Keep Holding On escrita por Naokii


Capítulo 23
Keep Holding On




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A teoria da Relatividade é como se chama o conjunto de duas teorias científicas feitas por estudiosos físicos no século passado. Uma delas é a Teoria da Relatividade Geral, feita por Einstein, e ela defende que o tempo é relativo.
Para resumir: o tempo é relativo dependendo do ponto de vista do observador. Para uma pessoa que está no trabalho, preocupada com a hora de voltar para casa, o tempo parecer correr devagar. Para uma pessoa que está se divertindo com amigos, o tempo parece voar.
Vocês devem estar se perguntando o que essa explicação tem a ver com o capítulo, mas aí vem a questão: para Juvia, o ponteiro do relógio parecia não se mexer. Os minutos que se passavam enquanto ela entrava num carro mandado por Erza e descia correndo para entrar no hospital se arrastavam tão devagar que não seria surpresa nenhuma para a azulada descobrir que havia se passado um século.
— Erza! – disse, ao ver a ruiva com o rosto avermelhado (provavelmente de tanto chorar). – Mika... – a respiração da nossa protagonista estava profunda. – Pode me dizer o que aconteceu?
— Eu vou lhe contar. – disse, dando uma pausa. – Mas você precisa ser forte. 
Juvia apenas assentiu, com um ar de preocupação. 
— Gray sofreu um acidente enquanto voltava para casa. Parece que houve uma perseguição. A Chelia conseguiu fugir da polícia quando vocês foram sequestrados. Ela foi atrás do Gray e isso aconteceu. – disse com um pesar. – O carro capotou. Por sorte, o motorista e Gray sobreviveram e não sofreram muito dano físico. Já a Chelia...
— O que houve com ela?
— Ela foi atingida pelos estilhaços e teve as pernas esmagadas. O carro pegou fogo e parte de seu corpo foi queimado.
— Oh, não! – Juvia levou uma mão a boca. – Ela... Ela sobreviveu? 
— Quando a ambulância chegou, ela ainda estava viva. O incêndio tinha acabado de começar, então ela só tinha algumas queimaduras leves sobre o rosto. Mas... você a conhece. Ela não aceitou sobreviver se fosse ficar desse jeito. Enquanto os bombeiros corriam para salvá-la, ela pegou um pedaço de vidro e acabou com a própria vida. 
— Que horrível. – a Lockser sentiu um calafrio com a história. Por mais que devesse sentir ódio da garota, sentia-se triste, de alguma forma. – E-E o Gray? 
— Ele está em coma, Juvia. – Erza disse, com a voz embargada. – Os médicos não sabem que dia ele irá acordar. – limpou uma lágrima que escorreu. – Ele não tem muitos danos físicos, mas bateu forte a cabeça.
O coração da azulada pareceu congelar. De novo, a teoria de Einstein se fez presente na vida da jovem. Aquele segundo não parecia acabar nunca. 
— E-Eu posso vê-lo? – perguntou a um enfermeiro que acabou de sair da sala que o moreno estava internado.
— O horário de visitas acabou. Agora só amanhã.
— QUE SE DANE! – Erza gritou.
— Senhorita, você não pode gritar. 
— EU NÃO ESTOU NEM AÍ! VOCÊ SABE QUEM NÓS SOMOS? NOSSA FAMÍLIA É DONA DESSE HOSPITAL!
— Acalme-se, Erza. – Mika colocou uma mão no ombro da filha e depois encarou o funcionário. – Essa jovem vai entrar e vai ficar todo o tempo que quiser. E não adianta reclamar com seu chefe senão eu demito os dois. 
— Pessoal, não precisa se preocu...
— Eu insisto, Juvia. Sei que está angustiada. Você pode ficar lá com ele por um tempo.
— Obrigada. – sorriu triste e passou pelo enfermeiro, que apenas deu de ombros. Entrou no quarto e se deparou com o moreno em sono profundo. Seu coração se apertou. – Achei que você fosse mais forte, F4. – deu um sorriso tristonho e se sentou na cadeira do lado do namorado. – Seu cabelo está bagunçado. – penteou os fios do rapaz com os dedos. – Você vai sair dessa, eu sei que vai. Só... não me esqueça, tudo bem? – depositou um beijo numa das mãos do Fullbuster.
Se passaram 3 dias que Juvia não saia do lado dele, por mais que tentassem tirar ela de lá. O único momento que saia de perto do moreno era quando ia para o banheiro do quarto tomar banho, mas até a comida tinham que levar até ela, senão ela não iria se alimentar. Na manhã do terceiro dia, o resto do F4 e Lucy chegaram no hospital, preocupados.
— Gray! Juvia! – Natsu foi escandaloso como sempre abrir a porta onde o seu líder estava, mas se deparou com Juvia dormindo com a cabeça apoiada na cama. 
— Juvia... – Lucy engoliu um soluço. Tinha vontade de chorar como nunca. 
Lyon estava se remoendo de preocupação, mas se esforçou para parecer o mais neutro possivel e acordou a Lockser gentilmente. 
— Hum?
— Juvia, você precisa ir para casa. 
— O quê? Não mesmo. Eu não vou sair daqui sem que ele esteja bem e...
— Lyon tem razão, amiga. – a loira presente disse. – Eu entendo como você está se sentindo, mas precisa se cuidar. Você não sai daqui faz 3 dias. Desse jeito quem vai ser internada é você. 
— Mas...
— Escuta, eu, Lyon e Luce iremos ficar aqui enquanto você vai pelo menos no refeitório comer alguma coisa. Por favor. 
— Não vai acontecer nada, nós prometemos. Você só tem que se distrair um pouco. 
— Tudo bem. – suspirou, desistindo de discutir. – Eu vou comer alguma coisa. – amarrou seus cabelos em um coque e abraçou seus amigos. 
— Vai dar tudo certo, você é forte, anjo. – Lucy lhe disse. 
O caminho até o refeitório do hospital foi rápido. Estava tão distraída que nem se deu conta que já estava com a bandeja em mãos se direcionando para alguma mesa. Foi quando ela reconheceu um rosto conhecido numa das mesas do canto. 
— Vivi! – disse, se aproximando da garota. 
— Juvia, oi! – sorriu. – Quer sentar?
— Ah, claro. Obrigada. – sentou-se. – Então, o que faz aqui? 
— Bom... lembra que eu disse que eu tinha deixado uma pessoa que eu gostava ir embora? Depois de falar com você eu percebi que não deveria mais perder tempo e me encontrar com ela logo. Foi por acaso, mas eu descobri enquanto fazia um estágio nesse hospital que a pessoa está internada. 
— Eu sinto muito por isso. 
— É triste mesmo, e o pior é que como meu estágio acabou, eu não posso visitá-lo aqui, e a família não permitiria. – deu um sorriso triste. – Só me resta torcer daqui. Mas e você? Parece tão abatida... – constatou, com tristeza.
— Bom, sabe aquele garoto que eu não tinha certeza se gostava dele? Começamos a namorar. Foram os melhores dias da minha vida, mas ele acabou se envolvendo num acidente e agora está em coma. Não tenho saído do lado dele durante esses dias, mas meus amigos insistiram. 
— Que saco. 
— A vida é um droga. 
Antes que as duas garotas pudessem terminar de desfrutar seu café da manhã totalmente, uma Lucy descabelada adentrou o local.
— JUVIAAAAAAAAAA! O GRAY ACORDOU! – Heartphillia gritou.
— O QUÊ? – abriu um sorriso. 
A expressão de Vivi era de pura confusão.
— Espera, Gray? Juvia, posso ir com você? 
— Claro! – disse, empolgada. – Vamos logo. 
As três garotas subiram de elevador para o quarto onde o nosso co-protagonista estava. A porta do quarto foi aberta pela Pow Blue Girl.
Gray estava com um sorriso enorme, falando com Lyon e Mika, quando ouviu a porta se abrir com força. Sua feição alegre foi tomada por uma feição de "o que é que tá acontecendo?"
— Você finalmente acordou! – ela correu em direção dele.
— Hã? – o moreno não teve tempo de falar nada pois foi interrompido com um beijo da azulada. 
Não é por nada não, mas foi um puta beijo desesperado, e eu nem tô dizendo isso pra acrescentar mais drama pra história. De início, Gray parecia meio surpreso e sem reação, mas foi como se seu corpo reagisse sozinho a tudo. Se separaram quando o ar faltou. O garoto tinha o rosto todo vermelho.
— Vão pra um quarto. – disse Natsu. 
Juvia abriu um sorriso, mas seu namorado ainda buscava ar e sua mente parecia estar uma verdadeira bagunça.
— O que houve, Gray? 
— Quem... é... você?
— Como assim? – o corpo de Juvia gelou. 
— Gray, deixe de brincadeira. – ordenou Erza.
— É-É sério. Quem é essa garota? Por que estamos aqui, o que aconteceu? 
— Lyon, chame o enfermeiro de volta. – Mika disse. 
— Vivi? – o moreno disse ao ver a garota no canto do quarto. 
— O-Oi. 
— Há quanto tempo! – abriu um sorriso.
Era demais pra Juvia. Ela saiu da sala correndo. Queria vomitar. Lucy e Natsu correram atrás da menina e a acalmaram pra que ela ao menos esperasse o médico dar o diagnóstico. 
Se passaram algumas horas quando o doutor saiu do quarto com uma prancheta. 
— O Sr. Fullbuster foi diagnosticado com perda de memória recente devido a grave lesão que sofreu na cabeça decorrente ao acidente que sofreu. Ele perdeu a memória de poucos meses atrás, por isso não se recorda da senhorita Lockser nem da senhorita Heartphillia. 
— Quanto tempo isso pode durar? – Silver perguntou. 
— Pode durar por curto ou longo prazo. Vocês podem tentar mostrar coisas que o fariam recordar, como mostrar fotos, videos, músicas ou praticar alguma atividade juntos. Bom, Gray ficará aqui mais alguns dias e logo levará alta.
Era o fim do mundo. Haviam se passado 15 dias que nossa azulada estava só o pó. Gray havia tido alta há 9 dias, mas ela não tivera coragem de visitá-lo depois da última vez. Seus amigos vinham lhe animar, mas a Lockser estava sempre ocupada servindo clientes ou nadando por aí pra se distrair. 
Por outro lado, Gray havia recebido inúmeros presentes dos estudantes do colégio, mas não estava interessado em nada. Tentava se entreter com alguma coisa, mas seus pensamentos sempre voltavam pra azulada misteriosa que havia lhe beijado. Era engraçado que mesmo quando estava fazendo a mais simples das tarefas como abrir a janela do próprio quarto ou até mesmo lavar o rosto pela manhã lhe lembrava daquela louca. Estaria começando a gostar dela? Isso era impossível, nem a conhecia. Certo dia, após tomar banho, estava andando pela sala sem camisa, quando se deparou com aquela doida no meio da sua sala, jogando video game com Jellal. Parecia um pouco abatida, mas aparentava se divertir bastante. Não conseguiu evitar ficar olhando pra face dela. Ela era tão linda e tão familiar. Por que seu coração estava batendo rápido? Quando percebeu, estava com o rosto todo vermelho.
— Gray? O que está fazendo aí? – Erza perguntou, segurando um copo de suco. – Não vai se sentar? 
— H-Hã...
Juvia se virou, envergonhada. Colocou uma mecha de cabelo pra trás, causando um arrepio na costela do garoto que a encarava. Ele estava nervoso e tímido mas não conseguia entender por quê.
— O-Oi, Gray. – a Lockser tentou sorrir naturalmente.
— Oi. – abriu um sorriso só em ouvir aquela voz. 
— Não quer jogar com a gente? 
— Claro. Se n-não for incomodar. – sentou-se do lado da garota.
— Erza, você sabe onde eu deixei a camisa que eu estava usando ontem? 
— Acho que está jogada na cama, quer procurar? – a ruiva disse, entendendo o que o namorado queria dizer. 
— Claro, vamos. – saíram, deixando os dois sozinhos. 
Ainda não era hora de jantar, mas nossos protagonistas estavam encarando uma baita torta de climão. 
— E então? Se sente melhor? – ela puxou o assunto como quem não quer nada. 
— Fisicamente, sim. Mas mentalmente... me desculpe, ainda não me lembro de você.
— Está tudo bem. – sorriu fracamente.
— Você não podia, sei lá, dar uma dica? Eu não consigo lembrar do tipo de relação que nós dois tínhamos. Éramos amigos? 
— Sim. Muito amigos. – era doloroso dizer aquilo. Ela gostaria de poder falar mais, porém o médico lhe disse que ele tinha que assimilar as coisas aos poucos, então ela não poderia lhe bombardear com toda a verdade de uma vez. 
— Quando eu acordei... –  o rosto do rapaz se tornou rubro. – Você me beijou. 
— Ahhhh! – de repente ela se viu corada. – Era um... beijo de amigos. Eu li na internet que beijar é um tipo de cumprimento em alguns países e eu só quis te receber bem. – mentiu.
— Ah. – o moreno balançou a cabeça, concordando. Seu coração batia descontroladamente. Seu interior queria pedir pra que ela lhe "cumprimentasse" novamente. 
— Eu preciso ir. – pro seu próprio bem, Juvia tinha que sair dali. 
Assim que cruzou o portão, deparou-se com Vivi.
— Juvia, ei! – se aproximou da azulada, percebendo que ela estava aos prantos.
— Oi, Vivi. – conseguiu pronunciar. 
— Precisamos conversar.
Vivi comprou uma bebida pras duas e esperou a azulada se acalmar.
— O cara que eu deixei ir era o Gray. – disse e a expressão de Juvia tornou-se surpresa. – Eu parti o coração dele, Juvia. Eu fui super idiota e eu achei que um dia eu fosse ter a chance de me redimir... mas eu perdi minha chance. 
— Vivi...
— Eu não vou agir como uma rival pra você, então não se preocupe. Estava indo lá hoje porque Gray me perdoou. Me desculpe, ele lembra de mim já que o que aconteceu foi há alguns anos. Me ofereci para ir lá todos os dias para ver se ele não precisa de nada, já que estou cursando enfermagem. – tomou um gole da bebida quente. – Eu não estou te falando pra você ter ciúmes nem nada, e eu respeito tudo o que vocês têm ou tiveram, sei lá. Estou te falando pra que não aconteça nenhum mal entendido.
— Está tudo bem, Vivi. Eu confio totalmente em você. Obrigada por ter me avisado. O Gray precisa seguir a vida dele, de qualquer forma.
— Juvia, pedi pra que você não me entendesse mal, lembra? O Gray é seu e vai lembrar de você pelo que você é. Ele só está doente. Vai dar tudo certo.
Mesmo sem esperança, a Lockser balançou a cabeça em concordância. Não sabia mais o que fazer, mas agradecia por Vivi ser tão honesta consigo.
***
— Qual é, eu vou socar essa tua cara idiota, Natsu! – Juvia gritava enquanto jogava uma partida de UNO com os amigos. Estavam na casa de Gray. O jovem, em sonhos, havia se lembrado de quando seus amigos jogavam UNO reunidos. Lembrou-se, pela primeira vez, que Juvia e Lucy estavam lá. Assim que contou pra sua irmã, ela tratou de reunir os outros pra tentar fazer seu brother lembrar de vez, mas o mesmo preferiu não jogar e apenas ficar olhando pra ver se alguma memória vinha à tona. Pra falar a verdade, tinha ficado desse jeito pois uma coisa lhe intrigava. Na sua lembrança, sentiu seu coração palpitar a cada ação da Lockser e isso estava se repetindo. Será que ele estava se...
— Apaixonando? – falou em voz alta e só percebeu quando seus amigos se viraram pra si. 
— O que você disse? – Lyon perguntou.
— Nada, nada. Estava me lembrando de uma música.
— Ah, tá. 
Ficou observando a azulada mais uma vez. Estava gostando daquela garota.
— Hey. – quando todo mundo desceu pra cozinha, Juvia foi a última a ficar (vamos fingir que não foi porque eles quiseram deixar o casal sozinho), e Gray resolveu aproveitar a oportunidade pra puxar assunto. – Como você está? 
— Indo, eu acho. – não conseguiu disfarçar a tristeza na voz. 
— Por que você sempre fala comigo nesse tom? Parece que falar comigo te deixa triste. 
— Não é verdade.
— Mas é o que sempre parece.
— Você só... me lembra alguém. 
— Ah. – suspirou aliviado. – Pensei que não gostasse de mim.
— Eu gosto mais do que você imagina, Gray.
O coração dele palpitou.
— Eu acho que... eu acho que gosto de você, Juvia. Eu não sei de onde estou tirando a coragem pra falar isso, eu provavelmente demoraria séculos pra te falar e acabaria falando sem perceber, mas eu sinto que eu posso confiar o suficiente pra dizer como eu me sinto. – ele fez carinho no rosto dela e aproximou. O coração da azulada se encheu de esperança. – Mas eu ainda não consigo me lembrar e eu não sei por quê. 
— Me desculpe. Eu não consigo mais fazer isso. – Juvia saiu correndo, deixando o nosso co-protagonista em total dúvida. Teria sido algo que dissera? 
Juvia passou pela sala da mansão correndo e bateu a porta, deixando os seus amigos em total dúvida. Gray corria logo atrás, mas parou pra perguntar pra eles se algum sabia por que a garota tinha corrido desse jeito.
— Eu disse que gosto dela. – foi sincero. 
— Então você se lembra? – Lucy perguntou.  
— Não, eu ainda não me lem...
Lyon segurou o amigo pelos ombros.
— Lyon! – Natsu gritou. – Nós não podemos obrigá-lo a se lembrar. 
— Deixa, Natsu. – Jellal se meteu. 
— Juvia era sua namorada, Gray. – o moreno arregalou os olhos. – Ela entrou na escola e te bateu com poucos dias estudando lá. Você se apaixonou por ela e demorou séculos pra finalmente falar alguma coisa. Ela é a filha de lavadeiros que você se apaixonou, seu idiota. Ela esteve com você todos os dias em que você esteve em coma. Ela é a Pow Blue Girl.
Gray passou alguns segundos em choque. 
— Aquela lavadeirazinha... – ele disse e se soltou do amigo. Correu logo em seguida. Tinha que alcançá-la. 
— O que estamos esperando? – Erza disse e todos correram atrás. 
Por motivos de clichê, chovia pra caramba. 
A residência dos Fullbusters era enorme, então Juvia ainda devia estar no local. 
— JUVIA! – o Fullbuster gritou, mas a garota não ouviu. – JUVIA!!! – ela parou e olhou pra trás. 
Gray se jogou na piscina, chamando a atenção em todos no local. 
— Gray! – a menina gritou e se jogou na água também. Ela o retirou da água, o estirando do lado da piscina. 
— Ele deve ter engolido muita água. – disse Lyon. 
— Alguém vai ter que fazer respiração boca a boca nele. – Lucy balançou a cabeça.
— Tudo bem. – a Lockser puxou ar e encostou nos lábios do garoto, mas foi puxada para um beijo. – O quê? 
— Eu não preciso de respiração nenhuma, Juvia. – disse. – Eu sei nadar, não lembra? 
— Hã?
— Eu me lembro, Pow Blue Girl. – selou seus lábios. – Eu me lembro que você me disse pra eliminar as lembranças ruins e pensar em você. – deu-lhe outro beijo. – Eu me lembro de ter a namorada mais linda, corajosa e forte do mundo.  Me desculpe por ser tão idiota. Eu amo você, sempre foi você. 
— O cara se apaixonou duas vezes pela mesma garota, mano. – disse Jellal.
E assim, molhados pela chuva, Gray e Juvia trocaram juras de amor e fizeram promessas pra nunca mais se separarem. Gray se perguntava como tinha sido tão tolo em ter esquecido tudo. Quer dizer, aqueles meses desde que Juvia tinha entrado na sua vida pareciam anos. Antes ele era tão rude, babaca e egocêntrico, mas gostar da garota lhe fez querer ser alguém melhor. O F4 inteiro sentia-se transformado com a chegada de Juvia e Lucy. Com a gentileza da loira e o pulso firme da azulada, as duas ensinaram que, para se alcançar qualquer coisa, você precisa continuar aguentando firme.
Bom, Jellal e Erza se casaram poucos meses depois. Os dois fizeram uma reunião simples, com poucos convidados, mas foi lindo. O primeiro filho deles nasceu em seguida, chamando-se Min. Gray se tornou um tio babão. Seu celular é cheio de fotos do garoto (só não é maior que a quantidade de fotos que tem da namorada) e só posta sobre ele em suas redes sociais. Ah, por falar nele, depois de se formarem na escola, Gray e Juvia foram morar juntos em outro país, porque, PASMEM, ela está treinando para as olimpíadas e o namorado tornou-se seu empresário. Natsu se mudou pra França com Lucy, eles estão noivos e ela está terminando sua faculdade de advocacia por lá. Lyon anunciou uma turnê há pouco tempo e Meredy abre seus shows. A Vovó Lockser se tornou fã número #1 do albino, por isso o acompanha sempre. Mizu completou 10 anos e sempre apoia sua irmã em todos os seus torneios. Com o dinheiro que recebe, a azulada comprou uma casa luxuosa pra mãe e a irmã morarem e alugou a antiga casa, lhes dando outra renda fixa. Gray e sua mãe estão mais próximos e Silver não poderia estar mais feliz com essa situação. 
Ah, antes que eu me esqueça, agora mesmo Juvia acabou de ganhar mais uma medalha e está comemorando com seus amigos num bar próximo. Eles estão super felizes com a situação e ela não consegue evitar sentir seu rosto corar quando escuta os elogios do seu namorado. Mas a melhor parte de tudo é saber que ele é a primeira pessoa que ela vê quando acorda e a última a ver antes de dormir, sempre lhe falando com uma vozinha de sono: "Eu te amo, lavadeira."


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