Eu não acreditava no que estava vendo. O Tom estava lendo o meu diário! O meu diário, onde eu guardava todos os meus segredos que nem a Aline sabia, onde eu tinha escrito que era virgem, onde eu tinha escrito que sentia alguma coisa pelo idiota que estava sentado na minha frente. Simplesmente, eu não acreditava nisso.

-O que você esta fazendo, Tom? – perguntei controlando toda a raiva.

-Eu to lendo – falou sorrindo. MAS QUE CÍNICO!

-Seu idiota, como você teve a coragem de ler o meu diário? – gritei sentindo toda a raiva explodir.

-Bom, ele estava jogado no chão, junto com a minha foto – falou pegando a foto e colocando em cima da minha cama.

-Me da o meu diário agora ou eu faço você engolir essa foto! – falei sem me mexer.

-Não – falou colocando o diário em baixo do seu travesseiro e encostando-se ao mesmo – Até que é bem interessante, assim eu vou poder conhecer você melhor.

-Você tem que me dar o diário é meu – falei pensando no que ele poderia ter lido – Você não pode ler esse diário – falei sem olhar para ele.

-Porque você não me avisou antes? – perguntou. Quando eu ia responder ele falou primeiro – Eu já li tudo. Eu sei por que você tentou se matar, sei sobre aquele seu namorado Alex – Ele levantou e se aproximou de mim, tão perto que pensei que fosse desmaiar ao sentir sua respiração no meu rosto. E então ele falou o que eu mais temia – Eu sei que você é virgem e... – ele colocou uma mão na minha cintura e a outra na minha nuca – E sei o que você sente por mim, você se sente vulnerável – falou com a voz rouca. E ele abaixou seu rosto, até encostar a sua testa na minha – É verdade Anna? – Hipnotizada por aqueles olhos cor de avelã, assenti sem forças para resistir. Sem conseguir me segurar, deixei escapar um gemido. Ele imitou o som rouco e sem pensar duas vezes me beijou apaixonadamente.

       Tom:

      Meu Deus, como eu queria aquele beijo! Ela estava tão linda brava, que não resisti. Eu queria aquela boca na minha, mas do que qualquer coisa. Os nossos outros beijos me sacudiram, só que... esse era diferente, a gente não estava só se envolvendo fisicamente, mas emocionalmente também. Eu tentei não me envolver emocionalmente com nenhuma mulher, mas com a Anna era diferente. Eu queria que ela fosse minha, queria poder beijá-la sempre que quisesse, queria poder acordar junto com ela todos os dias. O eu esta acontecendo comigo? Porque eu não consigo ter uma relação normal, sem envolvimento emocional com a Anna? Porque tem que ser pura emoção?

       Quando finalmente tirei sua blusa, deitei-a na cama com a maior delicadeza, como se ela fosse um vaso de cristal que quebrasse fácil demais. Beijá-la era como estar no paraíso. Quando ela colocou suas mãos frias no meu corpo quente, tremi e ela me acompanhou no gesto. Abri o feixe do seu sutiã e o tirei rapidamente.

-Meu Deus, você é linda – falei sem me conter. Ela gemeu arqueando as costas. Quando eu ia me afundar no vale entre seus seios maravilhosos, ouvi uma batida na porta.

-Anna, posso falar com você? – perguntou do lado de fora. Que saco! Não acredito que a Aline tinha que nos atrapalhar agora.

-Não – gritei – estamos ocupados agora – falei.

-É urgente – falou. Percebi um tremor na sua voz. Levantei da cama, dando espaço para a Anna se vestir novamente. Ela colocou o sutiã e a camiseta rapidamente. Percebi que ela estava hesitando sair do quarto.

-Vai la – falei ofegando. Ela assentiu e saiu apressadamente.