Segredos desse amor - Las Amazonas. escrita por Senhora Sandoval


Capítulo 4
Capítulo 4 - Ele voltou!




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nês rapidamente se apressou e fechou a porta de chave, desceu as persianas e voltou para sua cadeira, queria correr e fugir dali, mas sabia que não tinha saída.

Ela colocou o rosto entre mãos e chorou ali, quieta e sozinha, sentindo o medo corromper seu corpo, seu interior.

Sabia que uma hora aquele momento iria chegar e eles iriam se encontrar, mas tudo ainda era uma verdadeira ferida aberta que ardia e doía profundamente.

— Porque hoje, meu Deus? – sussurrava com medo, agarrada a uma pequena medalhinha que sempre estava em seu pescoço. – Porque ele voltou?

Um silêncio assustador se fez presente na sala por alguns segundos e os soluços dela tomaram conta do ambiente, até que três toques seguidos na porta da sala dela foram ouvidos e ela se assustou mais ainda.

— Inês? – falou paciente, esperando a resposta dela.

— Que... Quem é? – gaguejou nervosa secando as lágrimas e levantando da cadeira.

— Eu, amor... Victoriano. – estranhou a sala estar toda fechada.

Ela soltou um suspiro aliviado, passou a mão no rosto e se recompôs... Se aproximou da porta e abriu olhando ele.

— Porque a sala toda está fechada? – entrou e olhou ela. – O Olavo voltou, amor, não fecha a porta que ele já tá vindo.

— Vo...vo...voltou? – gagueja sem parar e se aproximou praticamente correndo e abraçou ele.

— Voltou... – acariciou as costas dela. – Voltou a gaguejar? Está nervosa porque, meu amor?

— Eu não estou nervosa, sabe que quando me sobrecarrego fico assim e sendo sincera, não entendo o porque da volta tão repentina do Olavo, ele estava tão bem na Europa.

— Ele vai explicar tudo, eu também não entendi bem. – sentou no sofá com ela no colo. – Mas hoje o nosso jantar romântico está de pé, verdade?

— Sim senhor, hoje nós vamos sair... – cruzou as pernas e agarrou o pescoço dele dando alguns beijinhos de leve. – Você tomou banho de perfume?

— Não, amor, só passei um pouquinho pra ficar cheiroso pra você, já que você me deu o perfume... – falou sem graça, ela riu.

— Eu dei o perfume pra você ficar cheiroso e não pra me matar asfixiada, é forte demais, Victoriano. – arrumou a gravata dele.

— Atrapalho o casal? – estava parado na porta e seu olhar foi direto nas belas pernas exibidas por Inês.

— Não, Olavo, imagina. – deu um meio sorriso e sentiu Inês sentar ao seu lado. – Só estávamos conversando, verdade Inês?

— Sim, só estávamos conversando. – colocou uma almofada no colo e agarrou o braço do marido, sentia uma sensação interior de pânico e vulnerabilidade que não saberia explicar.

Sentia que a qualquer momento ele iria vir pra cima e lhe atacar, o coração pulsava em um ritmo acelerado e as mãos suavam, estava claramente em pânico, mas não iria dar o gostinho a ele de sair correndo e fugir. O marido estava ali, ao seu lado e era ali que ela ficaria.

— Bom, acho que vocês querem saber o que estou fazendo aqui... – puxou uma das cadeiras e sentou em frente aos dois, voz ou outra olhava Inês. – E esclarecendo logo todas as dúvidas, voltei para passar um tempo, muito possivelmente ficarei definitivamente no México, mas ainda não tenho certeza.

— Definitivamente? – ela sussurrou, aquilo sim era seu pior pesadelo.

— Sim, Inês... – falou e olhou ela com um sorriso debochado. – Voltei para ficar, a Pilar ainda pensa em voltar para França, mas não sei.

— Isso é maravilhoso, Olavo! – sorriu passando a mão nas costas da esposa com cuidado e proteção, ela agarrou ele ainda mais e suspirou.

Inês apertou as mãos de forma nervosa, seu inferno mais uma vez teria início. Ela sentiu um aperto no peito, era angustiante aquela situação, o medo que ele lhe causava, a dor ainda sentida, os olhares de cobiça e desejo que ele lançava sobre ela só a aterrorizavam mais ainda.

— Agora eu vou deixar vocês a sós, tenho mais alguns problemas para resolver. – ele levantou e se aproximou dos dois que também se puseram de pé, apertou a mãe de Victoriano amigavelmente e abraçou Inês, sussurrando em seu ouvido. – Até mais, querida! – se afastou e ela se apoiou no marido, sentindo as pernas falharem.

Ele saiu da sala com um sorriso debochado e sombrio, havia feito o que queria. Ela já estava em pânico e aquele era só o começo do seu plano.

— Inês? – sentou ela no sofá. – Amor, o que você tem? Está mais branca que um papel, Inês.

— Minha pressão... – fechou os olhos, inclinando a cabeça pra trás e respirou fundo. – Baixou, amor, não é nada demais, só pressão baixa.

— Nada demais? É claro que é alguma coisa... – pegou um copo de água e entregou a ela. Toma essa água, respira fundo e vamos pra casa, você não tá nada bem.

— Fica calmo, homem! Eu sei o que tenho, sei que não é nada demais e também sei que não é bebê, então tira essa carinha ilusionada da minha frente. – tomou a água e respirou fundo, suas mãos ainda suavam e em seus pensamentos vinham as palavras de Olavo.

— Deixa de ser tão cavala... – falou sentido, ele era sentido. – Eu vou pra minha sala, Inês!

— Vem cá, eu não quis ser grossa, só estou atordoada, amor! – falou calma e segurou a mão dele. – Não fica assim, meu bebê.

— Você sempre faz isso... – sentou ao lado dela. – Sempre me trata mal quando surta de raiva, poxa Inês...

— Eu só estou cansada, não fica assim, Victoriano ! – acariciou o rosto dele, ele colocou o queixo no ombro dela e cheirou a esposa. – Eu amo você, meu amor! – acariciou as costas dele com cuidado.

(...)

Olavo depois de sair da empresa  encheu a cara, como há muito tempo não fazia. Inês tirava ele do eixo, o fazia perder o controle e voltar a ser o homem de antes.

Ele entrou em casa um pouco atordoado, o cheiro de bebida que exalava era notável há metros e se mesclava ao cheiro de perfume barato das vagabundas que viviam agarrando ele, ele foi tirando a gravata e se jogando no sofá.

Pilar acendeu as luzes da sala e suspirou ao ver ele daquela forma, amava loucamente aquele homem, mas ele novamente estava jogando o casamento na lata de lixo.

Ela se aproximou quando viu ele se assustar e sentou no sofá, colocando a cabeça dele em seu colo, sentia o cheiro da bebida e seu estomago embrulhou, estava com medo e com receio do que ele poderia fazer, mas ficou ali, calada, sem falar e fazer nada, apenas tentava assimilar tudo aquilo e digerir mais uma vez a dor que sentia.

Olavo sentou no sofá e olhou a mulher por alguns segundos, a bebida fazia efeito e ele viu Inês em Pilar, fazendo que seu membro logo apontasse na cueca. Ele se aproximou aos poucos e foi beijando o pescoço dela, as mãos passeavam no corpo da esposa e ela se assustou.

— Olavo... – tocou o ombro dele, aquilo estava estranho, ele parecia estar em outro mundo e assustava ela. – Amor?

— Calada! – segurava o membro e acariciava por cima da calça, enquanto beijava o corpo da mulher, estava transtornado e gemia o nome de Inês sem controle.

— Olavo! – falou assustada e se esquivando. – Para com isso! Eu não sou a Inês, para! – gritou nervosa.

Ele parecia não ouvir, rasgou a fina blusa de seda de Pilar e abocanhou o seio dela com vontade, sugava com força a ponto de machucar a mulher que se mexia inquieta e empurrava ele. Ele a segurou com mais força e deitou ela no sofá abrindo as pernas da mulher, abriu a calça e tirou seu membro ereto, roçando ele na intimida da esposa.

— Para com isso... – a respiração estava ofegante e ela se encolheu no sofá, abraçando o ventre com cuidado. – Vai matar nosso filho, Olavo! Para, por Deus! – soluçou.

(...)

A noite já chegava, Inês já estava em casa e esperava o marido no quarto com a filha e a mãe... O dia que pra ela havia sido péssimo, parecia se amenizar um pouco mais com a chegada da noite. 

Iria sair com ele, só com ele e aquilo a deixava feliz, há tempos não tinha a oportunidade de sair sozinha com o marido, por conta da filha mais nova que sempre estava colada nela.

Inês estava com a cabeça no peito da mãe e Clara estava agarrada a cintura de Inês, estavam as três juntinhas sentindo o amor e o laço que as unia.

Marília afagava os cabelos dela com calma e cheirava a filha com cuidado, depois de muita conversa e conselhos, Inês parecia estar mais calma e segura de si.

— Mãe? – falou baixo e olhou ela.

— Hum? – acariciou o rosto da filha com cuidado e a beijou com amor. – O que foi?

— E se ele tentar outra vez? – perguntou com medo e apertou ela ainda mais. 

— Você tem a mim, verdade? E a mamãe sempre prometeu cuidar e te defender de tudo e todos, então não se preocupe com isso, eu vou estar sempre com você e sempre vou te defender, meu amor! Nem que pra isso eu tenha que matar, ou morrer, mas ninguém encosta em você!

Falou para ela e prometeu aquilo para si mesma, ninguém nunca mais machucaria sua menina, ela não iria permitir...


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