Stand By You escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 1
Cause I'm gonna Stand By You


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem e comentem.

sigam @romanoff.rogers

•tenho outras fanfics no meu perfil!



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Natasha Romanoff:

Definição desse nome em minha lista:

Já foi uma criança. Foi transformada em monstro.

Fez coisas horríveis.

Me  levou a conhecer dezenas de pessoas.

Uma espiã fria, sem sentimentos nem emoções. Se você tem medo de mim... você não vai querer encontrar  essa mulher em seus tempos sombrios. Mas ela se encontrou de novo. Se encontrou em sua família, se encontrou em alguém que a fez sentir humana de novo.

No final, ela é apenas uma garota afogada pelas lágrimas que segura.

Steve Rogers.

Definição deste nome em minha lista:

Um dos melhores humanos que já tive o prazer de encontrar. Sem dúvidas.

Ele pertencia há outro século.

Podia ter ido busca-lo em 1945, mas não fui.

Steve Rogers teve outra chance. Ele tinha que salvar o mundo em 2012. Tinha que salvar uma mulher em 2012.

■ ■ ■

Steve Rogers e Natasha Romanoff. Romanogers. Vocês humanos, criam nomes para shippar casais. Que ridículo. Pare de me chamar de grossa. É verdade: é ridículo. Sei que isso é coisa de Anthony Stark, mas é ridículo. Porém, posso ficar aqui dizendo como suas manias são ridículas, mas vou contar a história de como conheci esses dois nomes: Steve Rogers e Natasha Romanoff.  

■ ■ ■

No meio de um tiroteio da Hidra um casal com problemas discutia.

— Qual o seu problema? – Natasha gritou, em quanto estourava os miolos de um agente.

— Sabe qual o meu problema? – ele jogou o escudo em um grupo de agentes. – Não gosto do Jordan.

— Crianças! Parem de discutir no meio de um tiroteio! Isso não se faz! – Clint gritou, lançando felchas do topo de um prédio caindo. Nada do que fizessem explodiam as várias máquinas atacando uma pequena base da SHIELD em Nova York. – Tão iguais aos meus filhos!

— Idiotas . – Natasha resmungou.

— Idiotas? No plural? – Steve retrucou.

— Não comecem! – Stark deu um rápido soco no braço de Steve, voltando a se concentrar em atirar com os repulsores. Assim que Clint chegou, todos eles se encontravam num buraco irregular aberto pela enorme máquina, se protegendo.

— Agh! Vamos acabar com isso. – Natasha tomou o escudo dos braços de Steve e começou a correr em direção ao BMDT (Base móvel de tiroteio). Nome dado por Stark, lógico. Ela corria incrivelmente rápido, e o coração do loiro saiu pela boca.

— Natasha! – ele fez menção de ir atrás da ruiva maluca, mas seria atingido por milhares de tiros sem seu escudo. - Droga, Natasha.

Ela correu até o BMDT mais próximo, se defendendo de todos os tiros - por sorte. Tony foi ao seu encontro, voando, conseguindo chegar até lá graças a ruiva, enquanto ela escalava a blindagem preta do BMDT quadrado, se apoiando em suas rodas, e colocou vários disposivos "bombas" grudados no vidro a prova de balas, apavorando os dois homens que estavam ali dentro, controlando a coisa.

Desse jeito, os BMDT não tinham escolha senão atirar em uns aos outros.

Stark atirou nas quatro rodas, impedindo-os de andar. Natasha desce, asciona as bombas, e Tony lança vários pequenos mísseis, o que acaba quebrando o vidro, e os dois homens ficam mortos. Os outros Vingadores se aproximaram, desviando dos tiros, mas todos haviam sido destruídos. 

Steve esperou a mulher voltar de cara amarrada.

— Obrigada, sei que fui bem. - Ela disse, ao encontro de Clint e Steve, devolvendo o escudo sujo pra ele.

— É, eu não fiz nada, ruiva. - Tony revirou os olhos, abrindo o capacete da armadura.

— Você podia ter sido atingida, Romanoff. - ele falou, preocupado. Esqueceu da raiva totalmente.

— Não fui, Steve.

Ele suspirou, esfregando os olhos.

— Você está bem mesmo?

— Estou, Ste. - Ela segurou seu mindinho com o próprio.

— Okay. Não foi nada mal. – Steve disse, e Natasha sorriu. – Stand By You?

— Stand By you. – cedeu, fazendo o mesmo apertando com toda força o mindinho dele.

Era o lance deles. "Ficar ao seu lado." A promessa de que não se abandonariam. Era o lance deles.

— O "Stand by you" de vocês é tão fofo. – Clint Barton disse, caminhando ao lado do casal da América de volta pro quinjet.

Já aviso. Não gosto dele.

■ ■ ■

Flash back on

— Natasha. - Steve a chamou, segurando seu rosto. Seus olhos cansados encaravam a ruiva esperniando na cama com o desespero de um pesadelo. - Nat, querida, acorda. - Ele diz, gentilmente, acariciando seu rosto, e se protegendo de um chute.
A ruiva abre os olhos, assustada. Assim que o vê, ela relaxa, ficando imóvel. Seu pescoço suava, e o quarto estava abafado.

o bordão decorado era sempre o mesmo:

— Não consegue dormir? - ele pergunta, suavemente, a acalmando.

— Não, Steve. - Ela responde, como sempre, respirando fundo.

— O que aconteceu? - ele perguntou, enrolando seu cabelo no dedo .

— Eu... – fleshes do pesadelo passavam em sua cabeça como um filme. Ela paralisou. Mortes, sangue, armas. O de sempre. Mas dessa vez Steve não podia estar com ela. – A Viúva Negra assumiu o controle de novo... E você me deixou. Sabe... Pra sempre.

— Eu jamais vou te deixar você, Nat. – Eu estendi o dedo mindinho pra ele. Ele fez o mesmo e apertou meu mindinho. - Eu juro.

Mas ela sabia que eu um dia os seprararia, e Steve não percebeu que ela estava falando disso. Mas naquele momento isso bastou.

— Então temos um pacto. - Sua voz mais calma disse, chegando mais pra cima em seus braços.

—Que vai nos unir pra sempre. – ele beijou seu cabelo ruivo, concordando. – Tipo... Stand By you.

— Stand By you... Odiei. Mas, se vai me fazer ficar com você pra sempre...  serve. – ele sorriu.

Off

■ ■ ■

— Romanoff?

— Agora não Jordan. – Ela continuou andando, ignorando o agente alto de cabelos negros que ficou seu colega nas sessões de treinamento da SHIELD. Colega. Ele claramente dava em cima de Romanoff e Steve não gostava nem um pouco.

— Mas Fury mandou isso pra você. – ela se virou.

— O que vou fazer com um pen drive?
— Mandou você dar uma olhada. – ela pegou o pequeno objeto e foi pro quarto. No drive tinha uma mensagem.

´´ Sai comigo? – Jordan´´

Os olhos de Natasha reviraram tanto que chegaram a doer. Ela não tinha tempo pra isso. As pessoas não sabiam de seu relacionamento com o Capitão, mas aquilo foi sem noção e muito brega. Ela é a Viuva Negra.

Ela apagou a mensagem, e logo ouviu barulhos na janela. Ela se levantou, e foi até lá. Jordan estava jogando pedrinhas.

— Me deixe em paz, seu sem noção! – ela jogou o objeto em sua cabeça, que caiu num baque na grama.

— Eu sou sem noção? – Steve para na porta do quarto, surpreso. - Que isso, okay...

— Espera. - Natasha o olhou de olhos arregalados. - Não é você.

— Quem está aí? – Natasha deu um sorriso amarelo, e ele se dirigiu até a janela, que foi interrompido pela ruiva.

— Ninguém com que precise se preocupar. – ela impediu o caminho pra janela. Steve a pegou no colo pelos braços, a tirando do caminho. Lá estava Jordan, caido no chão, e ela provavelmente exagerou na força ao jogar o objeto.

Ela revirou os olhos, esperando uma crise de ciúmes, mas ele começou a rir.

— Acabou? – Ela perguntou.

— Sim. Vim dizer que a Laura ligou.

■ ■ ■

— Você vai ficar andando de um lado para o outro com o telefone assim mesmo?

— STEVEN GRANT ROGERS, CALADO!

— Au. Melhor obedecer. – Tony disse, dando de ombros, concentrado em seu telefone.

— ANTHONY SEI LÁ O QUE, STARK CALADO!

— É melhor todos nós ficarmos quietos. - Tony concorda.

Natasha larga o telefone, se sentando na poltrona perto da varanda. Ela parecia exausta, estava preocupada com Laura, e tudo num turbilhão de missões.

— Nat... vem aqui. – Steve a chamou, fazendo-a levantar em direção a varanda.

— Isso, deixem o gênio aqui. - Tony murmurou.

— Natasha você não dorme a dias...

— Steve, eu estou bem...

— Cansada.

Ela suspirou.

— Tem razão. Mas não é culpa minha...

— Tente dormir um pouco. - Ela fez biquinho, olhando para ele, e sabia que não adiantava tentar discutir. Tomou um banho e deixou Steve.

■■ ■

— Steve?! Hill?! – Ela gritava, olhando ao redor. Ela só via neve e árvores, todas iguais. Estava perdida e com frio. - Tony? Clint! Thor!

— N-Natasha? - A ruiva segue a voz, encontrando o Deus apoiado numa árvore, quase sem forças.

— Thor? – Ele estava com uma enorme espada enfiada na barriga, e seu sangue quente escorria pela neve. Era muito sangue. Impossível salva-lo. Mas ela nem sequer pensa nisso.

— Porque... você... fez... – ele parou de respirar, e seus olhos ficaram imóveis.

— Não, Thor... – Um buraco se abre em seu estômago. Viu Bruce no chão. Morto. Logo viu Tony, Pepper, Bobbi, Colson.

Seu coração rasgava a cada corpo que achava. Lágrimas corriam a muito tempo.

Depois de uns passos viu Clint e Steve no chão. Ela desabou em soluços. Nem um dos dois estavam vivos. Nenhum motivo para viver estava vivo.

— NÃO! STEVE, CLINT! FALEM COMIGO, POR FAVOR!

—Natasha. Mãos para o alto.

— Fury? - Ela se vira, assustada e confusa.

— Mãos na cabeça, ou eu vou tirar! - Seu peito doi mais com a frase sem sentido. Atirar nela?! Todos estavam mortos!

— Atirar? Do que está falando?! – Natasha ainda chorava. – Quem fez isso a eles?

— Não se lembra? Foi você, Natasha. Você os matou. – e atirou.

■ ■ ■

Steve estava em seu próprio quarto. 3:45... Sem sono. Era normal para o Capitão América. Ele estava calmo, até que ouviu gritos abafados, vindo do quarto ao lado do seu. Ele saiu em disparada, e lá estava Natasha, de joelhos chorando perto da janela. Deus, ele havia acabado de checa-la, ela estava bem!

— Natasha? – ela soluçava

— Fica longe de mim! Por favor! – ela chorou mais. Steve recuou, confuso, sem saber o que fazer. O quarto de Clint era ao lado do dela, também, e agora se encontrava estático ao lado do capitão.

— O que...? – Clint olhava pra Steve e depois pra Natasha. Ele tentou se aproximar, assim como Steve.

— NÃO FAÇAM ISSO! NÃO QUERO MACHUCAR... NINGUÉM... por favor...

—Natasha... - Steve resmunga.

— Não se aproxime. – ela apontou a arma para Steve. Que arregalou os olhos, e sentiu o corpo todo gelar.

— Natasha, que porr... - Clint se interrompe.

— Não consegue dormir? - ele sussurra. Era a chave para acalma-la. Mas...

Eles ouvem um tiro vindo da porta. Ela é atingida por uma cápsula verde e pequena de sedativo. Tony segurava a arma de cano longo, encarando-os.

— Tá legal. O que?!

■■■

Natasha abre os olhos abruptamente, confusa em seu quarto levemente iluminado pela aconchegante luz rosa do amanhecer.

—Steve... o que aconteceu? - Ela disse, assim que o viu na poltrona a seu lado.

— Não, Nat... ainda são 5:46. Durma.

— E-Eu... não posso... – Steve a olhou como se olhasse para um cachorro ferido, e se deitou ao seu lado.

— Me desculpa. – Natasha encostou a cabeça em seu peito e o abraçou mais forte. - Eu não me lembro de tudo, mas...

— Está tudo certo, Nat. Não se preocupe, meu amor. Como se sente?

— Tudo bem. Estou acostumada. Tenho pesadelos há anos e anos e décadas.

— Esta me matando sabia? - Ele brinca, magoado por ouvir isso, mas ela fica séria.

— Não me fale em te matar, Steve...

— O pesadelo proibido? – ela fez que sim com a cabeça. – Esquece isso. Vamos conversar. Am... Qual sua cor preferida?

— Você não sabe? – ela riu de leve, sentido o rosto inchado pelas lágrimas. – Preto.

— A minha é azul.

— Não diga. – Ela riu de novo. – Comida preferida?

— Morango.

— Morango? Isso é serio? – Ela não parava de rir.

— Qual o problema?
— O problema é que eu não te beijo há 5 horas. – ela o agarrou pelo pescoço, sorrindo,  e não demorou para unir seus lábios. – Eu... Te amo, Steve. 

— Eu não...  - Natasha arqueia uma sobrancelha. - Okay, eu sou louco por  você.

— Estejam vestidos pelo, amor de Deus – Tony descobriu os olhos, termindando de entrar no quarto. Steve (vestido) olhava pra ele.

— Estamos bem.

— Ótimo. Fury quer uma reunião dos Vingadores. AGORA.

■ ■ ■

— Uma base  central da SHIELD em Galapagos, vai ser atacada por 5  BMDT gigantes, daqueles que Natasha destruiu.

— 5 gigantes? – Natasha perguntou incrédula. - Foi um parto acabar com aquele.

— 5. CINCO VEZES OS TIROS QUE QUASE LEVAMOS. – Clint disse, esfregando os olhos.

— Por isso precisamos de vocês. – Fury disse. – Partirão agora.

Eles entraram no jato, Tony arrumando sua armadura, Clint as flechas, e Natasha as armas. Steve rezava. Tinha um mal pressentimento sobre essa missão. Chegaram lá em 15 minutos, já que o alerta era  de escala rápida. E se depararam com um caos.

■ ■ ■

—ATENÇÃO HIDRA! DISTAPARAR EM TRÊS, DOIS, UM ... – Um cara dizia no auto falante, provavelmente dentro da cabine de uma das máquinas.

O jato ruge, praticamente desabando no chão, e os heróis pulam para fora.

Steve joga seu escudo com força num deles, e obtém poucos danos. Na mesma hora, Clint atirou uma flecha explosiva. Nem se mexeram.

— Essas coisas não explodem? – Clint perguntou incrédulo.

— Tem que destruir de dentro pra fora. Ou fazer eles se destruirem. – Natasha gritou, fugindo dos tiros e se colocando atrás de uma pilha de caixas.

— E quando pretendia contar isso a mim? - Barton pergunta, irritado, se protegendo atrás de uma das pilastras grudadas ao enorme muro que protegia a base.

O ambiente era árido, e o símbolo da SHIELD brilhava no enorme portão de aço da base, impenetrável, e em cima dos muros vários agentes atiravam simultaneamente nas máquinas. Alguns com basucas que faziam pouco estrago, assim como os repunsores stark. A base em si era um prédio de um andar, todo de concreto cinza, e provavelmente tinham mais coisas abaixo do solo. Coisas importantes.

Mas um campo de força com manchas azuis e transparentes foi acionado, exaltando energia. Estava claro que eles não podiam permitir que a HIDRA invadisse.

— ATIRAR! – começaram a atirar nos muros desprotegidos. Iriam derrubar os muros facilmente, e aos pouco conseguiriam derrubar o campo.

— Não estão mirando em nós! Corram cada um pra um deles. - Tony foi pra uma das estruturas enormes do BMDT e Clint, Steve e Natasha prara os outros. 

— Jarvis, analise a estrutura interna.

— Há 5 homens em cada um, no topo controlando as armas. Aqui em baixo há vários fios que ligam a várias coisas diferentes, senhor.

— Ajudou muito, Jarvis.

— Mas senhor, há um computador central que pode ser acessado pelos homens de dentro. Se conseguirem entrar, pode cortar a energia.

Tony atirou dezenas de vezes no casco, que abriu um buraco com dificuldade, e abaixado encontrou uma pequena tela com um teclado, tratando de mexer logo— Droga!

— De quanta ’’Droga’’ estamos falando? – Clint perguntou, tentando abrir uma brecha da armadura quase impenetrável.

— Eu... - a estrutura parou, como se morresse, e os tiros cessaram. - Consegui desativar esse! Mas tem um.. Batroc vindo...

A ruiva desviou os olhos por um segundo, olhando para trás, e na direção deles viu um homem grande correndo, Batroc, mesmo homem que Steve enfrentou no convés de um navio sequestrado ano passado.

— Mê dê cobertura, que eu cuido dele! Vá até o outro BMDT.

—Pode deixar!

Natasha foi a encontro do homem alto, e atirou com os ferrões, mas o mesmo desviou dando uma rasteira na Viúva, a derrubando. Ela sorri.

— Você não fez isso. – ela falou, em russo.

— Oh fiz – ele respondeu na mesma língua.

Natasha pulou em suas costas, o fazendo cambalear pra trás, seguidos por um chute na barriga e um soco. Batroc  chutou sua perna a fazendo cair para o lado, preparando um soco potente em direção a ruiva caída, que só não quebrou a mandíbula pois saiu pelo lado, fazendo seu punho bater no chão. A mulher deu uma forte pancada na cabeça, mas ele segurou sua outra mão, a jogando pra frente.

O augeriano deu um soco na boca de Natasha, a fazendo sangrar. Ela tentava se soltar, mas ele havia a imoblizado. Ele deu três socos seguidos, atingindo sua boca ensaguentada. Mas Natasha soltou a perna e o deu um chute na barriga, o fazendo cair longe em espasmos, sem ar.

Ela ouviu alguém mandar ele se afastar da Viuva Negra, por meio do rádio. Ele começou a correr, e ela foi alguns passos a trás. Nem percebeu que já estava a metros e metros longe das máquinas.

— Tony acabei com esse! – Steve disse, vendo a ruiva se afastar. Eles já tinham derrubado três, usando o mesmo método de Tomy, e Clint atirava nos homens que desceram do BMDT. 

— Vá ajudar Romanoff! – Tony disse, atirando o mais rápido que consegue na estrutura. O campo de força cedia, e o muro foi reduzido a pedras.

Mas, um MBDT recebeu ordens para atirar em Steve. Se defendendo com os escudo, ele continuou a correr em direção a Natasha. Até que seu escudo foi derrubado e lançado longe dele por um tiro que machucou seu braço. Droga de raios laser.

Batroc e Natasha começaram a lutar de novo. Desta vez o objetivo era apagar Natasha. Ele bateu em sua nuca com força, a fazendo cair, desorientada. Ele continuou a correr pra longe de dela, que levantou, ainda um pouco tonta, sem saber pra onde ele foi.

Steve avistou um jato vindo do horizonte. Inicialmente achou que era da SHIELD. Mas quando a aeronave tirou o armamento pra fora, percebeu que era da HIDRA
Seu coração parou. Todas as suas estruturas tremeram. O medo foi real, alucinante e doia como o inferno.

— NATASHA!

Ele começou a fazer sinais pra ela se virar, mas ela não entendeu. A ruiva correu na direção de Steve mas parou, quando ouviu tiros sendo disparados ao solo há alguns metros dela. Droga. Não haveria tempo de correr.

Merda. Merda. Merda. Merda.

Natasha encarava o jato estática. Estilhaçava todo o chão de concreto cinza num barulho ensurdecedor. E tudo que ela pode fazer é encarar aquela cena. Ela iria morrer.

Natasha se virou devagar, vendo o loiro correndo. Ele estava sem seu escudo. Ele iria morrer também. Não. Não, Steve não podia morrer. Lágrimas grossas se formavam, e todo o medo controlava seu corpo.

O momento passou numa fração de segundo.

— Steve! - Ela gritou, as lágrimas já escorrendo dos olhos. - Pegue o escudo, Rogers! - Ela ordena, com a voz falhando, e o vê parar, com os olhos começando a ficarem vermelhos. - Eu... vou ficar bem... Se salva... - Nat solta, num sussurro quase inaudível. - Por favor. – ela completa com um sorriso triste em meio as lágrimas formando.

Steve estava com algo longe de ser um sorriso. Lágrimas de raiva se formavam, e suas pernas tremiam.

Ele tinha que fazer uma escolha. Ou ele pegava o escudo e se salvava, obedecendo ela, ou a abraçaria, morrendo com ela. "A conta é fácil de fazer. "

Ele começou a correr.

Para o lado de Natasha. Se ela vai morrer, ele também vai.

Numa velocidade que não se achava possível, ele foi ao encontro de Natasha, a abraçando com força.

Os tiros começaram a atravessar os dois com uma dor avassaladora, e Steve se mantinha firme, aguentando cada tiro e quase esmagando Natasha com seus braços. Ainda de pé Natasha abraçou Steve mais forte, com cada célula de seu corpo doendo. Lágrimas rolavam de seus olhos fechados.

Quando os tiros cessaram, houve um silêncio perturbador. Nenhum dos dois ousou se mexer, tudo doía.

— N-Nat..? - Ele engasga com o próprio sangue, e ele tentava ver Nastaha que tinha a cabeça enterrada em seu peito. Ela não podia ter ido.

Suas pernas começaram a ficar dormentes  e caíram juntos. Não sentiam as pernas. Apenas dor. Os olhos pesando... tudo começando a ficar preto... Mas ainda se abraçando.

— Na-Natasha... O-Olhe pra mim... - seus olhos vermelhos olharam ao redor. Tudo borrado, apenas ela em foco.

Seus olhos verdes encararam suas orbes azuis.

O sangue deles começou a se misturar. Vermelho com vermelho, soro com soro. O líquido grosso e escuro jorrava dos tiros, tomando conta de todo o concreto no chão.

Natasha estava assustada. Tenho certeza que ela nunca levou 13 tiros de uma vez. Nem Steve lógico, mas ele não estava assustado. Sabia que iria em paz, com Natasha.

— O-o que você fez? – ela tentou expressar a raiva com sua voz, mas só sairam lágrimas e soluços lhe rasgando a garganta. Ela não queria que ele morresse. Não queria morrer. Cada célula de seu corpo estava em desespero. E a raiva não era de Steve. Era de mim, ela sabia que eu viria. – Steve...

Ele fecha os olhos por um segundo, ouvindo música dos anos 40. Um sorriso pequeno quase imperceptível lhe escapa.

— Romanoff? Não consegue dormir? – Essa frase, a que ele falava sempre que ela tinha um pesadelo, a acalmava imensamente. Um sorriso fraco se formou em seu rosto, revelando seus dentes cheios de sangue. Os dele estavam na mesma situação, e Steve tinha levado a maior parte dos tiros.

— S-sim, Steve... – ela o abraçou mais forte, sem parar de encarar seus olhos. Assim como ele.

— Está tudo bem, Nat...

— Steve... está doendo... A gente tá morrendo, Rogers.. - Mais soluços rasgavam. Ela não queria morrer. Não queria. Queria ficar com Steve. Mas achava que isso não era possível.

— Eu sei. Nat, está tudo bem. Vai tudo passar... Eu prometo... – Ele completou.

— Ótimo... – ela disse, zombando. NÃO ESTAVA NADA BEM. A ruiva fechou os olhos, deixando lágrimas quentes escorrerem, e ele beijou sua testa com ternura.

A verdade é que 13 tiros te matam na hora. Mas eu não podia leva-los assim, a sangue frio. Eu tenho coração. Surpresa.

No momento em que Clint viu Natasha e Steve deitados no ‘’pátio’’, com uma poça de sangue escuro que aumentava cada vez mais, achei que ia ter que buscar ele tambem. Um buraco abriu em seu coação. E nunca mais fecharia.

— T-Tony. - Ele resmungou, engasgando, antes de cair de joelhos.
Ele largou os fios, encarando o Vingador ajoelhado e derrubado com lágrimas congeladas nos olhos. O Homem de Ferro seguiu seu olhar, e os viu. O Ferro congelou.

Não os deixei chegar até os dois a tempo. Eu impedi que Tony os salvassem. Eles tinham que morrer.

— E-eu te amo, Steve Rogers. — Natasha sorriu, com lágrimas descendo pelos cantos dos olhos. A poça de sangue ensopava seus cabelos, os deixando mais vermelhos. E lindos.

— Eu te amo, Natasha Romanoff  - ele a beijou calmamente. Sem pressa. Não iriam há lugar nem um mesmo.

— Lembra... em 2014 na escada rolante... – Steve riu com a lembrança.

— Lógico. Foi extremamente estranho. - Ela riu fracamente, ignorando a dor. Seus cílios se tocavam. - V-Valeu a pena ficar 70 anos congelado para encontrar você, em 2012. Cada segundo que passei ao... seu lado foram os melhores da minha vida, Nat.

— Você me fez uma pessoa melhor. - Ela sorriu, o mais forte que consegiu, mesmo doendo. - Você é maravilhoso, Steve... Eu sou a pessoa mais sortuda que existe no mundo por ter tido o privilégio de ter você. Mas eu gosto mais da noite do Stand By you... – Natasha disse, rindo.

— Achei que não gostasse do nome.

— Não exagera... Isso me manteu junto a você... E vai nos manter juntos pra sempre, então eu amo isso... M-Mas... E se não formos pro mesmo lugar? Quero dizer... toda essa loucura do Thor, Deuses, morte... eu não sei...

— Não. Você não vai pro inferno. E se for eu vou também, vou andar junto a você lá com um sorriso.

Ela assentiu, acariciando sua mão.

— Vai ficar tudo bem. - Ela sussurrou, e ele assentiu.

— Natasha. - Steve arregala os olhos como se tivesse sido atingido por um raio. Ele leva a mão até o bolso, e tira de lá um anel dourado.

Ela fecha os olhos, sentindo lágrimas desesperadas cairem. Eu não quero morrer. Esse era o único pensamento que passava por sua cabeça, além de Steve.

Ele não. Sabia que era a hora dela, e se era a dela, era a dele também. Só queria ficar com ela pra sempre.

— Casa comigo. - Ele sorri, em meio as lágrimas que pingavam no sangue.

Nastasha assente, e Steve coloca o anel em seu dedo, antes de beija-lo.

— Vamos ficar pra sempre juntos. Eu prometo.

Tic. Tac. Seu tempo está acabando. Tic. Tac.

Então, eles viram Tony voando com sua armadura o mais rápido que pode até dois. Um raio de esperança brilha, até que notaram que o ar não passava mais em seus pulmões.

Tic. Tac.

O mundo todo caía ao redor, dando lugar a uma luz intensa e branca. Eles não sentiam mais dor alguma. Corações unidos, corpos colados, sangues misturados. Uma única alma.

Tic. Tac.

— Ste..ve – ela disse, sufocando, e ele estava na mesma situação.  

 – Stand By You...? – ele apertou o mindinho pra ela, usando todas suas ultimas forças.

— Stand... By you...— Natasha retribuiu, apertando seu dedo.

Tive que interromper para leva-los. Suas almas deslizaram pros meus braços, e senti seus corações pararem ao mesmo tempo. Na mesma batida. No mesmo amor incondicional.

Esse é o fim, do começo de uma eternidade, que gosto de chamar de Stand By You.

 Mesmo se estivermos desmoronando

Podemos encontrar uma maneira de superar

Mesmo se não encontrarmos o céu

Vou andar pelo inferno com você

Amor, você não está só 

Porque eu vou ficar ao seu lado.

Stand By You - rachel platten

 


E não se preocupe. Nos veremos novamente."

                                      Com carinho, de sua amiga,

 Morte.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, é isso. Comentem por favor.

Sigam @romanoff.rogers

tenho outras fics no meu perfil.