Under The Mistletoe escrita por Lily Potter


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Sei que deveria tá atualizando as fanfics paradas, mas esse plot nn saia da minha cabeça, então cá estou em pleno 24 de dezembro postando esse pequeno conto de Natal para vocês.

Ps: Apesar de estar diretamente relacionado a minha fanfic - Friends - ler este conto individualmente não fará tanta diferença, porém contém spoilers da fanfic citada a cima.



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O Natal sempre fora um dia bastante importante para Ginny Weasley. E diferente das outras pessoas, não era a comida, a festa ou os presentes que a marcava e sim os acontecimentos.

Sempre no dia 25 de dezembro algo realmente importante acontecia com ela. Não importava se era a meia noite, de manhã ou no almoço de Natal.

Parecia uma tradição do destino presenteá-la com os mais esquisitos acontecimentos.  Um bom exemplo disto foi o o Natal de 2004 quando Ron com toda sua brilhante inteligência resolveu brincar de pique comigo na primeira neve da estação. O resultado da nossa inteligência foi um belo braço fraturado para mim e um queixo ralado para meu irmão logo na manhã de Natal em que tia Muriel nos visitava. Assim como o natal de 2006 eu havia conseguido de alguma forma quebrar todo o conjunto de porcelana de natal favoritos de minha mãe apenas uma hora antes da ceia.

Outro Natal marcante, pelo menos ao seu ver, foi o de 2014. Ela conseguia lembrar se perfeitamente dele e dentre muitas memórias que guardava da data, esta era a mais especial. Se me perguntassem qual era a memória que eu guardava com mais perfeição, eu poderia dizer que era o Natal de 2014.

Era a noite de Natal mais linda que presenciei, a neve caía em perfeitos flocos e as casas brilhavam com as mais diferentes luzes decorativas, muito diferente do que eu estava habituada a ver lá em Ottery.

Mayfar parecia uma verdadeira cena de filme natalino de Hollywood, desde as decorações até os cantores  (Xmas Carol)  que passavam por cada uma das mansões. Assim que tocamos a campainha Lily nos atende com Harry ao seu lado, parecendo realmente inquieto.

— Molly querida, você está deslumbrante! — Exclama minha madrinha abraçando mamãe rapidamente e logo seu olhar se dirige a mim. — A Ginny está magnífica com esse vestido, não acha, Harry?

— Sim, ficou muito bonita. — Ele concorda me olhando brevemente e acena para mim e minha família.

Lily nos conduz para dentro de sua casa com Harry ao seu lado parecendo um tanto irritado. Ao chegar a sala nos separamos dos dois Potter e ficamos a olhar as decorações que a cada ano mudava.

Estava a observar as luzes da janela quando sinto a mão de Harry na minha. Olho para trás surpresa em vê -lo ali.

Sem dizer uma só palavra, ele me arrasta para o lado de fora de sua casa, com um brilho tão grande no olhar que o fazia parecer uma criança.  Sinto meu coração disparar, tê-lo tão perto de mim sempre fazia isso, porém eu sabia que nós nunca seríamos nada além de melhores amigos.  

— Então, quer dizer que você ficou com Diggory? — Pergunta ele chutando a neve que estava acumulada no jardim. Ele parecia um tanto sério e eu escondo um sorriso por finalmente ter conseguido arrancar uma emoção desse novo Harry.

Não conseguia entender o que havia de tão diferente em ser um colegial, porém para ele parecia ter todo a diferença e não isso estava apenas nos distanciando, como também dando a Harry uma nova identidade.

— Sim, como está a sua namorada? — Pergunto o encarando e esperando seu costumeiro revirar de olhos.

— Ela não é minha namorada e nós não estamos mais juntos. — Diz ele olhando para o nada enquanto dizia isto, seu olhar de repente se volta para mim e ele sorri malicioso.

— Como foi seu beijo com o Diggory? Ouvi boatos que ele tem bafo. — Comenta Harry como quem não quer nada.

— Não fale assim do Cedric, foi normal. — Respondo o mais vagamente possível, esperando que ele não notasse meu deslize. Ele passa alguns minutos em silêncio olhando para cima, para o antigo balanço onde estávamos.

Sigo seu olhar e me deparo com algo que deixou minhas pernas bambas. Bem ali, exatamente sob nossas cabeças estava um visco.

Harry parece perceber meu olhar chocado e se aproxima cauteloso. Nós sabíamos o que um visco significava e não arriscaríamos não cumprir a tradição.

Olho para meu melhor amigo me sentindo insegura, minha mão suava dentro da quente luva que eu usava e minhas pernas tremiam de um modo no mínimo peculiar.

Ele segura minha cintura com cuidado e aproxima lentamente seu rosto do meu, automaticamente meus braços envolvem seu pescoço e eu fico na ponta dos pés.

Mais que levemente nossos lábios se encontram, sinto meu coração acelerar quando ele sutilmente mexe seus lábios contra os meus fazendo pressão.

Minha mão se enterra em seu cabelo e nosso beijo aumenta de intensidade, minhas pernas estavam bambas e meu coração batia tão forte que me surpreendia que ele não ouvisse o barulho.

Escuto passos na neve e me forço ele a se afastar de mim, colocando minha mão em seu peito.

— Isso não vai mudar nada, certo? — Pergunto insegura, inalando com força, tentando forçar minhas pernas voltarem ao normal e minha respiração se normalizar. — Vamos continuar sendo melhores amigos, né?

Eu não acreditava que tinha acabado de ter meu primeiro beijo e principalmente em meu melhor amigo e minha secreta paixão.

Ele demora o que parece ser uma eternidade, mesmo que no fundo eu soubesse que não tinha se passado nem meio segundo.

— Claro que sim, ruiva. — Responde Harry com um tanto de dureza presente em sua voz. — Eu beijo melhor que o Diggory? — Pergunta maroto, reviro os e bato levemente seu peito e recusando a responder.

Agora enquanto me arrumava pensando em como daria meu presente de Natal a Harry.

Ele provavelmente ficaria sem fala, afinal nem um de nós esperava por isso, pelo menos não tão cedo. Aplicando uma leve camada de batom vermelho me apresso em pegar a bolsa com as coisas, já escutando a buzina insistente de meu namorado. Apago as luzes e pego a chave, trancando a porta mais do que rapidamente.

— Oi apressadinho. — Cumprimento-o com um selinho assim que entro no carro e coloco o cinto de segurança.

— Eu não sou apressado, é você que vive sempre atrasada. — Reclama ele já acelerando seu carro. — E nós estamos atrasados.

— Sua mãe vai entender, eu garanto. — Respondo me irritando com seu mau humor. — O que aconteceu para estar tão irritado?

— Diggory aconteceu, aquele cara não sai do meu pé na empresa. — Diz ele irritadiço apertando o volante com força. — Cismou que eu preciso refazer toda a maquete, maquete que eu demorei três semanas para fazer, aquela merda.

— Calma amor, você consegue, não ligue para esse idiota. — Declaro acariciando sua coxa com carinho.

— Idiota esse que te deu seu primeiro beijo.— Resmunga ele emburrado, uma gargalhada sobe por meu ser e não consigo impedi-la. Harry me olha como se eu tivesse ficado louca e eu não consigo tirar o sorriso do rosto.

— Não seja bobo Harry, eu estava mentindo para você, Diggory e eu nunca tivemos nada. — Declaro ainda rindo, ele me encara confuso e então me olha com um misto de raiva e admiração.

— Não acredito que você mentiu para mim. — Reclama ele fingindo estar emburrado, mas não consegue realizar o feito com sucesso, pois logo sorria malicioso. — Então quer dizer que eu fui o primeiro garoto a te beijar?

— Cale a boca e dirija, Potter. — Respondo dando um tapa em sua mão que tentava subir por minha coxa desnuda. Olhando para a rua e só então percebendo que não estávamos na usual estrada que pegávamos para ir à sua casa. — Para onde estamos indo?

— Surpresa, minha flor. — Responde ele parando o carro em frente a uma praça. — Quero te dar seu presente agora.

— Agora? Aqui? — Pergunto procurando também meu presente.

— Sim, agora e aqui, porquê? — Pergunta ele com seu olhar brilhando em dúvida e eu apenas sorrio.

— Por que quero te dar seu presente também. — Digo com meu melhor tom de mistério. — Em particular. — Sussurro com um sorriso.

— Então pegue e nós trocamos juntos. — Responde ele abrindo sua porta e mais que rapidamente dando a volta para abrir a minha.

Saio para o vento frio e observo deslumbrada o lindo parque em que estávamos e em como a neve deixava tudo ainda mais bonito.

Ele me guia para um lindo pinheiro todo decorado com as mais lindas luzes e sob nós estava também um visco.

Pego meu presente e vejo Harry fazer o mesmo, me preparo para ficar ajoelhada e olho para ele com um sorriso.

Apenas com o movimento da boca contamos até três, e quando o três é pronunciado, eu e Harry nos ajoelhamos ao mesmo tempo segurando uma linda caixa de veludo.

— Harry James Potter, você gostaria de casar comigo? — Pergunto abrindo minha caixa verde veludo, onde repousava uma linda aliança masculina de ouro ao lado de uma feminina com pequenas esmeraldas.

E ao mesmo tempo em que eu falava isso, Harry segurava a caixinha vermelha de veludo com uma linda aliança de ouro branco com rubis dentro ao lado de uma rústica aliança masculina.

— Ginevra Molly Weasley você me daria a honra de ser minha esposa? — Pergunta ele sorrindo abertamente ao me ver fazer uma pergunta semelhante.

Gargalhamos abertamente ao ver que pensamos no mesmo presente e nos levantamos sorrindo abobalhados sentindo a neve caindo sobre nós.

— Acho que seu pedido já pode ser considerado um sim, certo? — Pergunta ele me beijando levemente e eu abraço ele apaixonadamente.

— Claro que sim, seu bobo. — Exclamo beijando a ponta de seu nariz e ele sorri ainda mais abertamente.

Pego minha caixinha e estendo para ele sua aliança que residia junto com a minha.

— Acho que temo um excesso de alianças aqui. — Brinca Harry, pegando a caixa de veludo que eu estendia e guardando no bolso.

— Deixamos uma para o casamento. — Declaro beijando o de novo e ele sorri colocando a que ele comprara em meu dedo e eu repito o gesto com a aliança masculina que ele escolhera.

Juntamos nossas mãos, olhando em como pareciam perfeitas elas ali. O beijo com vontade e o abraço sentindo a neve cair em nossas cabeças.

Sentindo o vento gelado passar por nossos corpos e um tremor perpassar por todo o meu corpo, nos abraçamos mais forte. Percebendo meu frio, ele nos conduz para o carro e guardamos a aliança que comprei em minha bolsa.

A família adorou a novidade e o Natal com a já não tão pequena Sophie e a minúscula Sara apenas parecia ainda mais encantador.

Logo após o jantar Sara e Sophie saíram de suas cadeiras e vem até nós parecendo estar em dúvida sobre algo.

— Ginny. — Chama Sophie que estava me olhando com uma careta fofa. Dou três tapinhas em minha perna indicando que ela poderia sentar se ali e assim ela o fez imediatamente.

— O que foi, meu amor? — Pergunto olhando para seu rostinho meio triste. Porém para minha surpresa não foi ela que respondeu e sim Sara.

— Ginnie, agola que você e Hawwy vão casar, meu irmão não vai mais molar aqui? — Pergunta ela quase chorando aconchegada no colo de Harry.

— Bem, sim. — Respondo incerta dando uma pausa para buscar palavras leves para poder fazê-las entender. — Ele vai continuar aqui até o dia do casamento e mesmo depois disso nós vamos continuar vindo aqui visitar nossa princesinhas. 

— Eu não quero que ele vá morar em outro lugar Ginny. — Diz Sophie com os olhos brilhando em lágrimas. Eu a abraço e me disponho a brincar com ela, enquanto Harry se resolvia com Sara.

Se passaram poucos minutos e Sara vem até nós me abraçando com força e depois se senta ao meu lado para brincar de boneca. Olho para Harry que nos observava com um sorriso bobo encostado na parede e me sinto verdadeiramente impregnada por o espírito natalino.

Vários anos se passaram desde aquele 24 de dezembro, muita coisa mudou de fato. Harry e eu nos casamos e tivemos quatro lindas crianças, James, Al, Lily e a pequena Mia, nossos bens mais preciosos. Nossa família continuou a crescer se provando unida nas horas mais difíceis mostrando quase sempre alegria e orgulho.

E até hoje, mesmo após tantos anos o dia do Natal continuou sendo especial para Harry e eu, sempre guardando a lembrança dos momentos perdidos debaixo do visco, que nos acompanhou do nosso primeiro beijo ao nosso casamento.

Fim...

 


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Notas finais do capítulo

Ei meninxs, tudo beleza? Sei que há muito não atualizo minhas fics por isso decidi presenteá-los com esse conto. Desejo a todos vocês um ótimo Natal repleto de paz e amor e que todos tenham um bom Ano Novo e que o 2018 de vocês seja repleto de coisas maravilhosas.

PS: Desculpe pelos erros, mas escrevi pelo celular e não deu tempo de arrumar.



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