The Most Wonderful Time of Year escrita por Lo, Gabi Black, Lady Luna Riddle


Capítulo 4
Sail Away


Notas iniciais do capítulo

Olá! Ishida Date aqui! Estamos aqui, dia 24 de dezembro de 2017. Esta será a última história desta pequena coletânea, então? E me digam. O que estão achando das histórias de natal?
Esta aqui é sobre Os Marotos. Tiago, Peter, Sirius e Lupin. Em especial, sobre Sirius e Lupin. Espero que vocês gostem da leitura ♥ Eu simplesmente amei escrever esta história!
Lembrando que: Sail Away é o nome de uma música da banda The Rasmus. Esta música me inspirou muito para este capítulo.



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“Você se lembra quando entramos em Hogwarts? Todos nós, no mesmo ano. E logo ficando conhecidos como Os Marotos, porque fomos o grupo que mais aprontamos em Hogwarts. Os únicos que conseguiram ser tão terríveis quanto a gente foram Fred e George Weasley. Quando tive a oportunidade de observá-los, sempre me lembrava dos Marotos.

Remo Lupin. Tiago Potter. Sirius Black… e você, Remo Lupin. Você sempre gostou de dizer o quanto Lilian Evans sabia ver o melhor das pessoas… mesmo que esta pessoa não se desse conta disto. Ela, de fato, conseguiu mostrar todo o lado bom de Tiago, não é? Toda a coragem, a força e o amor que ele sentia pelas pessoas. Mas você já se deu conta que tudo isto começou de você, Remo?

Tudo que sempre tive de bom em mim, quem despertou foi você. Tudo o que sou, quem moldou foi você. E Tiago… Tiago Potter foi o verdadeiro irmão que eu tive.

Você se lembra quando o Chapéu Seletor me colocou na Grifinória? Eu fiquei realmente assustado, com um extremo pavor do que a minha família acharia daquilo, afinal, se orgulhavam dos alunos na Sonserina. Na época, vocês não compreenderam o meu medo, apenas apertaram minhas mãos e me parabenizaram por entrar na Grifinória. Quando compreenderam, vocês ficaram ao meu lado, sendo uma família para mim, uma família que nunca imaginei que teria. Uma família real… cheia de amor e compreensão, algo inexistente na família Black.

Sabe… todo o orgulho, todo a ambição… Tudo isto corrompe o coração das pessoas, e foi o que destruiu os Black.

E lembro-me do dia em que descobrimos que você é um lobisomem. Finalmente, entendemos o porque de seus sumiços, às vezes. Foi um dos momentos em que você despertou o melhor de nós.

Foi um dos poucos momentos em que Peter mostrou a pouca coragem que possuía. Mas não vamos focar nele, certo?

Mas sim, você despertou o melhor de nós. Coragem, não é uma das principais virtudes da Grifinória? E todos nós tivemos a coragem de desobedecer as regras da Escola de Magia e, escondidos, estudamos sobre os animagos e nós 3 viramos… Nós todos conseguimos transformar em animais, para que pudéssemos acompanhar você… Muitas vezes você dizia que éramos todos idiotas por fazermos isto, entretanto eu nunca concebi a ideia de simplesmente te deixar lá, sofrendo sozinho. Tiago também não. Você tem ideia de quantas vezes vi Tiago chorar, por ver você sofrendo e não poder fazer nada sobre isto? Uma vez mencionei que toda a minha força vinha de ti, e você duvidou… E sempre foi de fato, toda a minha força.

Quem mais teria feito eu ter a coragem de quebrar tantas regras da Escola de uma vez?

Por sinal, teoricamente o Ministério da Magia precisa ter o registro de todos os animagos existentes, e eu nunca registrei.

Eu lembro que passei toda a minha adolescência apaixonado por você… É, e eu fiz muita idiotice por você. Porque eu também me agoniava quando você estava mal, e eu era feliz quando via seus sorrisos. Seus sorrisos sempre foram maravilhosos, e eu desejava ter isto a cada momento.

E todos os momentos bons ao seu lado, doía, quando os dementadores tentavam tirar estas lembranças de mim…

Lembra-se da primeira vez que eu, você e Tiago passamos juntos um Natal? Em Hogwarts? Foi, por sinal, a primeira vez que tive a coragem de dizer algumas dessas coisas. Dizer como eu me sentia em relação a ti… e recebi finalmente um beijo seu…

Me doeu, quando formamos e você se afastou um pouco de mim… e a cada momento você estava mais distante…

A única coisa de qual me arrependo foi não ter te abraçado mais uma vez, naquela época. Afinal, foi quando Voldemort aprontou tudo aquilo, não é? E sim, eu não tenho mais medo de dizer o nome dele ou de escrever… E é um fato, ele ferrou literalmente as nossas vidas. Devido a ele, Peter nos traiu… matou Lilian e Tiago e eu fui para Azkaban.

13 anos, Remo. 13 anos fiquei lá, tentando não ficar completamente louco com a solidão… e as únicas companhias eram dos dementadores.

Nunca tive coragem de perguntar para ti: como você se saiu, afinal? Um lobisomem, sozinho novamente no mundo… Tiago e eu prometemos que te acompanharíamos por todas as nossas vidas… e não cumprimos…

Bom, vou finalizar esta carta por aqui. Você chegará a ler se ocorrer algo comigo, Remo.

Eu não pude proteger Lilian ou Tiago, mas darei tudo de mim para proteger Harry… Sei que na sua visão, ele já é grande o suficiente… mas eu ainda o vejo como uma criança. Uma criança que, graças aos céus, não se lembra da maneira horrível que seus pais morreram.

Remo, se algo ocorrer comigo, por favor, cuide dele! Eu não compreendo porque o fim da guerra depende de uma criança, mas só Harry Potter poderá acabar com isto tudo, e precisará de todos os amigos dele. E isto inclui seus professores, inclui você. Seja para ele toda a força que você sempre foi para nós.

Mas… é algo que espero que nunca ocorra. Espero que esta carta nunca chegue as suas mãos, e eu tenha coragem de te dizer pessoalmente que sempre amei você e que quero que você seja feliz, independente de como esteja a sua vida.

Meu amado lobisomem.”

 

Poucos dias após Belatrix Lestrange assassinar Sirius Black, Remus Lupin recebera a carta, que estava com Dobby. Lupin agradeceu ao elfo pela carta e se trancou em seu quarto, quando viu que era de Sirius. Enquanto lia, as lágrimas escorriam por seu rosto e caiam no pergaminho. Nem mesmo sua esposa, Tonks, conseguiu falar com o bruxo naquele momento.

Um momento de solidão e caos no coração do lobisomem, lembrando-se de todos os momentos maravilhosos e horríveis que tivera por toda a sua vida. Um de seus irmãos o traíra, e a consequência foi a morte de seu outro irmão, Tiago Potter. Riu-se por um momento, pensando em Tiago. Sempre o viu como um completo idiota, mas este mesmo idiota quem fez a vida do lobisomem se tornar melhor. Uma vida de aventuras, e uma coragem não sabiam de onde vinham.

Por que Peter tivera que estragar toda aquela felicidade?

Ouviu o choro de seu filho recém-nascido. Sempre tivera problema em relacionamentos amorosos, e os únicos que deram certo foi com Sirius… e, agora, com Tonks. Desejou profundamente que Lilian estivesse ali, uma ruiva que sempre gostou da ideia de ter uma família…

Sentiu mais lágrimas escorrendo por seu rosto; convivera mais com Harry do que Lilian teve a oportunidade. E se ele também deixasse o seu filho para trás? Toda a guerra… Voldemort… Por que temer este nome, afinal? Tentou desviar todos os pensamentos ruins, tentando colocar na cabeça que nunca se afastaria de seu filho ou de Tonks. Que ao menos uma vez, seria feliz novamente.

E tentou reviver aquele Natal novamente. Foi um natal maravilhoso… O que lhe restara era dar um Natal maravilhoso para Tonks também. Teria esta oportunidade, um dia?

Once upon a time we had a lot to fight for
We had a dream, we had plan
Sparks in the air, we spread a lot of envy
Didn't have to care once upon a time

 

Remember when I swore
My love is never ending
And you and I we'll never die
Remember when I swore
We had it all
We had it all

 

— Potter! Eu juro que, quando eu te pegar, eu te mato! Me devolva isto agora!

Sirius Black gritava com toda a força que poderia para Tiago Potter, Era recesso de Natal, e os dois alunos de 16 anos haviam sido os únicos da Grifinória que permaneceram em Hogwarts durante o recesso. Era típico de Sirius evitar ao máximo voltar para a casa dos Black, e desta vez, seu amigo desejou ficar para fazer companhia para o amigo.

Entretanto, como típico dos Marotos, esta companhia consistiu em fazer várias gracinhas. Tiago Potter pegara o livro que Sirius Black ganhara no ano anterior. Ambos corriam por toda o salão comunal e pelos quartos da Grifinória, Tiago se divertindo em deixar o amigo irritado.

— Me conte, Sirius! Este livro ainda tem um pouco do cheiro dele? Acho que só tem o seu agora, do jeito que você sempre abraça isto enquanto pensa no Lupin!

— Seu idiota! Alguém vai acabar ouvindo isto!

— A escola tá vazia! E também, pela maneira que você olha o Lupin, por que ninguém mais teria reparado que tu sente algo por ele?

No momento em que Tiago Potter subiria as escadas do salão comunal para os quartos, ouviram um estrondo na porta do salão comunal; por que o som foi tão alto aquele momento, nunca souberam. Com o susto, Tiago deixou o livro cair de suas mãos, que soltou várias folhas com a queda, e engoliu em seco, sentando-se na escada, sem sequer notar quem estava entrando no salão comunal. O sentimento de culpa era maior que a curiosidade, e não sabia como consertar aquilo. Sirius suspirou triste, se ajoelhando e pegando o livro com as folhas soltas. Sentou-se no chão e finalmente olhou para quem entrou no quarto, e que já estava ao seu lado, Remo Lupin.

Remo deixou suas malas no meio só salão comunal e se sentou no chão ao lado de Sirius, pegando o livro das mãos do moreno e o olhou.

— Sonho de uma Noite de Verão, de autoria de William Shakespeare. É um autor trouxa… não imaginei que ainda teria este livro…

— Mas eu tenho… Eu costumo carregar comigo… Provavelmente os Black já teriam jogado no lixo, se tivessem encontrado o livro comigo… ou na casa deles, né…

— E você gostou do livro, Sirius?

— Sim, muito!

Remo sorriu, pegando a varinha em seu bolso e sussurrando uma magia, que fez o livro voltar ao que era antes da queda. Então devolveu o livro para o rapaz, que sorriu tímido.

— Você sempre tem alguma magia para consertar tudo… - disse Sirius, com a voz baixa, sem saber ao certo o que mais falar.

— Sirius… desculpe… - Tiago disse, ainda nas escadas, e recebeu um sorriso tímido de Sirius. Aquele sorriso sempre mostrava que não se tinha o que desculpar.

— Também quebro suas coisas as vezes. Tenho o direito de ficar com raiva?

— É! Vocês sempre estão tentando se matar. Voltei para Hogwarts para tentar evitar a morte dos dois. - Remo sorriu, olhando para os dois e, lentamente, levou sua mão para a mão de Sirius, segurando com firmeza.

— Está dizendo para mim que vou matar aquele cervo idiota do Tiago quando eu tiver oportunidade? Talvez seja uma boa ideia!

— O cachorrinho pulguento está com raiva ainda, é?

Remo suspirou, revirando o olhar por um momento. Estava junto dos dois mais briguentos dos marotos, e sempre que não tinham alguém para atormentar, brigavam entre si. E era assim que um sempre quebrava os objetos dos outros, fazendo com que sobrasse para Remo, e até para Peter Pettigrew. Sobrava as broncas, separar as brigas, consertar os objetos. Se havia magias em que Peter dominou mais rapidamente, eram justamente para recuperar pequenos machucados e consertar objetos, pois foi assim desde seus 11 anos de idade.

Enfim, esperou as ofensas gratuitas entre os dois animagos terminassem, olhou para ambos e pediu:

— Eu vou ficar aqui, fazendo companhia para os dois briguentos neste recesso. Mas… Eu preciso conversar com o Sirius, em particular…

— Oh… Os dois precisam conversar em particular! Tudo bem então! Vou andar um pouco por Hogwarts, talvez assaltar alguma comida ou escrever algo para a Lilian...

Tiago riu, percebendo as mãos juntas dos dois rapazes. Saiu do salão comunal, torcendo para que Sirius criasse vergonha na cara. Afinal, por que o rapaz tinha coragem para tudo, menos para chegar em alguém, romanticamente falando?

Sirius mordeu o lábio inferior sem muita força, quando o rapaz saiu dali de perto. Se vira sozinho com o lobisomem, segurando sua mão, logo entrelaçou os dedos com os de Remo, se perguntando se seria real aquele momento. Remo sorriu, pegando o livro do colo do moreno e o deixou de lado. Com a mão livre, passou pelos cabelos compridos e rebeldes de Sirius, aproximando os rostos dos dois.

O moreno soltou a mão do rapaz, e envolveu os braços pela cintura do mesmo, o puxando para mais próximo de si, encostando os corpos dos dois. Sentiu os braços do mesmo em volta de seu pescoço, que lhe deu um rápido selar, e sorriu. O moreno sorriu, e logo sussurrou.

— Por que, afinal, você voltou, Remo?

— Saudades do meu maroto favorito…

— Seu maroto favorito?

— Que sempre foi você! Eu senti sua falta. Nunca soube ao certo, porque sempre ficava angustiado quando não estava próximo a você.

— E quando está próximo, insiste em me chamar de completo idiota!

— Bom… não que você não seja. Mas sinto sua falta, de qualquer forma. E esta foi uma boa oportunidade, de ficar aqui contigo?

— Fico feliz que tenha voltado…

Remo sentou-se no colo do moreno, envolvendo as pernas no quadril do rapaz. Segurou os cabelos compridos de Sirius e os puxou para trás, com força, ouvindo um baixo gemido dos lábios do mesmo, e então o beijou com desejo; era um desejo que Remo nunca quis admitir antes e era intenso. O moreno retribuiu este beijo, acariciando a cintura do outro, fechando os olhos e apreciando aquele momento.

Após alguns momentos de vários beijos e carícias, sequer notaram Tiago entrando no quarto com um balde cheio de água gelada e jogando em cima dos dois.

— Vocês não são os únicos grifinórios aqui, sabem?

— Já não bastava você ter rasgado meu livro, seu cretino?

Os dois rapazes gritavam um com o outro. Sirius pegou a primeira varinha que alcançou, levantando-se bruscamente, jogando alguns feitiços em Tiago. Remo Lupin suspirou, se levantando e sentou-se na perto da lareira, tentando se aquecer e ignorando os dois rapazes ali; era impressionante como já estava cansado das brigas dos dois. Ou seria impressionante o quanto ambos brigam? Apenas sabia que desejava passar mais de seu tempo com o moreno…

Logo, os dois alunos perceberam um professor entrando no salão comunal, e pararam com as ofensas gratuitas e guardaram as varinhas, com o medo de levarem bronca em pleno Natal. O professor, fingindo que não ouvira a briga típica dos dois alunos, anunciou que o jantar estava pronto e que era para todos irem comer. O professor, então, se retirou do local e Tiago Potter foi o primeiro deles a saírem para irem ao salão jantar.

Remo ficou sentado próximo a lareira, e Sirius se ajoelhou na frente do mesmo, acariciando as pernas do mesmo, e sorriu tímido.

— Está com fome?

— Um pouco…

— Me acompanhe até lá…

— Por que? Tu provavelmente vai começar outra briga com o Tiago. E eu… ah, deixa…

— Isto é ciúme, hm?

— Interessa?

— Vejo que sim…

Sirius riu, e logo se levantou e roubou um beijo do outro. Logo segurou as mãos do rapaz, o puxando, fazendo com que Remo se levantasse e o abraçou pela cintura, com força.

— Feliz Natal, Remo…

— Feliz Natal…

— Eu sei que sempre fui o idiota briguento… Mas que sempre olhou para ti…

— E nunca me disse nada sobre isto…

— Tudo parece tão fácil, Remo. Sempre pareceu mais fácil do que ficar a sós contigo, e falar a ti o que eu sinto. E é isto… Eu quero sua presença. Eu quero amar você, algo que percebi quando ganhei aquele livro, e a cada momento em que lia, eu buscava o seu cheiro… Eu também fico inquieto, quando não tenho sua presença aqui.


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Notas finais do capítulo

Feliz Natal ♥



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