Luz e Escuridão escrita por Bells_MSCullen


Capítulo 10
Poseidon?


Notas iniciais do capítulo

não me mateeem, por favor! acho que o objetivo dos meus professores é me afogar em tanta prova e trabalho! mas enfimmmm, tá aí! boa leitura, beijo, queijo, amo vocês!



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Fechei o livro rapidamente, fazendo com que uma pequena rajada de vento levantasse meus cabelos emaranhados levantassem. Coloquei minhas pantufas (que a propósito são de coruja) e andei lentamente até a porta. O dia tinha sido cansativo, e como era de se esperar, eu estava que nem uma zumbi. Só faltava gritar por cérebros.

Abri apenas uma pequena fresta da porta e vi a última pessoa que eu esperava ver. Eu até que reconheci a voz, mas não acreditava que poderia ser. A voz é extremamente parecida com a do filho.

 

- Poseidon?

Sua expressão estava muito parecida com a minha. Surpresa.

- Bom, é.. Entre – Eu acho, pensei. O que Poseidon faria aqui? Repetindo, Poseidon?

Ele deu uma olhada rápida pelo quarto. Andou silenciosamente, porém formalmente até a poltrona de estampa clara. Parecia-me que a poltrona havia ficado ainda mais bonita quando Poseidon sentou nela. Mais poderosa.

 

- Você com certeza está se perguntando porque estou aqui – Ele disse. Por mais que pareça que ele falou como o vilão do Batman, mas ele falou

calmamente, até sorridente. Eu apenas concordei com a cabeça.

 

- Está aqui por causa da minha mãe? – Eu perguntei rapidamente.

 

- Não. Tudo o que você precisa saber sobre Athena, já sabe – Me intriguei com esse “o que você precisa saber, já sabe”. Parece que estão me escondendo algo.

 

- Estou aqui – ele continuou – Por causa do meu filho.

 

Por mais que Poseidon tenha muitos filhos, e tenha tido, eu realmente sabia que qual exatamente ele estava se referindo.

 

- Sei que o relacionamento de vocês está muito sério. E eu o aprovo. Na verdade, - ele ficou envergonhado – Eu o aprovo desde o começo, só não admitia muito bem. Não sou Afrodite, mas sei que vocês se amam de verdade.

 

Eu sorri. Poseidon, depois de minha mãe, é meu Deus favorito.

 

- Só espero que as coisas fiquem sérias demais, e vocês esqueçam a responsabilidade.

 

Fiquei muito rubra assim que ele disse. Ele deve ter percebido, pois deu uma risada descontraída. Esperava que meu pai ou minha mãe tivessem essa conversa comigo, não meu sogro/tio.

 

- Ah, Annabeth. Preste atenção. Também sinto uma força muito poderosa vinda do monte St Helens. Porém eu reconheço essa força. Essa energia vem da minha própria mãe. Ninguém acredita em mim.

 

Demorei um segundo para lembrar quem era a mãe de Poseidon. O que normalmente eu demoraria menos de um segundo. σκατά. Estúpida perda de poderes. Sinto meu cérebro menor.

 

Demorei, mas lembrei. Réia. A mãe de Zeus, Poseidon, Hades, Hera, Deméter e Héstia. Havia salvado Zeus, o caçula, de Cronos, para que o mesmo não engolisse como havia feito com os outros. Mas porque Réia faria isso? Ela não havia salvado seu filho? Logo depois me lembrei que Réia havia ficado ao lado de Cronos na Titanomaquia. Fora derrotada junto com os titãs que participaram pelos Deuses.

 

- Réia? Mas ela não estava no Tártaro? –

- Sim.O Espírito dos Delfos avisou-me que antes de Cronos possuir o corpo de Luke, que ele estava também ajudando os outros Titãs que estavam se recuperando no tártaro. Inclusive Réia. Porém ela não conseguiu terminar de se recuperar. Não estava pronta ainda. Quando Cronos se recuperou, prometeu a ela que voltaria quando ganhasse - Eu já sabia o final disso.

 

- Mas como meu filho – Ele disse ostentando o “Meu filho” – salvou o Olimpo, Cronos não voltara. Réia ficou furiosa. Durante a guerra, ela havia ficado ainda mais forte, mesmo no Tártaro. Sua recuperação acelerou. E agora ela está se vingando.

 

- Mas Réia não deveria estar sem nada, sem ninguém para ajudá-la? Quase todos os titãs estavam com Cronos.

 

- Cronos arquitetou para que Luke roubasse o raio-mestre de Zeus para que brigássemos entre si. Réia roubou o colar para que ficássemos mais fracos. Bom, Réia não roubou. Alguém roubou para ela.

 

- Ah não, outro meio-sangue espião não. – Eu disse com a mão na testa.

 

- Oh sim. – Ele disse – E ela não está sozinha. Acho que Febe e Tétis estão com ela.

 

Ele se apoiou nos braços da poltrona para se levantar. Soltou um leve suspiro ao chegar à porta.

 

- Boa noite Annabeth. Durma bem, terá um dia pesado amanhã. Não se esqueça do que eu te disse. E mais importante, não conte a ninguém. Réia pode descobrir por suas mentes. Sei que pode proteger essa informação dela.

 

Eu me curvei, fazendo uma reverência.

- Boa noite Senhor Poseidon.

 

Nisso ele saiu, batendo levemente a porta. Eu continuei parada por um tempo, processando o que acabara de acontecer. Réia? Era lógico. Quem mais poderia. Só não entendo o porquê dos Deuses não acreditarem em Poseidon.

Confusa, voltei para a cama. Dormi mais rápido do que gostaria.

 

POV Poseidon

 

Andei pelo corredor em silêncio. Annabeth conseguiria manter em segredo o que lhe contara. Zeus e Hades acharam que eu estava ficando insano.

 

- Nossa “queridíssima” mãe? Impossível. – Ainda lembro-me das palavras de Hades.

 

- Hades está certo, Poseidon – Zeus disse, sentando no trono – Como Réia poderia se libertar?

- Foi o que eu falei, o Espíritos de Delfos. – Eu disse impaciente.

 

Ninguém falou nada. Hades murmurou algo e saiu da grande salão. Virei-me para meu irmão.

 

- Zeus. Acredite.Você quer se arriscar de novo?

 

- Não há possibilidade nenhuma. Como Réia roubaria o colar de Athena?

 

- Meio-Sangues? – Ele ficou em silêncio. Bati minhas mãos na coxa e fiquei em silêncio, encarando-o.

 

Cheguei ao quarto de minha amada. Minha mente ainda não acredita que posso estar com essa mulher maravilhosa de novo. Entrei no quarto lentamente, para que não a incomodasse. Estava descansando.

 

Deitei ao seu lado e passei meus braços em sua volta. Beijei seu cabelo, e sussurrei “Eu amo você”. Só pude ouvir um “Eu amo mais”.

 

POV Percy

 

A cama não parecia a mesma sem Annabeth. Sentia falta de prendê-la em meus braços, como se me causasse dor física se me separasse da mesma.

Rolei de um lado para o outro, tentando fazer com que me cansasse tanto que desmaiaria. Comecei a fitar o teto, que

era de um azul claro, calmo. O som dos mares enchia meus ouvidos. Não sei de onde vinha, mas não queria que parasse.

A conversa que tivera com Poseidon hoje fora, acho que a primeira vez, que tivemos uma conversa de pai e filho. Eu

pude abraçá-lo, sentir seu cheiro que sempre me trouxe paz.

 

- Filho - Ele saiu de perto de Athena e foi para minha frente. Abriu os braços e fez uma expressão ansiosa. Acho que

eu estava tão feliz somente com a simples sugestão de um abraço que eu nem me movi. Ele me puxou para si e deu tapinhas

nas minahs costas. Não foram tapinhas de amigos. Foram tapinhas de carinho, de afeto.

 

- Pai - Eu estava com medo de que se eu perguntasse o motivo disto, ele acharia ruim, e não faria mais isso. Preferi

guardar a dúvida pra mim.

 

- Como está? Minha pequena fraqueza está afetando você? Sua mãe? - Ele me bombardeou de perguntas. Fiz uma expressão

confusa, mas rapidamente saí do transe. A preocupação dele me fez tão feliz que nem prestei atenção ao redor.

 

- Estou bem pai, preocupado, na verdade. Não está afetando, mas acho que alguma hora chegará em mim também. Não sei,

pai. Faz um tempo que não falo com ela. Na verdade, desde que começamos essa missão. Prefiro não deixá-la informada, se não ela ficará muito preocupada, e ficarei mal por causa dela. Prefiro deixá-la fora disso. Mesmo que ela terminou com Paul, e agora está escrevendo seu romance.

 

- Terminou com Paul? o Balofo? - Ele perguntou.

 

- Ele não podia acompanhar ela, o que fazia com que ele ficasse ciumento demais. Minha mãe não estava mais agüentando,

Então eles terminaram.

 

- Bom, eu queria te desejar boa sorte filho. Será uma missão perigosa, por isso tome cuidado. E... Sei que não posso

dizer isso, mas... Você tem de saber que é meu filho favorito.

 

Eu estava tão emocionado que poderia começar a chorar ali, e berrar para o mundo, que eu não era um erro.Abracei meu pai

com toda a força. Nos separamos. Eu estava pronto para dizer que eu o amava, muito.

 

- Poseidon! Minha mãe! - A voz de Annabeth substituiu todas as presentes. Olhei para ela e vi que Poseidon já estava

indo a seu encontro.

 

Ele sussurrou algo em seu ouvido.

 

- Ela está desmaiada, temos que levá-la para a enfermaria.

 

- Deuses desmaiam? - Eu perguntei. Isso nunca havia me passado pela cabeça.

 

- Se estiverem muito fracos, sim - Apolo respondeu.

 

A emoção de ter tido uma conversa de pai e filho com Poseidon ainda me dominava. Eu nunca imaginei que algum dia isso iria acontecer.

 

O sono não chegava. Parecia que existia uma barreira tão forte quanto a barreira do Acampamento que impedia o sono de chegar até mim.

Eu realmente estava sentindo falta de Annabeth. Fazia um pouco mais de uma semana que não dormia sem ela. A gente acaba acostumando.

 

Toda essa coisa com o Olimpo está me preocupando muito. Annabeth fraca atinge todos nós. Não podemos ficar sem ela na batalha, ou sem os planos dela. Ela é uma exímia estrategista.

 

Estava segurando as bordas do travesseiro, contendo a minha vontade absurda de ir até seu quarto. Provavelmente isso me cansou tanto, que acabei em um cochilo, que logo virou uma noite de sono.

 

Primeiramente não reconheci onde estava. Mas depois de olhar as paredes e os detalhes, reconheci como o monte St. Helens. Várias memórias passaram pelo meu sonho sobre aquele lugar. Logo meu sonho fora invadido por uma voz cortante, e extremamente ameaçadora. A voz era feminina, porém tinha um tom grave. Estranhamente fazia com que você lembrasse de suas piores lembranças. Uma mulher com feições grandes apareceu em meu sonho. Sua expressão parecia muito brava. Não gostaria de estar ao seu lado naquele momento.

 

- Tétis! – Ela berrou. Tétis, a titânide? – A informante já nos passou mais informações? – Ainda não conseguira reconhecer a voz. Acho que nunca havia a ouvido antes.

 

- Não – Tétis respondeu – Como confiaremos nela? Ela pode ser a espião deles.

- Ela tem medo de morrer, Tétis. Ela não faria isso.

 

Uma imagem tremeluziu no sonho. Porém eu não conseguia ver quem era. Do meu ponto de vista eu apenas via a cabeça da estranha moça que eu não havia reconhecido.

 

- Eles estão mais fracos senhora. E isso está afetando os outros Deuses e também os Meio-Sangues.

 

- Ótimo – Respondeu a mulher – Agora vá, preciso de você lá.

 

- Sim minha senhora.

 

Acordei assustado. Tétis? Ai meu santo Poseidon.

 

 

 


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Notas finais do capítulo

reviews?