Por você, Baby Girl. escrita por Any Sciuto


Capítulo 2
Ação de graças




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/749962/chapter/2

Morgan estacionou a SUV preta na porta da delegacia.

— Você quer falar sobre isso? – Perguntou Reid, gritando.

— Não consigo encontrar palavras. – Falou Morgan.

— Talvez seja só uma sensação. – Falou Reid.

— Olha Reid. – Falou Morgan parando e olhando para Reid. – Eu tenho essa sensação horrível há algum tempo.

— Algum tempo? – Perguntou Reid.

— Desde que eu vi o Briefing desse caso, desde que Penelope pediu para vir junto. – Falou Morgan. – Quando a gente subiu com o avião e eu olhei para Penelope feliz eu senti que eu tinha que protegê-la.

— Morgan. – Reid segurou Derek antes dele entrar. – Já foi ver um médico?

— Eu não estou doente, Reid. – Falou Morgan.

— Já contou o que você sente por ela? – Perguntou Reid. – Vocês trabalham a anos juntos.

— Eu sou um amigo dela. – Derek mentiu.

— Eu entendo que você a ama como sua namorada. – Falou Reid.

— Não é bem assim, Reid. – Falou Morgan.

Morgan entrou na delegacia. Hotchner estava com JJ ao telefone.

— Aaron. – Gritou Morgan. –Onde está Penelope?

— E Emily? – Perguntou Reid.

— Emily foi levada ao hospital. – Falou JJ. – Ela está bem.

— O que houve? – Perguntou Reid.

— O oficial encarregado de levar as duas até a delegacia era um infiltrado. – Falou JJ. – Ele jogou o carro num barranco e Emily e Penelope estava dentro.

— O que houve com a Penelope? – Perguntou Morgan. – Você disse que Emily está no hospital, mas não falou da Penelope.

JJ não respondeu. Rossi entrou na delegacia sob os olhares dos outros agentes.

— O que está havendo? – Perguntou Rossi.

— JJ me responda! – Exigiu Morgan. – Onde está Penelope Garcia?

— Deixa eu responder, JJ. – Falou Hotchner. - Eles a levaram.

Morgan sentiu as forças saírem dele.

— Eles a levaram, Morgan. – Hotchner respondeu. – Eu sinto muito.

— Ela está morta? – Morgan olhou para as próprias mãos.

— Não acharam nenhum corpo além do oficial. – Respondeu Hotchner.

— Então ela está viva? – Perguntou Morgan.

— Provavelmente. – Respondeu Rossi. – Penelope é forte.

Morgan saiu da sala. Ele precisava de ar. Reid foi junto a ele.

— Volte Reid. – Morgan falou.

— Eu vou ficar com você. – Respondeu Reid.

Morgan se encostou num banco do lado de fora da delegacia.

— No ano passado, no dia de ação de graças, a Penelope e eu saímos para jantar. – Morgan começou.

Dia de ação de graças, um ano antes...

— Já está saindo? – Perguntou Morgan ao ver Penelope desligando os computadores.

— Nos deram quatro dias de folga. – Penelope respondeu. – Talvez dê para assar um peru esse ano.

— Vai comer sozinha? – Perguntou Morgan.

— Kevin e eu terminamos. – Penelope respondeu com um olhar triste.

— Vamos sair para jantar. – Falou Morgan.

— Não quero caridade, Derek. – Falou Penelope.

— Não é caridade. – Respondeu Morgan. – Eu vou passar esse feriado sozinho também.

— E Savannah? – Perguntou Penelope.

— Terminamos semana passada. – Respondeu Morgan.

— Até outro dia vocês estavam de namorico por aí. – Falou Penelope.

— Eu descobri que estou apaixonado por outra pessoa. – Falou Morgan.

— Humm. – Penelope nem se virou.

— Vem jantar comigo. – Morgan insistiu. – Fazemos companhia um para o outro.

— Derek Morgan. Você sabe que é estritamente proibido confraternização entre funcionários do FBI.  – Penelope falou com ironia.

— Confraternização com comida não. – Falou Derek. – Pego você as 20:00 da noite.

Penelope foi para casa. Tomou um banho de espuma e colocou a melhor roupa, seguido de um perfume com cheiro de cereja. Ela não conseguia parar de pensar no que ela estava fazendo. Há alguns meses quando ela terminou com Kevin, Derek cuidou dela como seu amigo. Todos na agência.

Derek bateu na porta de Penelope. Ela abriu surpresa.

— O que é isso? – Penelope perguntou quando viu Derek com champanhe e dois potes de comida.

— Bem. – Derek entrou no aparamento. – Eu pensei bem e decidi que como você não come carne, seria bom manter isso. – Ele desembalou dois potes de cores diferentes. – Esse azul tem peru e alcachofras e o laranja tem abobora com legumes feitos para você.  

— Bem. – Penelope falou. – Achei que iriamos a um restaurante.

— Esqueci a reserva. – Falou Derek. – Feche a porta e venha aqui.

— Isso é sério? – Penelope perguntou. – Eu me arrumei toda para ficar em casa. Derek Morgan você me paga.

— Você está maravilhosa. – Falou Morgan. – Quer champanhe?

— Você sabe que eu não osso com bebida. – Ela falou.

Penelope se sentou no sofá e Derek veio para o seu lado.

— Derek. Somos amigos, lembra? – Ela falou quando ele se aproximou mais dela. – Eu realmente acho...

Ela foi interrompida com um beijo de Morgan.

— Derek Morgan. – Ela falou se soltando dele. – Você já tomou algo antes de vir para cá, certo?

— Eu precisei de coragem. – Respondeu Morgan.

— Coragem para o que exatamente? – Penelope perguntou indo até a cozinha.

Derek foi logo atrás dela.

— Para isso. – Derek respondeu encontrando Penelope na parede e dando outro beijo.

Dessa vez ela não se afastou.

— Eu acho isso errado. – Ela falou em um intervalo do beijo.

— Errado é a gente esperar tanto para isso, Penelope. – Derek levou Penelope até o quarto dela. – E se for errado te amar então deus, eu quero ficar nesse erro.

Derek tirou a camisa que ele estava vestindo. Ele começou a levantar o vestido dela enquanto a beijava.

— Sabe a quanto tempo eu quero fazer isso? – Derek perguntou. – Eu sempre quis saber qual o gosto disso.

— Derek... – Penelope começou, mas Morgan interrompeu.

— Vamos curtir o momento, Pen. – Morgan falou beijando cada parte dela. – Apenas curtir o momento.

Ele abaixou as calças que ele havia colocado e Penelope permitiu se entregar a ele. Ele queria, ela queria. Eles viviam na ponta da lamina com as brincadeiras sempre no limite da paixão. Eles decidiram que eles ficariam naquela hora para saber se o que eles sentiam era amor platônico ou amor de verdade.

Ela permitiu ver as maravilhas do mundo de amor de Derek Morgan. Ele explorou lugares onde Kevin nunca havia chegado. Ele suava, ela suava.

Derek se deitou ao lado depois daquela transa maravilhosa apenas admirando Penelope dormindo calmamente depois de tudo aquilo. Ele decidiu que o que ele sentia por ela era amor de verdade.

Ela dormiu sonhando com aquela noite. Ele a acariciava como se acariciasse uma flor delicada. Ele decidiu que iria lutar por ela.

Ela tinha que ser dele para sempre.

Atualmente...

— Vocês nunca mais ficaram juntos? – Perguntou Reid.

— Eu comecei a namorar outra vez porque a gente não podia dizer que estava junto. – Falou Morgan – E aí ela começou com o tal de Sam e as coisas saíram tanto de linha.

— Vocês brigaram? – Perguntou Reid.

— Naquele Natal ela nem me disse que iria sair. – Falou Morgan. – Eu não poderia esperar ela me pedir desculpa. Ela não era minha na época. Fizemos as pazes depois no ano novo.

— Sabe que não é sua culpa, certo? – Perguntou Reid.

— Eu deveria ter obrigado ela a ficar em Quantico. – Falou Morgan.

— Derek, Reid. – Chamou JJ. – Emily voltou do hospital.

Os agentes foram para dentro. Emily estava no meio de Rossi e Hotchner que estava olhando para ela. 

— Derek. – Emily falou quando viu Morgan. – Eu sinto muito.

— Não foi sua culpa Emily. – Falou Morgan.

— Eu acordei eles já haviam levado ela. – Falou Morgan. – Se não fosse por Hotch continuar na linha e me chamar eu nem teria sido resgatada.

— Você viu algo que indicasse um carro por perto? – Perguntou Hotchner.

— Tinha um carro vindo em nossa direção. – Emily colocou outra bolsa de gelo. – Acho que eram eles.

— Qual é a desse cara afinal? – Morgan socou a mesa. – Maldito seja.

— Talvez ele estivesse obcecado por ela. – Falou Rossi. – Pense só: Garcia tem um emprego que ela ama, veste roupas coloridas que fazem qualquer um sorrir, se ama e tem agentes que podem protege-la em Quantico.

— E atrair ela para cá seria uma ótima isca. – Falou Reid. – Criminosos caçam geralmente perto de onde moram e em um lugar conhecido.

— Está dizendo que ele mora aqui? – Perguntou um dos policiais. – Porque ele quis vocês nesse caso?

— Algo extremamente familiar com uma das nossas. – Falou Hotchner entregando uma foto de Penelope.

— Ela é uma das que encontramos? – Perguntou o oficial. – Ela se parece com elas.

— Ela é a mais nova vítima desse psicopata. – Falou Morgan.

— Emily. Porque você e Penelope não foram com uma SUV? – Perguntou Reid. – As duas tem carteira de habilitação.

— No aeroporto um dos oficiais disse que uma das SUV's estava com problemas e então ele se ofereceu para levar eu e Penelope até aqui. – Respondeu Emily.

— Que tipo de problemas? – Perguntou Hotchner.

— No cano da gasolina. – Emily respondeu. – Ele disse que era perigoso explodir.

Casa do Unsub...

Penelope acordou em uma cama macia. A cabeça latejava e ela sentiu um pequeno curativo em sua testa.

— Casa. – Ela falou tentando se levantar. Suas mãos estavam presas por cordas grossas. – Derek Morgan se isso for uma piada, é melhor me soltar.

Ela olhou para o lado e percebeu que aquela não era sua casa. Estava longe de aquilo ser uma casa.

— Muito engraçado. – Penelope gritou. – Muito, muito engraçado.

Ela olhou para seu corpo e ela se viu vestida com um vestido claro, da cor do céu.

— Que merda é essa? – Ela começou a se debater.

Uma voz perturbadora ela ouviu.

— Olá Penelope. – O homem falou. – Espero que tenha gostado do seu lar.

— Realmente eu gostei considerando que eu estou amarrada a cama. – Ela falou irônica.

— Você vai resistir no começo, meu anjo. – A voz voltou a falar com ela. – Mas quanto mais lutar, mas eu terei que te mudar.

— Mudar? – Ela ficou com medo. – Mudar o que?

— Eu vou te fazer ficar do jeito que eu gosto. – Ele falou.

— Você tem problemas? – Ela perguntou.

— Acho que podemos começar agora, certo? – A voz se aproximou dela e começou a tirar os acessórios de cabelos que ela ainda tinha neles.

— Não. Devolva. – Ela gritou quando ela os ouviu cair em algo que ela supôs que era uma la de lixo.

— Você não precisa disso. – Ele respondeu. – Acho que podemos tirar esse vestido e colocar algo mais legal para você relaxar.

— Não ouse me tocar! – Ela gritou se debatendo na cama.

— Não tenho escolha. – Ele falou antes de dar uma bofetada em Penelope que a fez desmaiar. – Agora vamos arrumar você.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por você, Baby Girl." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.