Um amor nada convencional escrita por Lady Ferret


Capítulo 1
Primeiro Contato


Notas iniciais do capítulo

Então, vamos lá com a primeira fanfic longa que irei escrever, espero que todos gostem da história. Boa leitura. RUPPHIRE FOREVER



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Ensino médio, os três anos (as vezes quatro) mais esperados por grande parte dos adolescentes. Escola nova, amigos novos, até mesmo matérias novas! Tudo parece ser bastante empolgante, o que faz com que fiquem bastante ansiosos com tudo, mas não Ruby. Ruby estava pouco se importando com o ensino médio, a verdade era que ela não queria nem mesmo continuar estudando. Desde que ela tenha seu skate, celular e um fone de ouvido, o resto podia simplesmente explodir que ela não iria se importar. Porém como ainda tinha apenas 15 anos, era obrigada a continuar na escola.

Faltava cerca de uma semana para as aulas começarem e sua mãe tinha decidido lhe levar para fazer algumas compras escolares, como ela costumava dizer. Não era como sua família tivesse bastante dinheiro para o fazer, porém sua mãe sempre guardava uma certa quantia apenas para isso. Obviamente que não iriam em uma loja com produtos caros nem nada assim, até porque havia uma feira perto de onde moravam e ela era mais que o suficiente para fazer as tais compras.

Como de costume, estava de fone de ouvido escutando alguma música aleatória, enquanto sua mãe caminhava um pouco mais a frente, com sua irmã mais nova no colo. Haviam várias lojinhas espalhadas pela feira, uma do lado da outra em meio a intermináveis corredores.Volta e meia sua mãe parava para dar uma olhada em alguns produtos, até mesmo perguntava algo para Ruby, que apenas balançava a cabeça, mesmo sem saber qual era a pergunta de sua mãe.

— Se você continuar com isso, eu juro que vou comprar um kit escolar todo rosa. — A ameaça de sua mãe era real e, para dar mais ênfase e ter certeza de que a filha escutou, a mulher se virou para a mais nova e falou lentamente. — Tu...do...ro...sa… — Ruby arregalava os olhos no mesmo instante e finalmente tirava o fone de seus ouvidos.

— Você não faria isso. — Foi o que respondeu, enquanto guardando os fones do bolso.

— Coloca essas coisas no ouvido de novo e vamos ver o que eu faria ou não. — Ao terminar de falar, sorriu para a filha e deslizou o dedo indicador em seu queixo, voltando a caminhar por entre as lojas.

Não demoraram muito tempo para fazer toda a compra escolar, mas até que tinham conseguido comprar coisas boas com um preço melhor ainda. Mochila, estojo, cadernos… Era incrível a quantidade de coisas que poderia se encontrar em uma feira. Com as sacolas em mãos, voltavam para casa naquele sol de inicio de tarde. Durante o caminho, passaram perto de um carro de polícia e Ruby percebia que sua mãe parecia apertar as sacolas para mais perto do corpo, respirando fundo e até mesmo aumentando o ritmo de suas passadas.

— Mãe, não é como se a gente tivesse feito alguma coisa errada… — Foi o que falou, começando a andar rapidamente, como a mais velha o fazia.

— Não precisamos fazer alguma coisa para eles virem atrás da gente, Ruby. Infelizmente é a cor da nossa pele que diz se somos ou não suspeitos de alguma coisa. — A garota não tinha gostado nada daquela resposta, quem ele pensam que são pra duvidar da integridade daquela família?

— Foi a gente que comprou, com o nosso dinheiro! — gritou enfurecida, enquanto se virava para os polícias e levantava as sacolas em suas mãos.

— Menina, você enlouqueceu? — Ao falar isso, a mãe logo segurava no pulso da filha e aumentava ainda mais o passo, para saírem dali o mais rápido possível.

Durante o resto do caminho Ruby ficou com a cara fechada, não querendo falar nada com a mãe, até mesmo tirou o fone do bolso e colocou nos ouvidos, voltando a se isolar em seu mundo musical. Não conseguia entender porque aquilo acontecia, não fazia o menor sentido, pelo menos não na sua cabeça. Chegou em casa e logo deixou suas coisas no quarto e, sem demora, pegou seu skate para deslizar por aí.

O bairro em que morava não era nem um pouco ideal para andar de skate, as ruas eram sempre desiguais e cheias de buraco, isso quando era asfaltada. Por isso que Ruby sempre ia ao bairro vizinho ou então andava pela rodovia que fica próxima dali.

Era impressionante a habilidade que a garota tinha com aquele aquela prancha sobre rodas. Chegava em uma alta velocidade em poucas passadas e, além disso, fazia diversas manobras que deixavam as pessoas de queixo caído, isso tudo com uma feição plena e fone nos ouvidos. Era como se nascesse para fazer aquilo, eram raros os momentos em que ela errava algum manobra e mais raro ainda as vezes em que chegava a cair.

Naquela tarde em específico, a garota não estava querendo fazer gracinhas com o skate, queria apenas espairecer um pouco, sentir o vento contra seu rosto, enquanto respirava o ar quase puro da cidade. As roupas folgadas voavam levemente para trás, assim como seu cabelo crespo também era levado para trás, nesse momento que se deu conta de que tinha esquecido o boné e foi então parando o skate, para dar a volta. Quando finalmente parou, reparou que dois homens começavam a se aproximar de uma moça, que estava extremamente arrumada por sinal. Não sabia exatamente o que estava acontecendo ali, mas algo lhe dizia que não era boa coisa. Com esse pensamento em mente, começou a se aproximar do beco onde os três se encontravam. Quando próxima o suficiente, pôde escutar a garota pedindo para que eles fossem embora e que não tinha nada ali, o que não fazia muito sentido levando em conta a bolsa que carregava.

— Ei, deixa ela em paz! — gritou, sem medo das consequências. Um dos garotos se virou e, ao ver Ruby, sorriu.

— Se manca, baixinha. A fábrica do papai noel é pro outro lado. — Ao escutar aquilo, um fúria tomou conta da garota que simplesmente saiu do controle. Com o skate em mãos, se aproximou daquele que tinha dito aquilo e, sem pensar duas vezes, bateu na cabeça alheia com aquela pequena plataforma, que quebrou ao meio e fez o garoto cair no chão desmaiado. Em seguida Ruby chutou as partes baixas do outro cara e pegou a garota pelo pulso.

— Vamos! — gritava, começando a correr e puxar a outra, que com toda a confusão deixava a bolsa cair no chão.

— Espera, minha bolsa!

— Que bolsa, mulher! Tu quer morrer, é?

Mesmo a outra querendo voltar pela bolsa, Ruby segurou firme no pulso alheio e continuou correndo o mais rápido que podia, trazendo a outra consigo. Não estava se importando se ela conseguia correr tão rápido daquele jeito ou não, só queria se afastar daquele lugar o mais rápido possível.

Depois de cerca de quinze minutos correndo, finalmente conseguiram parar um pouco pra descansar e, ao que parecia, tinham também conseguido despistar os outros dois. Na verdade nem sabiam que estavam sendo perseguidas ou não, porém normalmente era o que acontecia, então apenas correram sem olhar para trás.

— Acho que agora eles não conseguem nos encontrar aqui — dizia Ruby, enquanto tentava recuperar o fôlego.

— Obrigado por ter me tirado dali… Pena que deixei minha bolsa pra trás — Dava pra notar o pesar na voz da garota, o que fez a mais baixa revirar os olhos.

— Você ainda ta falando daquela bolsa? Pelo amor de Deus, mulher! Supera! — A medida que falava, fazia levantava as mãos, como se não tivesse acreditando naquilo.

— Mas moça, tinha muita coisa de valor dentro dela… — Era incrível o quão calma a garota parecia estar, sua voz saía suave e delicada sempre, mesmo estando ainda meio ofegante.

— Argh! Eu consegui te tirar de lá sem você sofrer nada e ainda é mal agradecida e fica só falando daquela maldita bolsa! — Enquanto Ruby faltava se descabelar, completamente irritada com a outra, a mais alta continuava plena, passando a mão pelo cabelo, arrumando-o.

— Eu entendo seu ponto, mas não sou mal agradecida, muito pelo contrário, realmente estou muito grata por ter me salvado — dizia, pegando o cabelo e deixando apenas de um lado do corpo. — Mas a bolsa foi uma grande perda pra mim.

— Tá! Tá bom! Pra mim chega, tchau! — despediu-se rispidamente, se virando e saindo dali.

Andava bufante, visivelmente bastante irritada, chegando até a pisar mais forte no chão. Não conseguia entender como aquela garota só pensava na bolsa, quando ela poderia ter perdido coisa muito pior. Não podia ver uma pedra na sua frente que chutava furiosamente. Até mesmo começava a falar sozinha, xingando a garota que nem mesmo sabia o nome.

Chegava em casa batendo a porta atrás de si e logo ia para seu quarto, batendo a porta novamente. Se jogava na cama e bufava mais uma vez, continuando a falar sozinha, reclamando de toda aquela confusão. Até que se cansava e pegava o fone, colocando-os no ouvido e escolhendo a musica mais agitada que tinha no celular para tentar lhe distrair, depois de um tempo ouvindo acabou caindo no sono.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que acharam dessa capítulo? Deixa o comentário aí pra eu saber se tenho algo a melhorar ou se to no caminho certo...



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