Para Sempre - A Escolha escrita por AlanRod1830


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

O início de uma linda e apaixonante história de amor. PARA SEMPRE - A ESCOLHA, o primeiro dos quatro livros da saga, vai deixar você querendo mais.



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MEU NÃO TÃO QUERIDO DIÁRIO

 

Londrina, 11 de Maio de 2012, 10:37 A.M.

 

Olá, Diário. Adoraria dizer que está tudo bem, mas você e eu sabemos que isso não seria verdade. Se bem me conheço, sou péssimo em contar mentiras e esse "está tudo bem" não convence nem a mim mesmo.

      Novidades? Nenhuma. O dia hoje amanheceu do jeito que achei que amanheceria, chovendo e pálido, sem graça alguma. Às vezes acho que nasci em um filme de comédia às avessas! Sabe, drama de mais, comédia de menos e um teor de loucura fora do padrão.

      Confissão: nunca pensei que minha vida fosse mudar tão radicalmente depois de completar meus tão sonhados 17 anos. A começar por uma carta deixada debaixo da minha porta, cujo conteúdo diz: "Estou morando no Ceará. Sinto muito por não ter lhe contado tudo antes. Vou sentir muito a sua falta, meu velho amigo. Prometo que vou escrever. Assinado: Miguel".

      Minha vida nunca mais foi a mesma desde que encontrei esse envelope. Quero esclarecer que não sou de ficar choramingando pelos cantos. Prefiro sempre ter dois tipos de comportamento quando isso acontece: ou fico calado esperando o desânimo passar ou arregaço as mangas e tento entender o que anda acontecendo no mundo. Mas naquele dia eu fraquejei. Quando reli a mensagem, lágrimas rolaram sem que eu percebesse. Torci para que não fosse verdade, para que aquilo fosse uma piada de mau gosto, mas então lembrei do silêncio que rondava a casa naquela manhã e das marcas de pneus que dobravam a esquina e me convenci de que nunca mais vou vê-lo.

      Às vezes, me pego chorando ao lembrar das coisas que perdi, da amizade que nos manteve juntos nas horas boas e ruins, e a qual eu considerava tão sólida e indestrutível como uma rocha. “Mas infelizmente nada nessa vida dura para sempre. Nem as dores, nem as alegrias. Meu pai costumava dizer que certas coisas vão embora das nossas vidas de qualquer jeito, por mais que queiramos retê-las para sempre”.

      Meu pai...

      O aniversário dele seria na primeira semana de Maio. Mas infelizmente a vida não foi tão generosa com ele, e não lhe concedeu a chance de comemorar mais um ano de vida. Faz dois dias que ele faleceu, e eu não consigo me conformar. Não consigo aceitar o fato de ter perdido quem eu mais amava na terra. Sinto uma raiva profunda da vida, e ao mesmo tempo fico parado esperando o próximo golpe.

      Sem o papai para nos ajudar e com a mamãe desempregada (ela foi despedida por chegar atrasada no dia em que levou nosso Golden Retriever ao veterinário), não tivemos outra alternativa a não ser nos mudarmos para a casa da vovó (uma mochileira nata), que mora no Paraná.

      Decolamos na manhã do dia 28 e desembarcamos em Londrina uma hora depois. Chegamos lá pelas 11h25, com fome e sede, porque em trechos domésticos a American Airlines não oferece nem um copo d’água!

      Desde então, minha vida nunca mais foi a mesma. E tenho a terrível sensação de que as coisas irão piorar bastante.

      Passei as duas primeiras semanas totalmente desocupado, sem nada para fazer além de ver TV e escrever no “Meu Não Tão Querido Diário”. Mamãe está muito preocupada comigo (típico). Ela quer que eu volte à minha vida normal (estudar, se divertir, fazer amigos... essas coisas), ou pelo menos tente. Mas não estou muito confiante em relação a tudo isso.

      “Se eu pelo menos tivesse uma razão para seguir em frente. Não tenho escola, nem amigos, nem motivos para sair do quarto. Estou preso em um lugar onde todo mundo é estranho e onde com certeza nunca vou me adaptar.”

      Cansada das minhas reclamações, Érica bateu com o punho na mesa e falou decididamente:

      “Já chega! Amanhã vamos embora!”

      “Não acho que seja necessário, mãe. Só preciso de um tempo. Tudo é muito complicado. Meu pai morreu e eu ainda não consigo imaginar como minha vida vai ser daqui para frente. Por favor, me dê um tempo. É tudo que preciso no momento.”

      Mas pareceu que ela não estava ouvindo nenhuma palavra do que eu estava dizendo. Ela deu meia volta na direção da porta, falando em voz alta:

      “Faça suas malas! Amanhã mesmo vamos para São Paulo! Ah...” Jamais me esquecerei desse “Ah!”. Me assustei para valer. “Você vai para um internato!”


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Notas finais do capítulo

Se gostaram, continuem lendo. Surpresas, risadas e fortes emoções não vão faltar!

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