Confession escrita por agustd


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente.

Essa é uma oneshot bakudeku bem curtinha. Espero que gostem!!

Postei essa fic também no Spirit (@agustdear)



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Midoriya não sabia o que fazer.

O menino que ele gostava de repente começou a demonstrar interesse por ele e agir de forma fofa às vezes. O que fazer senão ter esperanças? Ele nunca teve nenhum relacionamento romântico com alguém, esse seria o primeiro, então ele estava animado. Idiota.

É óbvio que as coisas não seriam assim. Nada desse tipo dá certo para ele. Ele sabe disso, e mesmo assim tenta. Tenta como se fosse a última coisa que precisasse fazer, a coisa mais importante na vida dele.

O menino de sardinhas e cabelo esverdeado não sabia o motivo de querer tanto alguém. Alguém que gostasse de sua companhia, alguém que ansiasse para vê-lo de novo, alguém que o compreendesse e que goste dele por ser quem é. Seria só uma necessidade egoísta, para satisfazer a si próprio, ou ele de fato se importava com o menino? Seria esse alguém Katsuki Bakugou?

No momento, todos esses questionamentos não importavam. Pois Izuku Midoriya estava na frente da casa de Katsuki Bakugou.

O dia estava agradável, o céu limpo com poucas nuvens e não tinha trânsito naquela rua. Ele realmente adorava esse bairro. Era tranquilo e arborizado. Seria bom caminhar com o Kacchan por aqui. Embora tenha pensado isso, era muito improvável que acontecesse porque Bakugou não gosta dele dessa forma. Midoriya tem conhecimento disso, mas mesmo assim se permite imaginar como seria se os dois estivessem juntos.

Há dois meses atrás, Midoriya finalmente fora notado pelo menino que ele gostava. Não fazia muito tempo que o conhecia, mas mesmo assim já nutria certo afeto pelo menino. Então quando Katsuki Bakugou o chamou para sair, em um encontro, ele não poderia estar mais feliz e nervoso. Além do que, no seu ponto de vista, não ficou claro se era de fato um encontro ou não. Mas ele foi. E continuou indo até completarem dois meses saindo juntos. Mas ainda não era um encontro. Ele realmente não tinha certeza, pois nunca se beijaram ou sequer deram as mãos.

Mas Bakugou era carinhoso com ele. Às vezes eles assistiam filme e o menino o abraçava, de forma desajeitada, mas era real. Então como Midoriya poderia simplesmente fingir que nada aconteceu entre eles? Era certo que algo aconteceu, e talvez ainda esteja acontecendo. Ele não faz a menor ideia.

O problema todo é que o menino Bakugou, durante esse tempo, não deixou claro suas intenções em relação ao outro garoto. Midoriya não sabia se o menino complicado, por quem havia se apaixonado, de fato gostava dele. Romanticamente. Essa dúvida o estava consumindo.

No mais, ele já estava ali. Ele irá se confessar para o menino que ele gosta, mesmo que seja um erro. Mesmo que seja melhor ele não fazer nada em relação a isso. Contudo, é isso que o garoto prometeu para si mesmo, ele não iria mais fugir de seus conflitos.

Izuku tinha noção de todas as possibilidades, já tinha analisado tudo. Todas as probabilidades de respostas que Bakugou poderia dar a ele. Opção 1: ele rejeitaria o menino, dizendo que não gosta dele assim. Fica um clima estranho, os dois em silêncio, Midoriya fala que tudo bem e vai embora. Opção 2: ele corresponde os sentimentos, diz que também gosta dele. Os dois ficam em silêncio e Bakugou o beija. Opção 3: ele diz que não gosta dele assim, e Midoriya fala que eles podem ser amigos. Bakugou aceita ou rejeita.

As probabilidades são infinitas e Midoriya percebe que talvez não tenha sido uma boa ideia ir até a casa do menino.

Ele estava se lamentando na calçada quando uma pessoa tocou-lhe o ombro.

ㅡ Deku? ㅡ Perguntou. ㅡ O que cê tá fazendo aqui?

É o Kacchan puta que pariu o que eu vou falar meu deus não sério pra quê eu vim aqui cacete eu vou morrer não por favor.

ㅡ Kacchan! ㅡ Ainda atordoado com a inesperada aparição do garoto, ele conseguiu expelir algumas palavras. ㅡ E-eu vim falar com você! ㅡ Pelo menos isso era verdade.

Bakugou parecia confuso mas mesmo assim não demonstrou descontentamento. O que acalmou um Midoriya bem ansioso.

ㅡ Ok. Você quer entrar? ㅡ Ele estava apontando para sua casa, de forma casual. Como se fossem amigos, como se aquela situação fosse rotineira. Midoriya nem sabia se era amigo ou não de Bakugou.

Entrar na casa tornaria tudo aquilo pior. Pois iria trazer memórias de quando Midoriya passava a tarde lá. Foram poucas vezes, por isso não o considerava seu amigo. Eles não falavam sobre quase nada, muito menos assuntos pessoais. Ainda assim, a companhia do garoto o confortava. Ele sentirá falta disso.

ㅡ Não, não precisa. É rápido.

Bakugou assentiu, insinuando que continuasse.

Como ele iria começar? Ele não poderia o deixar esperando. Precisa pensar em algo rápido antes que passe muito tempo e a atmosfera fique estranha.

ㅡ Ah, então… ㅡ Começou. ㅡ Eu precisava te falar isso, e não sabia como. Ainda não sei.

Midoriya pretendia falar tudo de uma vez, para acabar logo com a situação. Sem que o outro menino tivesse a chance de interrompê-lo.

ㅡ Eu gosto de ti. ㅡ Midoriya disse de forma rápida, mas para ele, o tempo parou naquela frase e só queria que acabasse. ㅡ E eu queria saber se você também gosta, ou só quer ser meu amigo, ou nenhum dos dois. Só queria entender.

O tempo continuava agradável. As árvores ainda estavam ali, os pássaros. Tudo continuava normal. Então por que parecia que o mundo ia acabar?

Era impossível ler as emoções de Bakugou. Seu rosto não continha nenhuma expressão ㅡ nem surpresa.

Um gato preto apareceu entre os dois e lá se deitou.

Bakugou se agachou para acariciar o gato. O sorriso em seu rosto era pequeno, mas genuíno.

ㅡ Adoro gatos. ㅡ Disse, dirigindo o olhar a Midoriya.  

O menino sabia que Katsuki gostava de gatos. Claro que ele sabia. Mas esse fato era relevante agora?

Midoriya assentiu, ainda calado.

Ele não iria falar mais nada? Midoriya havia aberto seu coração para o menino, e o mesmo continuava a acariciar o gato. Talvez para fugir dos questionamentos? Talvez Izuku realmente não devesse ter ido ali confessar seus sentimentos. Era melhor deixar as coisas como estavam ㅡ incertas.

ㅡ Eu também gosto de você, Deku. ㅡ  Sua voz era suave, como se quisesse tranquilizar por meio de suas palavras.

Midoriya estava distraído em seus pensamentos quando escutou o que Katsuki havia falado, arregalou os olhos e permaneceu calado.

Ok, é agora que ele vai falar que gosta de mim, mas só como amigo. Ok, tudo bem por mim.

Midoriya observava as nuvens. Ele não sabia o por quê de estar passando por isso. As coisas são tão complicadas. Sentimentos são tão complicados.

Bakugou se levantou, parando de brincar com o gato, e ficou de frente para o outro garoto. Suas feições não eram mais indecifráveis. Seu olhar delicado em direção a Midoriya, seu quase sorriso. Até sua postura estava diferente, menos rígida, mais leve. Izuku não conseguia enxergar esses sinais.

ㅡ Deku, eu gosto de você. ㅡ Repetiu. Poderia repetir um milhão de vezes, mesmo assim o menino não iria acreditar.

Bakugou se aproximou mais de Midoriya, que estremeceu com a súbita aproximação.

O olhou nos olhos ao que pareceu durar uma eternidade para Midoriya, ele não estava entendendo. Chegou ali preparado para ser rejeitado, e de repente algo assim acontece. Mano o que tá acontecendo?

Abruptamente, Bakugou o abraça. Midoriya não sabia que precisava tanto estar perto dele até aquele momento. Ele continuou imóvel e Bakugou o envolveu ainda mais em seus braços.

Midoriya realmente não sabia o que falar. Isso tá certo? Katsuki Bakugou está dizendo que gosta de mim?

Bakugou se afastou um pouco, interrompendo o abraço. Começou a olhar para os pés e depois fixou o olhar no Midoriya, que estava olhando para ele com surpresa.

Depois de um silêncio interminável, as primeiras palavras são ditas.

ㅡ Então.. ㅡ Bakugou parecia um tanto envergonhado. ㅡ Essa é a minha resposta.

Midoriya continuava perplexo.

ㅡ Cê tá bem?

ㅡ To, to. ㅡ Apressadamente começou a se recompor. Tá, mas o que vai acontecer agora?

ㅡ Então… Cê quer entrar? ㅡ Apontando para a casa de novo.

O menino fora correspondido e agora não sabia o que fazer. No mais, ele gostava muito da companhia do garoto complicado, então ele deveria focar nisso, esquecendo assim os outros questionamentos que rondavam sua mente. Ele poderia se acalmar e só passar tempo com Bakugou, ainda que pareça surreal. Partiu Netflix and chill.


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Notas finais do capítulo

!!!!!!! espero que tenham gostado. Se tiverem qualquer crítica construtiva, irei apreciar.

Obrigada ♥



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