A Sereia escrita por Miris


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Sereia


Notas iniciais do capítulo

Minha obra prima que IRIA para a competição de Halloween no Sweek na categoria Fantasia, MAASS...... Não rolou, esqueci do prazo...

Então a trouxe aqui para vocês, meus amadinhos ♥

APROVEITEM ♥



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Desde pequena eu amava subir até a superfície para sentar nas pedras e pentear meus longos cabelos até a cintura. Meus cabelos coloridos com mechas lilases misturados com tons de rosas de meus fios se destacavam na linda Khal (Lua) de meu mundo.

            Gostava de nadar em direção a principal Khal, chamada Lunna. A mais bela e reluzente das cinco luas. Tão redonda que sua grandeza se ressaltava num branco amarelado.

            Quando encontrava rochas, me sentava na mais alta abrindo minha bolsa de conchas, e pegava meu pente de pontas finas dourado com detalhes de pequenas pérolas que deslizava em meus cabelos enquanto cantava uma canção para a Lua.

            Quando terminava de pentear, decorava meus cabelos com tranças ou com lindas flores-do-mar, sempre cantado pra Lunna até o amanhecer, onde ela desapareceria.

            Depois de um tempo, todas foram proibidas de subirem à superfície, e eu fiquei sem voltar a ver e a cantar para Lunna. Quando fiquei mais velha pude, finalmente, chegar até a superfície onde encontrei minha querida amiga. Nadei o mais rápido até algumas rochas e sentei na primeira que pude, e encostando-se a outra. Ali pude voltar a cantar e pentear os meus cabelos, decorando-o com uma linda estrela-do-mar.

            Ninguém nunca entendeu a proibição, mas eu pude... Os céus começaram a ficarem estranhos, os tons de azul claro e verde ao invés de serem substituídos pelo azul marinho, estava sendo substituído por nuvens de tons de roxo com preto.

            Os raios negros que caíam, era forte o bastante para quebrar as rochas em que eu me sentava. Aos poucos, até as manhãs ficavam estranhas e os recifes começaram a ficarem mais fracos e a perderem suas lindas cores.

            Às vezes, eu nadava até algumas ilhas bem longe de casa para poder saber se os humanos também viam e o que sabiam sobre o que acontecia. Nessas ilhas haviam muitas cavernas submersas, onde eu podia descansar sem problema ou ameaça.

            De manhã, eu seguia para o porto e, era lá que eu descobria coisas do dia-a-dia dos humanos e sobre o que estava acontecendo. Um bruxo malvado, muito poderoso, estava ameaçando os humanos para que se tornasse rei. Eu não podia entender essa ambição de estar acima de todos, era muita responsabilidade cuidar de todas as pessoas e se certificar que todos seus desejos haviam sido atendidos. E era por isso que eu vivia longe dos assuntos do reino do oceano.

            Muito tempo depois, fiquei sabendo que bruxos e criaturas malignas queimaram duas vilas e mataram todos os seus habitantes, havia boatos que uma garota e um garoto haviam sobrevivido. A garota era da vila das Nascentes que ficava nas montanhas do leste, e o garoto era de uma vila próxima às montanhas. Vila Willberg.

              Depois do ocorrido nas duas vilas, às pessoas começaram a se esconder e os céus escureceram mais ainda... Seria o fim? Nosso mundo seria tomado por criaturas malignas?

            Cerca de quatro anos depois, acabei conhecendo uma humana diferente do que eu já estava acostumada. Seu nome era Lady Rainydayas e ela era uma caçadora de criaturas malignas. Já havia matado muitos seres do mal e, mais tarde, descobri que ela era a fantasiosa garota que havia sobrevivido ao ataque em sua aldeia.

            Nós nos conhecemos quando ela foi puxada para dentro d’água por uma criatura que talvez um dia pudesse ter sido considerada uma sereia. Ela havia levado Lady para dentro de uma das cavernas submersas. Eu as segui e vi aquela criatura jogá-la para fora d’água e tentar matá-la, enquanto Lady tentava lhe acertar flechas. Com pena daquela situação, eu mergulhei novamente, puxei uma pedra do fundo que levei lá para cima e acertei-a na cabeça daquela criatura.

            Com a força do impacto, ela olhou para trás e me viu. Pude ver seu rosto podre, com erupções cheias de pus nojento saindo de quase todas as partes de seu rosto. Ela gritou com sua voz horrível “Sereia”. Lady acabou aproveitando a oportunidade e acertou a cabeça da bruxa com uma de suas flechas.

— Quem é você? – Lady tinha sua besta apontada para mim.

— Sou Marlowe. Sou filha caçula de Agual, bisneto do Deus Netuno. – Ela avançou para mim. – Eu só quis ajudar. – Lady franziu sua testa e direcionou sua besta para à sua esquerda, onde atirou.

— Desculpe Marlowe, aquele era um sentinela que estava com essa peste. – Ela apontou sua besta para a bruxa caída e lhe deu duas flechadas na cabeça, onde a bruxa gemeu de dor e sua cabeça caiu para o lado. – Agora, ela está morta.

            Mostrei para Lady como sair dali e acabamos ficando próximas. Ela, sempre cuidando dos monstros que vagavam pelas vilas e reinos próximos ao mar, para nunca nos afastarmos.

            Depois que conheci Lady Rainydayas e sua função, notava que a cada mostro morto, uma pequena parte do mar voltava à vida.

            Mas algo aconteceu... Tudo começou a escurecer novamente e piorava. Tentei falar com Lady sobre isso, mas sabia que era tanto poder maligno que tive medo dela tentar acabar com isso e morrer.

            Lady teve que se aprofundar mais pela terra por causa de um grande aumento de criaturas malignas. Enquanto isso, eu voltei a fazer o que fazia antes, sentar nas rochas para me pentear e cantar para Lunna.

            Obviamente, eu nuca me mantinha desinformada. Às vezes, eu conseguia encantar um dos cavaleiros do bruxo no meio da noite e tentava descobrir tudo que podia, logo depois o afogando. Mas minha amiga acabou não voltando para me ver, então temia que estivesse morta. E as trevas, apenas cresciam...

FIM!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, essa belezinha é um amor ♥ ♥ ♥



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