BloodLust escrita por darling violetta


Capítulo 11
A rainha dos condenados, parte II


Notas iniciais do capítulo

Ultimo capítulo!!!



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Marcus riu e se voltou para a garota que caminhava em sua direção. Ela tinha a espada em punho. Se qualquer coisa desse errado, lutaria por sua vida.

─É muita ousadia da caça vampiros pedir uma reunião com o clã.

Diana tirou o amuleto do bolso e o estendeu a Marcus. Ele analisou o objeto, e lhe parecia verídico.

─Onde o conseguiu?

─Uma amiga. Ela disse que conseguiria um acordo se o entregasse isto.

─A marca de Caim. ─Fez uma pausa. ─Diga o que deseja, e verei se podemos ajudar.

*****

O som de luta começou do lado de fora, logo se espalhando. Os vampiros olharam atordoados, o que deu tempo de Marcus se soltar. Logo, um grupo invadia o local. Os vampiros usavam armaduras negras, portando espadas e armas medievais. Eram soldados de Marcus. Um deles entregou ao vampiro loiro uma espada cuja lâmina era escura. Com um movimento, cortou a cabeça de uma das criaturas que prendiam a mulher.

─Elizabeth! ─Ela assentiu e pegou outra espada.

Os dois trocaram olhares cúmplices, ao mesmo tempo que o clã de Lilith ao atacava. O velho asiático tirou uma adaga escondida sob seu terno, e os outros dois vampiros também lutavam para se libertar. O líder mais jovem observou espantado quando o vampiro que o mantinha preso se tornou pó. Estava prestes a agradecer Demetrius ou ao velho Kisaragi, mas então notou uma garota, com a besta apontada para seu coração. Seus olhares se encontraram por alguns instantes, mas novas criaturas vinham ao seu encontro, e precisavam lutar.

─Você armou para mim! ─Lilith gritou, o que fez Shayera rir ainda mais. ─Vai pagar por isso!

A ruiva ainda ajoelhada não fez sinais de se mover. Lilith acertou seu estômago, fazendo-a voar alguns metros. Shayera sentou no chão, buscando ar. Ficaria dolorida alguns dias. Antes que pudesse pensar, Lilith a agarrava pelo pescoço. Sentiu seus dentes cravarem em seu pescoço. A pior dor que já sentiu.

Uma mão pousou no ombro de Lilith, puxando-a para longe. Shayera olhou para cima, para encontrar James.

─O quê?

─Vou lutar a seu lado. Por Tereza.

A ruiva assentiu. No calor da batalha, além das casas reais, ela via Diana, assim como J’onn, os outros garotos e seu tio? Não havia muito o que pensar no momento.

─Vamos acabar com eles, James.

Ele assentiu, mas seus olhos aumentaram, antes de seu corpo explodir em poeira. Shayera olhou para cima, de volta para Lilith. A vampira fez um movimento para atacar, mas antes de chegar na ruiva, Marcus a interceptou com sua espada. Ele tinha um grande corte no braço, mas se mantinha em posição de luta. Logo, os outros reais se reuniam contra ela.

─Demétrius, Samuel, Kisaragi, até você, Elizabeth? Eu esperava tal atitude de Marcus, não vocês!

─Nenhum de nós quer trilhar seus passos, Lilith! ─Elizabeth grunhiu. ─Você destruiu nosso verdadeiro líder. Nunca seremos fieis a você!

─E preferem seguir uma humana qualquer?

─Ela não é humana. Muito menos qualquer.

Lilith gritou, como se sentisse dor. Seu rosto vampirico surgiu, e era de causar arrepios. Os olhos vermelhos brilhavam com raiva. Marcus não esperou e se lançou contra ela. Elizabeth e Kisaragi seguiram seu exemplo. Lilith arremessou Marcus contra a parede, prendendo os outros dois pelo pescoço. Demetrius e Samuel tentaram atacá-la, mas ela era muito mais forte.

Shayera pegou a espada de Marcus. O vampiro começava a se mexer, e gritava para a ruiva fugir. Ela, contudo, o ignorou. Fez um corte em sua mão, chamando a atenção de Lilith, assim como dos outros vampiros. Eles a fitavam surpresos, sentindo seu cheiro se espalhar. Não era de todo humano, mas também não era um vampiro.

A espada era pesada para seu porte físico, o que obrigou Shayera a segurá-la com as duas mãos. Lilith se desvencilhou dos reais, jogando-os ao chão. Pegou a espada de um deles, e apontou para Shayera.

─Vai querer me enfrentar, garotinha? ─Riu, debochada.

─Eu esperei muito por isso.

O som de metal contra metal foi ouvido. Marcus queria ajudar, mas Kisaragi e Demetrius os impediram de participar da ação. No fim, só podia assistir. Shayera tentava se manter de pé, mas Lilith era muito rápida e forte. Porém, sentia alguém guiando seus passos. Assim, plantou os pés no chão, firme, enquanto Lilith se lançava sobre ela.

As duas caíram. Shayera sentia o sangue negro e viscoso em suas mãos e rosto. O corpo de Lilith jazia pesado sobre ela. Jogou-o para o lado, e a vampira não se movia. A cabeça rolou até ela, seus olhos raivosos e a boca aberta, mas sem se mover. Kisaragi cravou sua adaga em um ponto entre os olhos, e encarou Shayera.

─Apenas para garantir. ─Disse, em seu sotaque carregado.

Pouco depois, ajudava a pequena ruiva a se erguer. Ela parecia chocada com tudo, e ainda não entendia que havia ganhado. Estavam livres. Shayera olhou ao redor. Restava ela, os vampiros das casas reais, seus clãs e a caçadora e seus amigos. Os vampiros sob as ordens de Lilith ou estavam mortos ou fugiram assustados. Agora, sem Lilith, o direito ao trono mudava. A verdadeira herdeira teria seu lugar.

─Senhora!

Marcus foi o primeiro a se ajoelhar diante de Shayera. Ele cravou a lâmina de sua espada no chão, abaixando a cabeça, como sinal de submissão. Os membros de seu clã o seguiram, ajoelhando-se também. Os líderes das casas reais seguiram o exemplo de Marcus, rodeando Shayera com suas espadas. A ruiva não sabia o que fazer. Ficou parada, observando os vampiros a seus pés.

Eles ouviram um barulho e se viraram para Diana, que apontava sua balestra diretamente para Marcus. O vampiro não se moveu, esperando.

─Obrigada. ─Diana disse e abaixou a arma.

Marcus assentiu. Em instantes, ele e os demais vampiros foram embora. O sol nasceria em breve, e a partir de então, o acordo estava acabado. Eles venceram. Agora voltariam a ser inimigos.

            Pouco depois, restavam apenas os garotos. Shayera fitou os amigos, agradecendo pela ajuda. Não era difícil entender que ela e Diana planejaram tudo, embora decidiram que conversariam melhor fora dali. Eles não demoraram muito a sair daquele lugar. John parou por um segundo, pensando.

─Pessoal, sou só eu ou vocês perceberam que deixamos um bando de vampiros à solta?

Wally e Shayera riram, caminhando um pouco afastados do resto do grupo. Diana se voltou ao amigo.

─Isso se chama compromisso, John. Fizemos um acordo e não poderíamos quebrá-lo. Afinal, sem Marcus e seu clã, não venceríamos.

─Quem diria? Diana, a caça vampiros, aliada a vampiros.

─Eles são leais à Shayera. Tive que confiar na palavra deles. ─Fez uma pausa. ─Isso soou estranho. Nunca vou dizer essas palavras novamente.

─Desculpa ter duvidado de você, Shay. ─Wally fitou Shayera, que apenas assentiu.

─Eu precisava que vocês acreditassem que eu mudei de lado. Precisava que você acreditasse.

─Péssimo mentiroso, eu sei.

─Não é isso. A Lilith tinha que confiar em mim, e qual a melhor maneira do que quebrando meus laços afetivos humanos?

─Eu?

─Meio obvio, não acha? Sabe que eu adoro você.

─Você nunca disse em voz alta.

Era verdade. Embora se conhecessem há anos, e estivessem juntos há muito tempo, ela nunca admitiu em voz alta que o amava. Esperava que seus gestos e ações falassem por ela, mas parece que Wally não percebera tanto suas demonstrações de afeto. Beijou-lhe a bochecha.

─Eu te amo, Wally. ─Disse. ─Guarde essas palavras por que não vou repeti-las tão cedo.

Wally riu. Essa era sua garota. Embora soubesse, era bom ouvir em voz alta. Olhou para trás. O resto do grupo se mantinha um pouco afastado. Eles estavam cansados e feridos, mas vivos. O tio de Shayera era um dos integrantes.

─Acho que seu tio vai levá-la de volta.

─Ele pode esperar um pouco.

A ruiva olhou para ele e sorriu maliciosa. Seus olhos tinham um brilho amarelo, como se estivesse com fome. Um outro alguém poderia se assustar e fugir, não Wally. Amava cada pedaço dela, inclusive sua escuridão. Sussurrou algo em seu ouvido, soltando sua cintura e pegando sua mão.

Entre risadas cúmplices, olharam para trás, antes de saírem correndo pelo caminho. Destino e J’onn se entreolharam, soltando suspiros pesados e preferindo não comentar.

*****

─Pode ficar, se quiser. ─Destino disse, enquanto caminhava com Shayera pelo gramado da escola.

─Sério? ─Seus olhos se iluminaram.

─Eu vim até aqui porque pensei que precisasse de ajuda, mas vi que pode lidar com tudo.

─Eu posso mesmo ficar?

Ele assentiu.

─Vou manter seu apartamento, e ficarei sempre em contato.

Shayera sorriu.

─Obrigada.

─Eu disse, seu destino é aqui.

            Shayera abraçou o tio e correu para encontrar os amigos.

─Ei, pessoal! ─Shayera entrou na biblioteca. ─Eu vou ficar!

Todos a abraçaram.

─Isso é bom. Sunnydale não seria o mesmo sem você.

John fez uma reverência.

─Bem vinda de volta, majestade.

A ruiva olhou para os amigos, sorrindo e ainda abraçados a ela.

─Bom é estar de volta...

 

“A salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena.”

Fim...


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Notas finais do capítulo

Ah, esse é o fim! Sei que não é minha melhor fic, mas até que eu gostei de escrever. Eu meio que tenho muitas idéias malucas e essa foi uma delas.
Muito obrigada a quem leu, comentou e tudo.
Gratidão!!!



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