Dentro dos seus olhos. escrita por Any Sciuto
Luke abriu os olhos para o dia que nasceu a sua frente. Ele olhou para o lado e viu Reid e JJ dormindo em um dos sofás da sala de espera. Hotch ainda não havia dormindo, mas o faria em breve. Rossi lia qualquer coisa que caísse em sua mão só para distrair. Morgan não estava por lá.
Morgan ficou na capela do hospital o tempo todo em que Penelope esteve em cirurgia. Os médicos estavam apreensivos com os ferimentos dela.
— Ela vai ficar bem. – Morgan repetiu par sim mesmo. – Ela vai sobreviver.
— Ela vai sim. – Falou Alvez entrando na capela.
— Eu senti ciúme quando ela me falou de você. – Falou Morgan.
— Ela fala de mim? – Luke perguntou surpreso.
— No começo eram reclamações de como você a fazia ficar sem graça. – Falou Morgan, lembrando das mensagens.
PennyG: Sabe o quanto ele me irrita? :(
DMorgan: Baby Girl. Você geralmente não é assim. :)
PennyG: Às vezes esqueço que você foi um perfilador. :(
DMorgan: Talvez deva dar uma chance a ele. ♥
PennyG: Derek Morgan. Eu realmente te amo, mas não há chance de eu dar uma para esse cara.
DMorgan: Dê um tempo a ele. O conheça melhor.
PennyG: Está certo.
— E depois? – Perguntou Luke.
— Algo a fez mudar de idéia. – Falou Morgan.
— O que a fez mudar de idéia? – Perguntou Luke.
— Roxie. – Respondeu Morgan.
PennyG: Eu conheci! :)
DMorgan: Quem?
PennyG: Roxie. Meu deus! Ela é linda!
DMorgan: A tal namoradinha do Alvez?
PennyG: Ela é uma cadelinha linda.
DMorgan: Acho que isso significa que você vai dar um espaço para Alvez?
PennyG: Não significa não.
DMorgan: Dizem que quem gosta de animais e ótimo na cama.
PennyG: Você gosta de animais?
DMorgan: Eu sou casado agora. E tenho um filho então sim. Eu sou bom de cama.
— Roxie ficará feliz quando souber que ela está bem. – Falou Luke.
— Você tem que dizer a ela. – Falou Morgan. – Fale a Penelope o que você sente.
— E se ela me rejeitar? – Perguntou Luke.
— Sempre corremos um risco assim, Luke. – Falou Morgan.
— Você nunca deu um fora do qual se arrependeu? – Perguntou Luke.
— Se eu me arrependo de não cortejar a Penelope? – Perguntou Morgan. – Algumas vezes eu desejo ter feito isso. Ter dado um beijinho nela seria o suficiente.
— A boca dela tem gosto de morango. – Falou Luke.
— E como sabe disso? – Perguntou Morgan.
— Em uma noite enquanto ela estava com um pesadelo eu a beijei na boca. – Falou Luke. – Eu sei que era errado, mas eu acho que ela gostou porque se acalmou.
— Vocês nunca se beijaram antes? – Perguntou Morgan.
— Não. – Respondeu Luke.
— Me fale sobre esse beijo. – Pediu Morgan.
— Ela estava tendo outro pesadelo. – Começou Luke...
Algumas semanas atrás...
Luke acordou com o telefone tocando a pelo menos 20 minutos.
— Agente Alvez. – Ele falou com sono.
— Por favor me salve! – Gritou Penelope do outro lado. – Não deixe.
Luke sabia o que estava havendo. Ele a instruiu a ligar cada vez que ela tivesse um pesadelo.
— Estou chegando Penelope. – Disse Luke agarrando o primeiro par de shorts que encontrou. Ele chamou Roxie e eles foram direto para o apartamento de Penelope. – Va garota. – Ele soltou a guia de Roxie e ela parou na porta de Penelope.
Luke sabia que a porta estaria aberta. O que apesar de ser perigoso era necessário nas últimas semanas. Ele abriu e ouviu Penelope gritando e se debatendo na cama.
— Me solte! – Penelope gritava. – Não me toque!
Luke não entendia de onde eles vinham. Esses pesadelos algumas semanas depois de Reid sair da cadeia haviam piorado bastante. Luke subiu em cima dela e pegou suas mãos e as segurou contra o colchão. Ele fez isso com pouca força para ela não se machucar.
— Ei. – Luke falou no ouvido dela. – Eu estou aqui. Eu sempre estarei aqui.
Ele nem se deu conta e seu lábios se encontraram com os de Penelope. Ele demorou dois minutos para retirar. Ela se acalmou no instante em que ele a beijou.
Ele desceu de cima dela, mas ficou sentado no sofá da sala observando enquanto ela dormia. Ele não pode deixar de se excitar quando ela virou para a direção dele sem acordar. Ele deixou Roxie ao lado dela por alguns minutos.
Ele não queria sair sem fazer algo para ela comer. Deixou café pronto na cafeteira dela e uns biscoitos que ele trouxe da padaria.
Luke chamou Roxie com um olhar. A cadelinha deu uma lambida de agradecimento em Penelope como se dissesse:
— Obrigado por cuidar do coração do meu dono.
Roxie levantou com cuidado. Sim. A cachorrinha sabia o quanto Luke amava Penelope então ela a amava também.
Luke saiu com Roxie deixando a porta fechada.
— Durma bem, Penelope. – Luke falou.
Ele entrou no carro e Roxie foi para o banco do passageiro. Eles se olharam por alguns minutos.
— Sim eu sei Rox. – Falou Luke. – Tenho certeza que ela sente o mesmo. O que eu devo fazer Roxie? – Luke estava conversando com a cachorrinha. – Devo contar a ela que eu a amo?
Roxie apenas o olhou com seus olhos.
— Entendi. – Falou Luke. – Nesse caso devo me preparar para comprar um anel ou um novo computador. – Luke viu Roxie com uma expressão de pergunta. – Ela é uma das maiores Hackers dos EUA se não do mundo. Com uma única tecla ela pode mandar um vírus e acabar com meu HD inteiro.
Atualmente...
— Nas nossas conversas ela nunca mencionou esses pesadelos. – Falou Morgan com frustação.
— Talvez ela não queria te preocupar. – Falou Luke. – Seja como for ela ainda está em cirurgia.
— Há quase doze horas. – Falou Morgan.
JJ entrou na capela e se dirigiu aos dois homens no banco.
— O médico quer falar com a gente. – JJ falou.
— Estamos indo JJ. –Falou Luke. – Seja como for, Agente Morgan, ela sempre será sua bebezinha.
— Eu realmente sei disso, Luke. – Falou Morgan.
Os dois homens se dirigiram para sala de espera. Morgan se sentou na cadeira mais na frente do médico enquanto os outros ficaram de Pé.
— Não estou fazendo pouco caso. – Falou Morgan. – Estou cansado e se eu não tiver boas notícias eu realmente prefiro ficar sentado.
— Eu entendo, Agente. – Falou o médico.
— Eu não sou mais um agente. – Falou Morgan. – Sou um amigo pessoal da moça colorida lá dentro. Onde quer que ela esteja agora.
— E eu sou a pessoa que a ama mais que tudo nessa vida. – Falou Luke.
— E eu a pessoa que a tem como uma irmã mais velha. – Falou Reid.
— Uma amiga em quem posso confiar os segredos que eu nunca quero que sejam descobertos. – Falou Emily.
— Uma segunda mãe dos meus filhos e em quem eu coloria minha mão no fogo. – Falou JJ.
— Uma garota hacker especial em quem eu depositei minha confiança. – Falou Hotchner.
— E uma ótima companhia para bebidas. – Falou Rossi.
O médico viu que todo mundo ali a protegia demais.
— Ela em sorte em ter vocês. – O médico falou. – Acho que agora posso falar o que aconteceu na cirurgia e como prosseguiremos.
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