Uma Família em Pedaços escrita por RaulGuilherme


Capítulo 6
Capítulo 6 - A Dor de uma Mãe


Notas iniciais do capítulo

A verdade está chegando...



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Uma semana se passou, Bruno sumiu da cidade e Valéria foi espancada por alguém, ela está toda machucada, seus braços estão feridos, sua cara está marcada. Agora, ela está sentada no sofá, olhando pra sua filha na cozinha, que está fazendo um macarrão pra ela, para ajudar a mãe, que como já foi dito, está com ferimentos por todo o corpo.

— Obrigado, filha! - Valéria sorri pra Letícia - Eu estou muito feliz que agora você está me ajudando aqui em casa

— Você tá toda machucada, mãe! Nem tem como não te ajudar…

— Aquele idiota do Fernando!!

— Mãe, você tem certeza que não foi o Bruno, não? - Vocês brigaram um dia desses!

— O Bruno nunca iria encostar a mão em mim!

— Eu tô achando isso tudo muito esquisito!

— ESQUISITO COMO? - Valéria como a se alterar novamente

— Você pode muito bem estar incriminando o Fernando… Só pra eu acreditar em você!

— Filha, você tá cada dia mais ridícula!

— Como é que é?

— Você dá mais valor pra esse amorzinho de adolescente do que pra mim!

— Eu tô cozinhando pra você, mãe! Tô te ajudando!

— Toda hora você duvida de mim! Esses machucados não provam nada, não?

Na mesma hora, Letícia para de mexer o macarrão

— Não!

— SAI DA MINHA CASA! - Valéria se levanta - Eu não preciso ficar aguentando isso! Já é demais, menina!

— Ah, para de escândalo!

— Você não percebe? Eles quase me mataram e MATARAM O BRUNO!

— Você tá enlouquecendo, mãe…

Valéria vai até o fogão e derruba todo o macarrão no chão

— Eu não aguento mais… FORA DAQUI!

— Por que você fez isso, mãe…

— Eu não criei você, Letícia, pra ficar duvidando de mim! Me tratando assim! FORA DAQUI, MENINA!

Letícia, com medo da mãe, decide ir embora. Valéria, por sua vez, começa a chorar. Depois de uns tempos chorando, Valéria decide ela mesmo fazer um macarrão pra si mesma, depois que ela come dois pratos e em seguida, decide sair um pouco. Apesar de estar um pouco calor, ela coloca uma roupa marrom bem longa, uma calça jeans escura e comprida, além de colocar bastante maquiagem no rosto para cobrir os machucados.

Ela passa na padaria, compra um picolé de limão e depois segue o seu caminho para a casa de Cristina, ela sabe muito bem que é uma grande casa verde e branca, pois a Letícia já a mostrou uma vez. Ela respira e toca a campainha, quem atende é Cristina, sua mãe:

— O que faz aqui, Valéria?

— Você sabe muito bem - Valéria encara Cristina - O que vocês fizeram com o Bruno?

— Quem é Bruno? - Cristina olha com uma cara de deboche

— Meu namorado… Ele sumiu!

— Você que tem que saber dele, ué, nunca vi esse homem na minha vida!

— Ele veio até aqui!

— Olha, essa casa é minha - Desta vez, Cristina encara Valéria - E pelo o que EU sei, esse homem nunca esteve aqui!

— Você mente muito bem, Cristina!

— Escuta aqui, menina! Você não vai me acusar de nada na minha casa!

— Não tem jeito, né?

— Valéria, eu não qual espécie de joguinho você está tentando fazer, mas não vai funcionar, ouviu bem?

Valéria começa a rir de Cristina

— Eu???? Você que é a rainha dos joguinhos psicológicos, dona Cristina!

Tatiana e André começam a observar a discussão e Cristina percebe a presença deles

— Não fale assim! Eu sou sua mãe!

— Você deixou de ser…

Bárbara também aparece e André decide se manifestar

— Valéria… Você por aqui!

— André! Eu vim falar com sua vovó… Assassina!

— JÁ CHEGA! SOME DAQUI!

— Eu ainda não…

Cristina bate a porta na cara de Valéria

— … a resposta!

Valéria sai muito brava e decide voltar pra casa, enquanto isso, Cristina se direciona para todos

— Não aconteceu nada, ok?

— Sim, senhora! - Tatiana concorda com a vó e volta para o seu quarto

— Por que ela veio aqui? - André questiona

— Ela é louca, André! - Cristina responde

— Tá, mas ela deve ter tipo um motivo, né?

Cristina bufa e Bárbara sempre de cabeça baixa, como se tivesse aceitado seu destino

— Ela veio me culpar pelo desaparecimento do namorado dela! Eu sei lá pra onde esse foi parar!

— Parece que ele bateu nela!

— Sim e agora ela tá um plano sórdido pra incriminar o Fernando…

— Nossa, eu nunca vi uma família se odiar tanto assim! - Bárbara sussura

Cristina anda em direção à Bárbara

— Que isso sirva de lição pra você! Nunca se imponha igual essa Valéria aí!

— Vó! Mãe! Eu prometi de sair hoje com a Letícia! Tô indo, fui!!

— Tchau, filho! - Bárbara lança um olhar carinhoso pra ele

Horas depois, Valéria está cochilando, sozinha, na sua espaçosa cama de casal, sem cobertores, apenas sobre um lençol rosa, quando, de repente, escuta o barulho da campainha. Ela levanta com seu roupão, também rosa, mas em um tom mais escuro e forte, e caminha até a sala, olha no Olho Mágico da porta e abre, em seguida

— Pode entrar… O que você veio fazer aqui?

— Eu preciso muito conversar com você, Valéria!

— Não é nenhuma armação do Fernando, não, né?

— Claro que não!

— Então porque você veio aqui?

— Preciso ter uma conversa com você!

— Então, senta aqui no sofá, Bárbara

— Você pode pegar um copo d’água pra mim!

— Claro!

Continua...


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Notas finais do capítulo

A conversa continua...



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