Por você, Baby Girl. escrita por Any Sciuto


Capítulo 36
Caro Derek Morgan.




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Mês sete...

Ela estava preparada para a chegada do bebê. A mala pronta, roupas compradas em tons que dariam tanto para uma garotinha quanto para um garotinho.

Penelope estava outra vez na sala daquela casa. Ela não entendeu como sua equipe nunca conseguiu achar aquela maldita casa. Ela sabia que a investigação havia passado para a fila do "Depois a gente vê", mas Derek poderia ter procurado por ela. Talvez ele estivesse e ela apenas não sabia disso.

Ela pegou uma folha de papel em branco e uma caneta. Se o bebê nascesse ela deveria ter um bilhete pronto. Ela pousou a caneta no papel em branco, mas suas mãos desceram para a barriga evidente. Ela se distraiu com a liberdade de ligar a televisão. JJ estava na tela outra vez, junto com Hotch e Derek.

JJ olhou para o papel em sua mão e respirou profundamente.

— Eu venho anunciar que devido à falta de provas no desaparecimento da analista técnica Penelope Morgan Garcia o caso está encerrado definitivamente. – JJ suspirou outra vez em menos de dois minutos. – O agente Morgan gostaria de fazer uma declaração para imprensa.

Derek encarou a multidão a sua frente. Nenhum dos presentes fazia idéia de que tudo não passava de um plano da equipe.

— Por sete meses eu deixei meu coração aberto na esperança de que Penelope voltasse para mim e aos poucos eu vi que isso pode se tornar definitivo em breve. – Morgan parecia ter decorado cada palavra.

No entanto aquilo fazia o coração dele sangrar. Derek olhou para a multidão de repórteres havidos por uma declaração raivosa do agente contra o homem que levou sua garota. Eles receberam outra coisa.

— Eu apenas queria dizer que mesmo estando longe de Penelope por sete meses meu amor por ela nunca será apagado. – Derek tinha lágrimas nos olhos. – Baby Girl. Apenas volte para mim. Não importa se se passarão cinco ou dez anos. Eu vou te esperar.

Derek saiu do alcance dos repórteres ao entrar no prédio do FBI.

Penelope convulsionava de tanto chorar.

— Sim. – Ela pensou. – Ele declarou seu amor por mim. Ele não me esqueceu.

Mês oito...

Penelope estava no oitavo mês. Por mais que se sentir grávida era maravilhoso ela queria livrar o bebê das garras de Frank. Ele trouxe outra garota para casa, como se Penelope não fosse uma refém suficiente para ele. Ela sabia o que aconteceria a garota depois de alguns dias.  

Contudo, se passaram três semanas e a garota não desapareceu como a outra. Ela entrava e saía da casa, sempre trancando as portas depois de sair.

— Quem é essa garota? – Penelope queria perguntar.

Ela sabia seu nome, sabia de quantos meses Penelope estava e sempre que estava lá tirava a pressão de Penelope e verificava o neném.

Então quando a moça começou a ficar por lá por mais tempo ela descobriu que era uma enfermeira. Ela iria cuidar de Penelope e ajudar quando chegasse a hora do parto.

Mês nove...              

Ela poderia jurar que o tempo mudou outra vez naquela manhã. Era o inverno e o nono mês de gravidez e de cativeiro.

Ela sabia que o bebê chegaria por aqueles dias. Ela pegou uma nova folha e escreveu outro bilhete para Derek, na esperança de algum jeito colocar os outros juntos no cesto quando ela mandasse o bebê para ele.

Era duro pensar em ser separada de algo novo para ela e que ela queria demais com Derek, mas precisava garantir uma vida nova para a criança.

Então quando ela se sentou uma hora depois na cadeira ela sentiu seus pés molharem.

— Pessoal. – Penelope gritou para os dois na cozinha. – Alguém quer se apresentar hoje.

A moça que cuidava de Penelope se aproximou examinando com cuidado.

— Senhorita Garcia. – Ela olhou para "baixo" por alguns minutos. – O show vai começar.

Penelope começou a sentir uma contração violenta vindo.

— Deus. – Ela se jogou de joelhos com a explosão da dor. – Não consigo aguentar.

— Você precisa. – Ela aconselhou.

— Me diga seu nome. – Penelope pediu.

— Me chame de Pam. – Ela falou.  

— Faça isso parar Pam. – Gritou Penelope com dor quando outra contração a encontrou.

— Elas vêm de quanto em quanto tempo? – Pam perguntou.

— De cinco em cinco minutos. – Ela deu um gemido. – Derek. Derek cadê você? – Penelope começou a chamar pelo marido quando ela começou a sentir cada vez mais dor.

— Ele não está aqui. – Pam amparou Penelope. – Vamos fazer isso juntas, certo?

— Eu quero Derek. – Penelope fechou os olhos em protesto. – Não posso ter o bebê. Não agora.

— Eu não posso levar você para o hospital. – Pam falou. – Senhor. Ela precisa de um hospital. Ela pode não aguentar.

— Apenas faça o seu trabalho. – Falou Frank, num tom seco. – Ela não irá para um hospital.

— Ela pode morrer. – Pam falou, mas saiu correndo depois de ouvir outro grito. – Acalme-se por favor. Eu vou te ajudar.

Pam pegou água quente e toalhas.

— Você pode fazer isso. – Pam repetiu para sim mesma. – Você pode.

Ela olhou para Penelope decidida a não deixar a mulher a sua frente morrer, nem o bebê.

— Comigo Penelope. Quando eu disser faça a maior força que puder. – Pam a instruiu. – Comigo. 1. 2. 3. Agora Penelope.

— DEREEEEEEEEEKKKKKKKKKKKKKKKKK. – Ela gritou quando fez força.

— Estamos indo bem Penelope. – Pam falou. – No três. 1. 2. 3. Agora.

— AAAAAAAHHHHHHHHH. – Penelope sentiu sua força se esgotando e então o choro de um bebê.

— Parabéns mamãe. – Pam levou a bebê para Penelope.- Você tem uma menina linda.

— Uma menina? – Penelope viu seus olhos marejarem de novo.

— Quer escolher um nome? – Pam perguntou limpando a garotinha e passando para Penelope.

— Grace. – Ela disse. – Mas vou deixar Derek escolher o nome.

— Seja feliz Penelope. – Falou Pam. – foi um prazer te conhecer.

Frank acompanhou a moça voltando algumas horas depois. Ela sabia que Pam estava morta quando Frank voltou.

No momento, Grace era a única preocupação em sua mente.

Duas semanas depois Penelope sabia que era hora de Grace conhecer seu pai. Frank arrumou um cesto onde Grace coubesse sem problemas, ajustou uma mantinha cor de rosa e o bilhete final de Penelope.

Ela deu um último beijo em Grace torcendo para que Derek cuidasse da garotinha.

Frank chegou a casa de Derek e deixou o cestinho com a carta na entrada. Ele bate várias vezes na porta e saiu correndo e ficou longe o suficiente para não ser visto, mas perto o suficiente para ver Derek encontrar a bebê em sua porta.

O bilhete final de Penelope era uma declaração de amor para ele. E ao contrário do que Frank pensou que Derek rejeitaria a bebê, ele a envolveu em seus braços e a levou para dentro.

"Derek. Não me odeie. Eu não posso explicar como isso aconteceu. Só posso dizer que ela é sua. Quando descobri três meses depois de ter sido levada, sabia que ela só podia ser sua. Não teria como pensar nisso. Ele não quer violentar ou me matar. Ele quer vingança contra a equipe. Estive sedada por dois meses quando descobri a gravidez. Eu o convenci que a garotinha deveria ficar com o pai dela. Cuide dela para mim Derek. Minha pena ainda não terminou. Eu vou voltar.

Com amor,

Penelope Morgan Garcia."

Era o que o bilhete dizia.

Os últimos três meses eram uma confusão para ela que se lembrava muito pouco, apenas flashes de coisas como comer, banheiro, chuveiro e a cama.

Atualmente...

Quando Derek recebeu a ligação do hospital que Penelope havia sido encontrada, num hospital, ele se esqueceu de tudo. Ele pegou Grace, ligou para Reid e saiu para o hospital.

Reid avisou JJ e Rossi que avisou Hotch e Emily. Derek foi o primeiro a chegar no hospital com Grace.

— Agente especial supervisor Derek Morgan. – Derek mostrou o distintivo. – Estou aqui para Penelope Morgan Garcia. Minha esposa.

A enfermeira olhou para Derek e a criança no colo dele.

— Suponho que essa seja Grace. – A enfermeira disse.

— Como você sabe sobre Grace? - Derek estava assustado.

— Eu fiz o parto dela. – Pam falou. – Enfermeira Pamela Wilson.

Derek a olhou com confusão.

— Não entendi – Derek fingiu. – Como assim fez o parto de Grace?

— Penelope estava grávida e eu fui contratada por Frank para fazer o parto dela. – Pamela falou olhando a garotinha. – Penelope gritou seu nome.

— Onde ela está? –Perguntou Derek vendo a equipe chegar.

— Ela está sendo mantida na UTI no andar 2. – Pamela falou. – Ela sofreu uma concussão e alguns ferimentos mais sérios.

— Porque ela está na UTI? – Hotch falou por trás.

— Parece que ela caiu de uma escada alta antes de ser encontrada e teve uma concussão grave. – Pamela falou. – Podem me acompanhar.

A equipe acompanhou Pamela até a UTI e o quarto de Penelope. Ela ainda era ela. Tirando uns cortes feios na testa, provavelmente da queda. Eles a mantinham sedada, contudo eles a tirariam logo daquele estado.

Ninguém falou nada quando entraram. Penelope estava de volta para eles e agora eles estavam com Grace também. Eles se permitiram relaxar. Derek suspirou por longos segundos, como se tirasse um peso das costas.

 


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