[Pensilvânia,RW] New Home 23:40

— Então, "Cidade dos segredos", cá estou eu, firme e forte. Pronta pra desvendar os seus, e claro, guardar bem os meus. Rosewood fez bastante calor desde que cheguei. Minha vida é semelhante a vulcão que entrou em erupção desde que cheguei aqui há três dias. Quer dizer, a erupção realmente começou quando abandonei minha casa no Canadá. O motivo? Mas é claro, trabalho do papai. Não estou vomitando a Pensilvânia muito menos reclamando, só estou afirmando que Rosewood tem sido um mistério desde que cheguei. Meus pais imaginam que estou em depressão, mas quem ficaria com depressão quando acaba de abandonar um NAMORADO e uma popularidade pra vir aqui nessa cidade onde bate sol até nas partes escondidas do corpo. Aguardo ansiosamente pelo frio nessa cidade infernal. Meus pensamentos avulsos desapareceram quando ouço a aproximação de alguém por detrás.

— Emma, filha. Estancada na janela até uma hora dessas? - Uma voz familiar ronda o vazio do quarto e de cara deduzi ser Pearl, minha mãe.

— O que espera que eu faça? Vá brincar na neve? Ah é claro, aqui não tem neve. - A olhei com uma cara mal humorada de sempre e então irônizei total o momento, me parece que ela entendeu bem por que bufou assim que terminei de dizer -

— Pelo menos finge que está feliz. Não é culpa do seu pai, ele precisa dessa oportunidade pra melhorar nossas condições de vida. - Minha vontade é de não dar ouvidos, difícil por que Pearl nesse exato momento se aproximou de mim laçando seus braços no meu ombro esquerdo -

— Na verdade, eu acho que estávamos em perfeita sintonia na Califórnia. Eu tinha um namorado, uma escola, amigos, casa. O que estava faltando? - não era intencional mas fui aumentando o tom de voz enquanto conversava com Pearl. -

— Amanhã é um novo dia Emma. Ninguém nunca está disposto a enfrentar o destino, mas já parou pra perceber que ele te leva no lugar certo na hora certa?Como disse, amanhã é sempre um novo dia. - Desta vez ela beijou o alto da cabeça e afagou meus cabelos ruivos, minha noite terminou assim, vazia. Cheia de reclamações, pra variar. 

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— Levantei assustada, antes fosse sonho, mas era total realidade. Eu estava AFOGANDO em baba, minha? claro que não.

— LOGAN! Não preciso te usar como despertador. - afaguei os pelos espetudos do meu chow-chow e ele continuava a fazer meu rosto como depósito pra suas salivas. 

— Logan começou a correr atrás do próprio rabo e acabou caindo da cama. Aproveitei a oportunidade e fui pro banheiro fazer minhas higienes matinais. Meu traje era o de sempre, o unico short jeans que tinha, pra falar a verdade quando mamãe for colocar ele na secadora vou acabar andando é de calcinha. A parte do calor infernal, é totalmente real. Puxei uma camisetinha simples do fundasco do armário e só assim desci as escadas pronta pra mais um dia de destruição emocional.

— Pode ir tirando essa camiseta curtinha. - Foi a primeira coisa que Pearl disse ao me ver, pra falar a verdade não estava esperando escutar um "bom dia".

— Oi filha do coração, como vai o humor? - Ignorei completamente meu pai fazendo o segundo comentário do dia e sai andando rumo a torradeira. Peguei a primeira torrada que vi no balcão e fiquei lá prestando a melhor atenção que pude a torradeira. 

— Emma, tá escutando seu pai? - Pearl insista em fazer me dialogar com eles mas é que realmente a torrada merecia minha atenção.

— EMMA! - Tá, notei que minha mãe grita bem alto, mas não tinha como, que loucura, É incrível como fico concentrada esperando o momento certo da torrada pular, pode ser agora ou quem sabe agora..ou AGORA.. ou

— EMMA CROWGHET! - Desta vez não aguentei, olhei bem pra cara de Pearl do tipo mortal quase querendo fazer ela engolir a torrada junto com a torradeira. -

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