All We Do escrita por Alasca


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa é a primeira vez que escrevo alguma coisa de Danganronpa! Ou qualquer fanfic de um videogame! Esperem muito mais de mim! Bem provavelmente transforme essa one-shot em um short-fic ou long-fic! Já que sou apaixonada por esse casal!
Playlist no spotify que fiz dedicada aos dois:https://open.spotify.com/user/22lpuizi5tcc2gwqdlk3qs4ti/playlist/1kOHOmuCgsayUOFHFSTSQM
Beijos,
Alasca :D



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 Ela não conseguia ficar parada, mesmo tendo experiência tantos assassinatos em sua vida aquilo parecia diferente. Primeiramente não era ela os cometendo, e depois era quanto os outros eram tão impactados. Mas por quê? Eles nem os conheciam fazia algumas semanas? Um assassinato duplo tinha sido demais, ainda mais para a Himiko que até então parecia não demonstrar nada quanto a Maki.

  Ver ela chorando tão desesperadamente até desmaiar foi... muito. Maki já tinha presenciado o mesmo antes, chorar até desmaiar. Já tinha feito o mesmo diversas vezes antes quando começou o seu treinamento para ser uma assassina. Mas os motivos de Maki não pareciam tão plausíveis para estar triste. Não mesmo. Ela tinha matado diversas pessoas, conhecidos, pessoas com influência. Ela parecia uma máquina. Não parecia ter mais sentimentos. Talvez Keebo sentia mais do que ela nesse sentido.

 Como ela estava comparando os seus sentimentos com o de um robô? Robôs não sentem... Sentem? Pelo menos achava que não. Se Monokubs fossem robôs, como ela imaginava... Nossa, aquelas coisas conseguem entender sentimentos mais do que eu, pensou consigo mesma.

 Esperou Kaito e Shuichi no mesmo local de sempre, sentada na grama esperando que um deles aparecesse o mais rápido possível antes de Maki começar a pensar demais. Ou continuar pensar demais.

Foi só pensar no diabo que ele apareceu na sua frente. O garoto dos cabelos escuros e sorriso inconfundível parado na sua frente.

"Esperou muito por mim, Harumaki?", foi a primeira pergunta do menino seguido de, "foi muito ruim esses minutos sem mim, eu sei."

Um olhar mortal cobriu os olhos da assassina.

"Você quer morrer?"

Kaito riu, ele achava de certa forma engraçado o jeito da Maki. Ela era tão pequena mas ao mesmo tempo tinha tantas angústias e segurava um fardo enorme nas costas. Assassina... Ela não é uma assassina, era tudo que passava pela sua cabeça quando via a garota dos olhos vermelhos.

"Calma aí, Harumaki, não quero mor-"

"Cadê o Shuichi? Ele deveria já estar aqui, não é a cara dele chegar atrasado, já você é mais natural." Maki o cortou, não queria conversar muito naquela noite.

"Ele não estava se sentindo muito bem, queria ver como a Himiko tava. Ele sabe como ela está se sentindo mais do que qualquer um aqui, eu acho. Já que-"

Maki o cortou de novo. "Só porque ele era o mais próximo da Kaede não significa que ele gostava dela. Eles se conheceram por tanto pouco tempo e nas circunstâncias que estamos seria imprudente alguém se apaixonar..." Maki parou um tempo um pouco surpresa por ter falado aquilo. Segurou o seu cabelo, o que ela sabia sobre se apaixonar para começar a julgar a situação do Saihara? O que ela sabia de amor em primeiro lugar? Kaito virou o olhar para Maki percebendo a sua longa pausa. "Não é mesmo? Não tem como... você sabe."

Kaito riu levemente para a garota. "Não, Maki. Na circunstância que estamos É mais fácil começar a gostar de alguém... mais do que você pensa. É incrível, sabe?" Falou começando a deitar na grama e olhando para o céu. "começar a gostar de alguém, quero dizer, não esse jogo. É estranho como você começa a se importar tanto por alguém, não consegue pensar direito ou... Ah, eu não sei. É esquisito e ao mesmo tempo não?"

 Meio hesitante Maki deitou-se perto de Kaito, olhando também para o céu estrelado. Era engraçado como ele, um dos caras mais estúpidos era astronauta. O mais engraçado para ela era o seu interesse por aquele talento. Ver o espaço soava interessante.

Kaito não pareceu se importar muito com Maki deitada de seu lado.

"Kaito..." Maki começou, "Você já se apaixonou? Você fala tanto desse sentimento, sabe? Como se ele... fosse seu."

  O garoto das estrelas riu alto com aquele comentário. Era óbvio que já tinha se apaixonado. Quem nunca teria? Eles estavam próximos de acabar o colegial. É claro que cada um já deveria ter alguma experiência algo do tipo.

"Claro que já, Harumaki. Por quê?" Kaito soltou um grito de surpresa. "Calma, não me diga que você nunca-"

Constrangida com o comentário, Maki começou mais uma vez brincar com o seu cabelo. "Não é tão estranho... Ou incomum... Eu só tive uma vida diferente da de vocês."

 A expressão de Kaito mudou drasticamente, para algo mais sério. "Maki, você está vendo o que parece uma estrela maior do que as outras?" Ele apontou em direção, fazendo os olhos de Maki percorrerem o seu olhar para cima. "Não é uma estrela. É um planeta, é Marte. De vez em quando  conseguimos vê-lo por conta da órbita. Marte é o deus romano da guerra. Ele não tem muita piedade em suas histórias mas mesmo assim ele se apaixonou por Vênus, deusa do amor. Olha que ela não foi uma das melhores deusas, jogou um dos seus filhos do Olimpo porque achava ele feio. Bom, meu ponto é: mesmo pessoas grotescas como eles já se apaixonaram. Não significa que você não vai se apaixonar, Harumaki" falou seu apelido dando um sorriso de lado.

Maki não parecia ter se confortado com o que o garoto disse, ficaram os dois quietos por um tempo. "Eles não são reais, Kaito." Ela disse com a voz desafinada. "Eu sou real. E na história Marte ao menos tinha sentimento. Ele sedia por sangue, e conseguia sentir algo por alguém." falou pausadamente com medo do que a resposta do outro seria com a sua resposta fria.

 Kaito sentou, abaixando a cabeça para seus olhos serem a única coisa que Maki poderia ver. "Você tem sentimentos. Se não tivesse não teria vindo para os treinamentos, não teria ficado aqui conversando comigo. E acima de tudo como eu sentiria qualquer coisa por você se você não sentisse nada?"

 Os olhos de Maki expressavam algo diferente, não era mais o seu olhar de querer matar alguém. Era mais como se ela tivesse surpresa. Embaraçada demais com o que o garoto disse, ela olhou para o lado, quebrando a corrente de olhares.

"Quem disse que eu sinto qualquer coisa por você?"

Kaito riu um pouco envergonhado com o que ele teria dito para a assassina. "Se não sente nada então por que você está aqui?" ele perguntou em quase um sussurro.

Ela não tinha resposta alguma. Não sabia também o porquê de sempre estar do lado de Kaito e de Shuichi, ou de se preocupar tanto das vezes que Kaito faltava os treinos por estar muito doente. Não sabia porque ficava tão confortável e envergonhada ao mesmo tempo quando estava do seu lado. Era algo, como Kaito disse... estranho.

  O olhar de Maki voltou para o de Kaito, no qual olhava para ela com um olhar confuso. Um olhar para baixo. "Eu não sei porque eu estou aqui, eu devia saber" antes de terminar a sua fala ela se levantou. Aquilo era estúpido demais para continuar. Eles estavam num jogo de vida ou morte não de paquera. "Vou para o meu quarto, já está tarde demais."

  Seu passo era um pouco acelerado demais. Não conseguia decifrar direito o que estava sentindo ao certo. Sabia que era diferente, estar com ele na verdade. Era algo que a fazia se sentir um pouco mais viva.

Sentiu uma mão envolver o seu pulso. Seu primeiro instinto era quebrar a mão da pessoa em dois segundos. Mas sabia que era ele, então apenas ficou parada. Esperando que ele falasse o que precisava. Sua mãos deslizou do pulso da garota para as suas mãos frias, fazendo os dois se surpreenderem com aquele ato.

"Eu já disse e se precisar vou repetir mais vezes ainda. Eu quero derrubar essa tua máscara, Maki. Você não é essa pessoa fria que todos falam que você é.. Não mesmo." Deu um sorriso para baixo, fitando a grama. "Você é incrível... Maki, eu-" Ela não deixou que ele terminasse a sua fala. Soltando a sua mão, os passos de Maki de volta para a escola eram mais pesados.

 Kaito ficou parado olhando Maki ir embora. Sentiu-se, pela primeira vez desde que veio para a academia... Vazio.

Maki virou-se para o garoto das estrelas. "como você pode ser tão estúpido?" falou em um murmuro. "HEIN? Por que você não pode simplesmente ter medo de mim que nem os outros?" disse apontando para a porta dos dormitórios, "Tudo seria mais simples para mim se você fosse um medroso que nem todos eles! Seria mais fácil para mim! Seria mais-" Maki não conseguia se segurar em pé mais, tantos pensamentos que não se aguentava mais. Ficou então, mais uma vez sentada na grama.

 Calmamente Kaito foi até a garota sentando do seu lado. Diferente do que achava, ela não se afastou saiu correndo de novo. É disso que eu estou falando. A sua máscara está caindo", ele disse pondo a sua mão no ombro dela. "Você não está fugindo tanto assim desse teu inimigo, não é mesmo?"

Maki não conseguiu se conter, as palavras de Kaito tinham um jeito na sua cabeça diferente das palavras de qualquer outra pessoa. Sem nem pensar direito Maki colocou a sua mão na de Kaito, tirando-a de seu ombro fazendo os dois entrelaçaram os dedos. "Você tem uma mão gigantesca" ela disse dando uma leve gargalhada. "Certeza que esse não é o seu talento? Ter mãos gigantes e ser incrivelmente estúpido?"

Os dois olhavam para as suas mãos.

"Tem certeza que o seu talento não é ser incrivelmente fofa?"

  Aquela devia ter sido uma das piores cantadas de Kaito na noite inteira, fazendo com que os dois riem daquilo."Eu devo ser muito estúpido."

"Bom que concordamos em alguma coisa." Maki respondeu se aproximando mais do astronauta.

Kaito não conseguia controlar a sua expressão de besta, assim como ela não conseguia controlar o seu sorriso. Por um momento os dois apenas olharam para os seus olhos como se fosse a coisa mais fantástica do mundo. Os olhos de Maki pareciam brilhar mais do que aquela noite. Ele colocou gentilmente a sua outra mão na bochecha da garota, fazendo ela fechar os seus olhos em resposta. Se aproximou um pouco mais, os dois com os narizes tocando.

"Eu posso..?"perguntou, sem saber direito qual seria a resposta, ficou aliviado quando ela assentiu em resposta.

 Fechou os seus olhos devagarinho, selando os seus lábios com os lábios macios da assassina. Como se soubessem os passos de um e do outro, se moveram num ritmo de uma música lenta. As suas línguas pareciam dançar juntas. Não conseguia imaginar um beijo diferente daquele. Kaito teria sonhado com aqueles lábios diversas vezes, mas eles eram certamente melhores do que imaginava.

 Kaito se afastou, Maki ainda estava com os olhos fechados, uma lágrima solitária desceu por sua bochecha. Fazendo ele se assustar, segurando o rosto a garota.

"Eu fiz alguma coisa de errada? Maki, ta tudo bem?"

  Ela sorriu "Eu acho que eu entendo do que você estava falando, sobre os sentimentos. E eu acho que eu gosto de sentir isso."


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado tanto quanto gostei de escrever!
Beijos,
Alasca :D



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