Opostos: One-shots de Miraculous escrita por Arthemis0


Capítulo 14
One-shot 14 - Porque devo escolher um?


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas!! Tudo beleza? Faz bastante tempo que não escrevo uma fic de Miraculous, espero não ter perdido a mão.

Bem esse foi um pedido da querida @MiLLi12111

Faz um tempinho que ela me pediu, e confesso que estava com um pouco de medo de escrever uma história assim, já que nunca tinha lido, nem pensado em algo assim antes, receio que eu seja um pouco tradicional em questão de relacionamentos

Mas aceitei o desafio dela, e aqui está a história. Me inspirei na série Sense8 para fazer essa história.

Enfim, sem enrolação, vamos para história, espero que gostem

Sinopse: Em um passeio inocente ao parque L'amour Vrai, famoso por descobrir qual o verdadeiro sentimento que um casal tem, lhes proporcionando um Momento Mágico, Marinette se vê dividida entre seu compromisso e seu desejo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/750467/chapter/14

Marinette estava no terraço de sua casa, olhando a rua, o seu movimento, as pessoas que passavam e se cumprimentavam, era um domingo monótono e ela só estava esperando o dia acabar, deitar em sua cama e acordar na segunda-feira, afinal, não tinha sido um dia fácil. Mais cedo, enquanto lutava com vilões descobriu sem querer a identidade de seu parceiro, e ela ainda estava processando tudo em sua cabeça. Descobrir que Adrien era ChatNoir foi sim uma surpresa, e uma das boas. O coração dela, que agora batia mais forte por ele, como se isso fosse possível...

NÃO! Marinette, pare de pensar essas coisas!— Se repreendeu.

Não podia se deixar levar pelos sentimentos que tinha por Adrien, nem por ChatNoir, afinal, ela já havia se decidido em ficar com Luka e estava sim apaixonada. E o loiro... havia se decidido em ficar com Kyoko.

Porque meu coração continua batendo por aquele maldito gato!?

E o coração bateu mais forte de novo, dessa vez de susto, o celular de Marinette tinha começado a vibrar em seu bolso, ela pegou o aparelho e viu mensagens de sua amiga, Alya a convidava para ir ao parque de diversões itinerante que tinha chego na cidade, pediu para chamar Luka, e foi o que fez. Minutos mais tarde os dois já estavam no parque, andavam calmamente até a entrada, a azulada consegui ver Alya acenando, do lado de Nino e... de Adrien!?

O que ele está fazendo aqui!?

Não era nada ilógico o loiro estar ali, afinal era amigo de Nino, e seu amigo também, o que ela estava pensando?

— Vamos seus lerdos, estamos esperando a uma eternidade! – Alya gritou assim que os viu, estava animada, agitando os braços e sinalizando que o grupo estava ali.

— Estamos indo. – Marinette gritou de volta. – O parque não vai sair correndo.

— Talvez saia, é itinerante. – Os gritos iam diminuindo conforme eles se aproximavam. – Que demora. – Reclamou impaciente.

— Não demoramos tanto assim! – Marinette retrucou corada. – Porque está desesperada para entrar no parque?

— Não ouviu falar desse parque!?

Marinette olhou para o lugar, que estava atrás de Alya, era realmente um parque lindo, eles estavam começando a acender as luzes conforme o dia virava noite, o céu estava colorido, com belos tons de anil, que passava para o roxo que ia para o rosa até o laranja que estava envolta do Sol se pondo. O que fazia com que as luzes amarelas do parque se destacassem, o deixava convidativo, até mesmo, romântico.

— O que tem de especial nesse parque?  - Foi a vez de Luka perguntar.

— Ora! – Respondeu Alya indignada, como se todos precisassem saber o que tinha de especial naquele parque. – Vejam o nome:

Em um letreiro bem alto e luminoso estava escrito: L'amour Vrai

— Verdadeiro Amor. – Marinette leu.

— Exato! – A morena sorriu.

— O que tem?

— Os boatos dizem, que quando você passeia pelo parque com aquela pessoa que você está em um relacionamento ou sentimentos e essa pessoa realmente te amar, algo mágico irá acontecer, algo que diz “Estou com a pessoa certa!”. Mas se esse momento mágico não acontecer o relacionamento está fadado a acabar. – Alya pegou a mão de Marinette e a puxou para a entrada do parque. – Vamos logo.

As duas saíram correndo para pagar suas entradas, os meninos a seguiram. As amigas estavam com os braços entrelaçados e a azulada pensava no que Alya havia falado, suspeitando do porque tinha dito em levar Luka e também no porque Adrien estava com eles.

— Alya, essa história, onde ouviu?

— Em um blog na internet, uma review desse parque. – Ela se virou para Marinette enquanto ainda andavam. – A pessoa que estava escrevendo me pareceu muito convencida de que o boato era verdade, já que ela mesma disse que vivenciou esse “momento mágico”.

A mestiça suspirou.

— Alya, por acaso seu plano não é testar meu relacionamento com Luka, e por isso você também trouxe o Adrien, para caso eu não tenha esse momento com o Luka, tenha com o Adrien!?

— Claro que não! – Respondeu indignada. – Também quero testar meu relacionamento com Nino.

— ALYA!

— Calma amiga, afinal de contas é só um boato.

— Já pensou que Adrien poderia ficar desconfortável, iria ficar de vela para dois casais.

— Acho que não. – Alya olhou para trás. – Parece que somos nós que estamos sobrando.

Olhando também para trás Marinette viu que os meninos não pareciam ter esquecido da presença deles, pois já conversavam e brincavam uns com os outros.

— Podia ter pelo menos pedido para Adrien chamar Kyoko.

— Mas eu pedi para ele chamar, quando apareceu aqui estava sozinho.

Estranho, da última vez que conversei com Kyoko eles pareciam bem

Não ficou pensando muito nisso, na verdade nem deu tempo de pensar, quando viu Marinette estava sendo arrastada de volta para o grupo, Alya, agora com os braços envolvidos nos de Nino, e Marinette entre Adrien e Luka, ela começou a soar frio enquanto os acompanhava estava se sentindo constrangida, então decidiu puxar assunto.

— E-En-Então Adrien. – Falou gaguejando. – Porque Kyoko não veio?

— Bem... – Respirou fundo antes de responder. – Nós descobrimos que nossa relação não combina com algo amoroso, está mais para uma amizade, até algo mais fraternal.

Adrien abaixou a cabeça olhando diretamente para ela, tinha algo naquele olhar, ela sabia. Marinette prendeu a respiração, não podia ser aquilo que estava imaginando. Era como se ele pedisse pelo carinho dela, a tentasse a passar a mão por seus cabelos e dizer que estava tudo bem. Naquele olhar podia-se ver uma mistura perfeita de Chat e Adrien, inocência com malícia. “Me toque, sei que você quer isso.”.

— Poxa, sinto muito não ter dado certo. – Luka respondeu envolvendo Marinette no seu braço, a puxando mais para perto.

— Sim, também sinto muito Adrien. – Marinette voltou o olhar para o chão, colocou a mão em sua bochecha, podia sentir que estava corada.

— PESSOAL! – Alya os chamou. – Vamos na roda gigante!

E novamente lá estava Marinette sendo puxada por Alya. Mas dessa vez estava junto com o Luka. Felizmente a roda gigante não tinha fila, então assim que a primeira cabine parou ela e Luka entraram, era uma cabine com dois bancos com um tamanho bom para quatro pessoas, com cobertura e janelas de vidro sujas, com espaço em cima para entrada de ar. Ouviu a porta sendo fechada e Marinete olhou para a amiga, com as mãos envoltas da boca, fazendo um cone sussurrou:

— Momento mágico. – Em seguida sorriu e acenou, se despedindo.

Essa aí me paga— Pensou Marinette divertidamente.

Assim que os dois se viram um de frente para o outro. Marinete e Luka se encararam por um breve momento em seguida sentiram a cabine andar, a azulada viu Nino e Alya entrando na próxima cabine e Adrien entrou na terceira sozinho. Ela se sentiu triste por ele, não queria que o amigo se sentisse solitário, já era ruim demais ele se sentir assim com a família.

— No que está pensando? – Luka a encarava.

— Nada demais. – Disse sucinta. – Só que Adrien parecia triste. Acha que ele descobriu sua verdadeira relação com Kyoko nesse parque?

— Não sei se descobriu aqui. – Riu de forma boba. – Mas, com certeza está triste, terminar um relacionamento nunca é fácil.

— Hum, tem experiencia nisso?

Luka riu e passou a mão atrás da cabeça, sem graça, de forma ágil se sentou ao lado de Marinette.

— Não. Só penso que ficaria muito triste, angustiado até, se o que tenho com você terminasse.

Ambos se encararam sérios, a azulada olhou para os olhos azuis dele mais claros que os dela, era como ver um rio límpido passando por sua mente a acalmando.

Por favor, que nenhum Akuma atrapalhe esse momento.— Em algum lugar seu pedido estava sendo atendido, essa não era uma noite que Hawk Moth iria atacar.

Ela e Luka estavam juntos a 3 meses, e nesse tempo ela já pode perceber o quanto se entendiam. O mais velho era sempre paciente com ela, a tratando como uma delicada pétala de flor, mesmo que ela não precisasse dessa proteção sendo quem é, a Ladybug. Naquele momento de silencio ele passava a mão pelo rosto da mestiça, com suavidade, contornava os traços dela como se quisesse grava-los em suas digitais, e Matinette se entregou ao carinho, fechando os olhos.

Inclinou a cabeça para poder aproveitar mais, sentiu Luka se aproximando, sentiu a respiração dele em sua franja, e não ousou se mexer. Se ele estivesse disposto a dar mais carinho a ela, não iria recusar. O moreno encostou os lábios e o nariz meio gelados na bochecha dela, o que fez Marinette se arrepiar, deslizou seu rosto para o início do pescoço, aspirando profundamente o perfume doce, se aconchegando naquele pequeno espaço por um momento, logo se afastou e a mestiça sentiu calafrio pela separação.

Luka a encarou, então Marinette abriu os olhos, o encarando devolta, e perdeu o folego, o céu já estava escuro e a paisagem do parque ao fundo fazia tudo parecer desfocado a única coisa em que ela podia focar eram nos olhos azuis claros a sua frente, que faziam o reflexo das várias luzes, eram pequenos pontos brilhantes amarelos em um rio cristalino. Marinette ofegou

O Momento Mágico — Pensou – Mais cedo que imaginava.

Foi o limite para Luka, afinal, Marinette com os olhos semicerrados e a boca rosada eram um convite perfeito para o que ele queira fazer. Ele ficou durante muito tempo à esperando, quando finalmente a conseguiu pedir em namoro e ter seu pedido aceito vibrou de felicidade. E agora ela estava lá, com ele, se entregando, como poderia resistir?

Com delicadeza ele a puxou para perto, beijando sua testa, a ponta do nariz, até finalmente chegar na boca, um beijo que começou delicado foi logo se aprofundando. Luka colocou uma das mãos na nuca da azulada e a outra envolveu sua cintura, a puxou para seu colo e ali começou a explorar a boca dela. As mãos de Marinete se elevaram ela segurou com firmeza a jaqueta dele, querendo sentir mais, acreditando ainda mais naquele amor.

Estou com a pessoa certa! – Riu internamente lembrando do que Alya tinha dito.

O beijo, que não parecia poder ficar mais doce ou romântico, até que Luka tirou a mão das costas de Marinette, meio relutante, desceu os dedos até o quadril, passando pelas coxas até chegar a parte posterior do joelho dela, elevando, fez com que Marinette inclinasse para trás, colocando uma das mãos no banco ela ficou meio deitada, sendo segurada pela mão de Luka na sua nuca. O beijo foi interrompido

— Eu te quero. – Ele beijou a bochecha dela e sussurrou em seu ouvido. – Por inteiro.

O moreno começou a mordiscar seu pescoço, beijando toda a pele exposta, ele afastou a blusa dela e chegou no ombro, ficando ali, beijando-a.

— Luka. – O nome dele saiu como um gemido fraco, o que o fez morder com certa força o ombro dela. – Estamos... na roda... gigante.

— Hum... – Ele parecia não se importar.

— Luka... – Foi interrompida de protestar com os beijos dele que voltavam para seu rosto.

Ele deixava uma trilha de beijos que a deixavam arrepiada, a pele dele era gelada e isso a fazia se sentir como se estivesse boiando dentro de uma água calma, que a refrescava em um dia quente de verão. Marinette queria mergulhar nessa água, se afundar nela, não se importava, não tinha medo. Fechando os olhos novamente, dessa vez ela implorou.

— Luka, por favor. – Ele deu um beijo rápido e sorriu para ela.

— Está me pedindo para parar ou para continuar?

Marinette travou a mandíbula, o que ela queira mesmo era...

— Quero que continue. – Luka sorriu e voltou a beija-la no pescoço, vários beijinhos que a faziam ofegar. – Mas não agora, mais tarde, agora, estamos no parque, com nossos amigos, em uma roda gigante que a qualquer momento irá parar.

A azulada colocou a mão no peito dele o afastando, bem a tempo da roda gigante parar e os dois terem que sair. Luka pulou na frente, dando a mão para ajudar Marinette, que aceitou. Não precisaram esperar muito, logo a cabine com Nino e Alya parou e os dois desceram, em seguida Adrien desceu.

— Porque foi sozinho cara? – Luka perguntou a Adrien.

— Não quis atrapalhar os casais. – Sorriu sincero.

— Eu tentei convencê-lo que não atrapalharia. – Nino deu de ombros. – Mas insistiu em ir sozinho.

— Bom. – Alya mudou de assunto. – Agora para onde vamos?

— Que tal aquela? – Marinette apontou para o carrinho bate-bate.

E o grupo foi animado para o próximo brinquedo.

...

Passearam por quase todo o parque, desde a xícara maluca ao barco viking, do carrossel até o chapéu mexicano. O grupo agora estava na lanchonete comendo algo super faturado como janta antes de entrar na última atração, a que era aberta só de noite, a Mansão Mal-assombrada, enquanto os meninos se distraiam roubando a batata frita uns dos outros, Alya se aproximou de Marinette discretamente.

— Tive meu momento mágico. – Sussurrou.

— Onde?

— A pouco tempo, no teleférico. – Eles usaram o teleférico do parque para chegar a parte das lanchonetes mais rápido. – Ah! Marinette, foi tão... Mágico, tudo parecia correr em câmera lenta... Foi exatamente aquilo que estava escrito no blog, eu pensei...

— “Estou com a pessoa certa.” – As duas disseram juntas.

— Marinette! – Alya disse um pouco alto, o que fez os meninos pararem de brincar o olhar para delas. – Com licença, conversa de meninas. – Alya gesticulou com a mão, para não prestarem atenção na conversa delas. – Quando? Onde? Como? – Voltou a falar mais baixo.

— Na roda gigante.

— Porque não me contou antes? – Perguntou indignada, falando novamente mais alto.

— Alya! – A repreendeu.

— Desculpe. – Encolheu os ombros.

— Porque só agora estamos conversando, desde a entrada no parque, eu não quero falar isso na frente do... – Marinette engasgou com a palavra.

— Na frente do Adrien.

— Claro, ele acabou de terminar com a Kyoko, não quero que ele se sinta triste.

— Não é isso amiga. – Alya afastou o cabelo da mestiça que descia pelo ombro. – Você ainda tem sentimentos pelo loiro, não?

— Eu... – Marinette olhou para a morena, sabia que não adiantaria de nada mentir ou ocultar alguma coisa dela. – Eu não tenho certeza, eu ainda fico gaguejando e corando na frente dele, mas... – Marinette olhava para Adrien e Luka, os dois sorriam pareciam se conhecer a uma vida de tão próximos. – O momento que tive com o Luka, foi, como você disse, mágico, nunca me senti aquilo antes, parecia tão certo.

Alya suspirou.

— Nunca se sabe. – Disse terminando seu lanche e jogando o guardanapo na bandeja. – Ainda temos uma última atração para ir. – Disse para todos na mesa.

— Claro. – Nino foi o primeiro a se pôr de pé.

— Esse vai ser o mais legal. – Adrien se animou e caminhou na frente de todos, mas parou ao ver que Marinette havia ficado para trás.

— Acho que não vou. – Encolheu os ombros. – Podem ir, os espero aqui.

— Porque não? – Alya passou a mão pelas costas da amiga.

Marinette somente negou com a cabeça, e antes mesmo que Luka pudesse fazer algo, Adrien foi mais rápido e pegou a mão da azulada.

— Medo? – Perguntou, ela se assustou com a atitude dele, mas somente concordou com a cabeça. – Não se preocupe. – O loiro beijou a mão dela. – É só ficar do meu lado.

Receosa concordou, afinal, nunca conseguiu negar nada para Adrien. Luka somente os observou de longe, ele sentiu algo estranho eu seu coração, não era ciúmes, ele só queria se juntar aos dois, pegar na outra mão de Marinette e dizer que não precisava ter medo também. Talvez fosse como ver algo que é precioso pra você sendo amado por outro, e você confiava tanto nessa pessoa que não se importava se essa coisa preciosa ficasse com a outra pessoa, desde de que ficasse com você também.

Marinette e Adrien entraram na mansão, imediatamente ela sentindo um frio na espinha, nunca gostou muito de coisas assustadoras, o único filme de terror que já tinha assistido era Atividade Paranormal e já tinha sido o suficiente para ela ficar dois dias sem dormir. O que aconteceria se entrasse em uma Mansão Mal-assombrada? Com certeza precisaria ir dormir com a luz acessa durante um bom tempo, isso se dormisse.

Já para o loiro não era das mansões mais assustadores que já tinha visitado, a entrada era um cemitério com lápides mal pintadas e teias de aranha verdadeiras. Ele se virou para Marinette

— Não precisa ter medo, esse lugar não parece tão assustado.

Ela apenas deu um leve sorriso e concordou.

Não é assustador para você.

Avançando, ele se preocupo de deixar Marinette do seu lado, sempre a observando, os amigos estavam logo atrás. Mas Adrien queria ficar seu momento a sós com ela, a puxou para andarem um pouco mais rápido. Entraram na mansão e o loiro pouco se impressionou. O primeiro cômodo era uma sala escura e mais para frente podia se ver uma luz verde vívida, “Zumbis” ele pensou já prevendo o que lhes daria susto.

— Marinette. – Ele se virou para ela, ou pelo menos para o lugar onde ela parecia estar. – Aposto que no próximo cômodo há zumbis.

— Co-como sabe? – Gaguejou com medo.

— Intuição. – Respondeu simplesmente.

E o loiro não estava errado, eram mesmo zumbis, três os perseguiram.

— Vamos! – Adrien puxou Marinette que mal se moveu, estava paralisada de medo.

Apesar de ser uma atração antiga e clichê as maquiagens eram bem realistas, e todo aquele sangue, os órgãos falsos e o som de morte junto com a boa interpretação dos atores fez a mestiça paralisar

— MARINETTE! – o modelo se preocupou e a ergueu no colo, a levando para um lugar afastado.

A azulada se viu em um pequeno corredor, algo que parecia o começo para a entrada de funcionários. Foi colocada no chão com cuidado, e apoiou as costas na parede mais próxima e Adrien, se aproximou, colocou uma das mãos na parede do lado da cabeça da mestiça e a outra passou pela bochecha dela, o que a fez arrepiar.

— Marinette. – Disse mais calmo. – Você está bem?

— De-desculpe. – Riu envergonhada. – Sou medrosa.

— Porque não me avisou antes?

— Não sei, acho que não consigo negar nada a você. – Admitiu.

Adrien a observou com cautela, na visão dele a mestiça parecia deliciosamente frágil, com os ombros encolhidos, um pouco corada e ofegante, com a boca entreaberta que pediam por atenção. Acariciava a bochecha dela com certa avidez, e Marinette se fixou no olhar dele, aqueles grandes olhos verdes, naquela luz pareciam mais selvagens, era uma faísca de ChatNoir ali. Uma parte da mestiça pedia para se entregar, pedia para ela colocar a mão sobre a dele e incentivar a fazer aquilo, outra parte falava para afasta-lo.

— Então se eu pedir para te beijar, você não negaria?

Marinette engoliu seco, e negou com a cabeça.

Não, não negaria.— Pensou um pouco culpada.

Antes que pudesse pensar em mais coisas, a mestiça teve o queixo erguido, e uma língua invadiu sua boca, era quente, Adrien era quente, e seu corpo queimava com ele, ali a prensando na parede, ela queria se queimar. Era como se estivesse em frete de uma lareira tomando chocolate quente em um dia frio de inverno. Seu corpo pedia por mais. Ele passou a mão livre pelo tronco dela, a apertando de forma cedente, o que a fez ofegar, a mão que estava no queixo passou para a bochecha e depois para o pescoço de Marinette, a fazendo girar a cabeça e fazendo Adrien aprofundar ainda mais o beijo.

Marinette engue as mãos e colocou os dedos entre as mechas do loiro, ele, por sua vez, se abaixou e ergueu uma das pernas de Marinette, e a azulada pode sentir o volume dele, ela gemeu. O loiro se pressionava contra ela, se esfregando, e ela não pode fazer nada, não queria fazer nada. Adrien passou então a mão pelos cabelos azulados, conduzindo seus movimentos, não a deixando escapar. Isso fez Marinette pensar.

Estou com a pessoa certa?

— Marinette. – Sussurrou, ah! Como ela gostava de como o nome dela soava na boca dele. – Eu sei que não é hora nem lugar para isso, mas quero que saiba o quanto de desejo.

Adrien a pressionou mais, a fazendo desejar tirar as roupas. Aquilo a estava deixando fora de si, se não o parasse naquele momento se entregaria para Adrien, assim como quase fez com Luka. Seus pensamentos voltaram para o loiro quando ele separou suas bocas, e começou a beija-la, em seu pescoço, clavícula, ombros, deixando um rastro quente na pele de Marinette. Foi quando o loiro parou, a encarou, com os rostos quase colados.

...

No final do passeio Marinette estava confusa, tinha tido dois momentos mágicos, um acolhedor como a água e outro quente como fogo. O que ela faria dali para frente? Não podia deixar seu relacionamento com Luka, o amava, tinha certeza disso, e também sabia que ela a amava. Já Adrien, ela sempre teve uma queda por ele, sempre o desejou em seus sonhos mais sórdidos, fazendo e continuando a fazer o que tinha começado na mansão mal-assombrada. O que ela faria?

No dia seguinte Marinette andava para a escola com a cabeça ocupada. Sua mente estava dividida entre dois amantes. Foi quando se deparou com seus pensamentos bem na sua frente. Adrien e Luka estavam na frente da escola, conversando, pareciam sérios, e quando viram Marinette foram até ela sem demora.

— Bom dia querida. – Disse Luka.

— Bom dia. – Seguiu Adrien.

— Bo-bom dia...? – Respondeu incerta.

— Podemos conversar? – O loiro perguntou. – Em um lugar a sós?

— Sim. – Respondeu.

A azulada respirou fundo enquanto os acompanhava não pensou que teria essa conversa logo no começo do dia. Chegaram em uma sala lotada com equipamentos para esporte, era o depósito da quadra, um lugar que a porta sempre ficava aberta, mas, quando não era o intervalo, quase ninguém entrava ali. E lá estavam os três, em uma salinha pequena, um pouco abafada e com pouco iluminação. E a imaginação de Marinette a fez ir por caminhos devassos, como a imagem dos três se acariciando e se beijando de forma louca e inconsequente.

— Marinette. – Luka chamou a atenção dela. – Já sei o que aconteceu com você e Adrien no último brinquedo do parque.

Ela congelou, e olhou para baixo.

— Me desculpe... – Quando ia tentar começar sua explicação Luka a interrompeu.

— Não precisa se desculpar. – Engoliu seco. – Eu não estou bravo. Estávamos conversando, eu e Adrien. – Disse, olhando para o loiro. – E nós concordamos que nunca sentimos inveja ou ciúmes um do outro.

— Eu nunca fiquei brava quando você começou a namorar com Luka, só que, quando vi a oportunidade de ter um pouco de você, eu a agarrei, literalmente. – O loiro passou a mão pelos cabelos. – O que queremos dizer é que, nós dois te amamos, no mesmo tanto, e não vamos ficar brigando ou discutindo para saber com quem você quer ficar.

— Vou aceitar se você quiser ficar com Adrien, assim como ele aceitaria se você continuasse comigo. – Adrien concordou com a cabeça.

Marinette olhava para os dois surpresa, não esperava uma atitude tão madura e coerente vindo deles, ela alternava a visão entre os dois.

Bom, pelo menos chegar no assunto foi mais fácil do que imaginava.— Esboçou um sorriso no rosto, rindo internamente.

Depois de uns bons minutos em silencio Marinette se pronunciou.

— A questão é essa, eu não consigo escolher. – Os dois a olharam com dúvida. – Eu simplesmente não consigo escolher entre vocês dois. Ambos me fazem sentir de maneira única e especial ao seu modo. Luka me faz sentir num grande lago acolhedor e Adrien me faz pegar fogo. Não consigo escolher um dos dois, eu só posso... – Ela deu uma pausa para falar. – Minha escolha não é um ou outro, mas os dois, se concordarem, é claro.

Luka e Adrien se entreolharem surpresos. Aquilo foi um desfecho inesperado.

— Um trisal? – Adrien perguntou, ponderando a questão

— Sim, um trisal. – A azulada concordou.

Mais segundos de silencio se seguiram, nenhum dos dois tinha pensado nessa alternativa antes.

— Muito bem, seremos um trisal então. – Luka concordou feliz. – Terei as duas pessoas mais lindas que conheço como meus companheiros.

Ele se aproximou e pegou na mão dos dois, os três corados fizeram um pacto silencioso ali. Seriam amigos, companheiros e amantes um do outro, e seriam felizes.

—FIM-


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Opostos: One-shots de Miraculous" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.