Destiny escrita por Nblue


Capítulo 1
01.


Notas iniciais do capítulo

Hello,
Entao, eu tinha essa historia em mente e fui escrevendo, mas quando estava relendo ela, eu resolvi reescrever e foi entao que me veio em mente o tema alma gemeas. :)
Será uma longfic e espero que gostem, pois, pensei muito antes de posta-la.
Nós vemos nas notas finais :)



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Encolheu-se no banco de carro enquanto se perdia cada vez mais eu seus pensamentos repletos de angustia e dor. Apenas queria se trancar em seu quarto e talvez mofar lá dentro. Apenas queria entrar em um estado onde não pensasse, onde nada rondaria sua mente. Queria conseguir controlar para que as lembranças não voltassem a lhe atormentar, também apagar o que aconteceu há poucas horas. Seria possível algo do tipo? Seria seu sonho.

— Luna...

Ouviu a voz de seu pai vir do banco da frente, tinha conhecimento do nível de preocupação que provavelmente tomava conta dos corpos dos mais velhos, assim como a culpa, contudo, naquele momento isso não seria o suficiente para lhe fazer reagir. Apenas encolheu ainda mais as pernas contra o peito, queria sumir, morrer ou quem sabe entrar em coma, certo? Para muitos seria apenas um drama juvenil, mas para aqueles que possuíam a linha do destino, era como se estivesse sendo sufocada, sentia, sentia no mais profundo de si o rompimento daquilo que chamavam de ligação. Sentia algo quebrado e despedaçado dentro de si, machucava, cortava. Se perguntava o porquê daquele sentimento, ate por que era impossível a linha se romper, não?

O caminho para casa nunca pareceu tão longo, o frio dentro do automóvel lhe fez estremecer e uma curta, porém recente lembrança continuou a voltar a sua mente.

“ A aproximação fez com que recuasse cada vez mais, talvez o pânico estivesse tomando conta de si e sequer percebia. Deveria imaginar que com um mês de tranquilidade não significaria uma verdadeira paz.

— Luna, Luna, Luna – A risada irônica e debochada fez um arrepio subir por sua coluna – Achou mesmo que eu não saberia que voltou a procura-lo?


Não... Eu não o procurei... — pensava em dizer, com os olhos já se enchendo de lágrimas.

 

— Por Deus, Jess, – exclamou – Eu sequer o olho. – Tentou dizer de maneira firme.
— Não foi o que eu soube... Alguém foi lhe visitar, não? Levou-lhe flores e jantou não sua casa, certo? – riu seca - Quando iria nos contar? Achei que fossemos amigas, Little Blue.

Assustou-se com a afirmação da garota... Como ela podia saber sobre aquilo?

—Você acha mesmo que alguém aqui gosta de você? Ninguém quer você por perto Luna, acha mesmo que todos acreditam que você achou seu destino? Agora, com apenas 16 anos? Tsc – deu um sorriso amargo – Você é podre. Banca a garota inocente e ingênua, mas não passa de uma mentirosa.

Foi então que viu por de trás de Jess, uma silhueta masculina encostada à porta de entrada para a área da piscina esportiva interna, lugar onde estavam naquele momento.
Na verdade, naquele instante estava à borda da piscina e se recuasse talvez dois passos cairia dentro e isto com toda certeza não podia acontecer.
Olhou novamente para a pessoa encostada na porta, como se estivesse de guarda, observou seu rosto e finalmente o reconheceu, porém sequer conseguia ler sua expressão facial ou algo que indicasse o que se passava em sua mente naquele momento.

— Jake? – murmurou chocada – Eu não... Como... Mas...

E sem que percebesse, lágrimas desciam por seu rosto.
Foi em segundos que Jess surgiu em sua frente e em seguida se viu afundar em meio à água e mais água. ”

—Foi ele quem me tirou da piscina, não foi? – pronunciou.

Sua pouca voz, pelas horas que não usou, assustou seus pais que pareciam abatidos e também imersos em seus pensamentos.

—Hã? – seu pai tirou a atenção do trânsito – Sim, querida, ele chegou a tempo antes que algo pior acontecesse.

Se voltou novamente para a janela, notando que já estava chegando em casa e com isso, uma onda de alívio começou a encher seu peito.


 


 


 

Fazia exatamente uma semana que estava em casa, não saia sequer para ir ao mercadinho da esquina. Seus pais andavam correndo de um lado para o outro nesses últimos dias, no telefone e computador, coisas que nunca eram feitas quando estavam em casa. Era uma regra, proibido levar trabalho para casa a fim de evitar confusões familiares por motivos banais.
Seus pais não tinham a ligação do destino por isso conflitos seria algo comum, de acordo com eles, se conheceram após uma tragédia que matou a pessoa amada de ambos, eles disseram que sentiam a ligação, pois não importava o que houvesse, era algo que sempre os ligaria, contudo, se apaixonaram se amaram, e foi desse amor que surgiu.

Estava sentada no sofá da sala numa tentativa de se distrair com algum programa interessante que estivesse passando em plenas 05:40 da tarde.
Escutava a voz da sua mãe vir da cozinha e se perguntava o que ela estaria fazendo ainda aquela hora, pelos Deuses, era fim de tarde, fim de expediente o que mais teria para resolver de trabalho?


Remexeu-se inquieta novamente sobre o sofá e isso acarretou em algum objeto caindo no chão, e ao notar o que fora fechou os olhos. Não sabia onde havia posto o celular após todo o incidente que ocorrera na semana anterior. Devia tê-lo jogado no sofá junto com a mochila aberta e provavelmente ficou por baixo das almofadas e quando sua mãe tirou sua bolsa dali, não o viu. A questão era; não queria tê-lo achado, então apenas iria ignorá-lo. Ou, pelo menos, era isso que pretendia fazer, pois no momento que iria chutá-lo para de baixo do sofá o mesmo começou a vibrar e tocar. Olhou aquilo sem entender. Como aquilo era possível ainda haver bateria? A menos que seus pais tenham no colocado para carregar e ainda assim...
Foi então que o aparelho voltou a tocar, mais especificamente, seu toque, aquela música trazia lembranças que naquele momento poderiam ser consideradas a coisa mais dolorosa para si. Não percebeu que estava tremendo, apenas pegou o aparelho e desligou, jogando o contra a parede sem se importar em quebrá-lo.
O barulho chamou a tensão da sua mãe na cozinha.

—Luna? – A mulher chamou – Está tudo bem?

Sua resposta foi entrar correndo na cozinha atrás de água, no entanto sequer conseguia segurar a jarra e o copo e ao notar isso, sua mãe se levantou rápido e tirou ambos de suas mãos a fim de evitar algum acidente.

—Luna, o que houve? – seu tom de preocupação e desespero despertou a ruiva.

Olhou para a mãe enquanto respirava fundo a fim de se acalmar. Durou em torno de três minutos para acontecer.

—Pelos Deuses minha filha, o que aconteceu?

— O Dylan... Ele- Ele estava me ligando... e- eu... – não conseguia falar.

—Oh, minha querida...

Ver sua filha daquele jeito doía tanto em seu coração. Se soubesse o que vinha acontecendo... Era a primeira vez que Luna escondia algo de si. Ela e Dylan estavam tão felizes após revelarem-se o destino um do outro e de repente ela parecia cabisbaixa, pedia para que não o deixassem entrar sempre que vinha tentar falar com ela. O próprio rapaz andava com uma aparência doente. E após um mês assim, quando achou que ambos estavam felizes novamente, como uma bomba a realidade de tudo que estava acontecendo caiu sobre todos.

— Se partiu... – A voz repleta de dor era abafada em seu peito.

—Vai ficar tudo bem... Okay? Eu prometo. – sussurrou dando um leve selar sobre os fios de fogo.


 


 

O silêncio reinava na sala de jantar, o mínimo barulho que se podia ouvir era os talheres de encontro com a louça. Cenas assim vinham se repetindo ao longo daquela semana, no entanto não era comum. As horas das refeições sempre foram animadas, repletas de conversas, mas no momento era diferente, era como se a felicidade e alegria houvessem sido tiradas dali. O sol e a Lua da casa estavam apagados naquele momento, era o que Josh pensava ao olhar para a filha. Luna sempre fora o gatilho para a alegria naquela casa, então, para Josh ver sua filha daquele jeito era como esmagar seu coração, por isso não se arrependia da decisão que tomará.

—Luna, –Chamou pela filha, que finalmente, desde o começo do jantar, levantou o olhar – Precisamos conversar.

—Algum problema, pai? – O olhou preocupada.

—Não, claro que não, meu anjo. – Apressou-se em explicar – Sua mãe e eu tomamos uma decisão, pensamos apenas que fará bem a você...

—Pai? – questionou ainda sem entender.

—Nós vamos nos mudar querida, – Sua mãe falou temerosa por qual podia ser a reação de sua filha – Sua tia Afrodite precisa de ajuda na cede da empresa, e então nos pediu para irmos para lá.

Temia que aquela notícia não fizesse sua pequena feliz, ela já havia passado por muito ali na Inglaterra, apenas queria que ela fosse para um lugar onde pudesse esquecer tudo, e quem sabe achar uma explicação para o rompimento da ligação
A questão é, não haveria lugar melhor do que ir para perto de sua cunhada, Afrodite e Piper, prima de Luna e filha de Afrodite, seriam as melhores pessoas para fazer com que Luna se abrisse novamente.

—Nós vamos ver a tia Afrodite? – Deu um pulo da cadeira – Vamos para Los Angeles? Quando?
         E sorriram, pois viram que conseguiram fazer com que Luna sorrisse com sinceridade e felicidade desde que todo aquele caos começara.


 



 

O vento batia em seu rosto, jogando para trás seus fios castanhos avermelhados, ainda assim alguns fios batiam em seus olhos, contudo, nada que lhe impedisse de dirigir.

Olhou para a direita, a fim de observar a imensidão azul que era aquele mar. Viu alguns surfistas e se perguntou se Percy ainda estaria por ali ou se já teria ido em direção à casa dos Solace. Cogitou a segunda opção ao imaginar que Annabeth o arrastará sem dar qualquer opção de escolha ao filho mais velho dos Jackson.

Com uma última olhada no mar, acelerou, pois já estava atrasado e imaginava Hannah lhe chamando de todos os nomes feios possíveis, enquanto jogava algo da casa em si.

Seria a reunião de decisão sobre a viagem de formatura que fariam entre si. Seria o último ano para todos ali e logo em seguida haveria a faculdade, cada um iria para uma diferente e para se encontrarem seria complicado, por isso, como amigos desde os oito anos, quando completaram idade o suficiente para seus pais acharem que eram responsáveis, mais precisamente aos quatorze anos, começaram a viajar todo fim de ano, tendo como adultos responsáveis pelo grupo de adolescentes, Charles e Silena, irmão mais velho de Leo e a namorada dele.

A viagem desse ano seria, de acordo com Hannah, a mais importante de todas, pois como ela dizia, será o fechamento de um ciclo da vida, onde eles começaram com apenas dois anos e estariam ali, terminando com seus dezessete. Como também seria o início de dois novos ciclos para alguns, para a maioria do grupo seria apenas um, já que foi descoberto recentemente que dois casais do grupo estavam destinados entre si. Hannah e Leo, por exemplo, eram amigos desde que entraram na escola com dois anos, começaram a namorar aos quatorze e agora aos dezessete descobriram de desde sempre a linha do destino os amarrava um ao outro. A mesma descoberta ocorreu com Annabeth e Percy.

Chegou em frente ao portão da mansão dos Solace e não precisou esperar muito para que o segurança reconhecesse seu carro e o liberasse para entrar. Deu de cara com o imenso jardim e pela pequena ponte pela qual precisava passar para chegar as escadas. Olhava para aquela imensidão esse perguntava o que Apolo pretendia fazer quando todos fossem embora para a faculdade, pois o cantor não teria mais os gêmeos correndo de um lado para o outro, muito menos as crias adotadas, como ele gostava de chamar o grupo de amigos dos filhos, gritando pela casa e fazendo festas e baderna, as quais sempre se juntava como se ainda fosse um adolescente de 18 anos.

Estacionou o carro e logo viu a BMW de Jason, assim como os carros de Annabeth, Leo, Katie e seu irmão, Connor. Percebeu então que realmente estava atrasado pelo simples fato que seu irmão chegou primeiro que si e Connor nunca chegava primeiro que alguém.


 

—Acho bom ter um bom motivo para chegar a essa hora, Travis Stoll, pois seu irmão conseguiu chegar primeiro que você. – Foi a primeira coisa que ouviu ao entrar na sala da TV.

—Olá para você também, Hannah, estou ótimo, nos vimos ontem na lanchonete do senhor Max. – Respondeu irônico sentando-se ao lado do loiro com cicatriz no lábio – E não me condene, estou vendo que a Piper sequer chegou.

—Se você ao menos prestasse atenção ao que falamos, saberia que ontem a Piper avisou que não viria, pois vai organizar as coisas para a chegada da prima. – a ruiva bufou impaciente – E também, agora que me lembrei, precisamos conversar sobre a chegada da prima dela.

—O que tem a prima dela? – Viu Katie perguntar, ela estava sentada no chão próximo a mesinha de centro –

—Piper disse, que a prima dela, passou por uma situação delicada recentemente. – Hannah falava sobre o assunto de forma cautelosa e era notável para todos ali que ela apenas falaria o necessário, mesmo que soubesse sobre o assunto todo. – Piper disse que o destino, pregou uma “peça”, se assim podemos dizer, na garota, então ela precisa ser acolhida, e nada melhor do que nós, que querendo ou não vamos conviver com ela, inclui-la nos nossos planejamentos. O que acham?


 

Assim como todos, concordou por achar que seria algo bom para a garota, já que o assunto parecia realmente ser sério.

Pensava que a garota deveria ser realmente importante para Piper, já que a mesma nunca fez questão de ser bem receptiva com a família, imaginava que fosse algum parente que a morena não via a muito tempo.


 

—Agora podemos ir ao assunto principal? – chamou a atenção de todos após começarem com conversas paralelas pela sala.

—Ah, mas é claro. – Hannah despertou para o real motivo da reunião – Então, estava pensando que a viagem desse ano fosse uma viagem realmente digna de contar para os nossos filhos, futuramente...


 


 

Esteve quieta durante toda a viagem, mesmo ansiosa e feliz por estar indo morar próximo à sua tão querida prima.

Após seus pais darem a notícia que iriam se mudar uma mistura de sentimentos tomou conta de si. Felicidade pois estaria indo para perto de duas das pessoas mais queridas para si, de igual sentimento que possuía pelos seus pais, contudo também havia o sentimento de dor, pois os acontecimentos eram recentes e ainda lhe feria o rompimento da ligação, mas como dito pelos seus pais, aquilo lhe faria bem, precisava esquecer, uma hora precisaria passar e precisava aceitar isso. E agora, dois dias depois estava à espera de seu tio que fizera questão de ir lhe buscar. E ao vê-lo ali com sua prima, ambos os esperando, finalmente caiu a ficha: 

Era um novo começo e precisava esquecer e superar aquela dor, talvez, houvesse uma explicação para tudo aquilo, certo?


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Bem, os capítulos serão um pouco grandes, e tentarei me organizar para postar uma vez por semana, e bem...

Até semana que vem
~Chu



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