Milagre de Natal escrita por majestyas


Capítulo 2
Capítulo 2 — 6 dias para o natal.


Notas iniciais do capítulo

Oi, estrelinhas! Acho que vão gostar de saber que os próximos cap estão prontos, só postar... Mas talvez isso demore um pouco. Aliás, fiz uns gifs para os cap, mas n consigo colocar. Alguém tem alguma dica?

Enjoy!



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Dia 20, parte 1.

 

Asgard. Cúpula dourada onde habita o guardião... Heimdall.

 

Abro os olhos e vejo o tal Heimdall. Pelo o que Thor descreveu, realmente inconfundível.

— Oi. — digo tímida. Ele era realmente enorme. O que são aqueles olhos dourados? Uau.

— Bem vinda a Asgard. — ele se inclina levemente em cumprimento.

— Me chame de Cece. — jogo o cabelo para trás, tentando ser simpática — Preciso falar com Thor, você pode me ajudar?

— Claro, Cece. — ele sorri e aponta para fora da cúpula — Lady Sif está te esperando lá fora para levá-la.

Fico um pouco decepcionada que aquele deuso não vá me acompanhar.

— Obrigada, Heimdall. Nos vemos por aí. — aceno levemente.

— Até logo, senhorita. — ele se inclina de novo.

Ando até a parte de fora com cautela, nunca havia ido ali, não sabia exatamente o que esperar. Minha primeira reação foi choque. A segunda foi pensar "cara, vou casar com Thor e ser rainha disso tudo". 

— Senhorita Rosier. — uma mulher com armadura em cima de um cavalo se inclinou levemente também — sou Lady Sif, venha comigo. Vou levá-la até Thor.

— Muito prazer, Sif. — sorrio e aceito sua mão. Consigo subir sem passar vergonha. 

Seguro firme nela e depois de um tempo cavalgando pela ponte arco-íris, passando pela cidade com pessoas me olhando como se fosse a maior esquisitona e finalmente ao palácio. Acho que nunca me senti tão pobre. Era imenso e todo de ouro. 

— Deve ser sensacional morar aqui. — comento quando paramos. 

— Nem tanto. — Loki diz. Loki?! O moreno estava com correntes estranhas pelo corpo, mas continuava com aquela pose arrogante. Ele estende as mãos para me ajudar a descer e eu aceito. Ele rapidamente me pega pela cintura e me coloca no chão. 

— Obrigada. — agradeço e me afasto um pouco dele — como está?

— Como pode ver, um pouco... Limitado. — ele olha com desprezo para as correntes.

— Tem sorte de não estar jogado naquela prisão, irmão. — Thor surge de sei lá onde e me abraça — princesa Cece! Quanto tempo!

— Você é uma princesa? — Lady Sif pergunta, curiosa. Ela já estava no chão.

— Tecnicamente sou uma rainha, mas não fiz nenhuma coroação... — dou de ombros — então sou uma princesa com um reino pequeno, porém próspero de Midgard. — sorrio.

— É bom ver uma mulher a frente de um reino. — ela diz sorrindo.

— É da realeza, apesar de ser midgardiana... — Loki faz cara de desprezo — mas poderia ser uma agradável esposa.

— Grande futuro terias com um prisioneiro. — resmunga Sif, fingindo prestar atenção em seu cavalo.

— Se fosse para casar com alguém seria com Thor, querido. Olha esse físico e olha a herança! Iria ser rainha daqui! — brinco, mas ele fecha a cara. Sif também não parece muito a vontade, já Thor ri.

— Seria uma honra. — o loiro diz — se meu coração já não pertencesse a outra.

— Droga, cheguei tarde. — rio — sem problemas. Continuarei uma princesa solitária.

— A rainha solicita a presença dos príncipes e sua convidada no jardim. — um cara que parecia ser um guarda diz e sai. O pessoal daqui surge do nada e vaza rapidinho.

Andamos um pouco até um enorme e lindo jardim.

— Seja bem vinda a Asgard, querida. Eu sou Frigga, mãe deles. E você? — uma senhora elegante diz.

— Cecília Rosier, majestade. É uma honra. — faço uma reverência.

— O que a traz aqui, bela dama? — ela pergunta.

— Vim convidar Thor e Loki para comemorar o Natal comigo e uns amigos, majestade. — explico.

— O que é natal? — Thor pergunta.

— Uma comemoração cristã midgardiana. — Loki revira os olhos.

— Cristã? — Thor pergunta novamente.

— Depois te explico tudo. — dou tapinha em seu braço, já que o ombro era mais longe.

— Bom, eu vou. Infelizmente Loki não poderá ir...

— Thor, leve seu irmão. — a rainha manda. O loiro dá uma risada chocada, mas logo para. Ela está falando sério.

— Mãe, ele tentou dest... — mas ela nem deixou ele terminar.

— Você não vai se seu irmão não for também. — diz firme. Fiquei envergonhada por estar ali e Loki estava em choque.

— Mas mãe... 

— Não me obrigue a brigar com seu pai de novo. — ela estreita os olhos e põe as mãos na cintura, como só mães fazem.

Ele assente resignado. Loki abre a boca, mas fecha em seguida.

— Sejam bonzinhos e se comportem. — ela beija os dois e tira as algemas de Loki.

— Ficarei de olho nele, mãe.

— E por acaso eu pedi para ficar? — ela rebate. Fiquei até com vontade de rir. Thor deve ter feito algo.

— Não, senhora. — o loiro abaixa a cabeça.

— Eu sei que seu irmão vai se comportar. Divirtam-se! — ela sorri — e volte sempre, querida. Adoraria uma nora tão bela quanto a senhorita.

Fico sem graça, mas sorrio e me despeço dela.

— Heimdall pode nos mandar, assim você poupa energia. — Thor diz, me guiando até a ponte.

— Obrigada! — digo animada. Estava exausta, seria ótimo me poupar. Um guarda traz três cavalos e bolsas para os irmãos, e me ajuda a montar no meu cavalo.

— Ei, príncipes, que tal uma corrida? — digo, passando a mão pelo meu macio e dócil cavalo branco.

— Pronta para perder? — Loki diz ao meu lado esquerdo.

— Espero que também esteja, irmão. — ri Thor.

— Ei cara, fala "já". — peço pro guarda.

— Já? — ele diz confuso, mas já parto pra ação. Infelizmente os outros dois também foram espertos e estavam a todo vapor. Infelizmente Thor ganhou, Loki chegou em segundo, mas foi por muito pouco!

— Eu quero revanche quando chegar em casa. — aviso, descendo sozinha do cavalo. Dou um beijinho nele — obrigada pela ótima corrida, bonitão.

— Sempre que quiser. — Loki pisca. Reviro os olhos e entro na cúpula.

— Princesa Cecília. — Heimdall faz a reverência — a rainha e o rei mandaram entregar-lhe isso, com seus cumprimentos.

Ele me apontou para dois barris, na qual eu abri e dentro havia um líquido que parecia mel.

— Papai estava generoso. — Thor espiou dentro e pegou os barris — pode deixar que eu levo.

— Ok. — olho desconfiada. 

— Vamos logo. — Loki reclama.

— Para minha mansão, por favor. — peço a Heimdall.

Ele assente e eu fecho os olhos com força. A sensação é parecida de quando eu uso meu poderes. Mas dessa vez eu cai de bunda no meu gramado. Parecia estar a tarde. 

Levanto com a ajuda de Loki e me dirijo a mansão. Olho ao redor e tem algumas pessoas espalhadas por aí. 

— Bem vinda de volta. — Scott me abraça. Caramba, ele é rápido.

— Oi, querido. Como vão as coisas? — pergunto enquanto vou para a cozinha.

— Tudo em paz, surpreendentemente. Seus amigos são legais. — ele responde. Sorrio com o comentário.

— Thor, essas bebidas... Eu devo colocar em um lugar gelado ou...? — pergunto.

— Gelado? Ahn, isso seria interessante. Só um. — ele divaga.

— Vamos lá, então. — vou até a adega sendo acompanhada pelos príncipes e Scott — pode deixar ali. Quando estiver perto de beber, deixaremos um deles no freezer. Venham, vou mostrar o quarto de vocês. 

Scott continua na minha cola e percebo seu nervosismo. Seguro sua mão e aperto, em uma promessa muda de conversa mais tarde. 

Chego ao andar onde estão os vingadores. Final do corredor, última porta a esquerda.

— Vamos ter que dividir? — sinto que Loki está pronto para dar um ataque de diva.

— Sim. E sem reclamações. — o quarto era enorme e eu arrumei especialmente para eles — divirtam-se. Tem roupas no guarda-roupa. Rosa? 

— Sim, princesa? 

— Explique as convidados como você e tudo aqui funciona. — mando — rapazes, espero que divirtam-se. Qualquer dúvida é só falar com Rosa. Ela é tipo o Jarvis. O resto dos vingadores está nesse andar. — Loki revira os olhos — e logo eu estarei aqui. Beijinhos.

E saio de cena com Scott. Fomos até o jardim.

— O que houve? — pergunto para ele. Ele não diz nada, só me olha. Ai que eu percebo: ele não tirou os óculos. Apesar d'eu falar que os poderes eram anulados ali, ele não tirou. Estava preocupado, pobrezinho — ah, meu amor. Pode tirar. Nada vai acontecer. — levo minhas mãos até o óculos, mas ele as segura.

— Mas e se...

— Não. Não pense assim. Eu quero que você veja o sol, os animais, as pessoas... Eu. Quero que enxergue meus lindos olhos e meu cabelo e... Quero que tenha essa chance. — ele assente e eu finalmente tiro. Seus olhos azuis são tão lindos quanto eu imaginei. E então ele me olha. E fica olhando e olhando. 

— Você é linda. — e então ele me beija. Scott Summers está me beijando. E ele beija bem!

— Ah, não. — a voz de Tony faz eu me afastar e olhar em volta. Ele, Steve e Maria estavam fazendo uma das trilhas e eu até riria do pedaço de madeira que o Stark fazia de cajado, se a cara do Steve não tivesse me chamado atenção. Primeiro ele parecia surpreso, depois bravo, depois triste. 

— Steve... — comecei, mas ele saiu andando — merda.

— Essa seria uma boa hora pra se aproveitar dele e abusar do corpinho intocado. — Stark comenta com Maria, que dá uma tapa nele e sai andando — as pessoas não apreciam meus planos brilhantes. — ele revira os olhos e põe o dedo no ombro do Scott — obrigado, senhor raio laser, agora vou ter que lidar com um cara com coração partido. — ele joga os braços pro alto — eu preciso beber!

E então ele sai em passos largos atrás de Steve. 

— Scott...

— Não precisa dizer nada, eu sei que somos só amigos. — ele olha atentamente meu rosto e passa a mão por ele.

— Eu sempre te vi como um amigo, depois que... Depois que a Jean se foi, eu provavelmente peguei o seu pior momento e... Mesmo assim eu gostei do que eu vi. Eu sei que você ainda a ama, mesmo que ela tenha morrido. E eu sei que você talvez esteja confuso com o que sente comigo... É melhor pensarmos bem antes de assumir algo.

— Eu sei. Obrigado por ter estado comigo. Eu não teria nem tentado me reerguer se não fosse você. Eu amo sim a Jean, mas graças a você eu consigo ver que ela é passado, e apesar de ama-la, não posso ficar preso a ela. E eu não vejo ninguém mais perfeita que você para seguir em frente. — ele beija minha testa — mas eu também sei que você arrasou outros corações por aí e que deve estar confusa. Então acho que um tempo será bom para nós.

— Um tempo, com certeza. — sorrio e estendo minha mão — ainda super amigos?

— Ainda super amigos. — ele aperta e sorri — nossa, você com cores é mais linda ainda!

Rio e empurro de leve nele e então vamos para a casa novamente. E eu fico em choque. Anna Marie aka Vampira estava de vestido de alcinhas, curto, branco e levemente florido, descalça. 

Vampira? — chamo a atenção dela, que estava jogando Jenga com Clint, Fera (que aliás, estava humano, com bermuda, chinelo e camiseta havaiana), Amara, Nat e Loki. Sim. Loki. Uau, esse natal vai ser demais!

— Prefiro Marie. — ela sorri — minha vez!

Sorrio e vou até o andar dos vingadores. O corredor estava vazio, mas eu conseguia ouvir o barulho de algo sendo socado.

— Por favor que ele não esteja matando o Tony. — disse sozinha, correndo até o quarto e já abrindo a porta. Bom, Steve estava bem bravo batendo na cama (menos mal).

— Desculpa. — ele diz, parecendo envergonhado.

— Tudo bem, Ste. Quer dizer, não tão bem. — me sentei na sua cama e ele se sentou ao meu lado — por que reagiu daquele jeito ao meu beijo com Scott?

— Eu não sei. — ele passa a mão pelo cabelo — primeiro fiquei surpreso por você estar beijando alguém, segundo fiquei bravo com aquele canalha por estar tocando em você e terceiro fiquei triste porque eu não tenho o direito de ficar bravo e não ter tomado iniciativa antes.

— Uau, quantos sentimentos. — assovio. 

— É. — ele diz e então ficamos em silêncio.

— Você gosta de mim? — pergunto.

— Eu acho que sim.

— Acha?

— A única pessoa que eu me senti assim foi Peggy. — ele suspira — E faz um bom tempo. 

— Ficamos tão pouco tempo juntos, como pode... Como pode ter certeza?

— Eu não tenho, mas você me deixa tão desconcertado. É linda, inteligente, bondosa, altruísta e corajosa. E muito mais. Eu só nunca tive coragem de falar tudo isso.

— Pensei que você gostasse daquela ridícula da Sharon. — reviro os olhos e ele ri.

— A Nat até tentou, mas não deu certo. — ele coloca a mão na nuca — seria muito estranho namorar a sobrinha neta da minha ex.

— Muito estranho mesmo. — concordo.

— Então...

— Então...

— Não sei o que dizer agora.

— Bom, eu vou dizer a mesma coisa que eu disse pro Scott. — olhei nos olhos azuis do loiro — precisamos de um tempo. É melhor pensarmos bem antes de assumir algo, ter certeza sobre nossos sentimentos.

— Parece bom. — ele assente e sorri — mas quero te pedir algo.

— O que quiser. — sorrio de volta.

— Um beijo.

— Desculpe? — quase engasgo com minha saliva — Acho que não entendi.

— É... Sabe, eu já imaginei como seria te beijar e... Não que eu fiquei imaginando beijar você toda hora ou... — e lá vem o Steve tímido e enrolado. Rio e calo ele com um beijo, que ele lentamente corresponde. Ele é um meigo e o beijo não foi diferente. Calmo e gostoso.

— Correspondi suas expectativas? — pergunto quando terminamos.

— Superou. — ele confessa, me fazendo rir novamente.

— Eu sou demais! — jogo o cabelo para trás, fazendo ele rir — agora eu preciso ir buscar os últimos amigos da lista. Tá acabando! — coloco as mãos pro alto, aliviada.

— Boa sorte. — ele diz e me dá um selinho — juro que esse foi o último. 

— Ok. — sorrio boba e saio dali enquanto estou consciente dos meus atos. Aquele loiro era uma perdição! Mas Scott também é. Uh, isso está ficando difícil. Ainda bem que deixei claro: só amigos, vamos pensar. Mas não quero pensar nisso agora. Céus!

— Bu! — alguém me assusta, me fazendo gritar feito uma louca e me jogar no chão. Sim, quando eu levo um susto eu me jogo no chão — calma ai, mana, foi só sustinho.

— Ainda bem que eu filmei isso! — Kurt ri e devolve a câmera pro Evan.

Aqueles ridículos! Levanto emburrada.

— Eu deveria te deixar azul de novo! — dou um tapa no Kurt.

— Ah, não, Cece! Tô gostando de ser normal. — choraminga o ex azulado — faço sucesso com as gatinhas!

— É, é legal não soltar um espinho quando fico irritado. — comenta Evan.

— Bom... — suspiro — não aprontem mais comigo. Tchau.

— Falou, irmã! 

— Tchau, Cece!

E lá vou eu novamente...

 


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