Purity and Malice escrita por Moon Blanc


Capítulo 9
Desejos




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Inojin engoliu seco e sentiu seu rosto se esquentar com a aproximação da morena, estava paralisado e parecia que seria guilhotinado.

Exalou o perfume amadeirado com a leve nota de flor de cactos quando a garota jogou os fios negros próximo ao loiro.

Mas para o seu alivio, ou não, ele viu a morena se distanciar poucos centímetros ficando ao seu lado.

Com um sorriso sarcástico e passos felinos, Sarada se aconchegou no colo de Shikadai e o selou em seus lábios.

Os olhos verde-azulados faiscaram furiosos com a cena que assistia.

Sarada seguravam os ombros desnudos do rapaz enquanto o moreno a segurava pela cintura apertando-a firmemente contra si. O loiro fitou as bocas se unindo em um  beijo lascivo que surpreendia os expectadores, ambos se remexiam em sincronia fazendo parecer um ato comum entre os dois.

Os morenos sabiam fazer um espetáculo, já que as garotas os fitavam com espanto.

Inojin rememorou o festival, talvez o encontro da morena fosse uma sedução à três, sua mente imaginou maldosamente, o fazendo ranger os dentes.

Viu o vestido preto se levantar milimetricamente, por conta dos movimentos bruscos de Shikadai, desnudando a coxa alva da morena.

O loiro queria matá-la, como odiava a onda de sentimentos contraditórios que irrompia o seu interior.

Aquele maldito beijo estava levando mais de um minuto.

Inojin desviou os olhos claros que se queimavam com a visão, amassou inconscientemente a lata de sua bebida.

— O desafio era apenas um beijo de um minuto, não precisam se atracar como dois animais— Por um momento, Inojin pensou que tinha falado os seus pensamentos em voz alta, mas era apenas Boruto falando em raivosamente— se querem transar, arrumem um maldito quarto.

Sarada se afastou devagar de Shikadai, rindo levemente.

— Até que você não me deu uma má idéia, Boruto-kun— a morena respondeu, sorrindo irônica para o filho hokage.

O loiro de olhos azuis travou o maxilar, furioso.

— Sarada...

Mas o comentário de Boruto foi cortado pelas pisadas duras da Sumire que saía revoltada da sala.

Percebendo a situação delicada em que se colocou, Boruto saiu à procura da namorada.

— Acho que o clima para jogos acabou— Chocho comentou tristemente.

Finalmente, Inojin tinha saído do estado de estupor com todo aquele desfecho da noite.

Mirou ao lado se deparando com os tristes olhos azuis de Himawari que estava sentida por conta de Boruto e Sumire, o loiro sentiu a bile quase sair pela boca.

Pegou as pequenas mãos e a cobriu com as próprias, sentindo a culpa recair em seus ombros. Ele merecia ganhar o prêmio de pior homem, por pensar em outra, tendo a mulher mais perfeita do Universo ao seu lado.

Himawari por fim o mirou, sorrindo docemente.

O coração de Inojin se apertou ainda mais ao vê aquele anjo que tinha ao seu toque.

Sim, ele era pior pessoa do Universo.

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— Você realmente precisa ir embora?— questionou abraçando e acariciando os longos fios índigos com as mãos.

Inojin e Himawari estavam na varanda do chalé, a poucos metros à frente Sumire e Boruto ainda discutiam na saída.

— Prometi para mamãe jantar em casa. E você passará a noite aqui?— questionou com um brilho curioso nas esferas azuis.

Inojin sorriu bobamente encantado com aquele jeitinho curioso que amava, talvez a bebida estivesse deixando ele ainda mais amolecido por ela.

— Sim, nós passamos a maior parte do final de semana juntos— o loiro respondeu ainda sorrindo e ajeitando o chapéu delicado nela.

Himawari o fitou seriamente.

— Mas não se esqueça do almoço amanhã na minha casa, papai quer muito lhe ver.

— Não sei se me sinto honrado ou preocupado— o loiro comentou brincalhão.

A azulada riu.

— Não seja bobo, papai te adora— falava com um sorriso gigante desenhado no rosto.

— Podia me adorar antes de namoramos, nenhum pai gosta dos namorados das filhas...

— Você é tão bobo— dizia a Hima dando um rápido selinho nos lábios de Inojin.

Inojin não queria deixar aquela pequena partir. Seus olhos verdes claros pousaram novamente no casal que discutia.

— Eles ficaram bem?— Inojin questionou se referindo ao Boruto e Sumire.

Em pouco tempo, o loiro tinha adquirido apreço pelo relacionamento deles.

— Eles irão se acertar, Sumire sempre perdoa as bobagens do meu irmão— Himawari falou bufando irritada — mas fica já um aviso para ti, amor...

Inojin fitou o mar azul levemente tempestuoso, nunca tinha visto ela daquela maneira.

— Nunca tenha ataque de ciúmes por outra na minha frente— a garota murmurou seriamente— não sei o que eu seria capaz de fazer.

O loiro sentiu a garganta ficar seca e o rosto queimar.

— Anotado, comandante— respondeu meio sem graça e desceu os lábios até ela para beijá-la. Queria apagar aquele assunto que estava o machucando profundamente.

Himawari risonha impediu colocando o dedo indicador entre os dois.

— Se continuamos assim, não sairei daqui— ela murmurou se afastando— te amo.

—Também te amo— respondeu sorrindo, dando um beijo na pequena testa.

A azulada emitindo alegria desceu pulando as escadas.

À medida que a amada se afastava o Inojin sentiu um eco vazio o deixar aflito.

Ela era o seu porto seguro, não sabia o que fazer com as explosões de sentimentos que tinha.

Ele voltou para dentro da casa.

Viu a Sarada e Chocho na cozinha, achou melhor se distanciar o máximo possível.

Inojin optou por suprimir o ciúme que sentiu e caminhou na sala até o moreno.

Shikadai o recepcionou com os restos das carnes e mais bebidas.

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Inojin acordou do cochilo, sentiu as costas doerem por causa do sofá desconfortável.

Fitou ao redor, as latas vazias estavam espalhadas no chão da sala, o prato que servia as carnes estava vazio encima da mesa de centro e seu amigo roncava sonoramente deitado no outro sofá.

O loiro levantou ainda meio cambaleante ,seguiu pelos corredores que conhecia tão bem, achava engraçado como os chalés do clã da Chocho seguiam o mesmo padrão.

Tropeçou algumas vezes até chegar ao corredor que levava até os quartos, queria uma cama vazia e se deixar cair no sono em um lugar mais confortável.

Inojin seguiu a procura do cômodo, mas ao escutar um leve gemido atrás da porta ao seu lado parou o trajeto.

Ele sabia muito bem a quem pertencia aquele lamento clamado pelo prazer.

Colocou a testa sobre a porta, uma voz fraca e estrangulada em sua cabeça falava para ele correr para o cômodo mais distante possível, mas seu corpo parecia negar a razão.

— Inojin — ouvi-la pronunciar o seu nome com desejo, o fazia queimar em brasa.

As suas mãos foram de encontro à maçaneta e deslizou a porta suavemente.

Entrou no quarto.

Inojin se sentiu preso em um encanto, olhava desejoso para a morena deitada na cama usando apenas uma lingerie rubro como sangue,viu os cabelos escuros rebeldes cobrir parcialmente o rosto delicado e dois pontos negros o encarar predadores.


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Notas finais do capítulo

Sim, a Sarada é uma destruidora de lares nessa fic...
Alguns leitores podem ficar chateados com os rumos dos acontecimentos e espero que não me odeiem.
E ficarei na torcida para apreciarem o capitulo.
Além disso, deixarei algumas questões em aberto.
Voces acham que Inojin cederá aos desejos?
Himawari descobrirá a confusão de sentimentos do loiro?
E Sarada merece ser feliz com algum outro personagem?
Façam as suas apostas e emitem as suas opiniões nos comentários :D
Beijos!



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