Por você, Baby Girl. escrita por Any Sciuto


Capítulo 45
Esclarecimentos do passado.




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Derek e Hotch foram até a casa do casal Morgan Garcia a fim de montar o berço. Eles tentaram evitar conversar, mas foi inútil.

— Talvez você deva perguntar a ela. – Hotch falou.

— Já passaram cinco anos Aaron. – Morgan falou. – Seis na semana que vem.

— Ela nunca te falou sobre a queda da escada? – Hotch não entendia.

— Ela sempre diz que não lembra sobre a queda ou qualquer outra coisa. – Morgan falou.

— Já tentou fazer uma entrevista cognitiva? – Hotch sugeriu.

— Você se lembra da tentativa no Alaska? – Morgan nunca esqueceu daquilo.

— Morgan. – Hotch parou a SUV em uma quadra. – Você tem que perguntar. – A queda, o tempo que ela passou com ele e outras coisas.

— Acha que não era o plano do Frank libera-la antes de cinco anos? – Derek olhava para a rua.

— Eu acho que a escada foi uma saída para ela obrigar ele a soltar. – Hotch encolheu o nariz só em pensar em Penelope cometendo suicídio.  – Você viu o pulso dela aquela vez.

— Eu vou tentar quando ela acordar. – Morgan falou decidido.

Enquanto isso no hospital...

Ela não estava tentando sonhos agradáveis, mas por causa dos remédios que deram a ela no hospital ela não podia acordar sem machucar sua IV.

Ela estava de volta a casa com Frank cinco anos antes. Ela abriu os olhos e olhou para o sofá verde limão.

— Finalmente acordou. – Frank chegou por trás.

— Não me toque. – Ela tirou a mão dele mesmo ainda grogue da droga barata que ele deu a ela. – Não me toque.

— Vamos brincar um pouco. – Frank puxou uma lâmina de um dos bolsos e mirou para ela. 

Penelope correu pela casa e encontrou uma escada alta que dava para um lugar estranho.

Ela agarrou o corrimão, mas quando pôs o primeiro pé Frank a agarrou por trás e a levou para o quarto de volta.

— Me solta. – Ela tentou se debater antes dele amarrar as mãos em algemas presas.  

— Não vou te violentar. – Frank pegou a lamina novamente. Ele colocou a ponta no pulso dela e fez um corte.

Penelope tentou não gritar, mas quando a lamina rasgou a pele ela não aguentou e gritou alto de dor, fazendo Frank soltar uma risada diabólica e pegou um pedaço de algodão antes que jorrasse muito sangue.

— Isso é divertido. – Frank pegou o outro pulso dela e repetiu o mesmo corte.

A àquela altura ela estava entrando em choque. Ela precisava de coragem para esperar a hora certa, mas estava difícil se manter acordada. Frank removeu as algemas com sangue e deixou a porta aberta.

— Coragem. – Ela repetiu para si mesma. Ela levantou da cama cambaleando, torcendo para conseguir chegar a rua e poder chamar a atenção de alguém que pudesse ajudar ela.

Ela olhou para a escada que ela não tinha visto antes e não sabia para onde ia. Ela parou nela pronta para arriscar uma descida, mas ela não conseguiu manter a consciência e rolou escada a baixo sentindo cada osso quebrando.

Talvez fosse imaginação dela, mas ela podia sentir que Derek seria a próxima coisa que ela veria se ela conseguisse sobreviver a isso. Ela sentiu seu corpo se aliviar quando ela chegou no último degrau e ficou imóvel por lá.

— Merda. – Frank sabia que ele teria que levar ela ao hospital.

Ele a pegou no colo e a colocou no colo depois que o dia anoiteceu. Ele a pegou assim que chegaram ao hospital e a deixou com as enfermeiras sugerindo que ligassem para Derek enquanto ele saia de fininho.

Ele teria que planejar direito tudo de novo e ele teria que esperar as coisas esfriarem.

— Me solte! – Ela gritou enquanto dormia, fazendo Reid saltar para ela deixando o livro cair.

— Tudo bem Penelope, tudo bem. – Reid tentou acalmar ela. – Sou eu. Reid.

— Não deixe ele me pegar. – Penelope se inclinou ainda de olhos fechados.

— Não vou deixar ninguém te machucar mais. – Reid não conseguia entender o que estava acontecendo. – Amor. Chame o médico aqui.

— Estou indo. – Maeve saiu do quarto e correu até o médico.

— Vamos Penelope. – Reid chamou seu nome. – Abra os olhos para seu BoyWonder.

— Ele quer levar ela Reid. – Ela falou.- Por favor impeça-o.

— Eu vou Penelope. – Reid a abraçou. – Eu não vou deixar nada acontecer com ela.

Estava claro que ela estava sonhando com Frank. Talvez com o incidente da escada. Talvez com ambos.

O médico entrou com uma medicação. Ele introduziu na IV e ela começou a relaxar de novo.

— Agente Reid.  O médico chamou Spencer. – Posso conversar?

— Sim. – Reid deixou o livro com Maeve. – Talvez você possa ficar com ela.

— É claro. – Maeve se sentou e colocou a mão sem a IV em sua barriga. – Talvez acalme ela um pouco.

Reid deu um sorriso. Ele saiu com o médico até a sala de espera.

—Ela ainda não está em condições de sair daqui sozinha. – O médico falou. – Ela vai precisar de uma cadeira de rodas por um certo tempo. A bacia está machucada por causa da queda da escada.

— Porque não aconteceu antes? – Reid perguntou. – Porque agora?

— Bem. Ela teve duas meninas de uma vez só e fez um esforço enorme. – O médico falou. – Não que suas habilidades médicas tenham culpa nisso, mas ela deveria ter vindo para o hospital ter os bebês.

— Estávamos presos no trânsito. – Reid respondeu. – Não tinha espaço para um helicóptero quem dirá para dar a volta.

— Ela pode sair amanhã se o marido ou alguém assinar a guarda dela, mas vamos mandar medicamentos para dor. – O médico se virou. – E o pediatra já deu alta para as bebês. Elas estão prontas para ir para casa.

Reid ligou para Morgan.

Morgan e Hotch estavam montando o bercinho no quarto do casal.

— Tenho certeza que Rossi trará um novo berço com ele. – Falou Hotch. – Aquele berço da televisão.

— Acha que ele compraria? – Derek ficaria muito mais aliviado em não precisar montar o berço.

Foi quando Derek ouviu o celular tocar que ele desistiu de montar.

— Morgan. – Ela falou dando um suspiro.

— Derek. – Reid ainda estava no corredor. – Preciso de você aqui no hospital para pegar as meninas.

— Sim. – Derek largou a peça que estava em sua mão naquele momento. – Há algo mais?

— O médico precisa conversar com você, na verdade. – Reid falou. – Há algo que ele quer discutir com você já que é o marido dela.

            - Não estou gostando disso Reid. – Derek poderia perceber a preocupação de Reid.

— Apenas venha. – Reid desligou o telefone sem falar nada.

Reid entrou no quarto outra vez. Embora Penelope ainda dormisse ela parecia estar feliz por estar com a mão na barriga de Maeve.

— Vejo que ela está com sonhos felizes agora. – Reid deu um beijo em Maeve.

— Isso está a mantendo segura. – Maeve falou.

Reid colocou uma mão também e sentiu os bebês mexerem.

— Isso é tão mágico. – Ele disse esperando ansioso por outro. – Quando JJ ficou grávida eu fiquei tão receoso. E depois com Penelope eu fiquei tão apaixonado.

— Vai ter que se acostumar em trocar fraldas. – Maeve falou.

— Com certeza há um manual sobre isso. – Reid falou brincando.

— Nada como aprender na vida real. – Maeve sorriu para Reid.

— Derek. – Penelope chamou o nome do marido. – Ele está vindo.

Reid e Maeve olharam em direção a Penelope. Tudo havia mudado no momento que ela havia perdido o contato com Maeve. Se ela estava calma antes, agora ela estava voltando com os pesadelos.

Reid decidiu ir até o fim do pesadelo. Talvez fosse sobre o período com Frank e eles pudessem finalmente descobrir algo.

Quando Ele prestou atenção as palavras incoerentes que ela falava, Reid congelou.

— Ele está com arma, Spencer. – Penelope continuava ansiosa. – Ele vai me balear. Reid. Diga a Hotch para prendê-lo.

— Quem Penelope? – Reid entrou naquilo. – Quem vai te balear?

— Jason. – Ela respondeu.

Ele não tinha certeza sobre qual Jason ela se referia. Talvez fosse ao homem que a baleou ou então a.... Jason Gideon.

Apenas tire isso da cabeça, Spencer.

Antes que ele pudesse dizer qualquer coisa ele viu os olhos dela se abrirem.

Ela olhou com confusão para aquele lugar.

— Me sinto horrível. – Ela disse enquanto tentava se sentava.

— Estou feliz que acordou Penelope. – Maeve deu um beijo em Penelope. – Suas meninas elas são absolutamente lindas. Já pensou em um nome para elas?

— Algo como Sophie ou Ana. – Ela falou. – Eu não decidi ainda. – Ela se encolheu um pouco na cama. – Mas, e você e Reid?

— Já sabemos que teremos um casalzinho. – Ela disse. – Ainda não decidimos sobre o nome de menina, mas já sabemos que o garoto será Willian.

— Nome bonito hein? – Penelope tentou sorrir. – Onde Derek está?

— Eu acredito que ele está falando com o médico. – Maeve respondeu. – Spencer foi junto com ele.

— E como estão as minhas princesas? – Penelope queria saber como elas estavam.

— Derek vai leva-las para casa. – Maeve respondeu.

— Eu queria ver elas. – Ela falou.

— Posso conseguir isso. – Maeve saiu e foi até o berçário.

Ela voltou alguns minutos depois e tinha as gêmeas com ela.

— Acho que elas querem a mãe delas. – Maeve entregou as meninas para Penelope.  

— Lindas. – Penelope ficou encantada com elas. – Talvez eu chame uma de Alice e a outra de Diana.

— Diana em homenagem a mãe do Spencer? – Maeve sabia a resposta.

— Sim. – Penelope respondeu. 

— Fofo. – Maeve deu um sorriso.

Derek estava aguardando o médico para a conversa final. Não parecia ser boa coisa.

— Derek Morgan? – O médico chamou.

— Sim. – Derek se levantou e Reid fez o mesmo.

— Entrem por favor. – Ele não parecia feliz.

Derek se sentou e Reid seguiu.

— Recebi uma cópia dos exames da senhorita Penelope. – Ele falou. – Em teoria ela poderia sair ainda hoje, mas apenas se tiver alguém com ela 24 horas.

— Posso mesmo? – Derek queria tirar Penelope dali.

— Mas não indico. – O médico adicionou. – Se permitir ela ficar aqui podemos regular qualquer sintoma adverso que ela possa ter.

— Ela não gosta de hospitais e eu não vou a nenhum lugar. – Derek falou. – Posso prometer traze-la se ela tiver alguma reação adversa.

— Assine os papéis de alta e pode levar suas garotas. – O médico passou os documentos para Derek.

— Obrigado doutor. – Derek agradeceu e saiu junto com Reid.

Rossi chegou a casa de Derek com os berços e começou a instalar na cama do casal. Um em cada lado da cama.


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