Prefácio de Uma Vampira escrita por Gabriela Cavalcante


Capítulo 11
ESPECIAL EMMETT - Dor e Lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Oi gentee!
Só UMA pessoinha respondeu à pergunta que eu fiz no capítulo passado. Lembra? Eu perguntei se vocês queriam um ESPECIAL DO EMMETT. Mas eu nem sei por que perguntei. Eu já tinha começado a escrever mesmo... Mas, da próxima vez, se não responderem, eu não faço, ok? Só se eu tiver com muuuuita vontade mesmo...

Bom, parando com meus reclames, vamos à história, que a Rose... Quer dizer... O EMMETT está esperando.
Boa leitura e até as notas finais (LEIA AS NOTAS FINAIS, É IMPORTANTE!).



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CAPÍTULO ESPECIAL EMMETT

 

 

Minha cabeça doía. Não, claro que não de verdade, foi só um pretexto que eu arrumei pra parar de estudar. Tenho que fazer isso de vez em quando.

Larguei os livros na mesa e me dirigi à tevê. Droga! Só passa jornal o tempo todo. Vejamos: pessoa morre atropelada; a polícia de Port Angeles apreende não sei quantas toneladas de droga; o dólar subiu não sei quantos por cento... Hum... Nada que me interesse!

Desliguei a maldita com um golpe no controle remoto e olhei pela janela. Estava chovendo. Mas nenhuma gotinha d’água me impediria de sair de casa, não mesmo! Peguei um guarda-chuva e um casaco, tranquei a porta e mergulhei na chuva (claro que eu não mergulhei de verdade, pode chamar isso de... Ah, esqueci o nome daquilo, eu não sou bom em linguagem, ok?).

Bom, vamos te deixar a par de tudo o que está acontecendo: eu sou um ano mais velho que a Rosalie e eu já me formei (Por que eu sempre penso nela? Caramba, eu podia dizer apenas que eu já estou na faculdade! Isso já está me enchendo!). Estudo numa faculdade de Seattle, mas é longe para ir e voltar todos os dias de Forks, então eu convenci o meu pai a me ajudar a alugar um apartamento mais perto da faculdade. E (viva!!!) ele me ajudou. E eu estou morando em Seattle. Mas eu não contei nada para Rose (Droga, eu pensei nela de novo! Isso não é tão simples quanto parece!) porque ela anda afastada de mim. E isso eu não entendo. Rose não deve nem ter sentido a minha falta. Mas isso não importa.

Desde que eu me lembro somos amigos. E também desde que eu me lembro eu vivo de arrumar jeitos para zoar com ela. Por exemplo, (ela não deve se lembrar dessa) no aniversário dela de quinze anos. Todo mundo estava lá e a Rose estava com um daqueles vestidos enormes que se usa em festas desse tipo. Eu não sabia disso; e que azar o meu! Pensei que ia ser igual a todas as outras festas anteriores, com um bolo, brigadeiro e jeans. E só. MAS NÃO! TEM QUE EXISTIR UMA DROGA DE LIVRO QUE DIZ QUE AS GAROTAS TÊM QUE USAR AQUELES VESTIDOS? Ah, não existe? Poxa, pensei que existia.

Sim, e eu cheguei lá de calça jeans, camiseta e tênis. E eu olhava em volta e não entendia por que diabos as pessoas estavam vestidas tão formalmente... Mas, caramba, eu tinha dezesseis anos!

Pois é, até que a música mudou. Começou uma música lentinha e chatinha, sem letra, só instrumental (Blerg!). Todos viraram em direção a tal escada que só eu não tinha visto ainda, no meio do salão de festas que fica na esquina (sim, a festa foi num salão de festas que funcionava na esquina da nossa rua). Fiquei de boca aberta quando vi Rosalie Hale (a minha Rosalie Hale) descendo aquelas escadas vestida como uma princesa... Fiquei de boca aberta. Afinal, o que eu podia fazer? Nada? PÉÉÉÉIM; RESPOSTA ERRADA!!!

Eu só podia fazer besteira, como sempre.

Sabe o que eu fiz? Você sabe o que eu FIZ?

Pode visitar meu site pessoal: www.emmettsuacriaturaidiota.com.br.

Blerg; é CLARO que o site acima não existe. Ou pelo menos não deveria existir; eu mataria o criador dessa coisa.

Voltando ao assunto, você sabe o que eu fiz? Eu simplesmente ESTRAGUEI A FESTA DE QUINZE ANOS DA ROSALIE! Você já me xingou muito? Fala de uma vez tudo o que você tem engasgado na garganta sobre mim antes de eu contar o que aconteceu naquele dia, e agradeça por eu não estar lendo isso por sobre seu ombro...

Rose foi descendo as escadas devagar sob o olhar de todos, sorriso deslumbrante no rosto... E eu lá, de calça jeans. Ela veio andando na minha direção e eu sentia as bochechas incharem de vergonha, pois todos a acompanhavam com os olhos. E aquele vestido cor-de-rosa que ia até o pé... E ela vinha na minha direção. Para meu mais puro azar, eu segurava um copo de refrigerante (e daqueles escuros, tipo coca-cola). E eu, idiota com meus dezesseis aninhos, tremia sem parar. E o copo ia junto comigo.

Até que ela finalmente me olhou.

Você deve estar imaginando uma cena de comédia romântica, uma cena melosa, dramática e cheia de frufrus. Você deve estar imaginando Rosalie Hale vindo na MINHA direção e – quem sabe? – me convidando pra dançar. Claro que não foi isso que aconteceu. Lembra do site? www.emmettsuacriaturaidiota.com.br. Apesar de tudo, não faça a bobagem de acreditar que esse realmente seria meu site pessoal.

Ela olhou pra mim e fez... uma careta! Deve ser por causa da minha roupa. Só que eu, ingênuo, não me dei conta na hora e fui atrás dela feito o Fido (mais conhecido como o amiguinho lobisomem da Bella) faz com a Renesmee. E a careta continuava lá. E o copo de refrigerante também. E Rose desviou o olhar de mim (como ela teve coragem?) e olhou para alguém que estava atrás de mim. Olhei para trás meio que inconscientemente (caramba, isso sim é que é uma palavra que Edward consideraria inteligente!), mas o copo ainda tremia. E como Rose estava distraída com o cara mais popular da escola (e que ela amava e que naquele dia a pediu em namoro), simplesmente tropeçou no meu braço paradinho no meio do caminho, e o refrigerante caiu no vestido dela. AI, COMO EU QUERIA ME MATAR NAQUELA HORA!!! Caramba!

E o pior: ela caiu em cima de mim; tipo assim, meu braço se chocou com o chão e baixou pronto-socorro lá e tudo. Eu simplesmente QUEBREI meu braço no meio da festa de quinze anos da minha melhor amiga. Isso é lá coisa que se faça? E o vestido dela também estragou (claro, a primeira coisa a estragar foi o meu braço). Por ironia do destino, o vestidinho da minha amiga era do tecido mais rasgável (essa palavra NÃO existe)do mundo. E aquilo acabou com a roupa dela. E o carinha abusado ainda pediu ela em namoro? Ela ficou quase duas semanas sem falar comigo (coisa que nunca havia acontecido), fotos dos momentos constrangedores da festa foram pra internet e cartazes com essas mesmas fotos foram espalhados pelos corredores da escola e Rosalie virou um nome escrito para sempre na história mundial das piores festas de quinze anos. E só de pensar que o culpado fui eu...

Pensando nessas coisas, eu acabei na Praça de Seattle. Ainda estava chovendo bastante e a praça estava quase vazia. Bendito quase. Eu podia ver de longe um vulto em cima do banco de madeira mais próximo da fonte que havia naquela praça. Andando mais rápido e cada vez mais perto, eu pude enxergar um pouco de cabelo louro...

Eu não acreditei. Comecei a andar mais devagar (eu não estava com medo, ok?) e a pessoa parecia estar dormindo. Ou então queria que eu achasse que ela estava morta.

Cheguei mais perto e pus a mão no ombro da tal pessoa. Não briguei com meu bom senso nem hesitei perguntar:

- Rosalie?

Ela abriu os olhos meio devagar. E, aparentemente (outra palavra inteligente), ela se surpreendeu. Respirou fundo antes de falar.

- Emm? O que está fazendo aqui?

- Eu me mudei pra cá – expliquei. – E você, o que está fazendo aqui? Vamos logo, eu te tiro daqui.

- Me deixe aqui, Emm! – ela subiu o volume da voz. Rose tremia.

- Nem pensar, Rosalie! – eu disse, decidido. – Vamos logo.

Ela não respondeu mais. Tive medo.

Peguei-a nos braços e lutei para fazer um malabarismo e conseguir protegê-la da água com o guarda-chuva. Rose quase não respirava e eu tentei andar o mais rápido possível. Com dificuldade, eu consegui chegar em casa. Assim que estava do lado de dentro, coloquei-a no sofá. Fiquei meio que vagando pela casa até pensar no que eu ia fazer.

CLARO, SEU BURRO! ACORDA ELA!

Seguindo meus próprios conselhos, me agachei do lado do sofá e a chamei do mesmo modo de antes.

- Rosalie?

Ela se mexeu. Uma coisa certamente boa; um grande progresso.

- Rose? – chamei novamente. – Acorde.

Ela deixou que as pálpebras abrissem lentamente. E piscou várias vezes antes de falar.

- Emm, onde eu estou?

- Está na minha casa. Desculpe, eu não te contei que estou morando em Seattle.

- Não contou mesmo.

- E você? Está bem?

- Estou indo...

- Estou perguntando se está bem agora, Rose – expliquei. – Eu te encontrei no meio da praça, deitada num banco de madeira embaixo da chuva e se fingindo de morta. Como eu não me preocuparia?

- Desculpe.

- Levanta. Você precisa de um banho – concluí.

- Mas eu não tenho roupa... – ela murmurou, parecendo preocupada. Eu ri. Isso era o de menos.

- Minha mãe vem aqui de vez em quando e deixa algumas roupas limpas por aqui. Acho que ela não vai se importar.

Ela abriu um sorriso sincero. O meu preferido. Era mesmo pra eu ter um preferido?

- Obrigada, Emm.

Eu sorri de volta. Mas logo me levantei para buscar uma toalha no guarda-roupa. Toalha é uma coisa necessária, isso eu sei.

Enquanto Rose estava no banheiro, aproveitei para aproveitar meus dotes culinários. Eu estava misturando a massa quando escutei a porta ser aberta.

- Fazendo bolo?

- Não. Fazendo um desenho do Barney.

Ela revirou os olhos numa careta.

- Desculpe, mas não resisti. Era uma pergunta idiota demais...

- Entendo.

- Desde quando você é compreensiva? – Eu ri.

- Talvez desde agora.

Ela se sentou numa das cadeiras que estavam na cozinha e esperou até que eu pusesse o bolo no forno.

- E então, Emm? Quando vai me arrumar uma cunhada?

Eu a encarei, a confusão visível em meu rosto.

- Cunhada?

- É... eu quero dizer... quando você vai arrumar uma namorada. Sabe que é como se fosse meu irmão.

Não, eu não sabia. E talvez nem quisesse saber.

- Eu não sei – respondi com um sorriso meio falso. Ela não percebeu essa falsidade. Isso não é normal.

Ela abriu aquele meu sorriso preferido. Ainda acho que não era pra eu ter um preferido. Mesmo porque eu, de qualquer maneira, NUNCA ia dar uma cunhada para Rose. Justamente porque eu NÃO sou irmão dela. É a mais pura realidade.

- Emm?

Pisquei várias vezes.

- Sim... Oi.

- Obrigada de novo.

- Rose... Você sabe que não precisa agradecer. É... bom ter você aqui – confessei.

Ela sorriu novamente. Ainda o mesmo sorriso.

- Rose... – eu a chamei, puxando uma cadeira para sentar ao seu lado. – Sabe aquele tal de...

- James?

- É... Ele mesmo.

- O que tem ele? – Ela estava desconfiada. Respirou fundo.

- Eu não gosto dele. Pronto, falei!

- Emmett...- ela soltou uma risada fraca. – Você nunca gostou dos meus namorados. – E riu novamente.

O pior é que era verdade.

- Eu sei, mas...

- Fala logo, Emm. O que tem o James? – Rose me deu um soco no braço. Juro que não doeu. Não mesmo.

- Ele é estranho.

- Estranho?

- Ele é um sugador de sangue, Rosalie. Ele mata pessoas.

- Não é bem assim – ela o defendeu. Isso me irritou mais do que deveria.

- Claro que é. E você sabe que é.

Ela baixou a cabeça. Um ato desconfortante. Eu nunca gostei MESMO dos namorados da Rose. E eu não sei o porquê. Era uma coisa avassaladora (Edward também gostaria de ouvir essa palavra. Talvez ele achasse que o ursão aqui esteja estudando o dicionário.) e estranha em algum lugar do meu peito. Como assim talvez seja o coração? É o coração.

- Rosalie, esquece esse cara – pedi. – Se não for por mim, que seja por você mesma.

- Eu não posso, Emm. Eu o amo.

Senti uma coisa estranha por suas últimas palavras. Não foi agradável.

- Se você entendesse como eu...

- Eu entendo, Rose – eu a interrompi. – Eu só não concordo em você... amá-lo tão cegamente. Não é uma coisa boa. Ele é um monstro. E o pior de tudo é que você sabe disso. Ouça Edward. Ouça a mim... Eu sou seu amigo desde que me lembro, Rose, e mesmo assim você nunca me dá ouvidos!

- Bom... É que você nunca me deu um conselho que prestasse.

Demorei alguns segundos para responder.

- É verdade.

Ela riu.

- Mas dessa vez eu juro que é diferente. Eu juro. Não gosto de te ver com aquele cara. E acho que se Vera soubesse o que ele é também diria pra você se afastar.

- Eu sei o que Vera diria... Mas tento não pensar nisso, seria... muito ruim a reprovação dela... Acho que eu não agüentaria.

- Minha opinião não conta?

- Claro que sim, mas... Dessa vez é diferente.

- Por isso mesmo, Rosalie. Dessa vez é diferente. E por isso você precisa me escutar.

Ela virou a cabeça para encarar a parede.

- Rose, olha pra mim.

Ela não se mexeu.

- Rose, olha pra mim...

Dessa vez, um pequeno progresso. Ela olhou para frente, mas sem me olhar nos olhos.

- Rose... Por favor, me escuta.

Agora ela me obedeceu. Mas seus olhos não estavam como eu achava que estavam. Estavam molhados de lágrimas que queriam sair, mas que ela segurava com esforço. Isso me fez hesitar por um momento, mas eu tinha que falar. Não agüentaria ver Rose, a menina que eu conhecia desde que me lembrava, com uma pessoa que faça mal a ela (fora eu, é claro!). Eu não suportaria vê-la sofrer por um motivo... Eu não suportaria por motivo nenhum. E o fato dela não se importar com isso também me incomodava, como a maioria das coisas que tinham relação com aquele... sanguessuga do James Newton.

Tirei de seu rosto uma lágrima que ela não conseguiu segurar.

- Rose... Presta atenção, por favor. Ele não merece isso. Não merece isso – eu disse, tirando mais uma lágrima e mostrando-a. A pequena lágrima cintilava no meu dedo. – O Newton não merece essas lágrimas, Rosalie. Nenhum cara merece, mas ele... Ele é um caso diferente, um caso raro. Ele não merece o chão que pisa, Rose. Ele não merece... Ele não merece você. E as pessoas que ele mata também não merecem isso. São pessoas que morrem por causa dele e de outros da espécie dele.

- Mas... E Edward?

- Edward consegue se controlar na frente de humanos. Consegue sobreviver com sangue de animais. Os animais que ele caça não tem risco de extinção e tudo o mais. Edward é certinho demais. Ele nunca provocaria a extinção de algum animal, principalmente se for um animal racional. Humanos. Como nós. – Respirei fundo antes de continuar. – James não é assim. Ele quer que as pessoas morram; ele as mata da maneira mais cruel. É... desumano. – De repente percebi a realidade em minhas palavras. Desumano. A palavra perfeita para descrevê-lo, com certeza.

- Emm, por favor, pare com isso...

Era impossível não obedecê-la. Suas lágrimas pediam mais que suas palavras.

- Tudo bem – respondi, puxando sua cabeça e colocando em meu ombro. Ela me abraçou e inundou minha camisa de lágrimas. Não que eu me importasse. Desde que ela não esteja com o James, tudo bem ter uma camisa ou outra manchada. É, manchada. Lágrimas não mancham? Mas aquelas maquiagens vagabundas que a Rose usa no olho mancham. E muito, pode acreditar. Pronto, já me desviei novamente do meu objetivo: consolar a Rose. Estou pensando nas manchas da camisa... Como sou idiota!

NÃO ME CHAME DE IDIOTA, OUVIU BEM?

Eu não sou tão idiota quanto possa parecer. Mas é que às vezes eu tenho que ser idiota. Para não ver as coisas tão facilmente. De vez em quando pode machucar. Ser idiota e não perceber as coisas que doem pode ser mais fácil. Naquele dia eu não estava sendo idiota. O que doía estava na minha frente e era difícil demais não perceber. Fui obrigado a ver que os fatos de Rose estar com James e estar chorando me causavam dor. E era difícil demais ignorar isso. Era impossível.

- Rose, não chore. Eu já disse que essa cara não merece o que você sente por ele...

- Eu não consigo acreditar, Emm.

- Você precisa acreditar.

- Eu não posso, Emmett! Entenda isso, por favor! Eu não consigo, eu não posso... – Sua voz falhou na última palavra.

- Rose...

- Emmett! Eu não posso, não dá! Eu amo o James, ele me ama. É fato... E eu não posso ignorar isso, entendeu?

Do mesmo jeito que eu não podia ignorar minha dor? Com certeza seria isso. Rose estava iludida. E iludida por um cara que não ilude ninguém. A não ser uma garota frágil demais, que se esconde na sua máscara de força para não ter de explicar sua fraqueza... Rosalie não podia fazer isso comigo. Eu não merecia. Bom, talvez eu merecesse, então que fosse por ELA, e não por MIM... Mas não. Não havia jeito de mudar a cabeça dela. Outra das coisas impossíveis.

- Eu entendo, Rose. Isso que você sente, eu entendo bem – respondi. Ainda bem que ela não entendeu o verdadeiro significado daquelas palavras. Isso acabaria de vez com o resto do vínculo (outra palavra inteligente) que ainda existia entre nós.

- Entende mesmo, Emm? – ela perguntou, levantando rapidamente a cabeça do meu ombro e enxugando mais uma lágrima.

- Claro que sim – respondi sem hesitar.

- Tem certeza mesmo, Emmett?

Eu nem tive tempo de respirar. Ela respondeu a própria pergunta:

- Eu acho que não! Parece que você não tem sentimentos, Emmett! Francamente, o que você acha que eu sou? Eu sou um ser humano, Emm. E tenho sentimentos como tal. Entenda que meus maiores sentimentos bons são por James.

- Você não devia dar tanta importância a esse cara.

- Eu devia sim. E eu dou muita importância a ele. Por que ele é importante pra mim.

- E eu não sou?

- Claro que é – ela gritava. – Mas ele é... mais.

Isso doeu.

Senti um negócio esquisito; meio que... dilacerando por dentro. Deu a impressão de que todo o sangue havia saído do meu estômago e ido para os olhos. Estes queriam transbordar o sangue em forma de... lágrimas.

- Emmett?

Eu não respondi. Acho que nem deveria. Eu não devia me sentir assim por ela dizer que ele é mais importante do que eu. Eu sabia que ele era mais importante do que eu. Eu só não acreditava ainda. E ouvir da própria Rose foi como um tsunami dentro de mim. Não; eu não deveria mesmo sentir isso. É tão estranho. É tão... patético. Patético saber que eu sou realmente um idiota; patético saber que ele é idiota; patético saber que ele é mais importante que eu. Era difícil como esquecer como se respira. É irritante; triste.

- Emmett?

Uma lágrima caiu.

- Emmett, por favor, responde. O que eu falei?

De repente, ela pareceu perceber o que havia feito. O que havia feito dentro de mim. O que havia feito comigo. O que eu nunca faria com ela.

- Emm, me desculpa. Por favor... Desculpa, desculpa...

Eu não conseguia falar. Queria nunca mais ter de vê-la, queria não me preocupar mais com ela. Impossível. Inacreditável. Indescritível.

Ela me abraçou. Por fora continuava a mesma coisa; as mesmas lágrimas... Mas por dentro... Meu coração parecia aquecido novamente. Parecia eu novamente. Só o Emmett. Apenas eu. Apenas eu e ela.

- Emmett, me desculpa – pediu mais uma vez.

Eu não queria mais ficar ali. Eu não podia. Tirei seus braços do meu pescoço, peguei o guarda-chuva e saí porta afora, deixando-a sozinha e sem a resposta que ela tanto queria.

 


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Notas finais do capítulo

Oi de novo.
Pois é; lá em cima eu disse que é importante.
É que eu escrevi outra fic, uma one-shot. Sim, é sobre a Rose e o Emmett. Antes eu não simpatizava muito com eles, mas depois que comecei esta fic, eles se tornaram o casal mais fofo de crepúsculo... Bom...
ONE-SHOT = UM CAPÍTULO SÓ E MAIS NADA!! Então, já que não vai dar tanto trabalho, leiam por favor e deixem reviews...

http://fanfiction.nyah.com.br/historia/86903/Confissoes_Da_Vampira_Em_Crise

Beijos... E deixem reviews NESSA fic também, hein??

Até o próximo capítulo... E DIVULGUEEEM POR FAVOR!



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