Kneel escrita por TB


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic, espero que gostem =)



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O jovem andava apressado pela cidade dourada, seus olhos sempre perspicazes analisavam os rostos a sua volta, e a visão que encontrava não o deixava mais aliviado. Rostos risonhos e risadas abafadas adornavam aquele ambiente, tudo parecia em paz. Parecia.

Não graças a você, sua mente gritava.

O homem engoliu em seco e apressou o passo rumo ao seu destino, afastando para longe os olhares de decepção que sempre buscava nas pessoas que o olhavam, olhares de repulsa ao que ele havia se tornado, um traidor.

Um traidor da pior espécie.

Seu consolo naquele momento era ainda não encontrar o tal olhar de decepção no rosto dos asgardianos, um consolo fraco, mas ainda sim um pouco reconfortante, ele só se perguntava até quando duraria isso.

Pouco. Muito pouco. Sua mente voltou a atormentá-lo assim que a mulher de longos cabelos loiros que tanto procurava pela cidade surgiu a sua frente, sentada em um banco afastado no pátio externo do castelo.

A mulher parecia tranquila como os demais asgardianos, seu semblante era sereno e calmo, e aquilo o deixou ainda mais desconfortável.

Por que ele tinha de colocá-lo naquela situação? Aquilo era humilhante.

Ele... Sempre ele roubando a sua paz.

— Lady Sigyn. – a cumprimentou assim que a jovem o viu.

Ela respondeu com um simples aceno de cabeça, enquanto o homem se aproximava ainda mais. A expressão outrora serena da mulher se desmanchou diante de seus olhos, dando lugar a preocupação e algum outro sentimento que o homem preferiu ignorar.

— Como ele está? – foi direto ao ponto assim que notou a mudança na jovem, quanto mais direto fosse, mais rápido se livraria dela.

— Ele teve outro sonho, outra visão. – Sigyn sussurrou.

— Igual aos outros? – indagou, embora soubesse a resposta.

— Sim, Balder... – ela o encarou com seus imensos olhos azuis – E isso está o deixando perturbado.

Perturbado ele sempre foi, o jovem pensou com amargura, mas não evidenciou seus pensamentos. Aqueles sonhos ou visões, como Sigyn dizia, estavam deixando o outro ainda pior, eles iam e viam feito aqueles malditos pássaros de mau agouro que sempre acompanhavam o velho rei. Seria aquilo uma maldição? Balder acreditava que sim, uma maldição que veio para deixar o outro ainda mais louco e a ele próprio por tabela.

Porque aquilo tudo era uma grande loucura.

Um pesadelo que ele entrou por acaso e não conseguia sair de jeito nenhum.

— De novo. – Balder parecia cansado – Ele ainda acha que se trata de algum tipo de feitiço?

— Sim – ela respondeu sem rodeios – Mas eu ainda não consegui identificar a magia e nem ele... Não aguento vê-lo desta maneira, sofrendo. – ela desabafou e seu rosto agora tinha uma expressão sofrida.

Ele sentiu algo se embrulhar em seu estômago, aquilo era constrangedor, e amaldiçoou o homem por coloca-lo naquela situação. Será que ela sabia? Sobre eles?

— Queria poder ajuda-lo, mas sinto que minhas magias de proteção e cura são inúteis... – parecia desconsolada – Não aguento mais fingir perante todos, e ter de vê-lo quase o tempo todo como se fosse outro me deixa... É perturbador...  Quero meu Loki de volta...

Meu Loki. As palavras reverberaram em sua mente e por um momento ele deixou de escutar as lamúrias da mulher. Se sentiu tonto e perdido de novo como Loki sempre o deixava, aquilo era bizarro. Será que Loki gostava de torturá-lo? Como se já não bastasse todas as coisas erradas que ele estava fazendo pelo outro, ainda tinha de escutar aquilo, de sua rival?

Sua rival. Ele repetiu mentalmente com certa magoa, Loki nem ao menos se dava ao trabalho de esconder ou disfarçar a existência da outra, ou a ligação entre eles. Será que ela sofria da mesma forma que ele? Sabia sobre ele e Loki, e os momentos que compartilhavam juntos?

Certamente não. Sigyn era passional demais para isso ou era uma excelente atriz.

— Sigyn, quantas vezes já lhe disse para não citar o nome dele. – Balder a interrompeu, exaltado com tudo que se passava em sua mente.

— Eu sei, mas só estamos nós dois aqui...

— Mesmo assim. – foi seco – As paredes podem ter ouvidos e ele não precisa de mais problemas.

E também não precisa de você, pensou.

— Eu sei... – ela não parecia ofendida com o sermão.  - Ele me pediu algumas coisas, coisas que você saberia onde encontrar, ele me disse.

Como em todas as outras vezes, ele se sentiu usado.

O amargor voltou a sua boca e mais uma vez se arrependeu de tudo, não devia ter deixado aquilo acontecer, devia tê-lo entregado quando teve a oportunidade. Era a sua obrigação como Einherjar, não era? Agora se via ali perdido, novamente, sua única certeza era que no final do dia se ajoelharia novamente perante o outro, como sempre fazia.


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Notas finais do capítulo

Sim, a fic será Loki com um personagem original masculino! Embora provavelmente será uma Thorki também kkkk espero que deem uma chance a fic.



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