—Nathaniel...—Faraize falou assim que entrou na sala de ciências para supervisionar o castigo. —Bem a Delanay me disse pra deixar vocês bem longe um do outro, mas como ela já foi mesmo fiquem a vontade... 

—E você deixar nós dois sozinhos? 

—Eu não sou louco aliás senhor Nathaniel você sabe que a Elena é minha favorita assim como a escola toda então... É meu dever te dizer... Se você tentar magoar ou se quer pensar nisso... Eu vou atrás de você. 

—E vai dizer...Achou que eu estava brincando quando me encontrar? 

—Você pode contar pros outros como foi depois ou não...—Ele falou firme Nathaniel deu um passo para trás.—Se vocês começarem mais cedo terminarão e eu vou poder ir pra casa. —Se sentou em uma cadeira e colocou os pés sobre a mesa. Eu e Nathaniel começamos a limpar a sala que não estava tão suja, terminamos rápido ou pelo menos eu achei. —Ótimo terminaram!! posso ir embora! 

—Calma não está esquecendo de nada?!—eu falei. 

—ah! —Ele se aproximou e me deu um beijo na bochecha. —Te amo tchau! —Ele vai em direção a porta. 

—Eu estava falando do seu celular! —Apontei para mesa onde se encontrava o objeto. 

—Tá bom, calma eu já vou indo, ah quer carona? 

—Não meu pai com certeza vem me buscar a Delanay deve ter ligado pra ele. 

—Senhor Nathaniel aproveite, oferta por tempo limitado. 

—Acho que vou aceitar. 

—Certo, mas vai ter uma taxa de cobrança a 0,5 litros gastos durante o percurso. 

—Como você aguenta ele?—Faraize cruzou os braços. 

—Por que ela é minha filha adotiva desde o primeiro ano em que entrou aqui nessa escola, agora nós podemos ir? —Nathaniel olhou pra mim e se aproximou. —Nem pense nisso. —Ele voltou ao encontro de Faraize e eles saíram juntos pela porta. 

—Meu pai vai demorar mesmo. — Eu sai e olhei para os dois lados para ver se tinha alguns professores a vista. —Ninguém a vista. —Comecei a andar pelo corredor chegando no final subi as escadas que dava ao térreo do colégio essa área é proibida para os alunos e só consegue ir lá se tiver a chave, pegar ela foi fácil. —Nathaniel nem sonha. —Eu peguei a cópia que tinha feito e coloquei na fechadura e abri, eu fiquei meio sem reação o professor novo estava lá olhando a vista admito ele é bem bonito. 

—Ha ha...Elena eu sei que é você. —Ele apenas falou nem se virou. 

—Como você sabe? —Me aproximei e fiquei do lado dele olhando a vista, é incrível dá pra ver toda a cidade. 

—Quem mais poderia ser nem mesmo os professores vem aqui... só uma pessoa rebelde teria coragem de pegar a chave e vir até aqui. 

—Um detalhe que você disse "nem mesmo os professores vem aqui" e o que você está fazendo aqui? 

—Eu tenho a chave, você não foi a única rebelde do colégio Sweet Amoris. 

—Então você deve ser o lendário Castiel. 

—Olhou minha ficha escolar? 

—Várias punições, quase expulso... Você realmente deve ter mudado muito pra está aqui de volta como professor. 

—Realmente eu mudei..., mas nem tanto. —Ele olhou pra mim como se estivesse esperando o momento pra atacar a presa, não posso dizer que não gostei ele é sedutor. —Me diz o que você já fez por aqui? 

—Várias coisas, desde colocar bolas de gudes na escada a um rato na gaveta da mesa da diretora. 

—Que ousadia a sua, mas em relação a hoje mais cedo você realmente acha que dança é uma bobagem? 

—Não sei. 

—Vamos tirar essa dúvida agora. —Ele caminhou alguns passos e se virou ficando de frente para mim. 

—O que você vai fazer? —Pegou o celular e colocou uma música qualquer. Começou a dançar ali mesmo, eu me sentei e apreciei o show dele, ele começou a desabotoar a camisa até ficar a mostra seu tanquinho, e continuou dançando. 

 —Estou mudando de ideia em relação a dança. —Eu ouvi alguém buzinar o carro em frente ao colégio eu olho para entrada e vejo um carro vermelho, claro só pode ser da minha mãe. —Uma pena eu tenho que ir, mas se quiser continuar depois. 

—Se você comparecer nas minhas aulas e se comportar talvez. —Abotoou a camisa. Eu sai de encontro com minha mãe na entrada do colégio, entrei no carro e olhei para o térreo ele me deu um tchau com a mão.