— Eu acho que você deveria dormir, Derek. – Falou Hotchner.

— Não posso, Hotch. – Morgan estava exausto. – Eu tenho que encontrá-la.

— Ninguém vai conseguirá nada se não descansarmos. – Falou Hotch. – Você vai ficar doente, com privação de sono, sei lá.

— Não está desistindo dela, não é? – Morgan estava irritado.

— Ninguém está, Derek. – Respondeu Hotch. – Todos estamos cansados de hoje. Viemos para um caso simples, não para um sequestro federal.

— Morgan. – Reid agarrou o amigo. – Vamos dormir um pouco.

— Você deveria dormir, Morgan. – Falou Rossi. – De qualquer jeito se eles acharem um corpo novo eles vão chamar a gente.

Morgan olhou assustando para Rossi.

— Bem. – Rossi tentou mudar. – Eu não quis dizer isso.

— Tudo bem, Dave. – Falou Hotch. –Nós entendemos.

Morgan foi levado por Reid para o hotel onde eles ficariam. Reid levou Morgan de passageiro.

— Eu não deveria dormir agora. – Falou Morgan fechando os olhos.

Reid não falou nada. Ele ajudou o amigo a deitar nas cobertas do quarto. Ele estava muito preocupado com o amigo. Ele ficou em uma cama no mesmo quarto, já que era um quarto duplo.

Já passava das quatro da manhã e todos estavam dormindo quando o telefone de Hotchner tocou.

— Agente Hotchner. – Hotch pegou o telefone da cômoda.

— Temos outro corpo, agente. – Falou o policial.

Hotch olhou para Emily ao seu lado.

— Temos uma confirmação da identidade? – Perguntou Hotchner.

— Não temos certeza do nome dela, ainda não temos resultados de DNA – Respondeu o policial.

— Digitais? – Perguntou Hotchner.

— Queimadas. – O Policial respondeu. – Levamos o corpo para o necrotério vocês podem ver lá.

— Estarei aí daqui a pouco. – Falou Hotchner desligando o celular.

— Ainda é cedo. – Falou Emily quando Hotch se levantou.

— Temos outro corpo, Emily. – Falou Hotch sentado na cama.

Emily levantou assustada.

— Penelope! – Ela falou automaticamente.

— Não temos certeza. – Ele respondeu. – Precisamos do DNA.

— E as digitais? – Perguntou Emily se levantando e colocando uma roupa.

— Ele disse que elas estavam queimadas. – Respondeu Hotchner.

— Avisamos Morgan? – Perguntou Emily?

— Apenas Dave e JJ. – Falou Hotchner. – Se ligarmos para Reid Morgan vai saber.

— Vou avisar JJ e você pode avisar Dave. – Emily pegou o telefone para ligar para JJ.

Alguns minutos depois os quatro agentes estavam reunidos na porta do legista.

— Quem vai identificar o corpo? – Hotch perguntou.

— Acho que Rossi é o mais indicado. – Respondeu JJ.

— É porque eu assei menos tempo com ela? – Perguntou Rossi. – Eu a considero uma amiga.

— Então você Hotch. – Falou JJ.

— Eu sou o chefe dela e não seria correto ver ela desse jeito. – Falou Hotchner.

— Você ou eu Emily? – Perguntou JJ.

— Que tal nós duas? – Perguntou Emily.

— Vamos então. – Falou JJ abrindo a porta.

Havia uma grande chance da sua amiga estar deitada naquela mesa.

O legista viu a dor no rosto das duas agentes. Ele puxou o lençol e Emily deixou o ar finalmente sair.

— Não é ela. – Declarou JJ – Graças a Deus.

— Então qual o nome dela? – Perguntou Emily.

— Ainda esperamos o resultado DNA. – Respondeu o legista.

— Então. Como ela morreu? – Perguntou JJ tomando folego outra vez.

— Ela tem ferimentos defensivos nos braços e pernas. O único lugar queimado é os dedos e pôr consequência as digitais. – Respondeu o homem. – Há sinais de abuso sexual, mas acho que ele usou preservativo porque não tem sêmen ou material humano.

— Ele tom medidas de prevenção quando estupra. – Falou Hotch entrando. – Ele sequestra mulheres loiras. Ele levou Penelope. E não temos um maldito nome desse cara.

— A quanto tempo ela está morta? – Perguntou Rossi.

— Ela está morta há mais ou menos quatro dias. – Falou o legista. – Mas ela foi preservada.

— Preservada? – Perguntou Emily.

— Ela estava em uma cova, então tive que dar um banho nela para fazer algo registrável. – Respondeu o legista. – Choveu há cinco noites e ela está suja de barro.

— E como sabe que não perdeu DNA? – Hotch gritou. – Desculpa.

— Tudo bem agente. – Disse o legista. – Eu fiz os exames antes de lavar ela.

Alguém bateu na porta do legista.

— Doutor. – Disse uma jovem. – Os resultados do DNA da moça desconhecida.

— Obrigado. – Disse o médico pegando a pasta. – O nome dela é Carrie Higgs. O DNA dela estava no sistema. Desapareceu há quatro meses.

— Poderia passar a pasta? – Perguntou Rossi.

— Oh, sim – O legista passou a pasta para Rossi.

— Aqui diz que a irmã, Andréa Higgs comunicou o desaparecimento dela dois dias depois dela desaparecer. – Falou Rossi.

— Eu e Emily vamos a casa da irmã dela. – Falou Hotch. – Dave e JJ, talvez devesse avisar Reid e Morgan sobre a moça.

— Está certo. – Respondeu Rossi.

Casa do Unsub...

— Fique acordada. – Penelope repetia mentalmente para ela.

Ela havia acordado há duas horas, mas não havia visto o homem, ou o que ela conseguia ver, já que ele estava sempre com uma máscara no rosto. Ela se perguntava o que ele estava aprontando ou onde ele estaria.

— Derek Morgan eu realmente sinto muito pela nossa briga. – Ela falou. – Se a gente não se ver mais talvez eu saiba que não era para ser.

Ela congelou quando ouviu a porta da frente abrir e fechar, sem que ela pudesse se curvar para ver.

— Eu não sei seu nome ou que você quer comigo, mas me solte e eu não falo nada. – Tentou Penelope.

— Eu trouxe jantar. – Ele falou, sem se importar com o que Penelope falou. – Comida vegetariana. Eu sei que você não come carne.

— Como sabe disso? – Perguntou Penelope assustada.

— Eu sei quase tudo sobre você, Pen. – Ele falou.

— Só amigos me chamam assim. – Penelope falou.

— Bem, você com certeza será mais que uma amiga para mim. – Ele falou.

— Como assim? – Penelope sentiu as cordas ficarem mais fortes. – Espera. Não!

— Fique relaxada. Ok? – Ele falou começando a acaricia-la.

— Não me toque. – Ela começou a se debater quando sentiu ele subindo em cima dela.  

— Sabe. – Ele disse. – Acho que eu finalmente achei a garota perfeita.

Ela se sentiu mal quando sentiu ele dentro dela. Ela desejava que fosse Morgan, mas agora ela estava sendo devorada por um cara psicótico. Quando ele acabou ela não podia falar nada a não ser chorar.

— Ei. – Ele tocou a bochecha dela. – Fique tranquila. Seis meses passam rápido.

Ela arregalou os olhos.

— Seis meses? – Ela disse numa explosão de raiva.  

— Sim. – Ele falou antes de sair. – Você e eu vamos ter um bebê.

Penelope apenas deixou as lagrimas rolarem pelos olhos.

— Derek. – Ela conseguiu falar antes de sentir uma agulha no ombro. – Me salve.

— Se acalme, minha querida. – Ele falou. – Durma um pouco.

Ela deixou a mente voar para longe antes de dormir.