será que as colocou lá? Minha mãe? Sara? Como será que elas estão? Estão bem? Oh! E Maggie? Ela sobreviveu? Ela estava bem? Já tinha dado os primeiros passos? Falado alguma palavra sequer? Por um breve momento, uma lágrima caiu em meu rosto ao perceber que eu havia perdido um tempo importante não só na minha vida, mas na vida da minha filha também. Era como se eu soubesse que não pude cuidar dela quando ela precisou, que não ouvi ela balbuciar as suas primeiras sílabas ou ir para o seu primeiro dia de aula. Havia um buraco em meu peito que jamais poderia ser curado.

— Você consegue perceber o quão errado é se apaixonar pelo filho do nosso padrasto? - Sara andava de um lado ao outro no quarto, visivelmente nervosa. - A mamãe irá ter um troço quando souber disso, Felicity! Isso é muito errado.

— E você acha mesmo que eu escolhi gostar dele? Acha que eu simplesmente decidi sofrer por isso? Nem a mamãe e nem o Larry podem saber disso... - Cheguei mais perto dela para colocar as mãos em seus braços, na tentativa de acalma-la. - Por favor, Sara, você não pode contar para ninguém.

Não tinha percebido a existência de uma porta ao lado esquerdo da minha cama, até que uma enfermeira, acredito pelas vestimentas claras que usava, de fios ruivos e estatura mediana, apareceu em meu quarto. Quando percebeu que eu estava acordada, pareceu levar um susto e se limitou a sussurrar poucas palavras, como um "não se preocupe com nada, querida, irei chamar o seu médico" antes de desaparecer logo em seguida, me deixando a sós novamente. Demorou poucos minutos para que um rapaz abrisse a porta, tão ou mais surpreso que a enfermeira, e se identificasse como o neurologista que cuidava do meu caso.

— Hey, Felicity! - Ele falou em um tom baixo e eu agradeci mentalmente por minha enxaqueca. - Você consegue falar algo para mim?

— Sim. - Respondi sem perder o contato visual com ele, que nessa altura estava sentando perto de mim na cama.

— Você lembra do que aconteceu? - Assenti com a cabeça, fazendo-o continuar. - Algum tempo se passou e...

Ele abaixou a cabeça, tirando pela primeira vez os seus olhos dos meus, como se não quisesse ter que continuar aquilo.

— O que iremos fazer a respeito disso? - Sara perguntou após algumas respiradas fundas. - Porque você sabe... Isso é muito sério e eu não sei se o casamento deles irão aguentar uma bomba dessa.

— Eu realmente não sei o que iremos fazer. Talvez eu devesse ir estudar em outro lugar, não? Tenho certeza que receberia o apoio para isso. - Falei sem pensar. - Eu poderia ir a Nova Iorque! É uma ótima desculpa para mim, porque as modelos vão para lá quando querem crescer profissionalmente.

— Felicity, você não entende que o seu trabalho é a coisa mais importante para a mamãe? Ela nunca deixaria você ir sozinha. - Sara tinha razão. Minha mãe nunca me deixaria ir até para o outro lado do país sem ninguém da família por perto, quer dizer... Sem ela por perto.

Estiquei a minha mão, colocando-a sobre o seu punho. Ele precisava tirar o band-aid de vez e eu estava pronta para isso. - Por favor... - 

— Eu sinto muito, Felicity. Eu sinto muito de verdade. Mas... Cinco anos se passaram desde o dia que o seu carro afundou naquele lago.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam???
Quem é o filho do padrastro? E o médico? Tchan tchan tchan
Aguardando vocês ❤



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