A Escolhida - DraMione escrita por EstefaniSavinón


Capítulo 3
Capítulo II


Notas iniciais do capítulo


Oie, boa noite!

Me desculpe por não ter postado nesses dias.



Espero que vocês gostem!



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Dois dias se passaram após Draco ter conhecido Ast. Na verdade, naquele mesmo dia, ele descobriu que ela era uma das strippers da boate, tinha apenas 24 anos e se chamava Astória Greengrass.

Ele a fez uma proposta. Absurda até, eu diria, mas ele era assim, impulsivo. Em uma de suas conversas com ela, Astória deixou escapar que tinha uma amiga que trabalhava em uma grande advocacia e que havia mandado um currículo na esperança de mudar de vida. Draco quase surtou ao saber que ela falava da empresa de sua ex-noiva, Pansy. Então, ele ofereceu emprego a ela como sua assistente pessoal. Teria um bom salário, um flat pago pela empresa e outras mordomias, como: um carro a sua disposição por tempo indeterminado e também pagaria um curso na melhor universidade de São Paulo. Astória ouvia tudo abismada.

— E o que eu teria que dar em troca? Sim porque isso é mais do que deveria ganhar uma assistente pessoal – ela perguntou cismada.

— Quero que me ajude. Que seja uma espécie de espiã. Quero que consiga todas as informações possíveis com sua amiga, sobre a empresa onde ela trabalha. Mas especificamente sobre Pansy Parkinson – ele explicou.

— O que quer com ela? Não quero nenhum tipo de problema pro meu lado – ela recuou.

— Não irei metê-la em problemas. Eu prometo – ele sorriu pegando sua mão.

— Uau! – ela sibilou. —Um carro, um apartamento, emprego com um ótimo salário... – ela sussurrava para ela mesma, não acreditando na reviravolta que sua vida daria, caso ela aceitasse.

— Aceito!

— Yes! – ele se animou.

— Mas... Tenho uma condição – ela o olhou nos olhos.

— Fora tudo isso que lhe ofertei? Já está abusando – ele sorriu.

— Quero saber o por que. Um silêncio desconfortável pairou entre eles.

— O por que do quê?

— O porque quer que eu faça tudo isso. O que de tão grave essa tal Pansy te fez – ela sorriu diabolicamente girando seu copo na mesa.

— Ela me traiu – ele disse numa carranca.

— Mulheres fazem isso. Todo o tempo. Homens também – ela retrucou. — Não deveria se importar com isso.

— Eu a amava. Íamos nos casar. Quer dizer, ia pedi-la em casamento, quando a vi nos braços de outro. Ela acabou com todas as minhas esperanças de um dia ser feliz. Me fez desacreditar do amor, da vida... Me fez desacreditar que serei feliz um dia novamente.

— Isso me parece muito com “dor de corno”. Vai por mim, isso passa – ela riu deixando-o nervoso.

— Se não passou em um ano, não irá passar nunca mais – ele disse com convicção.

— Ah! Homens – ela revirou os olhos. — Me conte os detalhes. Quero saber tudo e então, vamos começar traçando algumas estratégias de vingança maligna para exaltar o seu ego masculino – ela gargalhou.

— Isso não é brincadeira. Eu jurei que iria destruí-la. E vou. Nem que seja a última coisa que farei na minha vida – ele se enfureceu por Fernanda zombar de sua dor. — Vai me ajudar ou não?

— Mas é claro, chefinho! – ela sorriu levantando seu copo de uísque para brindar e solidificar a união entre eles. Alexandre bateu seu copo contra o dela e ao tilintar dos copos, sorriram e piscaram um para o outro.

— Me encontre daqui dois dias em minha empresa. Quero começar o mais rápido possível – ele disse jogando sobre a mesa, um cartão de visita que havia em sua carteira. Na parte superior estava escrito Malfoy’s Construtora e Incorporadora – Ltda. Ela arregalou os olhos e disse surpresa:

— Você é o filho de Lucius Malfoy? O ex-senador da república?

— Sim. Por que o espanto?

— Uau! Isso é fodástico! – ela riu.

— Fodástico? Sério? – ele bufou. — Temos que melhorar esse seu vocabulário – ele gargalhou e ela deu um tapa em sua nuca.

— Te vejo em breve, chefe – ela disse e ele saiu da mesa e seguiu em direção aos seus dois amigos que o olhavam com olhos curiosos. Depois de algumas horas, eles foram cada um para sua casa.

... TRES MESES DEPOIS...

— E então? O que descobriu?

— Não dá pra descobrir tantas coisas em apenas poucos meses, Draco – Ast andava de um lado para outro, ajeitando seus cabelos ruivos e tentando achar as palavras certas para usar.

— Senhor Malfoy. Aqui teremos que ser formais – ele exigiu.

— Que seja! – ela revirou os olhos. — Você está muito tenso. Pode relaxar um pouco, por favor? – ela disse apontando para a cadeira de couro preta, para que ele se sentasse.

— Fale de uma vez o que conseguiu droga! – ele se irrita.

— Minha amiga disse que Pansy não conseguiu o cargo que ela tanto almejava por sua indicação.

— Como não? Ela mesma disse na minha cara. Aquela maldita – ele rosnou.

— Minha amiga disse que ela estava transando com o Governador.

— O quê? – Draco bateu com os punhos na mesa.

— E pior. Mesmo casada, ela ainda está transando com ele.

— Vadia! – ele deixou escapar um riso.

— Achei que ficaria chocado. Por que a graça? – ela perguntou sem entender.

— Porque finalmente, posso começar a minha vingança. Júlio com certeza não sabe que ela o trai. E eu quero que ele descubra que a mulherzinha dele é uma vadia. Mas não por mim ou por ela. Quero que eles sejam humilhados. Massacrados. Quero que isso venha à tona para a imprensa. Que saia em todos os jornais – ele disse com brilho no olhar, imaginando a repercussão que isso causaria.

— Vá com calma, Draco. Nós não temos provas. O governador é um homem poderoso e tem uma família. Não podemos divulgar isso para imprensa sem provas.

— Não temos. É verdade – ele sussurrou. — Mas conheço alguém que pode conseguir – ele disse olhando-a nos olhos e ela deu dois passos para trás recuando e balançando a cabeça negativamente.

— Nem vem... Não vou dar uma de detetive.

— Claro que vai. Te pago uma fortuna pra quê? Para ficar aqui olhando pra minha cara? Está decidido. Quero você na cola dela. Descubra onde ela vai, o que ela faz todos os dias. Os horários em que ela sai sozinha. Os dias em que ela se encontra com seu amante e o lugar também. Quando tivermos tudo isso, eu pago um paparazzo para fotografá-los. Deixe isso por minha conta – ele abre um sorriso satisfeito. — Ahhhh! Bem que me disseram que a vingança é um prato que se come frio – suspirou.

— Acho que eu mereço uma recompensa chefinho – Ast disse abrindo os três primeiros botões de sua camisa branca tirou-a de dentro de sua saia lápis cinza e terminou de abrir os botões calmamente.

— Não tenho tempo pra safadeza agora, Ast – ele a olhava com tesão. Ela jogou longe sua camisa, abriu o fecho frontal de seu sutiã e deslizou a calcinha entre as pernas. Puxou o zíper lateral de sua saia e caminhou até ele apenas com seus saltos Louboutin preto. Ela debruçou em sua mesa ficando de frente para ele, que ficou hipnotizado por seus seios à mostra. Ela lambeu os lábios vermelhos em antecipação e chamou por ele:

— Sou toda sua, chefinho.

— Você é uma descarada, Ast. Uma safada!

— Já sei disso. E eu sei que é assim que você gosta – ela sorriu. Ele se aproximou da porta, trancou-a para não serem surpreendidos e então, caminhou até ela.

— Você quer ser fodida, não é? – ele perguntou afrouxando a gravata. — Sente-se na mesa e abra suas pernas – ele ordenou e ficou observando enquanto ela o obedecia. — Isso... Agora deite-se. Quero seus joelhos dobrados e seus saltos arranhando minha mesa – ele ordenou mais uma vez. — Isso... Vejamos o que temos aqui – ele sussurrou no ouvido dela tocando seu ventre. — Uma cadelinha obediente – ele riu.

— Sim – ela ofegou.

— O que quer que eu faça, querida? Diga-me. — Quero que me toque.

— Onde? – ele perguntou sem tocá-la.

— Onde quiser, senhor Malfoy.

— Nada disso. Quero ouvi-la. Vamos. Diga-me onde quer ser tocada.

— Toque-me lá – ela respondeu.

— Lá onde? Vamos, minha safadinha. Você é melhor do que isso. Libere essa boca suja – ele insistia.

— Toque minha boceta, Malfoy. Chupe-a. Faça-me gozar em sua boca – ela enfim gritou as palavras em meio sua excitação. Ele deu um sorriso de satisfação. Ele adorava ser obedecido. Adorava ver como as mulheres reagiam aos seus comandos. Ast não era diferente de nenhuma mulher que ele saia. Noite após noite, ele procurava mulheres como ela. Livres, safadas e fáceis. E, o mais importante, as que não queriam um compromisso.

Ele se curvou até ela e levou dois dedos até sua abertura que já estava encharcada. Empurrou-os para dentro e ouviu-a gemer. Ele continuou penetrando-a com seus dedos e massageando seu clitóris ao mesmo tempo.

— Ohhh! – ela gemia alto.

Ele aproximou chupando-a com vontade arrancando ainda mais suspiros de sua assistente. Ela se contorcia em cima da mesa e gritava palavras obscenas. Em certos momentos, Draco tinha que tapar a boca da bela e fogosa ruiva, para que seus gemidos não fossem ouvidos pelos três andares da empresa. Quase todos os dias eram assim... Sexo, sexo e mais sexo. Draco achou um bom jeito de se desestressar de um longo dia de trabalho.

— Uau! – ela assoviou. — Hoje você me levou até as estrelas, garanhão – ela disse terminado de colocar sua roupa. — Você vai ficar bem? – ela perguntou olhando para o monte que ainda estava formado entre as pernas dele.

— Sim. Não se preocupe – ele respondeu se ajeitando em sua ereção. —

 Sabe que posso dar um jeito nisso, não sabe?

— Eu estou bem, Ast. Agora preciso que volte ao trabalho. Tenho muitas coisas para fazer e inúmeros contratos para assinar. Vou buscar um café. E daqui algum tempo estarei de volta – ele disse caminhando até seu banheiro privado, abriu a torneira e jogou água em seu rosto para se refrescar. Seu reflexo no espelho estava um caos. Não pela aparência. Sua expressão era o que o assustava. Preocupação, excitação e medo. Tanto tempo adiando a vingança contra a mulher que arruinou seu coração e agora, finalmente, ele teria sua chance de cumprir a promessa que lhe fez naquele dia fatídico. Mas o que ele tinha medo, era de ser consumido ainda mais pelo ódio e descobrir que no fundo, bem lá no fundo, a vingança não o faria se sentir melhor.

— Volto daqui a pouco – ele disse passando por ela. Ele precisava de ar. Precisava pensar e ficar sozinho. E foi o que ele fez. Cruzou a rua e caminhou até o parque próximo da empresa. O parque Ibirapuera. Lá se sentou por alguns minutos e ficou contemplando o dia de uma maneira diferente. Ele se questionava se era isso mesmo que deveria fazer. E a resposta veio logo. Assim que os flashbacks daquele maldito dia invadiram seus pensamentos. Quando sentiu novamente aquela dor insuportável se instalar em seu peito. Quando aquelas imagens cruéis da mulher que amava, esmagaram seu coração. Em um ano e três meses, Draco ainda não estava recuperado. Ele não se permitiu esquecer. Na verdade, lembrar das imagens dela nos braços de outro homem, era o que o mantinha vivo para vingar-se. Muitos e muitos dias após o ocorrido, ele sofreu, chorou, até mesmo pensou, por alguns breves segundos, em se matar. Foram cinco anos de dedicação e amando uma mulher que ele acreditava que seria sua para sempre. Uma mulher que ele sempre deu carinho e amor. Sempre foi fiel e sincero. O qual sempre a colocou como prioridade em tudo em sua vida, e isso, foi sua maior decepção. Ver que tudo o que ele fez, todo o amor que lhe ofereceu, não foi o bastante. Ele se sentiu um nada por longos meses. E agora, ele estava tendo sua chance. Ele tinha dois caminhos: continuar em seu poço de autopiedade e seguir com sua vida leviana e se vingar da mulher que lhe causou tanto sofrimento ou esquecer. Simplesmente esquecer. Se permitir seguir em frente e viver um novo amor. Só que ele não se achava capaz de poder amar novamente. De se entregar para uma mulher com a mesma intensidade. Ele não acreditava mais que um dia poderia ser feliz. E isso, o deixou ainda mais com o coração gélido e sem esperanças.

 

... CINCO MESES DEPOIS...

 

— Ligue a televisão! Rápido! – Ast irrompeu como um raio na sala de Draco. Ele se assustou com seu jeito e rapidamente, encontrou o controle remoto de sua LCD enorme que ficava fixada na parede amarelo ouro de frente a sua mesa. “Um escândalo nacional. O governador Vidal Felis, foi visto com sua advogada Pansy Parkinson Ferreira de 27 anos, saindo de um motel na zona sul de São Paulo. Fotos íntimas e comprometedoras do Governador e a advogada vazaram nas redes sociais e foram publicadas no jornal da cidade. Pansy Parkinson é casada há pouco mais de um ano com o advogado criminalista Júlio Ferreira. Ele foi procurado por nossa equipe e não quis comentar sobre o assunto. Há rumores de que Júlio tenha entrado com um pedido de separação esta manhã”.

— Conseguimos! – ela gritou.

— É. Conseguimos – ele sorriu ainda sem acreditar.

Após alguns meses, Draco descobriu que ela e Júlio se separam litigiosamente e que ele a deixou na pior. Ela ainda estava com a empresa, mas com uma enorme mancha em seu nome, sozinha e que teria que recomeçar do zero. Assim como quando eles se conheceram.

 Ele se sentia mais leve. Mas se decepcionou ao ver que isso não supriu sua necessidade. Não foi o bastante para ele, apenas saber da desgraça de sua ex-noiva. Ele precisava vê-la. Olhar nos olhos dela e rir descontroladamente. E foi exatamente o que ele fez. Mas isso também não o satisfez. Não depois de ouvi-la dizer em voz alta que ela daria a volta por cima e que ele jamais a veria rastejar e implorar por perdão. Ele teve que engolir as duras palavras que saíram de sua boca: Eu nunca amei você, Draco. Eu apenas te usei, assim como usei Júlio e o Governador. Tente conviver com isso. Eu não me importo com nada do que aconteceu. Isso não me afeta. Pode rir à vontade – ela disse sorrindo e ele pode ver o quanto ela era pior do que imaginava. Uma mulher fria, insensível e sem valores.

— Você está errada, Patrícia. Vai chegar o dia em que rastejará a meus pés e implorará pelo meu perdão. E quando esse dia chegar, eu vou olhar em seus olhos e verei sua derrota. Vou sorrir e pisar ainda mais em você.

— Não vai acontecer – ela disse com tom sarcástico. — Mas pode ficar aí, ninguém irá te culpar por tentar... Quem sabe em seus sonhos... Ficarei por aqui vendo sua vida passar e você perder tempo em função da minha. Isso até que será bem emocionante – ela disse e ele se virou para ir embora. Por hora, ele estava satisfeito.

 

 


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram?!



E mais uma vez me desculpe pela demora....


Beijos! :*)



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