Legion of New Heroes escrita por Cookie


Capítulo 3
Todos por todos nós


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi! Dessa vez nem demoramos, né? Queria compartilhar com vocês que semana passada (ou retrasada, não sei, tô de férias, danem-se as datas), eu e a Lady Romanogers nos conhecemos pessoalmente e foi super legal! Tão legal que tínhamos marcado isso pra conversar sobre essa fic e HOAM, mas acabamos até esquecendo kkkk.

Enfim, boa leitura! :)



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Base dos Novos Vingadores – 15 de agosto de 2031 – 10:00

— Estão todos de acordo? – James perguntou, após repassar as coordenadas daquela missão, se inclinando sobre as mãos apoiadas na grande mesa da sala de reuniões, enquanto encarava cada um dos que estavam sentados.

Silêncio foi tudo o que se ouviu durante quase cinco minutos; todos concentrados demais em seus próprios pensamentos, teorias e probabilidades daquilo tudo sair de seu controle.

Incontáveis e instáveis eram as possibilidades, mas, apesar de tudo, queriam fazê-lo. Tinham que fazer aquela missão dar certo.

Porém, se não conseguissem impedir o inimigo e salvar o mundo, teriam ao menos a chance de se despedirem de seus pais.

— Estou dentro. – Francis foi o primeiro a tomar coragem e se pronunciar. Os outros o encararam, ponderando.

— Eu também. – Elizabeth declarou, sendo seguida por Luke e Emma.

— Não é como se tivéssemos outra opção. – Torunn suspirou derrotada. Katherine repetiu o gesto.

— Eu... eu não sei... – Henry admitiu, sacudindo as mãos no ar em confusão — e se, por exemplo...

— Pym e eu concordamos. – Azari o cortou antes que o garoto começasse uma análise que poderia durar horas. Filipe ia argumentar, quando Azari completou — Filipe também está de acordo.

— Eu também. Liz? – Ben questionou a decisão da irmã gêmea, que apenas assentiu.

— Não tenho nada melhor para fazer mesmo. – Max deu de ombros. Lucy concordou.

— Midgardianos... – Astrid revirou os olhos.

— Certo, certo, vamos logo com isso, pirralhos. – Peter disse.

— Bem, se é assim, eu topo – Olivia contou — Por mais que saiba que as chances de vacilarmos são ridiculamente altas por tanta estupidez e puberdade serem postas juntas.

— É aquilo o que temos que fazer. – Valentina afirmou.

— É o que eles iriam querer que fizéssemos; é o que nossos pais fariam. – James complementou a declaração da irmã.

— Nem todos eles. – Meghan admitiu, sem deixar-se abalar pela própria conclusão.

— Sim, por nós. Todos por todos nós. – Robin declarou, quase imperceptivelmente consolando Meghan e subitamente agarrando a mão da outra, incentivando os demais a fazerem o mesmo.

De mãos dadas, formavam um círculo. Era agora e por isso temiam.

Astrid começou a recitar um feitiço de proteção – que embora fosse Asgardiano, era baseado em um encantamento feito em uma antiga língua morta – e Torunn e Lucy, que também partilhavam de sangue e espírito asgardiano, repetiam, como um mantra.

As mãos de Astrid exalavam uma espécie de fumaça verde, que começava a envolvê-los; das de Torunn, pequenas faíscas saíam, carregando de cargas iguais todos os corpos ali; e as de Lucy faziam os corpos brilharem em púrpura, como envoltos por finos campos de forças que impediam que seus corpos fritassem pela eletricidade que era propagada por Torunn. Sendo assim, as duas irmãs eram um tipo de equilíbrio.

Uma névoa resultante da mistura de fumaça verde, faíscas azuis e campos de força roxos envolveram todos, antes de se dispersarem.

— Filipe, é sua vez. – Luke anunciou, fazendo o garoto suspirar pesadamente antes de exibir o Olho de Agamotto, que detinha a joia do tempo e que os levaria de volta a 2015 – para exatos dezesseis anos atrás.

Os vinte filhos de alguns dos maiores heróis e vilões da Terra – e de outros lugares com nomes estranhos espalhados pelo universo – haviam viajado no tempo.

Central da SHIELD – 15 de agosto de 2015 – 14:50 (tempo atual)

— Então, foi isso. – concluiu Meghan, após ela e Valentina narrarem a história, vez ou outra sendo interrompidas por alguma das crianças, acrescentando detalhes esquecidos, já que os adultos apenas escutavam tudo atentamente, tentando encontrar desfalques ou sentido na história que contavam — Nos encontraram perto à área territorial da HYDRA porque a base onde estávamos quando viajamos no tempo é localizada nos arredores, porém dezesseis anos à frente, onde o lugar não tem mais nada a ver com a HYDRA... ou com a S.H.I.E.L.D., na verdade. – ponderou após esclarecer diretamente as coisas, sem prolongar o assunto.

— Antes que digam qualquer coisa, – se apressou Nina – vocês precisam saber que temos plena consciência das possíveis consequências que uma viagem no tempo pode trazer. E estamos dispostos a enfrentá-las se isso significa termos a chance de salvar o futuro e tudo o que nele habita.

— Sabemos que podemos causar diversas reações em cadeia ao alterarmos qualquer coisinha agora, mudando drasticamente o futuro. – Meghan tomou a palavra — Mas estamos aqui justamente para provocar essas reações que mudarão tudo.

— Afinal, duvidamos muito que tal futuro possa ficar pior do que quando o deixamos. – completou Robin.

— Está realmente tão ruim assim? – Steve questionou —Vocês falam como se fosse algo muito pior do que tudo o que já enfrentamos.

— Sim, está. – respondeu Peter.

— E é algo muito pior do que já enfrentaram, mas não quer dizer que já não tenham o feito. – Luke concluiu, causando entre os adultos um pequeno e confuso debate, do que as crianças optaram por não intervir.

— "O feito", literalmente. – Max murmurou baixinho no meio da confusão, zombando indiretamente do pai antes de Fury mandá-los calar a boca e fazerem perguntas que realmente lhes acrescentariam conhecimento naquele momento.

— De que ano, exatamente, vocês vieram? – perguntou Jemma.

— Do ano de 2031, exatos quinze anos à frente. – disse Liz.

— Espere um pouco... – interrompeu Natasha — isso não é verdade. – constatou, olhando para baixo para não se distrair enquanto ligava os pontos da história, antes de se virar para Nina — Você diz ter vinte e três anos, mas, se realmente vieram de 2031, isso significa que você teria que ter nascido entre 2008 e 2009, e eu tenho certeza que não tive filhos.

— Assim como o cara e a altona ali... – Sam raciocinou. Peter e Meghan deram de ombros; seus pais sabiam de suas atuais existências.

— E a chinesa. – Bobbi comentou, encarando May como se esperasse por uma resposta. Robin levantou a sobrancelha, como se desafiasse a mãe a responder.

— É uma longa história... – suspirou Nina — mas, sim, você teve uma filha, só não se lembra.

— Acho que eu me lembraria de algo assim.

— Depois você interroga a garota, ruiva. – interferiu Tony — Porque no momento, tem algo mais urgente que todos precisamos saber: – ele encarou Max — o que eu tinha na cabeça quando te dei esse nome? – indagou, fazendo a garota revirar os olhos. Claro que essa seria a pergunta de seu pai.

— Não foi você que escolheu. – ela respondeu.

— Não que a Pepper daria esse nome à uma menina... ou uma criança. Talvez, à um cachorro.

— E não deu. – Max assumiu.

— Então, quem foi? Diga logo, mulher! – Tony sacudiu os braços, como se pedisse para que ela se apressasse.

— Isso não importa, Stark. – Fury — Expliquem novamente como viajaram no tempo. – pediu, procurando mais informações para analisar melhor a situação.

— Certo, certo – Azari suspirou antes de contar novamente seus métodos.

[x]

— Um feitiço estranho, três garotas alienígenas, uma pedra e um garotinho? – Clint repassou a história, achando tudo aquilo loucura.

— Basicamente, sim. – respondeu Olivia timidamente.

— Por que insistem em chamar forasteiros de alienígenas se vocês também são? – Astrid questionou.

— O que quer dizer? – Pym.

— Vocês, terráqueos, são egocêntricos demais. Pensem: para de Asgard, por exemplo, vistos de fora, vocês são os alienígenas. – Torunn explicou.

— O quê? – Francis franziu o cenho, rindo debochadamente — Como assim?

— Ok... – Fitz interrompeu o raciocínio das crianças — se importariam se déssemos uma olhada nessa pedra?

Ben sentiu Filipe se exasperar silenciosamente após a menção da pedra. Ao constatar o porquê, o Fitz-Simmons também se apavorou, mas rapidamente interceptou:

— Não acho que seja uma boa ideia. Da última vez que a S.H.I.E.L.D. brincou com algo assim, alienígenas invadiram Nova York. – tentou manter a seriedade, mas sem querer soltou uma risada nervosa.

— Estão com uma jóia do infinito? – perguntou Thor, assustado.

— É. – respondeu Astrid, prolongando a monossílaba debochadamente para apreciar as expressões em choque dos adultos.

— Como... como vocês a conseguiram? – perguntou Bruce.

— Era do meu pai... – disse Filipe.

— Do seu pai? – repetiu Wanda. O pai do garoto era alienígena?

— Uhum. – Filipe assentiu. Todos esperavam que ele continuasse, mas ele não disse mais nada.

— Por que voltaram? – perguntou Coulson — Salvar o futuro e tudo o que nele habita é um pouco vago...

— Na verdade, não é, não. – Lucy.

— O que ele quis dizer é: como planejam salvar o futuro? E de quem precisam salvá-lo? – corrigiu Maria.

As crianças se entreolham, debatendo opiniões sobre uma pergunta feita silenciosamente: devemos contar?

— Não é de quem, é de que. – Izzy esclareceu.

— Que daqui há alguns anos, voltará e tentará assumir o controle mundial. – disse, cautelosamente, James.

— E conseguirá. – contou Luke.

— Mas nós não deixaríamos que ninguém fizesse algo assim. – imaginou Sam.

— A menos... – começou Natasha, ligando os pontos; aquelas crianças diziam ser seus filhos, vindos do futuro para salvar o mundo, porém fazer aquilo era responsabilidade deles, seus pais, os maiores super heróis da terra; e ao entraram na sala, o semblante abalado de algumas daquelas crianças delatava que não o fizeram —  ... que nós não estivéssemos vivos. – concluiu, tendo a confirmação quando as crianças abaixaram a cabeça, frustradas.

— Vocês tentaram. – Meghan — Todos tentaram... mas ele sabia disso e estava pronto. Os que sobreviveram correram para nos salvar, esperando que ele não nos encontrasse se nós estivéssemos escondidos. Mas ele sabia que fariam isso e tinha pronta uma armadilha que os mataria. E as crianças presenciariam isso. – contou, arrepiando-se ao se lembrar do quanto teve que ser forte para superar o momento e salvar as crianças – mesmo que na época fosse apenas uma adolescente esguia – com olhos já sem o brilho convencional, tirando-os de lá.

Então, todas as vinte crianças pareceram relembrar aquilo. E o pouco brilho que seus olhos haviam recuperado após algum tempo foi substituído pelo brilho de lágrimas represadas.

Luke fechou os olhos, tentando conter seus sentimentos; Torunn bufou; Max remexeu-se incomodada; Emma ameaçava começar a chorar quando Daisy se levantou alarmada, a pegando no colo por puro instinto; Azari e Pym se abraçaram fortemente; James procurou apoio em Valentina, que o abraçou rapidamente de lado; Lucy mexia cabisbaixa em seus dedos; Francis limpou uma lágrima teimosa, dizendo ter um cisco no olho; Astrid soltou fortemente o ar pela boca; Kat parecia temer se aproximar da irmã, enquanto que Izzie tinha o olhar perdido no chão, o que motivou Bobbi a chamar a mais nova para se aproximar; Robin apertou levemente o ombro de Olivia, sentindo a menina relaxar um pouco; Liz e Ben se encararam, assentindo como se trocassem consolos silenciosos; Filipe se aproximou de Meghan com um biquinho de choro, pedindo colo; e Peter levou a mão à testa, frustrado pela maneira como aquilo tudo os afetava

Estranhamente, Wanda também queria consolar o filho, mas ela ainda estava assustada com a ideia de ser mãe e isso só a assustava mais. A última vez que sonhara em ser mãe, ela tinha oito anos. Depois que seus pais morreram, parecia uma ideia tão distante que ela passou simplesmente a ignorá-la. Agora, pouco depois de perder seu irmão, seu filho viaja dezesseis anos no tempo e ela está assustada demais para sequer acalma-lo. Sim, seu filho. Ela entrara na mente da criança e sabia que estavam falando a verdade.

Clint percebeu a hesitação da morena e buscou Filipe. Sem pedir permissão, colocou-o no colo da mãe, recebendo olhos arregalados da "filha". Filipe apenas limpou desajeitadamente os olhinhos, inocentemente escondendo a cabeça no ombro de Wanda, sem perceber sua hesitação.

— Quem era esse "alguém"? – perguntou Rhodes, temeroso. Vingadores, Agentes, Diretores e Deuses perceberam que, apesar de afetadas pelos acontecimentos, aquelas crianças eram machucadas, cicatrizadas e fortes.

Os vinte se entreolharam, no final, deixando para Valentina e Meghan a responsabilidade de decidir se contavam ou não. As duas se entreolharam, tentando entrar em um consenso. Deveriam contar a identidade daquele que exterminou os maiores super heróis da Terra e parte da população mundial, escravizando outra parte e tornando outra refugiada? Para Meghan, aquilo estava completamente fora de cogitação, um não absoluto; mas para Nina...

— Ultron. – contou Nina.

— Mas que droga, Valentina! – Meghan reclamou, abrindo a boca indignada ao perceber que Nina definitivamente não sabia o que significava um "não".


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Aliás, o que acham dos personagens, construções, personalidades e etc? Sei que ainda está cedo, mas quero saber as opiniões de vocês sobre.

E por favor, quem lê por esse site, dá uma forcinha maior comentando... sei que é chato pedir isso, mas quase não temos replies aqui e isso desmotiva de postar no Nyah :/

~ Cookie



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