Gaara Chibi escrita por LaviniaCrist


Capítulo 17
Quietude Sabulosa


Notas iniciais do capítulo

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PAÍS DOS RIOS, PROXIMIDADES DE TANIGAKURE, ÁREA DOS CHALÉS – DIA 9 – 13:48.

 

Mais uma vez a área dos chalés parecia um destino perfeito para se tirar férias, como um pequeno pedaço do paraíso no mundo: o sol brilhava, os pássaros cantavam de forma alegre enquanto refaziam seus ninhos, as poças de água já estavam secas, a brisa fresca mexia com delicadeza nos galhos das árvores, as águas límpidas e baixas do riacho corriam.

Foram dias bem passados lá, apesar de nos últimos a chuva ter atrapalhado bastante. Em breve não se preocupariam mais com chuvas, estariam saindo daquele terreno com folhagens verde escuras para adentrar no deserto. Seriam menos de dois dias de viagem.

Shikamaru e Temari já estavam do lado de fora do chalé, conversando com Rock Lee e Tenten sobre o tal festival, eles iriam como acompanhantes de Shikamaru e somente se algo colocasse o Kazekage em risco é que eles poderiam agir como ninjas. Kankuro e Gaara estavam no chalé ainda, demorando mais do que o necessário ao ver de Temari.

— Pegou tudo, Gaara? — o irmão mais velho quem pergunta, finalmente saindo do chalé trajando sua roupa preta de costume e com pinturas no rosto.

— Sim! — um ruivo sorridente responde, também saindo do chalé.

— Não acredito que fez ele vestir isso... — a voz um tanto desconcertada era de Temari, se aproximando dos dois.

— Ele quem quis e não consegui recusar, jaan. — Kankuro sorri, colocando a mão sobre o capuz que Gaara usava.

— É uma roupa de gato. — o mais novo fala animado, olhando para a irmã.

“É... Acho que é a primeira vez que eu reparo que a touca antiga do Kankuro tinha orelhas de gato...”, Temari analisava minuciosamente o irmão mais novo que usava agora as roupas pretas que o irmão do meio costumava usar certo tempo atrás. Era claro que estavam um pouco grandes nele, mas dava para disfarçar com a faixa da cintura, que ajudava a prender tanto a camisa de mangas compridas quanto a calça.

— Ele ficou fofo... — a Mitsashi praticamente sussurra, olhando-os de longe.

— Temos que avisar na recepção que vamos sair... — a fala de Lee era um tanto pensativa. — Tenten, você quem fez os registros! — ele sorri só por lembrar que não teria que falar novamente com o idoso que vivia chamando a atenção dele.

 — Nem me lembre... — a morena suspira, indo para a recepção.

— Você e o Shikamaru fizeram os registros também, deveriam ir logo resolver isso. — Temari sorri de canto, não teria que lidar com nada.

— Na verdade foi só o Kankuro, vamos? — a fala não soava tão preguiçosa como de costume por parte de Shikamaru, só em se lembrar do recepcionista ele tinha vontade de ir logo para Suna.

— Eu alcanço vocês daqui a pouco, jaan. — ele ajeita o capuz do irmão mais uma vez, era engraçado ver Gaara vestido daquele jeito e achar “incrível” ter orelhinhas de gato.

— Mesmo? — os olhos verdes e brilhosos do ruivo encaravam-no.

— Mesmo! — o mais velho sorri.

— Não demorem muito... — a fala de Temari tinha uma pitada de malicia, afinal, ela conhecia o irmão e sabia que ele não deixaria a morena só com as memórias dele beijando Lee.

— Será o necessário. — o irmão fala do mesmo jeito, indo em direção à recepção.

Antes de saírem pelos portões, Temari havia reparado na pilha enorme de papéis que os dois tinham que ler e assinar. “Duvido que ele consiga algo com ela depois de assinar tudo isso... Certo!? ”, a loira pensava enquanto tentava não rir, o irmão provavelmente iria ficar de mal humor e estragar qualquer chance com a garota.

 

PAÍS DO VENTO, PROXIMIDADES DA FRONTEIRA – DIA 10 – 03:54.

 

As árvores haviam ficado para trás e agora não havia mais barulho de animais pequenos se escondendo nas folhagens, ali só existia o silencio, como se fosse uma natureza completamente morta. Um céu limpo com estrelas e a lua que deixava tudo claro por onde pisavam, a areia fina com suas pequenas dunas e rajadas fortes de ventos tão frios que obrigaram os ninjas de Konohagakure a vestirem suas capas para seguir viajem. O deserto tinha sua própria beleza “sem vida”.

Em passos calmos, todos seguiam em frente. Após atravessarem uma duna alta, era possível notar uma grande nuvem de areia vindo do Oeste, chegaria até eles em breve e parecia densa o suficiente para causar a desorientação aos mais experientes. A regra de sobrevivência nestas ocasiões era clara e imutável: se esconder e esperar.

— Temari, temos que parar um pouco, jaan... — a voz de Kankuro era baixa, enquanto ele tentava analisar a tempestade de areia.

— Não. — a resposta saiu seca como a areia em que pisavam, ela via a situação deles como crítica, deviam chegar logo em Suna antes que algo pudesse acontecer. — Eu posso lidar com isso... — ela já pegava o seu leque, normalmente ela iria parar e se abrigar, mas usar seus ventos para cortar a tempestade parecia uma ideia mais sensata agora.

— Eu posso ajudar usando o Bashosen... — entendendo o que a loira pretendia, Tenten começa a abrir seu grande pergaminho.

Vendo que não adiantaria ir contra, Shikamaru e Kankuro apenas observavam as duas, enquanto Lee parecia um tanto alheio olhando as próprias mãos, chegando a desenrolar parcialmente as bandagens que usava nelas, fazendo com que a Mitsashi parasse de olhar o pergaminho e fosse até o amigo. Curiosos, os cunhados começam a prestar mais atenção nele.

— O que o grilo gigante tem nas mãos? — a voz de Kankuro transbordava curiosidade.

— Nada, eu acho... — apesar de se lembrar de Rock Lee sempre com aquelas bandagens, o Nara considerava que era apenas para usar seus ataques e não teria nada além disso, mas agora estava curioso.

Enquanto a atenção de todos era voltada para Lee, a loira continuava encarando com seriedade para a tempestade se aproximar, em poucos minutos já estariam no meio dela. “Preciso cortar ela bem no começo e atravessar ela toda sem pausas ou...”, os pensamentos de Temari foram interrompidos por dedos frios encostando levemente nas costas dela.

— Ir-rmã... — a voz de Gaara era um tanto arrastada e baixa.

Ninjas são acostumados a andar sem descanso, até mesmo ficar dias sem uma refeição descente e mesmo assim conseguir lutar, ninjas são assim, mas nem todos ali eram ninjas. Por essas longas horas de viagem praticamente em silencio, todos pareciam ter se esquecido que o ruivo era apenas uma criança, apesar de não aparentar.

— Hun? — Temari olha para trás de si, parecendo levar um susto — Gaara! — Todos direcionam o olhar para o ruivo, não importava mais a tempestade, as mãos de Lee ou qualquer outra coisa.

A pele alva conseguia estar ainda mais branca, dando o aspecto de palidez intensa, as mãos não estavam só frias, estavam com as extremidades arroxeadas. Enquanto ele tentava falar algo, parecia fazer esforço para as palavras saírem, talvez devido aos tremores pelo frio que ele estava tendo.

— P-Pode-emos... — a fala de Gaara era custosa para sair, então a irmã achou melhor evitar que ele falasse, passando cuidadosamente a mão no rosto dele.

— O que houve? — Shikamaru pergunta, olhando ao redor e por fim para a noiva, não teria sido um ataque, então...

— Hipotermia. — a fala de Kankuro foi baixa e preocupada, ele já estava próximo dos irmãos e olhando o caçula com atenção.

— Lee também está com as mãos assim... — a voz de Tenten também estava preocupada, enquanto ela se aproximava deles.

— Precisamos parar e nos aquecer. — a loira olhava em volta, procurando um abrigo.

O maior perigo do País dos Ventos não está em seus ninjas, em seu arsenal ou seus animais exóticos, o maior perigo está em seu clima inóspito. O deserto, mesmo monótono, sofre uma incrível mudança todos os dias: quando o sol está no céu ocasiona temperaturas extremamente altas e quando ele se põe, as temperaturas se abaixam o suficiente para causar hipotermia rapidamente em quem se aventura pelo terreno.

Depois de uma curta caminhada em busca de abrigo, todos estavam agora em uma espécie de caverna, na verdade, era uma fissura em uma montanha rochosa. Os irmãos mais velhos estavam sentados cada um de um lado do mais novo que dormia calmamente; Shikamaru tentava descobrir quanto tempo a tempestade iria durar olhando pela abertura da caverna; Rock Lee estava sentado e tentando se aquecer com o manto extra que recebeu da companheira de time e; por fim, Tenten estava olhando seu pergaminho e parecendo procurar algo em particular.

“Como deixei algo tão simples passar despercebido? ”, os pensamentos de Temari eram tomados por culpa. “Se não fosse essa tempestade, poderíamos seguir até alguma vila perto e... Não! O certo, desde o começo, seriamos ter feito pequenas pausas para nos aquecer...”. Ela segura cuidadosamente uma das mãos do irmão mais novo, tentando esquenta-la um pouco.

— Deve durar mais meia hora... — a fala arrastada era de Shikamaru, que finalmente se aproximava dos outros.

— Sabia que eu tinha mais deles! — a voz animada era de Tenten, tirando alguma coisa de seu pergaminho — Aqui... — ela estende mantos para os três irmãos — Assim fica mais fácil de se aquecer, certo? — ela sorri.

— Chega de certo! Nada de certo! Nunca mais eu quero ouvir isso no final de uma frase, jaan!!! — a voz irritada era de Kankuro, mas ela só provocou a risada de todos ali. — É por isso que aquele lugar não precisa de vigias, ninguém consegue passar por aquele velhote sem ficar louco! — ele afundava o rosto no manto, tentando se acalmar.

— Eu quero mais um, Tenten... — o ninja de cabelos tigelinhas olha para a companheira, tentando imitar os olhos brilhosos de Gaara.

— Você já está com dois! — ela fala irritada, olhando para o amigo — se esquenta com as chamas da juventude! — ela estende um para Shikamaru e depois veste o outro.

— Falando em chamas da juventude... Como foi depois que assinaram os papéis? — a voz de Temari tinha certa implicância, assim como o olhar.

— Ele fez um escândalo enquanto corríamos para alcançar vocês... — a fala da Mitsashi foi seguida de mais risadas, tanto as dela como as de Temari.

— Não deu para ser de outro jeito, jaan... — o resmungo de Kankuro é seguido de um suspiro.

— Qual outro jeito? — a voz baixa era de Gaara, ele havia acordado com as risadas e agora olhava para o irmão, curioso.

— Er... Nenhum, nenhum jeito... — o mais velho não conseguia pensar em uma resposta boa sem falar algo que Tenten provavelmente não iria gostar de ouvir, então tentou fugir da pergunta enquanto colocava o manto sobre o mais novo.

— São coisas de adulto, Gaara... — a voz de Shikamaru soava preguiçosa, enquanto ele se sentava ao lado da noiva e segurava a outra mão dela, entrelaçando os dedos.

— Entendi. — o ruivo olha para as mãos dos dois — queria vir de mãos dadas com a Tenten? — ele pergunta baixo, para o irmão.

— Ei, ei, ei... Nada de falar essas coisas de mim, irmãozinho. — ele bagunça os cabelos vermelhos.

— Já disse que não! — a voz irritada de Tenten chamou a atenção dos outros, um certo ninja com cabelos tigelinha estava puxando o manto que ela vestia enquanto a mesma fechava o pergaminho.

— Mas Tenten... — o resmungo era acompanhado de mais puxões no tecido.

— Por que não senta do lado do Kankuro para se esquentar, Lee? — quem sugeriu foi Shikamaru, realmente, a convivência com a noiva estava o tornando mais implicante que o normal.

— É uma boa ideia. — Tenten olha para Kankuro por um tempo e depois para Lee. — Senta do lado dele, daí eu sento do seu lado e todos ficam aquecidos. — ela sorri.

— Tenten, senta do lado do Kankuro? — os olhos verdes e brilhosos encaravam a Mitsashi, o pedido deixou tanto ela como Kankuro um tanto vermelhos, mas ele queria poder mexer nos cabelos castanhos sem se afastar dos irmãos.

— Sim... — ela acaba soltando uma risada, entendendo o que a “criança” queria. — Só não puxar, tá? — ela se senta ao lado de Kankuro e fica um tanto em dúvida sobre como a mão de Gaara chegaria até ela.

— Tive uma ideia! — a voz de Rock Lee estava começando a recuperar a animação, ele se senta ao lado da companheira de time e puxa as pernas dela para cima de si. — Consegui mais um manto!

— Lee!!! — ela tenta repreender, mas a falta de equilíbrio pela posição a faz deitar o resto do corpo sobre Kankuro, o que deixa os dois corados como antes.

— Você virou um cobertor, Tenten! — Gaara ri um pouco, olhando-os e começando a mexer nos cabelos castanhos com a mão livre.

— Ela vai deixar o Kankuro quentinho... — o comentário implicante e com certa malicia é de Temari, contribuindo para o rosto dos dois ficar ainda mais vermelho.

 

PAÍS DO VENTO, SUNAGAKURE, FALÉSIA DE ROCHAS – DIA 11 – 06: 18.

 

Uma imponente muralha podia ser vista, a longa viagem finalmente estava em seu fim. Horas em silencio enquanto caminhavam e conversas divertidas nas curtas paradas que faziam pelo deserto, seja para se alimentar ou apenas para se aquecer na noite fria, tudo ficaria para trás em definitivo.

Os guardas interrompem a vigia silenciosa para avisar que o Kazekage finalmente estava retornando. Os ninjas, animados, olhavam para as pessoas que continuavam os passos lentos vindo ainda ao longe, enquanto Baki chegava apressado para recebe-los. O carinho que toda a vila sentia por Gaara começava desde a entrada.

— Precisa ficar quietinho, jaan... — Kankuro já havia avisado para o irmão não estranhar as pessoas se aproximarem e nem desmentir caso elas o “confundirem” com o pai, já que eram parecidos.

— E só acene discretamente para eles. — apesar do alivio em finalmente chegarem, Temari sentia ainda mais nervosismo por alguém descobrir a “falta de memórias” do irmão e se aproveitar disso.

— Não tem problema eu fingir que sou o papai? — o ruivo estava ainda um pouco confuso, mas tinha aceitado vestir o manto de Kazekage e, com muito custo, colocar o chapéu com o símbolo do país do vento no lugar da touca com orelhinhas, por sorte, Kankuro lembrou de levar o traje do Kage.

— Não, ele saiu e você precisa fingir que é ele, entendeu? — Kankuro tentava pensar no jeito mais simples do irmão colaborar: fingir que era tudo uma brincadeira.

— Ele vai ficar muito orgulhoso de você se fizer tudo direitinho. — Temari sorri.

— Certo! — o irmão mais novo sorri, corando de leve— Mas vão ficar perto, não vão?

— Claro, jaan! — a fala animada de Kankuro é seguida de um sorriso.

— Vamos ficar o tempo todo com você! — a loira também sorri. — Agora precisa ficar sério, já estamos perto...

— Tudo bem... — o ruivo para de sorrir, ficando com o semblante sério e apático de seu normal.

— Vocês dois vão ficar no mesmo lugar que o Daimyo, se virem qualquer coisa suspeita avisem e só façam algo se for extremamente necessário. — a voz séria era de Shikamaru, ele ia um pouco mais atrás com os outros dois ninjas de Konoha.

— Certo! — os companheiros de time falam ao mesmo tempo.

Pouco mais de um minuto, todos estavam andando pela passagem de entrada da vila, sendo guiados por Baki. Não foi ouvida nenhuma palavra sem ser as boas vindas calorosas por parte dos guardas, que foram retribuídas por alguns acenos de mão.

 

PAÍS DO VENTO, SUNAGAKURE, ESCRITÓRIO DO KAZEKAGE – DIA 11 – 06:29.

 

Agora, as sete pessoas acabavam de adentrar no escritório do Kazekage. Shikamaru esperava suas instruções com Lee e Tenten próximos a si; Kankuro olhava em volta, constatando que estava tudo no lugar e empoeirado; Temari olhava séria para Baki, esperando para ouvir alguma notícia importante; Gaara tentava, a muito custo, ainda se manter sério. A porta foi fechada calmamente por Baki, enquanto ele olhava para o ruivo.

— Kazekage... — antes de continuar a fala, ele é surpreendido pelas risadas de Gaara.

— D-Desculpe... — ele não conseguia parar de rir, tentando inutilmente esconder o rosto com as mãos.

— Isso é um mal sinal, jaan... — Kankuro suspira.

— Por que começou a rir assim? Estava indo tão bem... — a voz com certo desapontamento era de Temari, só em pensar algo do tipo acontecendo na frente de outras pessoas ela já estava aflita.

— A memória dele voltará hoje talvez. — a voz séria de Baki fez com que todos voltassem a prestar atenção nele. — A inauguração da pousada em frente ao oásis será em algumas horas, quando o Daimyo do Vento chegar. — era desconcertante ver Gaara rindo daquele jeito, mas foi um choque menor do que quando o viu ainda criança.

— Não vai poder rir na inauguração. — Temari fala séria, o que consegue fazer o irmão parar de rir.

— Vou tentar. — ele respira fundo, mas é só olhar para Baki que as risadas voltam.

— O que vê de tão engraçado em mim? — o olhar sério do mais velho é direcionado para Gaara.

— Parece uma cortininha... — a voz de Gaara saiu baixa o suficiente para somente Kankuro e Temari ouvirem.

— De onde tirou isso? — a irmã coloca a mão sobre o rosto, acenando negativamente a cabeça.

— Mas parece, jaan... — a fala baixa de Kankuro é seguida de algumas risadas, sendo acompanhado pelo irmão mais novo.

— Não se tem muito o que fazer por enquanto, irei conferir a arrumação para o festival. Quando o Daimyo chegar venho avisar, o Kazekage deve recebe-lo pessoalmente. — as palavras eram sérias enquanto Baki saia do escritório.

— Acha que vão fazer algo na inauguração? — Tenten pergunta para Shikamaru.

— Quem fez isso tem o Gaara como objetivo, mas não podemos descartar essa possibilidade... — a voz arrastada do Nara é seguida de um suspiro — vai ser um dia problemático...

 

PAÍS DO VENTO, PROXIMIDADE DE SUNAGAKURE, OÁSIS – DIA 11 – 11:02.

 

Todos esperavam a inauguração da luxuosa pousada. Ela era em frente ás águas cristalinas de um oásis, cercado com uma vegetação de verde intenso que lutava para se manter viva no deserto. Com toda a certeza, aquele não era um ambiente para os moradores e nem para qualquer visitante, parecia mais uma tentativa de agradar somente ao Daimyo e pessoas do mais alto nivel.

Gaara se mantinha sério enquanto esperava tudo acabar, ao lado dos irmãos. Desta vez ele não estava tendo dificuldades em não rir, já havia considerado chato e desnecessário o longo discurso que o dono do lugar fez, agora achava ainda mais desnecessário o discurso em agradecimento que o Daimyo estava fazendo. O sol, as várias pessoas olhando para ele, as palavras chatas... Ele estava começando a ficar incomodado com tudo aquilo.

— E, por isso, eu agradeço ao esforço de Sunagakure para construir este espaço. Tenho certeza de que ele será um bom investimento. — com estas últimas palavras, finalmente, o homem rechonchudo termina seu discurso e corta a faixa da entrada.

Os aplausos pela inauguração conseguem aumentar ainda mais o incomodo de Gaara, ele estava começando a sentir falta do silencio da viagem. O olhar do Kazekage era confuso porque plateia começava a se retirar apressadamente.

— Vamos? — Temari quem pergunta, olhando para o ruivo. — Terá uma recepção para o Daimyo lá dentro, mas as outras pessoas precisam ajudar no que falta para o festival. — ela havia notado o olhar do irmão.

— Sim... — ele responde baixo.

— Só precisa ficar sério mais um pouquinho, jaan. — o irmão mais velho sorri — Está se saindo um ótimo Kazekage.

O rapaz de cabelos vermelhos acena positivamente, mas estava sem vontade alguma de continuar com aquilo. Ele estava começando a sentir dores de cabeça e se tivesse que ouvir mais um discurso com certeza acabaria pegando no sono. Para a sorte de Gaara, a recepção seria breve e ele poderia, enfim, dormir tranquilamente no seu quarto até o dia seguinte.


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Notas finais do capítulo

Sabuloso é algo que contém areia. Para quem chegou até aqui, vai entender o título do capítulo.
Espero que tenham gostado!
Sugestões, dicas, críticas e observações são muito bem-vindas.



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